domingo, agosto 27, 2006

Dos leitores

A crise político-militar começou em Timor-Leste com a exoneração de 600 militares das FDTL, com fundamento no facto de tais militares se terem manifestado publicamente, sem autorização da hierarquia, contra o que referiam ser discriminação étnica.

Ora é sabido que em qualquer Estado (em Portugal ou em qualquer outro pais da União europeia ou na Austrália, China, Estados Unidos da América) as forças policiais e os militares não têm, não podem ter os mesmos direitos de manifestação ou sindicais que os demais trabalhadores ou funcionários públicos/ servidores do Estado. Não podem por exemplo fazer greve. Isto porque a existência de forças de segurança são o que justifica e suporta a existência do Estado. Não se compreenderia que tais forças pudessem dizer agora por uns dias não há polícia ou exército, não há Estado, porque vamos reivindicar os nossos direitos. (os bandidos agradeceriam...)

O cidadão que assume o lugar de polícia ou de militar sabe, tem de saber que, no que
respeita aos direitos de manifestação e outros direitos sindicais, a condição de membro de força de segurança impõe, por natureza, particulares restrições. Um militar ou um polícia não se pode manifestar armado ou fardado. Não podem em caso algum fazer greve.

Porém aquela decisão de exoneração dos 600 militares não foi precedida, ao que se sabe, de processos disciplinares, com acusação formal a cada um dos militares. Não foi dada, antes de tomada a decisão de exoneração a possibilidade de cada um dos militares se defender no âmbito do processo disciplinar perante a Administração (o chefe do Estado maior). Pelo que aquela decisão viola um dos princípios fundamentais de qualquer Estado de direito que é o da garantia de defesa do acusado, sendo por isso ilegal.

Mas perante tal decisão de exoneração, num Estado estabilizado, a forma de reagir é pôr o Ministério da Defesa em Tribunal. A Administração toma uma decisão ilegal, e o particular ( ou o funcionário) põe o Ministério da Defesa/ o Estado em Tribunal. Porque o Estado, os seus órgãos, têm, como os particulares, de cumprir a lei e de respeitar os direitos dos cidadãos.

É inadmissível que perante uma decisão administrativa, mesmo que injusta e ilegal, se parta para a pedrada ou a catanada.(É inadmissível porque põe em causa a segurança das populações e, como se viu, o próprio Estado).

Tendo-se porém a situação agravado muito em termos de violência, afigura-se correcta a ordem do Governo para a intervenção do exército no sentido de repor a ordem pública.
As forças militares se por natureza e em princípio exercem funções de defesa contra agressões externas, têm nos estados modernos também, em casos pontuais e particularmente graves, em que a segurança interna o justifique, possibilidade de ser chamadas a intervir - basta ver o apoio que os militares têm dado por exemplo em Portugal no combate aos incêndios florestais, e a intervenção que têm tido em São Paulo, Brasil, nos conflitos violentes que lá têm acontecido.

O que em situações de crise não pode falhar é a cadeia de comando política e militar.
E foi o que falhou na polícia e em termos políticos.

O Presidente da República (a instituição máxima do Estado) deu força àqueles que punham em causa a ordem pública e as instituições (onde se inclui também a presidência da república...).

Num Estado Timorense governado por Timorenses não pode ser admissível, em caso algum (mesmo tratando-se de ex-militares reagindo contra uma decisão ilegal por preterição do direito de defesa, e se muitos deles são ex-combatentes), reagir com violência, mesmo perante decisões que se consideram injustas. Se se considera que a decisão é errada recorre-se para o órgão hierárquico superior, ou para os Tribunais.

Nunca, em caso algum, com catanas ou pedras ou armas de fogo.

Num Estado de direito o conflito resolve-se pacificamente pela aplicação da lei. Não é admissível em caso algum a violência.

Porque começando esta, é depois muito difícil parar. Como se vê. E sem paz não há desenvolvimento possível, nem forma de fazer parar o sofrimento do povo.

O presidente da República foi um grande guerrilheiro, e Timor Leste deve-lhe muito.

Mas o tempo não pára. E o que Timor Leste hoje precisa não é mais de um guerrilheiro, é de um político. É de alguém que resolva os problemas, os conflitos, as divergências, que existem sempre, pela palavra e não mais pela força das armas.

O Presidente chegou a admitir que estava disposto a voltar para o mato...!

Os ex-combatentes, que lutaram na mata contra o ocupante indonésio privando-se da sua juventude e de muito conforto, têm hoje, e em nome desse passado difícil, mas que os dignifica enquanto timorenses, de interiorizar que a luta armada acabou, e que as discordâncias políticas se resolvem pelo voto. EM PAZ. Sempre em Paz.

Porque os inimigos não desapareceram. Há sempre perigos e falsos amigos que, de forma mais subtil ainda que os Javaneses, sorriem e dão ajuda, mas que se aproveitam das fragilidades e das divisões dos Timorenses.

Fernando Duarte.

