quinta-feira, outubro 12, 2006

De um leitor

Tradução da Margarida.

Meus Caros

Parem um pouco com estes disparates e vejam este naco de prosa """independente""" retirado do relatório do ICG:

...

Portugal

Portugal, o governante de Timor-Leste durante 450 anos antes da invasão Indonésia de 1975 afirma orgulhosamente que é o maior dador de Timor-Leste. O seu interesse é esmagadoramente cultural, focado em particular nas escolas para instrução da língua Portuguesa, e nos tribunais, onde a sus influência está de forma constante a corroer a herança Indonésia. Se a Austrália foi vista como anti-Alkatiri, Portugal foi visto como o seu defensor, em parte por causa do entusiástico apoio do grupo de Maputo para fazer da língua Portuguesa a língua nacional e outros passos para “lusificação” de Timor-Leste.
Em resposta à crise, chegaram a Dili em Junho 120 polícias da GNR. A relação Portuguesa-Australiana está de certo modo fria, visto que Portugal, ao contrário da Malásia e da Nova Zelândia recusou aceitar o comando Australiano. No Conselho de Segurança, os Portugueses sublinharam formalmente a necessidade do comando da ONU de qualquer força futura, uma farpa direccionada aos Australianos.
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Dá para perceber porque há tantos inimigos à língua portuguesa em Timor-Leste, esquecendo-se que essa língua sempre foi pelos Timorenses utilizada quer na resistência interna (ver os documentos emanados na montanha durante mais de 20 anos...) quer na diáspora, e que foi formalmente adoptada como uma das línguas nacionais no congresso do CNRT (entenda-se pelos representantes de todos os Timorenses) de 30.agosto.2000...

ST.

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7 comentários:

Anónimo disse...

Vai-te catar...a sério!
Pois é a língua Portuguesa é e foi a língua da resistência, mas deverá ser parceira da língua Inglesa, Bahasa e o Tétum no desenvolvimento esta é a dura realidade que não deverá ser ignorada.
A coexistência é absolutamente necessária, o Mundo é cada vez mais constituindo por camadas e sobreposições culturais sendo imprescindível o respeito mútuo e a aceitação das diferenças culturais e linguístas.
Nós os Portugueses, somos mestres neste catamento e nesta convivência e por isso somos um povo do Mundo.
Para mim a língua Portuguesa e o casamento com a língua Tétum é a afirmação da independência de Timor Leste e da sua cultura, mas não poderá ignorar a realidade do catamento da visinhança, do mercado e do negócio.
Por exemplo, nas Filipinas a escola é dada em língua local e em Inglês e o mesmo acontece no Nepal e em Portugal o Inglês também já foi introduzido ao nível do ensino básico, isto só para dizer que tem que haver uma estratégia para a forma de estar, viver e sobreviver e não pôr um par de palas na cara, estreitando a visão, reduzindo a alegria de sabermos comunicar, de percebermos e fazer entender os nossos pontos de vista de forma universal.
Vejo a língua como a minha Pátria, o meu catar familiar, administrativo e cultural, mas como negócio, mercado e no meu desenvolvimento adiciono-lhe as línguas tantas como as necessárias.
É o espaço em se que nasce, a família, a mobilidade, as interacções, o tempo e em suma a acção transformadora do homem e das sociedades e a absoluta necessidade de se catarem, comunicarem e transmitirem ideias e necessidades que se encarregarão de em cada instante, tempo e época de escolher naturalmente as suas línguas - de reserva fica o gesto de ternura, o aceno ... e a fotografia, a tal, das mil palavras de todas as línguas e a velha máxima do vai-te catar...o que é muito bom.
Malai X

Anónimo disse...

Concordo com as palavras do MalaiX.
So a mesquinhice, odio ou ma fe de alguns fa-los ser cegos.
Nasci em Timor, filho de pais alentejanos, vivo na Australia onde me naturalizei aussie, mas nunca trairei as minhas raizes de existencia.
Realmente muita boa gente necessita de educacao e a "turbo speed".(ou a velocidade supersonica, se assim entenderem melhor).

Anónimo disse...

Ate que fizeram traicao para a sua propria nacao pelo grupo Xananistaliderado pelo Xanana fara mais a lingua Portugues... actualmente o Presidente do partid PD Fernando Lasanma esta a fazer campanha do partido para subtituir a lingua Portuguesa com a lingua Indonesia............. sao coisas estranhos mas isso e que acontece em TL .... cada qual faz como quer ... nao ha lei para os lideres em TL mas sim ha lei para os povitos .

Anónimo disse...

Espero que os timorenses estejam suficientemente atentos ao ataque dos anglofonos. Portugues e tetum sim. Ingles ao mesmo nivel,cria-me algumas duvidas. O ingles onde entra esmaga o local.
Qual e a lingua aborigene? Sabem? Desapareceu para dar lugar ao ingles.

