(Tradução da Margarida)
Quarta-feira, Março 28, 2007
SOBRE A CAMPANHA - PRESIDENCIAIS
Radio Australia - 28/03/2007, 02:17
Violência esporádica na campanha para as eleições presidenciais em Timor-Leste
Há receios renovados que a violência possa perturbar as eleiuções em Timor-Leste.
O nosso repórter em Dili, Karon Snowdon, relata que vários ataques contra indivíduos levaram líderes políticos a apelar à contenção.
O dia cinco da campanha para as eleições presidenciais em Timor-Leste trouxe relatos de violência esporádica, no que parece ser uma explosão de tensões entre facções rivais no partido Fretilin.
Victor da Costa, o líder de uma facção reformista em em ruptura, Fretilin Mudansa, foi atacado por apoiantes da maioria da Fretilin por estar a fazer campanha pelo candidato presidencial independente José Ramos Horta, que apelou à calma de ambos os lados.
Noutro incidente, um comício da Fretilin foi perturbado por mais de 20 homens que atiravam pedras associados com milícias do amotinado Rai Los, Cujas acusações contra o antigo Primeiro-Ministro e Secretário-Geral da Fretilin Mari Alkitiri levaram à sua resignação no ano passado.
O Sr Alkitiri apoia apelos à contenção.
"Temos tentado o nosso melhor para travar as pessoas da violência (desde Junho e Julho do ano passado até agora," disse.
"Obviamente que há provocações todos os dias e em cada dia [há] novos tipos de provocações."
A polícia do Japão permanece
Entretanto, o Japão decidiu prolongar a missão da sua polícia civil em Timor-Leste até ao fim de Agosto, em linha com o prolongamento da operação dos capacetes azuis da ONU lá.
Era previsto a missão terminar em 31 de Março.
A decisão do Gabinete de a prolongar segue-se a uma decisão do Conselho de Segurança da ONU no mês passado para prolongar e reforçar temporariamente a operação da UNMIT até Fevereiro do próximo ano.
A UNMIT está a assistir com segurança nas eleições presidenciais de 9 de Abril e nas eleições parlamentares.
Dois oficiais da polícia Japonesa e um oficial de ligação têm estado em Timor-Leste desde o princípio de Fevereiro a aconselhar e a instruir o sector da polícia da UNMIT para ajudar a reconstruir a força da polícia local.
Nota: Este mesmo artigo (até ao parágrafo ’Japan police to stay on’) foi divulgado na ABC, 8 horas mais tarde sob o título: líderes politicos Timorenses apelam à contenção
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Ramos Horta de Timor-Leste descreve a visão para o país
Jacarta, Março 27 (AAP) – O candidato presidencial de Timor-Leste José Ramos Horta diz que quer liderar um país "onde não haja líderes amotinados ".
O laureado do Nobel da Paz é um dos oito candidatos a concorrer ao cargo de presidente nas eleições do próximo mês, e retirou-se do cargo de primeiro-ministro antes das eleições em 9 de Abril.
O foragido mais procurado de Timor-Leste Alfredo Reinado pediu aos apoiantes para não votarem no Dr Ramos Horta nas eleições de 9 de Abril.
O líder amotinado mantém-se em fuga depois de ter fugido de um assalto das tropas Australianas ao seu esconderijo em Same, a 50 km de Dili, há três semanas no qual cinco dos seus apoiantes armados foram mortos.
A segurança está a sair do controlo em Timor-Leste antes das eleições, no meio de receios de que Reinado ou os apoiantes possam perturbar as eleições.
Os jornais Fairfax disseram hoje que Reinado tinha escrito uma carta apelando aos apoiantes para não votarem em Ramos Horta ou no presidente do Parlamento de Timor-Leste Francisco Guterres, dizendo que ambos tinham falhado.
Mas Reinado, que tem sido criticado pelo seu papel no desassossego do ano passado no qual morreram 37 pessoas, disse também que não tem planos para perturbar a eleição.
Milhares de policies da ONU e Timorenses estarão de serviço durante a eleição, a primeira votação presidencial desde que Timor-Leste alcançou a independência da Indonésia em 2002.
Ramos Horta disse que quer "liderar um Timor-Leste onde não haja líderes amotinados, somente líderes ".