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42 comentários:

Anónimo disse...

já não sei como ler o que em timor se passa. se havia esperança de que pese embora o golpe de estado as coisas iriam melhorar com as ordens de xanan e de horta agora ninguem parece duvidar que a situaçao esta mesmo sem rei nem rock.

antes era mari o culpado pelas acçoes de grupos de vadios que davam força a pretensoes de xanana gusmao. xanana vinha a terreiro exigir a demissao do primeiro ministro pois nao controlava a violencia.

agora a culpa morre solteira e a voz de xanana calou-se. horta esta numa encruzilhada e parece que alguem o quer tramar a ele e à fretilin.

a orquestraçao em marcha nao deixa duvidas de que o plano de destruiçao do partido mais votado ainda esta em marcha.

se horta tinha convicçoes e ate acreditava que daria por si so confiança a uma comunidade internacional de desconfiança permanente, entao estava enganado. desta forma esta cada vez mais longe o desenvolvimento do pais e a colocaçao de investimento externo no pais. os empregos nao surgirao e o desemprego continuara a sua ma caminhada.

parece que a geraçao da violencia que tinha 10 anos de idade 15 e 16 anos em 1999 esta agora a pretender construir uma democracia inviavel e sem futuro. timor corre o risco de se transformar num estado de anarquia permanente sem futuro e sem decencia.

pena que assim seja.

Anónimo disse...

Polícias voltam a manifestar-se em Lisboa

Lisboa , - Agentes da polícia voltam a manifestar -se hoje em Lisboa, por iniciativa da Associação Sindical dos Profissionais de Polícia (ASPP/PSP), para exigir o direito à greve, legalmente proibido nas forças de segurança.

A ASPP realiza ao início da tarde uma concentração no edifício da "Voz do Operário", seguindo-se um "desfile" até à Praça do Comércio, frente ao Ministério da Administração Interna, onde será entregue uma moção reivindicativa.

"Não se trata de uma manifestação, mas de um desfile de polícias", disse à Agência Lusa uma fonte da ASPP.

A iniciativa sindical de hoje repete o mesmo percurso de uma manifestação de polícias ocorrida a 21 de Abril de 1989, que ficou conhecida por "Secos e Molhados", devido a confrontos com o Corpo de Intervenção da PSP, que actuou com jactos de água e bastões.

O Sindicato dos Profissionais de Polícia (SPP/PSP) também assinala hoje o 17º aniversário daquela manifestação com o descerramento de uma placa "de homenagem" na sua sede, em Lisboa.

Dirigentes do SPP deslocam-se depois à 62/a Esquadra da PSP, em Queluz, onde na altura ficaram detidos alguns agentes na sequência da manifestação, que acabou em confrontos entre elementos da mesma corporação policial.

Essa manifestação, que contou com polícias fardados e à paisana, foi convocada pela Associação Pró-Sindical da PSP, antecessora da ASPP/PSP, para exigir, principalmente, o direito ao sindicalismo na instituição, então não previsto legalmente.

O ministro da Administração Interna da altura, Silveira Godinho (PSD), justificou a ordem para a intervenção do Corpo de Intervenção com o argumento de que a manifestação era "ilegal", assim como a organização que a promoveu.

Na sequência da manifestação foram detidos seis agentes, que depois foram libertados. (TQ.Lusa)


Polícias desfilam hoje para entregar moção no Ministério da Administração Interna

A Associação Sindical dos Profissionais de Polícia (ASPP/PSP) convocou para hoje um "desfile de polícias" para voltar a exigir o direito à greve para as forças de segurança, 17 anos depois do protesto não autorizado de polícias que ficou conhecido pelo nome de "Secos e Molhados", por ter terminado com confrontos entre polícias que se manifestavam e polícias em serviço.

Os agentes concentram-se ao início da tarde no edifício da escola Voz do Operário, na freguesia da Graça, seguindo em desfile até à Praça do Comércio, onde vão protestar e entregar uma moção reivindicativa no Ministério da Administração Interna. "Não se trata de uma manifestação, mas de um desfile de polícias", disse uma fonte da ASPP.

A iniciativa sindical de hoje repete o mesmo percurso da manifestação de polícias ocorrida a 21 de Abril de 1989, que ficou conhecida por "Secos e Molhados", quando o Corpo de Intervenção da PSP teve de usar jactos de água e bastões para demover os colegas que se manifestavam.

O Sindicato dos Profissionais de Polícia (SPP/PSP) também assinala hoje o 17º aniversário daquela manifestação com o descerramento de uma placa "de homenagem" na sua sede, em Lisboa. Dirigentes do SPP deslocam-se depois à 62ª Esquadra da PSP, em Queluz, onde na altura ficaram detidos alguns agentes na sequência da manifestação, que acabou em confrontos entre elementos da mesma corporação policial.

Essa manifestação, que contou com polícias fardados e à paisana, foi convocada pela Associação Pró-Sindical da PSP, antecessora da ASPP/PSP, para exigir, principalmente, o direito ao sindicalismo na instituição, então não previsto legalmente.

O então ministro da Administração Interna, Silveira Godinho (PSD), justificou a ordem para a carga do Corpo de Intervenção com o argumento de que a manifestação era "ilegal", assim como a organização que a promoveu.

Na sequência da manifestação foram detidos seis agentes, que depois foram libertados. (publico)

Anónimo disse...