O malai x diz que "a língua Portuguesa é e foi a língua da resistência, mas deverá ser parceira da língua Inglesa, Bahasa e o Tétum no desenvolvimento esta é a dura realidade que não deverá ser ignorada.
A coexistência é absolutamente necessária, o Mundo é cada vez mais constituindo por camadas e sobreposições culturais sendo imprescindível o respeito mútuo e a aceitação das diferenças culturais e linguístas".
Parceira do bahasa em Timor? entao vamos dar forca ao ocupante e aceitar que continue presente em Timor?
Emparceirar com o ingles como em Portugal? as condicoes sao diferentes! A libgua em Portugal nao esta em perigo!

Com respeito pelas diferencas linguisticas, etc, etc, tuod bem. mas primeiro vamos la sedimentar a nossa diferenca em relacao aos outros. e se pomos tudo no mesmo plano, vamos ser todos iguais. Nao vai haver diferencas nenhumas...

Anónimo disse...

Concordo com o Marcos.

Se Timor deixar que a língua inglesa fique ao mesmo nível do tétum e do português, é o tétum que vai desaparecer. Porque o português está bem sedimentado noutras paragens do mundo.
Angola, Moçambique, Cabo Verde, Guiné-Bissau e São Tomé e Principe fizeram a mesma escolha e nunca oubi ninguém dizer que isso dificultava o seu desenvolvimento.
Mesmo com as guerras civis que assolaram Angola e Moçambique, muito mais gente nesses países fala hoje português que no tempo em que eram províncias ultramarinas de Portugal.
Prova que sendo séria a aposta do governo, tem sucesso garantido.

Anónimo disse...

Vamos la clarificar as coisa! Uma coisa eh ensinar linguas estrangeiras como o ingles, frances, espanhol ou alemao, chines ou outras nas escolas, outra coisa eh substituir uma lingua escolhida pelos Timorenses, o Portugues, por uma outra o ingles por imposicao dos outros. Estudar outras linguas eh comum em todos os paises; ja se fazia em isso em Timor no tempo dos portugueses. No Liceu se estudava o frances desde o priomeiro ano e o ingles a partir do terceiro ano.
Dizer que o ingles traz desenvolvimento ou eh lingua de desenvolvimento eh pretensiosidede dos anglosaxonicos. Os Povos japones, chines ou coreano nunca deixaram de falar as suas respectivas linguas para se desenvolverem. Pelo contrario, no presente momento existem em Franca 200 escolas, na Alemanha cerca de 80 escolas e no Reino Unido dezenas deslas incluindo Universidades, leccionam a lingua chinesa como materia obrigatoria ou opcional. Razao eh simples, a economia chinesa eh aquela que mais cresce em todo o mundo; segundo relatorio do BM a China superarah os EUA em 2020; so a Alemanha tem mais de 1600 empresas investindo na RP China pelo que precisam de quadros falantes em chines. Em Timor se calhar eh preciso comecar a pensar introduzir as linguas Japonesa, Chinesa e Coreana no curriculum universitario!

Anónimo disse...

O Tétum e o Português são as línguas administrativas e culturais e da independência decretadas por uma lei democrática. E ainda bem, o resto será o mercado que resolverá, se comprar escreverá ou falará na língua franca ou na língua que acordar.
Como infelizmente Timor Leste não possui ainda indústria que possa suportar o desenvolvimento que todos queremos e desejamos terá que se catar com as ferramentas necessárias e mais adequadas, Chinês, Japonês, Malaio, Inglês normalmente contratualmente e científicamente acordada-se o uso da língua Inglesa, como na Àsia no passado se acordou no Português para as relações diplomáticas e comerciais ... o Mundo está em movimento e nesta questão do catamento está em contínua adptação e mudança.
O que importa é não se fechar as portas e as janelas e deixar de ver a paisagem e deixar entrar a alegria de sabermos transmitir e compreender os que nos escrevem ou falam.
Cabe ao Governo e quem é verdadeiro amigo do desenvolvimento sustentado de Timor Leste promover e criar as condições para a instrução nesta matéria da língua.
A batalha e a primeira etapa é muito bem está em curso, tudo focado nas línguas Tétum e Portuguesa, o resto virá por acréscimo e necessáriamente outros passos se seguirão, a língua é um entrosamento necessário e não possui limites, excepto no ponto vista de Governação dum País, pelas razões políticas, estratégicas e de padronização, tem que haver um diapasão e esse é a música do Tétum e do Português o que me deixa muito feliz e marca um espaço e um compasso com muitos milhões de falantes da língua Portuguesa.
Mas, isto não significa que não se abram as portas e janelas à música de outras bandas não esquecendo que é a necessidade de nos entendermos, de fazer coisas em conjunto (o som da Cultura de um Povo e de uma Nação)e a satisfação das nossas necessidades que constrói e faz a Língua no dia a dia na liberdade de escolha, de cantar ou gritar pela salvação do País da Esperança - com é a voz da diplomacia Portuguesa e dos Portugueses unidos no terreno.FORÇA AMIGOS!
Malai X

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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