"Homens e mulheres que apoiam um Timor-Leste pacífico e democrático, e celebram as liberdades da democracia – livre expressão e debates abertos – condições para a paz e prosperidade," disse numa declaração.
"Isto só pode acontecer quando todos os Timorenses tiverem uma voz que possa ser ouvida pelo governo."
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Blog Lu-Olo ba Presidente – 28 de Março de 2007
Campanha em Liquiça: cerca de 3000 pessoas
Ontem, 27 de Marco de 2007, Presidente Lu Olo e a sua comitiva realizaram a campanha em Liquica onde contaram com a presenca de cerca de 3000 pessoas.
Fotografias do comício em: http://www.luolobapresidente.blogspot.com/
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The Age - Março 28, 2007
Lindsay Murdoch, Darwin
Timor protesta contra soldado Australiano
O partido no poder em Timor-Leste, a Fretilin, vai hoje apresentar um protesto sobre um alegado incidente durante o qual é dito que um soldado Australiano puxou um condutor Timorense para fora de um veículo, pisou-o, encostou uma arma à sua cabeça e gritou: "f … . Vou matar-te."
Um porta-voz da Fretilin em Dili disse ontem à noite que o antigo primeiro-ministro Mari Alkatiri estava no grupo que presenciou o incidente na cidade da região produtora de café em Gleno, (que aconteceu) depois de um comício político da Fretilin.
Disse que o Secretário-geral da Fretilin, Sr Alkatiri, apresentará hoje o protesto a Mal Rerden, comandante da força militar da Austrália de 800 membros em Timor-Leste.
Membros da Fretilin disseram que o incidente ocorreu quando um blindado Australiano forçou a sua entrada numa caravana de carros que acompanhavam membros da Fretilin que foram a Gleno a um comício de apoio ao candidato presidencial do partido, Francisco Guterres, na Segunda-feira.
Houve, segundo foi relatado, um aparente finca-pé entre um conductor da Fretilin e soldados Australianos. Os membros da Fretilin dizem que depois do Timorense ter sido atacado, os guarda-costas do Sr Alkatiri tentaram intervir mas que um soldado Australiano apontou uma arma à sua cabeça.
Oficiais disseram que o soldado recuou por ordem de um comandante Australiano.
O sentimento anti-Australiano é forte nas montanhas à volta de Gleno depois de os soldados Australianas terem morto cinco homens da área durante um ataque abortado à base do líder amotinado Alfredo Reinado em 4 de Março.
Não foi possível contactar o oficial para os media do Brigadeiro Rerden, ontem à noite, para um comentário.
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Radio Australia - 28/03/2007, 13:19
Dili calma enquanto continua a campanha presidencial
A capital de Timor-Leste Dili mantém-se calma quando a campanha para as eleições presidenciais se aproximam da metade do caminho.
Contudo a segurança mantém-se apertada para os candidatos depois de vários incidentes violentos no exterior da capital na Terça-feira.
Líderes políticos apelaram à contenção depois do quinto dia da campanha para as presidenciais ter sido marcado por relatos do escalar da tensão entre facções rivais da Fretilin.
Victor da Costa, o líder da facção reformista em ruptura, foi atacado por apoiantes da maioria da Fretilin quando fazia campanha pelo candidato presidencial independente José Ramos Horta.
Noutro incidente,um comício da Fretilinfoi perturbado por mais de 20 homens que atiravam pedras associados com o amotinado Rai Los.
O representante especial da ONU em Timor-Leste, Atul Khare, diz que continua a haver alta segurança.
"Tenho de sublinhar este ponto, que qualquer violência ou malfeitoria durante o período eleitoral ou no dia da eleição ou no imediato período pós-eleitoral encontrarão a resposta mais forte possível," disse.
Dili tem sofrido explosões de violência de gangs no ultimo ano, tendo o mais recente sido no princípio deste mês.
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OUTRAS NOTÍCIAS
The Financial Times - Março 26 2007 15:29
Por: John Aglionby em Dili, Timor-Leste
Gusmão vai concorrer a PM de Timor-Leste
Xanana Gusmão, o presidente de Timor-Leste, anunciou na Segunda-feira que se juntará a um novo partido político da oposição e que vai concorrer às eleições gerais que se devem realizar nos próximos três meses.