"Mas o tempo não pára. E o que Timor Leste hoje precisa não é mais de um guerrilheiro, é de um político. É de alguém que resolva os problemas, os conflitos, as divergências, que existem sempre, pela palavra e não mais pela força das armas."

Pois realmente o Mari foi tao grande politico que nao so nao resolveu o problemas dos peticionarios de forma seria e atempada mas decidiu depois mandar ilegalmente as F-FDTL para limparem os peticionarios. Isso nao eh uso de armas??


"O Presidente chegou a admitir que estava disposto a voltar para o mato...!"

MENTIROSO E FACCIOSO! se por acaso esta a referir se as palavras que o PR proferiu no seu discurso a nacao o melhor eh voce ler outra vez em vez de desonestamente andar a caluniar o PR.

Anónimo disse...

Entre outras disse o Xanana em 22 de Junho:
"(...) "Eles talvez continuem a contar com as Falintil-FDTL. Mas com a prática deles, sujaram também o bom nome das F-FDTL. E eu acredito que as Falintil-FDTL, hoje, aguardam por mim, para nós podermos conversar. As Falintil-FDTL também erraram, mas erraram porque deram ouvidos a pessoas mal intencionadas, deram ouvidos a pessoas que não amam o povo, deram ouvidos a pessoas que tentam comprar a alma do povo. Durante os tempos da guerra de resistência nós dizíamos sempre: se as balas não matarem, o arroz e o supermi podem matar, as balas só podem matar o corpo, mas as rupias, o arroz e o supermi matam até a própria alma.

Hei-de vestir a farda de novo para de novo erguer o bom nome das Falintil-FDTL. Hei-de caminhar de novo com as Falintil, porque é Aswain do Povo [é o brio do Povo], mas que hoje chora, estão arrependidos, por não quererem escutar o seu Irmão mais velho, e escutaram só os que têm sede de sangue. Em 2000 eu saí das FALINTIL porque reconheci que as FALINTIL já haviam cumprido a sua missão sagrada de libertar a Pátria, e todos os seus membros já são crescidos, o que me permite deixá-los sozinhos para continuar a sua própria caminhada. Tal como no CNRT, em 2001, decidimos dissolver, para que cada um procure o seu lugar nesta nova caminhada de nação independente.

Mas eu estou pronto para caminhar de novo com todos eles e pedir desculpa ao Povo. Depois disso, todas as F-FDTL, desde o Brigadeiro General até aos novos soldados, farão Juramento ao Povo, dizendo que, enquanto militares, curvam-se perante a Constituição, respeitam as Leis, e nunca dependerão de um Partido, e darão garantias de liberdade e segurança à população, e respeitarão a Ordem Constitucional.(...)"

Anónimo disse...

Ainda há uns dias atrás lembro-me da Margarida ter respondido a um dos comentaristas para ir frequentar uma escola nocturna e aprender a interpretar o conteúdo de escrita. Recorro às mesmas palavras dela em resposta ao anónimo das 9:17:32.
Não se entende uma resposta tão pouco fundamentadae e leviana, a não ser que a pessoa em causa seja um admirador cego do PR ou um lambe chão em que pisa o poder supremo.
Acho que o texto apresentado e assinado por Sr.Fernando Duarte, a louvar este gesto de se apresentar com o nome por inteiro, mostrando a sustentabilidade e integralidade física da sua opinião, é tão transparente, explícito e elucidativo que qualquer um, mesmo os menos entendidos, possa facilmente entender o que se pretende dizer.
Além disso, é despretencioso e em nada faccioso. Esclarece os leigos sobre os direitos de assosiação que respeitam membros das forças de segurança, mas também sobre a legalidade ou ilegalidade da decisão tomada pela Administração, do modo em que se devia reagir num estado de direito, e mostra um olhar crítico em relação à posição tomada por toda a estrutura política, quer que seja o Governo ou o PR. Se criticar as autoridades, que também é um direito democrático tal como elegê-las, significa calunia-las, nunca então se progredirá na edificação da democracia, ficando-se num totalitarismo do culto da personalidade. O autor do artigo reconhece respeitosamente o mérito do PR na resistência contra a ocupação indonésia de Timor, mas é implícita a sua opinião que com os tempos mudam papéis e resposabilidades.
Qualquer um havia de concordar com isto.
Temos que compreender que a democracia em TL é recente, e esta aprende-se. Temos que compreender que as leis tradicionais são ainda observadas pela maioria da população e que estas leis exercem muitas vezes um efeito de travão na observação de conceitos democráticos, e que talvez sekam incompatíveis em certos casos. Temos que compreender tudo isto e tolerar reacções de cidadãos comuns, mas a responsabilidade dos ensinar e democracia pousa em autoridaes políticas. Estas, sim, têm a obrigação de conhecerem as leis, de frente para trás e de trás para frente, de conhecerem seus cidadãos e de zelarem pela segurança deles.
Devemos por isso dar os parabéns ao Sr. Fernando Duarte, encorajando todos que tenham a dizer uma palavra que apela à razão, à estabilidade e à segurança do estado, e à pacificação, que por sua vez contribuirão para a unidade e esta para a reconciliação. Tal como o PR o disse em tempos:"UM POVO; UMA PÁTRIA"

Anónimo disse...

