Vannessa Hearman
Solidarity organisations in the United States and East Timor have accused the Australian government of holding up the extension and expansion of the United Nations mission in East Timor, in particular the deployment of peacekeeping troops under the command of the UN. On August 18 the UN Security Council, divided over the issue, extended the mission only until August 25.
According to East Timorese NGO La’o Hamutuk in a letter to “Australian friends” asking them to pressure the Howard government on the issue: “Australia is the main obstacle, refusing to 'blue-hat’ your soldiers.”
Australia has rejected coming under the command of a unified UN structure, preferring instead to rely on a bilateral agreement with the East Timorese government. Currently, bilateral agreements exist between all countries involved in the Combined Task Force and the Timorese government. The Combined Task Force consists of New Zealand, Portugese, Malaysian and Australian troops, deployed specifically to deal with the outbreak of violence in May.
In an August 22 letter to UN officials, later published on the La’o Hamutuk website, former UN adviser in East Timor James Dunn wrote that there is “no good reason” why Australian troops shouldn’t be under UN command. He argued: “It is important that the international presence not be configured in such a way as to diminish Timor-Leste’s standing as an independent state. The Australian proposal has already raised suggestions that the new nation will become a client state, one whose future is dependent on support from Canberra.”
On August 25, the UN Security Council agreed to create the UN Integrated Mission in Timor Leste (UNMIT), comprising some 1600 police officers and up to 35 military liaison personnel. The Australian-led troops will remain in place and the situation will be reassessed by UN secretary-general Kofi Annan on October 25.
Australia’s stance is supported by Britain and the US, while Portugal and Brazil strongly support a UN command. The US position is in line with Washington’s pursuit and signing of bilateral immunity agreements with various countries, including East Timor, to exempt US forces from prosecutions in the International Criminal Court. On August 23, 2002, East Timor’s foreign minister Jose Ramos Horta (now interim prime minister) signed a bilateral agreement with the US to exempt US “government employees and nationals” from the provisions of the ICC.
Meanwhile, dissatisfaction with the behaviour of the Australian Defence Force is growing in Dili. La’o Hamutuk argues that “the performance of Australian soldiers in Timor-Leste has been erratic at best. They often relate poorly to the local people, don’t understand the social and political context, and are ineffective in deterring or preventing violence.” Among the ADF, “deficiencies in training, attitudes and command are evident almost every day” and goodwill towards the ADF “is wearing thin”.
Two attacks against Australian police took place in Dili on August 21 and 22, including the destruction of their patrol vehicles. An Australian aid worker in Dili told Green Left Weekly that “these attacks represent a shift. For the first time, the Australian police are being targeted. There is a view that some of the police are supporting particular sides, which has likely led to this shift.”
Expatriate NGO workers report of heavy-handed tactics by Australian troops against all locals, whether armed or not. Gangs of armed men continue to terrorise those sheltering in camps for displaced persons. Arson and violent attacks continue.
The August 14 budget passed by East Timor’s parliament is set to double defence spending. Police numbers will increase by 250, with the extra police to be deployed into counter-insurgency reserves and the anti-riot unit. Spending overall will increase towards the 2007 general elections.
From Green Left Weekly, August 30, 2006.
domingo, agosto 27, 2006
EAST TIMOR: Australia holds up UN mission
Por Malai Azul 2 à(s) 22:38
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Traduções
Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006
"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
1 comentário:
Tradução:
TIMOR-LESTE: A Austrália atrasa a missão da ONU
Vannessa Hearman
Organizações de solidariedade nos USA e em Timor-Leste têm acusado o governo Australiano de atrasar a extensão e expansão da missão da ONU em Timor-Leste, em particular o destacamento de tropas de manutenção da paz sob o comando da ONU. Em 18 de Agosto o Conselho de Segurança da ONU, dividido sobre a questão, estendeu a missão somente até 25 de Agosto.