O gesto fará o Sr Gusmão, um antigo líder da guerrilha reverenciado e um poeta que tinha dito que se queria reformar da vida pública, tornar-se o candidato liderante para o trabalho mais executivo de primeiro-ministro nas eleições gerais.
Caso ganhe, o Sr Gusmão substituirá José Ramos Horta, o laureado do Nobel que subiu ao cargo de primeiro-ministro da pequena antiga colónia Portuguese a seguir à crise violenta do ano passado. O Sr Ramos Horta, por seu lado, é o favorito para ganhar uma eleição para o cargo presidencial grandemente cerimonial agendado para 9 de Abril, apesar de o antigo ministro dos estrangeiros ser um dos oito candidatos.
Os movimentos dos dois líderes mais conhecidos de Timor-Leste são vistos como um aumento da pressão sobre a liderança da Fretilin, o partido de esquerda no poder cujo líder, o antigo primeiro-ministro Mari Alkatiri, foi extensamente acusado pela crise do ano passado.
O Sr Alkatiri foi forçado a resignar do cargo de primeiro-ministro em Maio passado depois de ter sido acusado de envolvimento em desassossego comunitário que deixou mortas 37 pessoas e viu mais de 150,000 residentes da capital Dili fugirem das suas casas. Cerca de 2,500 tropas estrangeiras foram destacadas para restaurar a ordem.
O Sr Gusmão disse na Segunda-feira que se juntará ao Congresso Nacional para a Reconstrução Timorense, ou CNRT, que se espera se registe formalmente como partido nas próximas semanas. Está a usar a sigla usada pela organização abrangente de 1990s que liderou a luta internacional contra a governação Indonésia, que terminou com uma votação patrocinada pela ONU em 1999.
Ao anunciar a sua decisão de se manter na política, o Sr Gusmão disse a um grupo de membros do CNRT que quer acabar com o sofrimento alargado que atinge muita da população de Timor-Leste de 1 milhão depois de um ano de turbulência política. “Quando sair da presidência vamos juntar-nos para a salvação do povo, porque ele não devem sofrer outra vez,” disse.
O anúncio do Sr Gusmão foi feito depois de ter sido presenteado com uma petição que os membros do CNRT disseram que tinha sido assinada por 6,250 pessoas ansiosas para ver o presidente permanecer na política. “Timor-Leste precisa de um partido político forte com boa liderança, com um líder que ame as pessoas,” diz a petição. „É por isso que te queremos Xanana. Só confiamos em ti.”
Filomeno Aleixo, um membro do comité central da Fretilin, na Segunda-feira condenou o uso pelo Sr Gusmão da sigla CNRT, que permanece emotiva em Timor-Leste. „Tem o direito de fazer o que está a fazer mas não é ético porque está de facto a apoderar-se de um símbolo histórico poderoso, a sigla CNRT que todos os Timorenses conhecem como algo completamente diferente daquilo para que o está a usar,” disse o Sr Aleixo.
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O presidente de Timor-Leste junta-se a um novo partido controverso
Dili, Março 26 (AFP) - O Presidente de Timor-Leste Xanana Gusmão disse na Segunda-feira que em breve se juntará a um novo partido político, mesmo quando a organização nascente foi criticada por falta de transparência.
Gusmão, que não concorrerá às eleições presidenciais do próximo mês, disse que se juntará ao Congresso Nacional da Reconstrução de Timor depois de deixar a liderança da antiga colónia Portuguesa empobrecida.
O novo partido terá a mesma sigla - CNRT, com base na versão Portuguesa do nome -- do movimento pró-independência agora desmantelado, activo durante a ocupação de Timor-Leste pela Indonésia.
Mari Alkatiri, Secretário-Geral da Fretilin, o maior partido político de Timor-Leste, disse que o uso da sigla era "cínico" e "oportunista" e ameaçou com acção legal. "Quando mais de metade do eleitorado é analfabeto, há uma obrigação moral de todos os partidos serem transparentes e sem ambiguidade na sua identidade, mensagens de campanha e políticas," disse numa declaração o antigo primeiro-ministro.
Disse que foi dado um nome enganador ao novo partido para confundir e enganar os eleitores.
Alkatiri saiu no meio de desassossego crescente e pressão pública em Junho de 2006.
Foi interrogado sobre alegações de que estava envolvido na armação de civis durante a violência sangrenta em Maio, mas o caso foi arquivado por falta de evidência.