A margarida e o lafaek devem usar oculos com lentes bem grossas e rachadas que distorcem a escrita ou nao percebem o portugues. Podem me dizer em que parte desse trecho, que a margarida acaba de citar, eh que o PR diz estar "pronto a voltar para o mato" como o tal Fernando Duarte alegou?
Ou sera que a vossa disposicao para distorcer as coisas ja esta tao enraizado na vossa maneira de ser que eh para voces impossivel interpretar objectivamente as palavras do PR?

Se nao estou equivocado e se ainda bem entendo o portugues, o que o PR diz e da a entender eh que ele esta pronto a vestir mais uma vez a farda para andar de novo com as F-FDTL e pedir desculpa ao povo. A unica interpretacao racional que dai posso retirar eh que o PR obviamente esta a referir-se a um processo de reconciliacao entre as F-FDTL e o povo de modo a sarar as feridas do 28 de Abril Tasitolo e mais uma vez restaurar o bom nome das F-FDTL.

Se a margarida, lafaek e Fernando Duarte decidem interpretar essas palavras como Xanana "voltar ao mato" para fazer sei la o que eh de espantar no minimo. E ja agora margarida diga la em que "outras" paragens eh que o Xanana diz estar disposto a voltar ao mato?? Pois nao chega dar entender que houve outras ocasioes em que o Xanana disse isso e depois apresentar um texto em que ele nem sequer diz o que voces alegam.

Lafaek e margarida: Talvez fosse melhor voces ouvirem o vosso proprio conselho e "frequentar uma escola nocturna e aprender a interpretar o conteúdo de escrita."

MENTIROSOS E FACCIOSOS!!

Anónimo disse...

A margarida e o lafaek devem usar oculos com lentes bem grossas e rachadas que distorcem a escrita ou nao percebem o portugues. Podem me dizer em que parte desse trecho, que a margarida acaba de citar, eh que o PR diz estar "pronto a voltar para o mato" como o tal Fernando Duarte alegou?
Ou sera que a vossa disposicao para distorcer as coisas ja esta tao enraizado na vossa maneira de ser que eh para voces impossivel interpretar objectivamente as palavras do PR?

Se nao estou equivocado e se ainda bem entendo o portugues, o que o PR diz e da a entender eh que ele esta pronto a vestir mais uma vez a farda para andar de novo com as F-FDTL e pedir desculpa ao povo. A unica interpretacao racional que dai posso retirar eh que o PR obviamente esta a referir-se a um processo de reconciliacao entre as F-FDTL e o povo de modo a sarar as feridas do 28 de Abril Tasitolo e mais uma vez restaurar o bom nome das F-FDTL.

Se a margarida, lafaek e Fernando Duarte decidem interpretar essas palavras como Xanana "voltar ao mato" para fazer sei la o que eh de espantar no minimo. E ja agora margarida diga la em que "outras" paragens eh que o Xanana diz estar disposto a voltar ao mato?? Pois nao chega dar entender que houve outras ocasioes em que o Xanana disse isso e depois apresentar um texto em que ele nem sequer diz o que voces alegam.

Lafaek e margarida: Talvez fosse melhor voces ouvirem o vosso proprio conselho e "frequentar uma escola nocturna e aprender a interpretar o conteúdo de escrita."

IGNORANTES MENTIROSOS E FACCIOSOS!!

Anónimo disse...

"Mas perante tal decisão de exoneração, num Estado estabilizado, a forma de reagir é pôr o Ministério da Defesa em Tribunal. A Administração toma uma decisão ilegal, e o particular ( ou o funcionário) põe o Ministério da Defesa/ o Estado em Tribunal. Porque o Estado, os seus órgãos, têm, como os particulares, de cumprir a lei e de respeitar os direitos dos cidadãos."

Estou perfeitamente de acordo. Isto era o que devia ter-se passado também em Timor.

Só que, conhecendo a realidade do sistema de justiça timorense, e a sua própria filisofia de funcionamento (basta ver que nem a hierarquia militar cumpriu os preceitos de justiça militar que impunham a abertura de processos disciplinares em que fosse possível o contraditório, nem aos peticionários foi entregue nenhuma nota de culpa), não é possível acreditar na imparcial e célere aplicação da justiça.

E o resultado num país em que não se acredita na justiça é normalmente o recurso à violência que em Timor, infelizmente, nem é novidade alguma.

Portanto, culpar liminar e singularmente os soldados que abandonaram as fileiras sem ter em conta toda a realidade envolvente, e até a quota parte de culpa da hierarquia e do poder político é no mínimo anedótico, para não dizer faccioso.

Anónimo disse...

Anónimo das 11:07:02 PM: chega a ser cómico ver a que ponto chega a sua bajulice ao Xanana! Então agora quer eu interprete “objectivamente” as farolices do Xanana nesse discurso quando antes me censurou por eu ter interpretado à letra essas mesmas farolices? Mas percebe-se que até você se começa a envergonhar desse discurso.

Anónimo disse...

