segunda-feira, julho 24, 2006

Um pouco de manipulação australiana...

Termina prazo entrega voluntária armas, detidos timorenses armados

Díli, 24 Jul (Lusa) - O prazo estabelecido para a entrega voluntária de armas terminou hoje em Díli e a partir de agora todos os timorenses que forem surpreendidos com armamento serão detidos, disse à Agência Lusa o comandante das tropas australianas, brigadeiro Mick Slater.

O oficial, que estava acompanhado do comandante Steve Lancaster, responsável da polícia australiana, apresentado como coordenador dos cerca de 600 efectivos policiais internacionais - entre os quais os 126 portugueses da Guarda Nacional Republicana -, acrescentou que só hoje foram recolhidas mais 50 armas.

Entre o material militar entregue voluntariamente, a maior pare do qual estava nas mãos de agentes da Polícia Nacional, figuravam uma "shotgun", nove armas automáticas e 43 pistolas, além de granadas e muitas munições.

A partir de agora, e durante 10 dias, as forças internacionais, militares e policias da Austrália, Malásia, Nova Zelândia e Portugal, estacionadas em Timor-Leste, vão conferir os registos das mais de mil armas recolhidas desde o final de Maio e das que anda se encontram nos armeiros da Polícia Nacional para conferir o número exacto e tipo de armamento ainda em mãos desconhecidas.

No fim deste período, os cerca de 600 efectivos da polícia internacional alargarão o período de patrulhamento e de controlo da ordem pública durante as 24 horas do dia.

Actualmente, essas patrulhas são efectuadas entre as 07:00 e as 23:00 e fora deste período, os casos que careçam de intervenção policial, são avaliados em função das necessidades a partir das três esquadras criadas, Comoro, Díli Central e Bécora, onde a gestão dos incidentes reportados são alvo de triagem no comando de coordenação, com representantes dos cerca de 600 efectivos policiais internacionais actualmente presentes em Timor-Leste: Austrália (200 efectivos), Malásia (250), Nova Zelândia (30) e Portugal (126).

Um processo idêntico de registo e controlo de armas, designadamente as distribuídas às Falintil-Forças de Defesa de Timor- Leste, foi bem sucedido há semanas atrás, tendo sido referenciada unicamente a falta de "menos de uma dúzia de armas", disse o brigadeiro Slater à Lusa.

A recolha de armas nas mãos de civis, e o controlo do armamento distribuído à Polícia Nacional e forças armadas timorenses iniciou-se em Junho, na sequência de uma declaração do Presidente Xanana Gusmão ao país a 30 de Maio, quando chamou a si o controlo das áreas da Defesa e Segurança e enunciou um conjunto de medidas de emergência para pôr termo à crise político-militar no país.

A crise iniciou-se com a deserção de um terço do exército por alegada discriminação da hierarquia e conduziu à desintegração da Polícia Nacional, a divisões no seio das forças armadas, e a actos de violência protagonizados por grupos rivais de civis.

Com a chegada de forças militares e policiais estrangeiras, da Austrália, Malásia, Nova Zelândia e Portugal, a situação melhorou progressivamente, mas o saldo negativo da instabilidade é dado pelos cerca de 30 mortos registados e mais de 150 mil pessoas deslocadas em campos de acolhimento, a maior parte dos quais em Díli.
No plano institucional, o então primeiro-ministro Mari Alkatiri pediu a demissão do cargo, a 26 de Junho, na sequência de um "braço de ferro" com o Presidente Xanana Gusmão, tendo sido substituído na chefia do governo por José Ramos-Horta.
EL.

Correcção:

O comandante Steve Lancaster, responsável da polícia australiana, pode-se apresentar como quiser, mas não é o coordenador dos cerca de 600 efectivos policiais internacionais (entre os quais os 126 portugueses da Guarda Nacional Republicana).

Não existe um coordenador das polícias internacionais. Existem 4 comandantes, um de cada força, que coordenam entre si. Não coordena todas as forças, muito menos a GNR...

Existe um centro de coordenação conjunta das forças policiais, representada por oficiais de cada uma das forças.

Sabendo bem, que NÃO existe nenhum comando australiano, ou "coordenação", a LUSA podia ter questionado o oficial confrontando-o com este facto. Não?

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7 comentários:

Anónimo disse...

O Eduardo Lobão da Lusa não confronta nem questiona apenas transcreve aquilo a que ele chama de noticias.

E não só não confronta como não publica.