Pelo menos 37 pessoas foram mortas e 150,000 forçadas a fugir durante o desassossego, que levou ao destacamento de forças militares internacionais lideradas pelos Australianos para estabilizar o país.
A eleição presidencial de 9 de Abril será a primeira no inquieto Timor-Leste desde que alcançou a independência em 2002 depois de 24 anos de ocupação da Indonésia até 1999.
Gusmão, que combateu a governação Indonésia, concorreu como independente numa eleição presidencial antes da independência formal de Timor-Leste.
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Global Insight Daily Analysis - Março 27, 2007
Tanja Vestergaard
Presidente de Timor-Leste junta-se a novo partido da oposição
O presidente de Timor-Leste, Xanana Gusmão, anunciou ontem a sua intenção de se juntar a um novo partido político da oposição, o Congresso Nacional para a Reconstrução Timorense (CNRT), abrindo caminho para se tornar um concorrente nas eleições gerais marcadas para Abril deste ano, de acordo com o Financial Times. Gusmão, que tem dado sinais que sai do posto grandemente cerimonial de presidente do país destroçado pelo conflito, anunciou a sua intenção de se manter na política quando foi presenteado com uma petição assinada por 6,250 membros do CNRT pedindo-lhe para se manter na política.
O novo partido de Gusmão, o CNRT, usa a sigla usada pela organização abrangente dos anos de 1990s que coordenou a luta internacional contra a governação Indonésia, que acabou com uma votação patrocinada pela ONU em 1999.
Entretanto, o Comité Central do partido no poder, a Fretilin, condenou o uso por Gusmão da sigla CNRT, defendendo que isso é "high-jacking de um símbolo histórico poderoso ". Significado: o gesto de Gusmão é +rovável que o torne o candidato de topo para o cargo de primeiro-ministro nas próximas eleições. Este é correntemente ocupado pelo seu aliado José Ramos Horta, que tirou o cargo de Mari Alkatiri depois de alegações de que esteve envolvido no patrocínio de esquadrões de ataque na violência política que tomou conta da nação no ano passado. Ramos Horta é por sua vez o favorito para ganhar a presidência, com sete outros também a concorrerem ao cargo. Isto pode ser entendido como um movimento estratégico dos líderes de topo do país para aumentar a pressão sobre o partido de esquerda no poder, a Fretilin, que foi colocada numa posição difícil depois de o seu líder, Alkatiri, ter estado debaixo de fogo pelo papel na violência que desestabilizou sériamente a nação nascente no ano passado.
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Catholic Telecommunications - 28 Março 2007
Soldados Australianos acusados por vandalismo na igreja em Timor
Um padre de Timor acusou tropas Australianas de terem destruído bens num assalto a uma igreja durante uma busca ao líder amotinado foragido Alfredo Reinado.
"Por volta das 2 a.m. de 23 de Março, soldados Australianos completamente armados vieram aqui quando não havia electricidade. Andaram à volta da igreja, pontapearam a porta de trás e forçaram a entrada. Pensavam que escondíamos aqui o líder amotinado," disse aos repórteres o padre Heremenio Gonçalves.
O padre não estava certo da quantidade de soldados Australianos que assaltaram a igreja. "Só ouvi os gritos deles a dizerem que Alfredo estava dentro da igreja, para o apanharem dentro da igreja," lembrou.
Alfredo Alves Reinado, que liderou uma revolta que mergulhou Timor-Leste para o caos em Abril passado, escapou da captura pelas forças internacionais lideradas pelos Australianos em Timor-Leste. Tem andado foragido desde que fugiu de uma prisão de Dili em Agosto ao lado doutros 50 presos.
O padre Gonçalves suspeita que os soldados Australianos pensavam que Reinado estava escondido na igreja porque muitos jornalistas que cobrem a campanha das eleições presidenciais pararam lá no dia anterior a caminho de Suai. A eleição está agendada para 9 de Abril.
"Os soldados Australian podem ter pensado que os jornalistas tinham vindo entrevistar Reinado," disse o padre Gonçalves, questionando como é que os soldados Australianos podiam mesmo pensar que a igreja católica daria abrigo a um foragido num local de culto. "Não é adequado," disse sobre a acção dos soldados Australianos, pedindo-lhes para respeitarem e para não destruírem locais de culto no desempenho da sua função.