Anónimo das 11:56:52 PM: foi ao PR que os “peticionários” se dirigiram logo no inicio desta “novela” e foi este depois de com eles reunir por mais de uma vez que acabou de remeter a resolução do problema à hierarquia castrense. Esta tentou com sensibilidade ouvir as suas reclamações mas foram descartadas pelos próprios queixosos com a alegação de que tinham entregado o assunto ao PR e só com o PR queriam dialogar. E como de facto não passavam cartão à hierarquia e se tinham ausentado dos quartéis, o comando militar tornou bem claro que ou se se apresentavam até determinada data ou se podiam considerar fora das forças armadas. E assim procedeu com os que de facto não regressaram às suas obrigações e aos seus quartéis. O que aconteceu foi isto e nada mais do que isto, como bem sabe.

De facto, os amotinados nada quiseram nem com a hierarquia militar nem com o Ministério da Defesa. Quiseram pura e simplesmente fazer chicana política.

E não venha por favor com fantasias de a hierarquia militar não ter aberto processos disciplinares, pois como sabe ainda não há nenhum tribunal militar instalado em TL.

E principalmente não se esqueça que rapidamente as reivindicações passaram a ser a demissão de toda a hierarquia militar, depois do PM Alkatiri e por fim a dissolução do Parlamento Nacional. E nas vésperas dos desembarque das tropas Australianas reivindicaram o desarmamento das F-FDTL!

Anónimo disse...

Se não fosse tão ignorante não dizia tantas baboseiras.

Os processos disciplinares na instituição castrense não têm nada ver com tribunais militares.

Têm apenas a ver com a aplicação do Regulamento de Disciplina Militar (RDM) e e não saiem da esfera de competência dos Chefes militares.

Os tribunais militares que em muitos países livres e democráticos nem existem (em Portugal, por exemplo, estão em processo de extinção), aplicam o Código de Justiça Militar (CJM), para casos mais graves e que excedam a competência dos Chefes militares.

Mas seja como for, o processo começa sempre por ser um processo disciplinar. Se no decurso desse processo se concluir existir crime é que é passado a processo crime militar.

É o que dá, falar sem saber. Asneira grossa.

E esta imbecil acha que tudo se passou de um dia para o outro.

Um belo dia, 600 militares acordaram bem dispostos, e decidiram abandonar a vida militar. No dia seguinte foram ter com o PR.

Parece-lhe que possa ter sido assim? Cabe-lhe isto nesse espaço oco entre as orelhas?

Anónimo disse...

O anónimo das 11:07:02 é um daqueles respeitadores cegos do PR ou um daqueles que cegamente lambe o chão pisado pelo supremo poder?

Anónimo disse...

Anónimo das 1:42:20 AM: Se consultar o site da UNOTIL de 11-13 Fevereiro de 2006, reparará que afinal nessa data os queixosos eram de 228 porque dos 402 que no dia 9 de Fevereiro se tinham ido manifestar junto do PR, afinal dois ou três dias depois, 174 tinham regressado ao quartel. Seria bom que acabasse com a cantilena dos 600 pois essa é tão somente mais uma fantasia para justificar títulos de caixa alta e nunca correspondeu à realidade. E nem de perto nem de longe correspondem aos que assinaram a tal petição...

http://www.unotil.org/UNMISETWebSite.nsf/cce478c23e97627349256f0a003ee127/ed0cb2a61b0cbc704925711400374e40?OpenDocument

Anónimo disse...

Quantos foram despedidos?

Anónimo disse...

600 militares? Parece-me que eram 600 bonecos de corda vestidos com uma farda militar! Esta gente nao sabe o significado de ser Militar!
Agora acabou-se a corda!
MARCHADO

Anónimo disse...

Há muita gente em Timor que não sabe para que serve um exército nacional.
Há muitos que ainda pensam (e julgavam que tinham conseguido ao amarrá-los ao nome Falintil na Constituição), que a sua função era serem a guarda vermelha da FRETILIN.

Só que à frente do exército está TMR e não foi na manobra.

Quando tudo voltar ao normal, espera-se que TMR corra com os comissários políticos que iam desmembrando a instituição. Lamentavelmente, esses comissários políticos são ex resistentes da luta armada que não souberam fazer a transição para um estado democrático e livre.

Anónimo disse...

Quem gosta de apontar as asneiras grossas deveria começar por apontar as suas.

O comportamento dos "peticionários" configuraria em Portugal os crimes de deserção qualificada (pena de 1 a 4 anos de prisão, agravada de um terço), o de insubordinação por desobediência (pena de 1 a 4 anos de prisão, agravada de um quarto do seu limite máximo) e o de insubordinação colectiva (pena de 2 a 8 anos para os instigadores e pena de 1 mês a 2 anos para os outros, estando armados, e com redução a metade se desarmados). E isto para nos ficarmos por aqui. Do Reinado então, é melhor nem falar...

Porém, estes crimes, pelo facto de o serem, não têm nada que ver com o RDM.