De acordo com a ONG Timorense La’o Hamutuk numa carta para “amigos Australianos” a pedir-lhes para pressionarem o governo de Howard sobre a questão: “A Austrália é o obstáculo principal recusando o “capacete azul” aos vossos soldados.”
A Austrália recusou pôr-se sob o comando duma estrutura unificada da ONU, preferindo em vez disso apoiar-se num acordo bilateral com o governo Timorense. Correntemente, existem acordos bilaterais entre todos os países envolvidos na Combined Task Force e o governo Timorense. A Combined Task Force consiste nas tropas Neo-zelandezas, Portuguesas, Malaias e Australianas, destacadas especificamente para lidar com a explosão de violência em Maio.
Numa carta de 22 de Agosto para os funcionários da ONU, mais tarde publicada no website da La’o Hamutuk, o antigo conselheiro da ONU em Timor-Leste James Dunn escreveu que não há “razão boa” para as tropas Australianas não ficarem sob comando da ONU. Argumentou: “É importante que a presença internacional não seja configurada de modo a diminuir o estatuto de Timor-Leste como um Estado independente. A proposta Australiana já levantou sugestões que a nova nação se torne um Estado cliente, um Estado cujo futuro depende do apoio de Canberra.”
Em 25 de Agosto, o Conselho de Segurança da ONU concordou em criar a Missão Integrada da ONU em Timor-Leste (UNMIT), compreendendo cerca de 1600 oficiais de polícia e cerca de 35 pessoal militar de ligação. As tropas lideradas pelos Australianos manter-se-ao no local e a situação será avaliada pelo Secretário-Geral da ONU Kofi Annan em 25 de Outubro.
A postura da Austrália é apoiada pela Grã-Bretanha e USA, enquanto que Portugal e o Brasil apoiam fortemente um comando da ONU. A posição dos USA está em linha com o intento de Washington de assinar acordos de imunidade bilaterais com vários países, incluindo Timor-Leste, para isentar as forças dos USA de processos no Tribunal Criminal Internacional. Em 23 de Agosto de 2002, o Ministro dos Estrangeiros de Timor-Leste José Ramos Horta (agora primeiro-ministro interino) assinou um acordo bilateral com os USA isentando “funcionários governamentais e nacionais” dos USA das condições do Tribunal Criminal Internacional.
Entretanto, o descontentamento com o comportamento das Forças de Defesa Australiana cresce em Dili. La’o Hamutuk argumenta que “a actuação dos soldados Australianos em Timor-Leste tem sido errática no melhor. Muitas vezes relacionam-se pobremente com os locais, não compreendem o contexto social e político, e são ineficazes em deter ou prevenir a violência.” Entre a ADF, “deficiências no treino, nas atitudes e no comando são evidentes quase todos os dias” e a boa vontade para com a ADF “é cada vez menor”.
Houve dois ataques contra a polícia Australiana em Dili em 21 e 22 de Agosto, incluindo a destruição dos seus veículos de patrulhamento. Um trabalhador humanitário Australiano em Dili disse ao Green Left Weekly que “estes ataques representam uma mudança. Pela primeira vez, a polícia Australiana está a ser visada. Há uma opinião que alguns dos polícias estão a apoiar lados particulares, o que provavelmente levou a esta mudança.”
Trabalhadores de ONG’s expatriados relatam tácticas de mão pesada das tropas Australianas contra todos os locais, estejam armados ou não. Gangs de homens armados continuam a aterrorizar os que se abrigam em campos de deslocados. Continuam os fogos postos e os ataques violentos.
O orçamento de 14 de Agosto aprovado pelo parlamento de Timor-Leste prevê o dobro dos gastos na defesa. Os gastos com a polícia aumentarão por 250, com polícia extra a ser destacada em reservas de contra-insurgência e em unidades anti-motim. No geral aumentam as despesas dirigidas às eleições gerais de 2007.
De Green Left Weekly, Agosto 30, 2006.
Enviar um comentário