O padre disse que vai pedir ao Presidente Alexandre "Xanana" Gusmão e ao Primeiro-Ministro José Ramos-Horta para examinarem o incidente. Disse que pedirá ainda aos bispos Alberto Ricardo da Silva de Dili e Basilio do Nascimento de Baucau, cujas dioceses cobrem o país, para dizerem aos soldados Australianos para não invadirem a sua igreja outra vez.
O padre Gonçalves disse que as tropas Indonésias durante a ocupação não eram "rudes como os soldados brancos, que entraram na igreja aos ponta-pés e a destruir a casa de culto."
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AAP – Quarta-feira Março 28 09:23 AEST
Habibie culpa a ONU pela confusão em 1999 em Timor
O presidente Indonésio que autorizou o referendo em Timor-Leste sobre a independência disse na Terça-feira que a confusão que se seguiu à votação podia ter sido evitada se a ONU não tivesse divulgado o resultado mais cedo do que o acordado.
BJ Habibie, que tem vivido na Alemanha desde que terminou o seu mandato em 1999, fez uma declaração durante uma audição à porta-fechada em Jacarta feita por uma comissão da verdade montada pela Indonésia e Timor-Leste numa tentativa para descobrir os eventos que rodearam o sangrento referendo em Agosto de 1999. Os seus comentários foram transmitidos por funcionários da comissão.
A votação mostrou que os Timorense de forma massiva queria que acabasse a ocupação da Indonésia da antiga pequena colónia Portuguesa.
A ONU estima que cerca de 1,000 Timorenses foram mortos na violência depois da votação de que foram acusadas milícias pro-Jacarta apoiadas por elementos das forças armadas Indonésias.
Habibie não falou aos media depois da audição mas a comissão deu uma conferência de imprensa descrevendo o testemunho.
Um comissário Indonésio, Achmad Ali, disse que Habibie tinha culpado a ONU, que organizou a votação, por excitar a situação ao declarar os resultados em 4 de Setembro de 1999, três dias antes do agendado.
"Disse que se a escala da violência que tinha ocorrido fosse 100, podia ter sido minimizada para 10 se Kofi Annan não tivesse quebrado a sua promessa. O acordo com Kofi Annan de facto era que antes de 7 de Setembro seria declarada a lei marcial," disse.
Annan era o Secretário-Geral da ONU nessa altura.
Perguntado sobre como se sentiu Habibie quando a sua política de autorizar um referendo terminou com violência, Ali disse: "Lamentou-o. Disse que chorou e que se perguntou como é que as coisas podiam acontecer daquela maneira."
O co-presidente da comissão Benjamin Mangkoedilaga disse que Habibie tinha negado que Jacarta tivesse um plano de contingência de terra queimada para Timor-Leste se votasse a saída.
Na Segunda-feira, o dia de abertura da segunda série de audições da comissão, o laureado do Nobel da Paz Carlos Belo – bispo católico de Dili de 1996 a 2002 – disse que soldados Indonésios tinham tomado parte na violência contra a igreja e o clérigo em Timor-Leste antes e depois da votação da liberdade.
A audição corrente decorre até Sexta-feira vai ouvir também o testemunho de vítimas, de três generais Indonésios conectados com operações em Timor-Leste em 1999, e do único Indonésio encarcerado por causa do seu envolvimento na violência – o líder de milícia Eurico Guterres.
Outros dezassete homens indiciados por procuradores de Jacarta sobre o caos de 1999 foram inocentados em vários estágios judiciais. Eram todos soldados Indonésios, polícias ou funcionários do governo.
Críticos dizem que a comissão é impotente porque lge falta o poder para punir os responsáveis pelos abusos.
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The Jakarta Post – Quarta-feira, Março 28, 2007
Alvin Darlanika Soedarjo, The Jakarta Post, Jakarta
Habibie: Annan é o culpado
A comissão Indonésia-Timor-Leste da Verdade e da Amizade (CTF) pode convocar o antigo chefe da ONU Kofi Annan para falar acerca da sua decisão sobre o referendo de 1999, que permitiu então que Timor-Leste rompesse com a Indonésia e foi seguido por tumultos massivos.