E se é certo que em Portugal a competência para julgar crimes de índole militar passou para os tribunais civis, salvo em casos excepcionais, não nos podemos esquecer de que Timor-Leste há muito deixou de ser uma Província ultramarina portuguesa e que neste país vigora o Direito timorense. A Constituição da RDTL estatui os Tribunais Militares (artº 123, nº 1- c)), conferindo-lhes competência exclusiva para "julgar em primeira instância os crimes de natureza militar" (artº 130, nº 1). Enquanto os TM não forem criados por lei específica, vigoram as normas legais subsidiárias, etc, etc, etc.

Anónimo disse...

Mari nao soube resolver o caso e o povo sofreu!!!

Anónimo disse...

O anónimo das 11:07:02

nao esqueca de acrecentar que tambem aqueles respeitadores cegos do Mari e aqueles que cegamente lambe o chão pisado pelo Ditadores.

Anónimo disse...

Eu lembro=me de te ver lamber o chao pisado pelo Salazar e depois Caetano. Ainda bem que ja mudaste e quando e que isso foi?

Anónimo disse...

H Correia, obrigado pelo seu "input". O problema e que a maioria da canalhada que por aqui aparece nao tem nocao alguma do que se passou com os militares, e tambem nao sabem como e que a hierarquia e a Administracao Militar funciona! Eles nunca irao compreender porque nao tem miolos para isso!

Anónimo disse...

h correia

Voltamos ao mesmo. O que propôe é amputar a perna que ficou paralizada.
Em vez de procurar a causa da paralisia.

Arrisca-se a que a outra também paralise.

O problema quando quase 1/3 dos militares abandonam a instituição é obviamente político e não de justiça militar.

De outro modo, configura uma ditadura.

Eu, por razões profissionais conheço bem o RDM e o CJM.
E também sei que em Timor, não existem os tribunais militares previstos na Lei de Bases.

Só um ceguinho não vê que o problema é político e não militar, quando quase 1/3 dos militares abandonam as fileiras.

E a primeira medida,antes de qualquer outra que Mari devia ter tomado era demitir o Ministro da Defesa e toda a sua equipe política.
Depois, chamar o TMR e perceber o que tinha causado todo aquele movimento em bloco.

Corrigir de imediato as causas profundas dessa insatisfação.

E só depois disso, se a situação se mantivesse, então aplicar a Lei.

Acontece, que ficou sempre no ar a dúvida se as causas que provocaram aquele descontentamento, não foram premeditadas para depurar as FDTL dos novos militares e uma tentativa de fazer as FDTL regressarem à "pureza" das Falintil, expurgados os restantes militares.

E com isso criar uma guarda vermelha de defesa do partido.

Foi essa a denúncia de TMR a Xanana.

Logo, Mari era parte do problema e não poderia ser nunca a solução.

Por isso os peticionários não aceitaram nenhuma comissão de investigação nomeada e controlada pelo governo. Era pôr o macaco a guardar as bananas.

Como tal, repito:
Obrigado FRETILIN e parabéns pelos resultados.

Anónimo disse...

Voce tem toda a razao anonimo das 7:17:54 PM. So quem eh cegueta ou seguidor do nucleo duro da Fretilin eh que nao consegue mesmo ver isso ou quer deturpar a realidade.

Anónimo disse...

Agora a causa do Anónimo é tornar ouro de lei a lataria do Xanana e querer que a malta acredite que as basófias e invencionices do Xanana são verdades insofismáveis. No discurso de 22 de Junho, o Xanana de forma reles revelou supostos desabafos (digo de forma reles porque o Comandante-General nunca o poderia desmentir), o Anónimo tenta aqui transformar em verdade essa canalhice do Xanana e dela fazer argumento para demonizar o Mari. Já não lhe bastam os “esquadrões”, afinal o que o Mari queria era pintar as F-FDTl, diz o Anónimo.

E ao contrário do que diz a única Comissão que os amotinados aceitaram foi mesmo a única Comissão que o governo propôs, a Comissão dos Notáveis, e onde participam além dos quatro órgãos de soberania, a igreja e a sociedade civil como consultores.

Anónimo disse...

Quem tem que acreditar porque não tem razão para não o fazer, são os timorenses, não é a "malta" do PCP. Vocês são irrelevantes até em Portugal quanto mais em Timor.

E os timorenses conhecem Xanana de mais de 20 anos de luta no mato e no meio dos timorenses. Alkatiri só conhecem do que contribuiu durante a guerra civil (e que contributo, especialmente em Aileu)e agora desde que conquistou o poder no partido.

Em quem acha que naturalmente acreditam? Como aliás as votações demonstram à saciedade?

Chame-lhes amotinados, chame-lhes o que quiser, mas as razões que os levaram a tomar atitude tão drástica, nunca você e seus apaniguados teve a coragem de explicar qual foi.

Mas a comissão de Notáveis não foi a primeira criada para o assunto, pois não?

Anónimo disse...

Ao Intelectual que disse ai acima que o problema dos militares terem abandonado os quarteis, e obviamente um problema politico e nao militar!
Se se trata de Militares como e que pode ser um problema politico! A meu ver o comandante MTR e que devia ter resolvido o problema! O Ministro da Defesa, o primeiro Ministro e o PR deviam-lhe todo o suporte!
Nao venha ca com baguncas academicas!

Anónimo disse...