Nada publicou sobre a ausência do Presidente da República na cerimónia oficial das FDTL, nem sequer sobre a cerimónia.

Publicou a "cerimónia" da entrega das armas pelo grupo de Railos mas não confrontou o Procurador-Geral sobre a legalidade da sua presença no local nem sobre o número de armas entregues, nem sobre as munições.

Assim como nada publicou sobre a legalidade da nomeação do Procurador-Geral, nem o confrontou com o facto de este cometer o crime de violação do segredo de justiça.

E como nada publicou sobre...

Muito haveria para dizer sobre o jornalista da Lusa em Timor ao serviço da desinformação.

Anónimo disse...

O Eduardo Lobão da Lusa não confronta nem questiona apenas transcreve aquilo a que ele chama de noticias.

E não só não confronta como não publica.

Nada publicou sobre a ausência do Presidente da República na cerimónia oficial das FDTL, nem sequer sobre a cerimónia.

Publicou a "cerimónia" da entrega das armas pelo grupo de Railos mas não confrontou o Procurador-Geral sobre a legalidade da sua presença no local nem sobre o número de armas entregues, nem sobre as munições.

Assim como nada publicou sobre a legalidade da nomeação do Procurador-Geral, nem o confrontou com o facto de este cometer o crime de violação do segredo de justiça.

E como nada publicou sobre...

Muito haveria para dizer sobre o jornalista da Lusa em Timor ao serviço da desinformação.

Anónimo disse...

"Apresentado como"..

Desculpe?! Quer dizer que o jornalista "duvidava" e nada questionou?

Não sabe sequer ler as suas próprias notícias? A Lusa não publicou a notícia de QUE NÃO HAVIA COMANDO AUSTRALIANO?

Não publicou há dias uma peça sobre a coordenação conjunta das forças policiais?

Não podia confirmar com a GNR se havia um "coordenador"?

A Lusa tem a responsabilidade de ser mais rigorosa.

Ou talvez os orgãos de comunicação social que fazem "copy/paste" das notícias da Lusa, tenham de ter mais cuidado.

Anónimo disse...

Mais do mesmo...

Anónimo disse...

Reparem ainda nestas duas afirmações do Lobão:

1 - “A crise iniciou-se com a deserção de um terço do exército por alegada discriminação da hierarquia e conduziu à desintegração da Polícia Nacional, a divisões no seio das forças armadas, e a actos de violência protagonizados por grupos rivais de civis.”
Se bem que já não seja a lenga-lenga dos “600 despedidos por Alkatiri” (como andou meses a repetir em todos os textos), não se percebe como é a deserção dos soldados conduziu à desintegração da Polícia, omite completamente os confrontos dos desertores com os membros das F-FDTL, branqueia a participação dos desertores em violências, incêndios e pilhagens e branqueia e relativiza a actuação dos gangs de hooligans anti-Fretilin.

2 – “Com a chegada de forças militares e policiais estrangeiras, da Austrália, Malásia, Nova Zelândia e Portugal, a situação melhorou progressivamente, mas o saldo negativo da instabilidade é dado pelos cerca de 30 mortos registados e mais de 150 mil pessoas deslocadas em campos de acolhimento, a maior parte dos quais em Díli.
No plano institucional, o então primeiro-ministro Mari Alkatiri pediu a demissão do cargo, a 26 de Junho, na sequência de um "braço de ferro" com o Presidente Xanana Gusmão, tendo sido substituído na chefia do governo por José Ramos-Horta.”
Logo o Lobão que publicou a notícia do Director do Hospital com o número de 21 mortos, recomeça agora com os “cerca de 30”. Qual a fonte deste número, mistério, o Lobão não explica, mas devia explicar.
Como também devia explicar como é que há um "braço de ferro" quando só um, o PR se assumiu como contendor e principalmente como chantagista pois colocou o então PM com o dilema “ou resignas tu, ou resigno eu”.

Anónimo disse...

Ora comecar por 30 e depois ir para os 21 e que nao. nao e? Os numeros de mortos podem aumentar diminuir e que era um milagre. Mas isto e suficiente prova que algumas pessoas ficam paradas no tempo e nao acompanham o desenrolar dos eventos neste planeta azul (nao Malai Azul por esse continua o mesmo) por isso e que tocam sempre a mesma cassete.

Anónimo disse...

O Anónimo das 12:13:34 AM chama-se Lobão? Mas esqueceu-se de indicar a fonte... aliás lembro-me que segundo o Salsinha só em 28 de Abril foram 60 os mortos.

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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