A comissão conjunta examinou o papel do antigo presidente Bacharuddin Jusuf Habibie no referendo num encontro à porta-fechada na Terça-feira no Centro Habibie em vez de no Hotel Crowne Plaza.
"Habibie disse que Annan quebrou a sua promessa de anunciar os resultados do referendo em 4 de Setembro de 1999, muito mais cedo do que a data acordada de 7 de Setembro," disse o membro da comissão Achmad Ali depois do interrogatório a Habibie.
Habibie disse à comissão que o anúncio prematuro significou que as tropas Indonésias chegaram demasiado tarde para travar a violência que já tinha irrompido. Tinham planeado inicialmente pôr Timor-Leste sob o estado de emergência militar.
"Se for possível, podemos convidar Annan a clarificar a declaração de Habibie. Vamos recomendar isto no próximo encontro da comissão. Annan ainda não explicou a situação histórica na sua perspectiva," disse Achmad depois da audição da comissão no Hotel Crowne Plaza.
Habibie estava no poder na altura em que a maioria dos eleitores Timorenses decidiram romper da Indonésia, desencadeando desassossego entre milícias opostas.
A comissão começou na Segunda-feira a sua segunda audição questionando o antigo bispo de Dili Carlos Felipe Ximenes Belo. A comissão interrogará vários antigos membros das Forças Armadas, testemunhas e vítimas das atrocidades.
A comissão realizou a sua primeira audição em 19 e 20 de Fevereiro em Bali, questionando, entre outros, o antigo ministro dos estrangeiros Ali Alatas e o embaixador da Indonésia em Lisboa Francisco Lopez da Cruz.
Estabelecida pelo Presidente Susilo Bambang Yudhoyono e pelo Presidente de Timor-Leste Xanana Gusmão em 9 de Março de 2005, a comissão é composta de 10 membros de Timor-Leste e da Indonésia.
Às vítimas é dada a oportunidade de contar as suas histórias enquanto os que participaram na violência têm uma oportunidade de confessar erros do passado e serem perdoados.
Achmad disse que ao contrário de outros testemunhos, Habibie não prestou juramento na comissão, de modo a respeitá-lo como antigo presidente.
"Habibie não lamenta que Timor-Leste optasse pela independência. Contudo, disse-nos que estava triste de separar-se dos Timorenses, a quem chamou irmãos," disse Achmad.
O co-presidente da comissão Benjamin Mangkoedilaga disse que Habibie, que sentiu que fez a coisa correcta com o referendo, faria o seu melhor para o povo da jovem nação.
"Habibie nega que desse ordens para a destruição que se seguiu ao anúncio do resultado do anúncio. Conta totalmente connosco (para a clarificação)," disse Benjamin.
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The Jakarta Post – Quarta-feira, Março 28, 2007
Eurico Gutteres está pessimista que a KKP revele a verdade
Jakarta: O antigo líder da milícia de Timor-Leste Eurico Gutteres expressou o seu pessimismo que a Comissão sobre a Verdade e a Amizade (KKP) tenha capacidade para revelar a verdade acerca do pós-referendo em Timor-Leste
Eurico deu o seu testemunho frente aos membros da Comissão acerca da violência em Timor-Leste depois da maioria dos seus cidadãos terem votado pela separação da Indonésia no referendo de 1999.
Eurico, que foi preso pelos incidentes, disse que a KKP não terá capacidade para tirar conclusões correctas dos testemunhos porque cada uma das partes tem a sua própria versão sobre os incidentes, relatou a televisão MetroTV.
A KKP tinha questionado muitas outras figuras de ambos os países incluindo o antigo Presidente B.J. Habibie, o antigo ministro dos estrangeiros Ali Alatas, e o bispo Timorense Carlos Pilipe Ximenes Belo.
A comissão foi estabelecida pela Indonésia e Timor-Leste, que votou em massa para acabar com a governação de quase um quarto de século da Indonésia num referendo público há oito anos. Isso desencadeou uma explosão de mortes, pilhagens e fogos-postos.
Somente uma pessoa foi punida pela violência. Líderes políticos em ambas as nações parecem relutantes em pressionar por mais julgamentos. A ONU tem dito que considerará montar um tribunal internacional se não se fizer justiça.
sexta-feira, março 30, 2007
Notícias - 28 de Março de 2007
Por Malai Azul 2 à(s) 00:27
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Traduções
Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006
"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
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