Senhor Intelectual, mais uma perguntinha: Suponhamos que 1/3 dos Padres amanha deitam as batinas para o lado e largam a Igreja: Sera isto um problema politico ou da Igreja?

Anónimo disse...

É obviamente um problema político da Igreja, que como sabe, se não sabe devia saber, é tutelada pelo Vaticano que é um estado.

Quando um militar, ou dois ou três, abandonam as fileiras é um problema militar.
Quando quase 1/3 dos efectivos o faz, é óbvio que é um problema político, com repercurssões graves em toda a instituição militar. Negar esta evidência é de uma tacanhez atroz. Ou cegueira partidária.

Anónimo disse...

Claro que a Comissão dos Notáveis foi a primeira e única criada pelo Governo, ou nem isto ainda tinha percebido? Parece que não.

Aliás ele ainda nem percebeu que não só o PM Alkatiri como o seu Governo e a Fretilin no Parlamento Nacional deram todo o apoio à hierarquia militar como até que o ÚNICO órgão de soberania que NÃO só não deu como até teve a insensatez de se manifestar publicamente CONTRA a decisão do Comandante-General foi o PR! Nem isto ele ainda percebeu! Espantoso!

Como aliás também não percebeu que acaba de dar mais um tiro no pé quando agora afinal confessa que os amotinados fizeram o que fizeram para criar um problema político e assim dar o pretexto ao Xanana para remover o Alkatiri. Pois não tem sido precisamente isto que o Alkatiri denunciou desde Maio quando falava do golpe de Estado em curso?

De tantas cavadelas tinha de sair minhoca da grossa! Que tal pensar antes de carregar nas teclas?

Anónimo disse...

"afinal confessa que os amotinados fizeram o que fizeram para criar um problema político"

Precisa é de demonstrar onde é que isso foi escrito. Eu nunca o escrevi.

Alguém com o seu QI só podia mesmo ter lugar no partido onde milita. Em qualquer outro era-lhe vedada a admissão por falta de orientação para encontrar a porta.

Anónimo disse...

Afinal diz agora que os amotinados não criaram um problema político?

Anónimo disse...

Eu nunca disse que foram eles que criaram, leu isso onde?

O que disse e repito por ser tão óbvio para qualquer pessoa com 2 dedos de testa, é que quando quase 1/3 dos militares abandonam as fleiras, isso deixa de ser um problema exclusivamente militar para passar a ser político.

Porque uma tal quantidade de efectivos a abandonarem as fileiras tem que ter uma razão.

Nunca escrevi que o fizeram propositadamente para criarem um problema político.

Fizeram-no por razões que ninguém se importa de analisar quais foram e mais grave, porque foram.

E quando 1/3 dos militares abandona as fileiras, é óbvio que deixa de ser um problema da esfera de competência da hierarquia militar e passa para o foro político. Porque também a solução deixa de ser da competência da hierarquia militar e só pode ser da esfera política.

Aqui há uns anos, um marinheiro norueguês foi acusado de ter tirado uma foto de uma fulana nua na praia e depois da pressão dos média o CEMGFA foi demitido por não ter actuado de forma exemplar em tempo oportuno.

A demissão de um CEMGFA não é um acto político?

Em Timor, morrem 21 pessoas e o CCF passa atestados de confiança ao PM.

Veja só a diferença entre uma democracia responsável e um protótipo de democracia a caminho do totalitarismo.

Bem sei que a sua preferência vai para este último modelo, mas felizmente nem em Portugal já lhe dão ouvidos.

Anónimo disse...

Afinal agora os 600 já abandonaram as fileiras? Eureka! Eu sabia que finalmente ia chegar à mesmíssima conclusão a que qualquer pessoa com dois dedos de testa já tinha chegado há longos, longos meses atrás. Já agora, please, não se esqueça de avisar os media Australianos que afinal, ao contrário do que ainda escrevem, os 600 abandonaram as fileiras. Voluntariamente. Porque quiseram. Ninguém os empurrou. E então explique-me lá s.f.f. como é que um acto voluntário de 600 cidadãos Timorenses pode ser um problema político a exigir a demissão dum legítimo PM?

Anónimo disse...

Se a sua estupidez pagasse imposto, Sócrates tinha o problema do déficit resolvido.

Desde o princípio que eu escrevo que eles abandonaram as fileiras, onde está a novidade?
Leia acima e acima e mais acima.

Agora, comparar 1/3 dos efectivos abandonarem as fileiras, com 600 cidadãos voluntariamente abandonarem os campos de arroz ou assim, é mesmo de mentecapto.

E tanto se tornou num problema político do governo que ainda não está sanado.

E tudo por tentarem depurar as FDTL, para serem usadas como guardas vermelhas do partido.

Você é criminosa a querer tratar problemas destes a tiro.

Anónimo disse...

Afinal baralhou-se outra vez: tão depressa diz que eles abandonaram as fileiras como logo a seguir diz que foram depurados. Afinal anandonaram ou foram depurados?

Anónimo disse...

Senhor Intelectual, a mim voce nao me convence! Se 3 militares abandonarem a tropa e um problema militar! Se 300 militares abandonarem a tropa e um problema politico! E se toda a tropa suponhamos 3.000 abandonarem. que problema e?
Isto aqui e por numeros?
Pela sua teoria, se 5 doentes morrerem no Hospital, isto e um problema do Hospital, mas se morrerem 50 de imediato torna-se um problema politico? VA DAR UMA CURVA!

Anónimo disse...

Como é possível ser-se tão obtuso?

É evidente que o número faz a diferença. Até porque revela não um caso pontual, mas um problema geral. e um problema geral só pode ser resultado de uma política errada.

Não está lembrado do caso dos hemofílicos de Évora?

Quando o número de mortes chegou a 13, até a unidade de transfusões foi fechada e houve um Secretário de Estado e um director Geral que foram demitidos.

Esta gente pensa com as unhas dos pés.

O povo tem sempre razão, mas se fosse mais culto, teria muito mais razão.

Anónimo disse...

"Afinal anandonaram ou foram depurados?"

Abandonaram porque sentiram que estavam a ser discriminados por uma política governamental de depuração. Só agora percebeu?

Não me diga, que achava que quase 1/3 dos efectivos do exército nacional se tinha ido embora por ter saudades de casa e estavam fartos do salário ao fim do mês.

Imbecil.

Anónimo disse...

O Sr/a "Anonimo". Voce nao ve que a margarida e este anonimo das 8:45:30 AM sao um debeis mentais? Tem o cerebro de uma minhoca e a boca de um papagaio.
A margarida ja nem sequer merece atencao! Ela e insusceptivel de fazer conversas serias. No principio ate lhe achei graca e pensei que o que dizia era resultado da sua ingenuidade e falta de conhecimento sobre Timor. Muito rapidamente apercebi-me que ela e uma facciosa, oca, mentirosa manipuladora que so serve um proposito. Vender o peixe podre do partido as "massas". Deixei de perder o meu tempo com ela.

Anónimo disse...

Muitos dos comentários aqui apresentados parecem-me despropositados, desatinados e inoportunos. Se se está a falar de leis e de jurisprudência, vêm logo alguns virar a conversa para algo que foi ou não dito; se se falar de soberania e defesa da legalidade do país, estão cá para acusar de comunismo, ditadura, marxismo, etc...; se se falar de assuntos variados aproveitam para acusar a Fretilin.
Eu cá por mim, que nem sou Timorense nem tenho interesse em lutas e disputas partidárias, pois, cabe ao povo escolher o que é melhor para ele, acho tais comentários completamente desfazados da realidade que não podem trazer bem algum, mas que podem prejudicar o reestabelecimento de ordem e segurança públicas, a normalização da situação, a sanação a gravidade da situação humanitária, incitar mais violência, causar mais distúrbios e prejuízos humanos e materiais.
Porquê as coisas não são feitas de acordo com leis e legalidade?Porquê, em vez de exigir a demissão de Mari Alcatiri através de ultimato na praça pública, não se tinha realizado a investigação necessária para apurar factos, e se houvesse fundamentos para formular a sua acusação, julgá-lo de acordo com as leis? Porquê assim não se faz com todos os intervenientes da crise, quer que se tratase de rei ou de frei?
De modo com o que foi feito, pisando-se toda a qualquer legalidade democrática, dá para concluir que tinha que se "despachar" a situação, a acelerar acontecimentos antes que ocorram ambas as eleições parlamentares e presidenciais.
Porquê cada partido não apresente um programa, definindo bem claramente o que pretende fazer e como? Porquê não criar um ambiente saudável conducente à campanha eleitoral agora que feridas ainda sangram e que pôr mais sal nelas e mais achegas na fogueira poderia acelerar o processo de autodestruição de TL e do próprio povo? Porquê continuar a dividi-lo se já é tão difícil uní-lo em torno de uma nação e uma pátria?

Anónimo disse...

Se consultarem o site da UNOTIL de 2 de Maio, logo a seguir aos acontecimentos de Abril, encontram a afirmação do que tenho dito pela boca do insuspeito Ramos Horta. Cá vai:

Tuesday, 2 May 2006
Apresenter/Interviewer: Sen. Lam
Speakers: East Timor's foreign minister Jose Ramos-Horta

RAMOS-HORTA: Deixe-me pôr as coisas em contexto. Dos quase 600 soldados demitidos, nunca mais de duzentos ou trezentos elementos, participaram nas manifestações. E o seu comportamento foi na maioria dos casos pacífico. O resto nunca participou nas manifestações; já estavam nas suas aldeias há várias semanas. E é isso que tenho tentado dizer aos media há muitos, muitos dias – a maioria dos soldados estão de volta às suas aldeias pacificamente.

Assim, por outro lado, dos que ficaram para trás, cerca de 200 a 300 ou perto, mais de 100 indicaram ontem, que se querem entregar à polícia. (…) (ABC net.au)

http://www.unotil.org/UNMISETWebSite.nsf/cce478c23e97627349256f0a003ee127/3d7f6956fa10ec31492571620034fee2?OpenDocument

Anónimo disse...

Oh Lafaek!
Eles estao a usar as tacticas da Margarida.
E que na vida nao se pode ser bom soldado nem bom cavalo.Percebes?

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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