Sydney Morning Herald
Lindsay Murdoch em Darwin
Julho 24, 2006
Gangs de adolescentes estão a aterrorizar campos de deslocados na capital de Timor-Leste, Dili, onde cerca de 73,000 pessoas têm estado a viver já há quase dois meses. Num dos piores incidentes, um bando de crianças tão jovens como de 12 anos atacaram um trabalhador contratado pela UNICEF num campo em Surik Mas, distrito da cidade.
O homem tinha ido monitorizar o abastecimento de água e as instalações sanitárias quando foi atacado pelos adolescentes que usavam catanas e outras armas na Sexta-feira. Sofreu golpes graves e feridas. A UNICEF emitiu uma declaração no fim-de-semana condenando a manipulação de crianças para cometerem actos violentos.
Funcionários em 33 campos disseminados por Díli relataram o brusco aumento de distúrbios provocados por adolescentes, incluindo ataques não provocados.
O Primeiro-Ministro, José Ramos Horta, fez uma prioridade de topo convencer os residentes dos campos de que é seguro regressarem a suas casas.
segunda-feira, julho 24, 2006
Um gang atacou um trabalhador humanitário - Tradução da Margarida
Por Malai Azul 2 à(s) 17:01
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Traduções
Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006
"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
13 comentários:
granda jovens de timor...devem ser os mesmos putos que estiveram la na manifestacao pro-xanana..os que pensavam e representavam a tal juventude de Timor-Leste...
que pena...halo moe deit...
granda jovens de timor...devem ser os mesmos putos que estiveram la na manifestacao pro-xanana..os que pensavam que representavam a tal juventude de Timor-Leste...
que pena...halo moe deit...
O Presidente bem que tinha falado para os governantes prestarem mais atencao e resolverem os problemas que se iam acumulando. E ja desde entao o Presidente exigia a demissao de Rogerio Lobato nao so por incompetencia e desleixo como diz no texto mas porque apesar do PR nao querer fazer acusacao mais especificas essa estoria das armas e outras associacoes criminosas do menino Rogerio ja comecavam a mostrar a cara.
O Alkatiri nao so ignorou, mas nao podia mesmo sacudir-se do Rogerio Lobato. Especialmente quando nos lembramos que o Rogerio so subiu a ministro a custa dos antigos-combatentes sediados em Matadouro que ele organizou e mandou marchar fardados sempre que a oportunidade se apresentava como Xanana ja notava no seu discurso: "criando problemas, pode-se levar algumas pessoas a Ministro,e que essas pessoas, depois de serem Ministros, só sabem aumentar os problemas."
A Ana Gomes tinha toda a razao quando dizia que de certa forma o Mari Alkatiri tornou-se refem do Rogerio Lobato.
E agora chegamos ao ponto onde a situacao degenerou-se de tal maneira que as futuras geracoes de timor vao ficando comprometidas como podemos reparar neste post.
XANANA GUSMÃO POR OCASIÃO DAS CERIMÓNIAS OFICIAIS PARA A
COMEMORAÇÃO DO 28 DE NOVEMBRO Dili
28 de Novembro de 2002
Sua Excelência o Presidente Interino do Parlamento Nacional,
Sua Excelência o Primeiro Ministro,
Distintos Membros do Parlamento Nacional,
Distintos Membros do Governo,
Distinto Vice Representante Especial do Secretário Geral da ONU
Distintos Representantes das Missões Diplomáticas,
Senhoras e Senhores,
Esta é mais uma data para se celebrar a independência de Timor-Leste! A
independência não deveria ser celebrada, a independência deveria ser vivida
nos seus benefícios. E é este o nosso problema maior, depois de mais de duas
décadas de luta e depois de, mais recentemente e como ponto de referência, o
20 de Maio de 2002. O que é que deveria significar a independência?
Não será o conceito de “ou tudo ou nada”, mas temos a certeza deveria significar
alguma coisa. Não “deveria significar alguma coisa”, podemos orgulhar-nos de
termos uma bandeira, um hino e uma Constituição. Podemos afirmar também
que temos um Presidente da República, que temos um Parlamento com 88
membros, muitos dos quais estão sempre a faltar e um Governo com muitos ministros e vice-ministros, porque se diz que há muito trabalho a fazer.
Não “ou tudo ou nada”, podemos dizer que a independência significa, hoje em
dia, um país com muitos problemas, que não são resolvidos com o devido cuidado.
28 de Novembro é uma data da FRETILIN! 20 de Maio é também dia da FRETILIN!
A maioria no Parlamento é da FRETILIN! O Governo é essencialmente da FRETILIN!
A independêncai serviu para se atender aos quadros da FRETILIN! A independência
é para atender também Antigos Combatentes da FRETILIN!
Celebra-se o 28 de Novembro de 2002, com a sensação de mágoa, por causa dos
problemas de Uatu-Lari, com os problemas em Dili, com os problemas de Ualili e
Baucau, com os problemas de Same e Ainaro, com os problemas de Ermera e Liquiçá, com os problemas de Suai Maliana.
Infelizmente, nota-se que, criando problemas, pode-se levar algumas
pessoas a Ministro,e que essas pessoas, depois de serem Ministros, só
sabem aumentar os problemas.
Há poucas semanas atrás, dei posse a mais um Vice-Ministro de
Administração Interna, fazendo o apelo para que aquele Ministério
comece a resolver com vigor os problemas que afectam a establidade
e a segurança do país. O facto é que os problemas têm vindo a acumular-se.
Se a independência é só da FRETILIN, eu não tenho nada a comentar.
Se a independência para todos nós, todos os timorenses, eu aproveito esta
oportunidade para exigir ao Governo a demissão do Ministro da Administração
Interna, o Sr. Rogério Lobato, por incompetência e desleixo.
Conforme a Constituição, Timor-Leste ficou independente em 28 de
Novembro de 1975! Há 27 anos que se é independente – vejam
só! Presto a minha homenagem à FRETILIN!
Porém, para a Comunidade Internacional, ficámos independentes em 20
de Maio de 2002! Eu próprio fiquei sem saber como fazer um
discurso em 28 de Novembro, com tantos problemas que o Governo
tem nas suas mãose, ainda por cima, com duas datas nas minhas mãos!
A justificação de que só há seis meses atrás se recuperou a soberania,
não pode prolongar-se indefinidamente. A questão de que só pertence
a alguns a obrigação ou a legitimidade de gerir Timor-Leste é
reveladora não só de arrogância, como também de ausência de
maturidade política e da total falta de consciência das dificuldades do
país.
O que se nota é que as pessoas se deixam levar, muitas vezes, a assumir
que os quadros do Partido é que merecem ser nomeados para este ou para
aquele lugar!
Perdeu-se a noção dos “interesses nacionais”, perdeu-se a noção dos
“superiores interesses do povo e do país”, perdeu-se a noção da nova
conjuntura do processo, que exige a capacidade para cumprir e
dedicação para servir.
As pessoas ficam deslumbradas com o “poder”, as pessoas ficam
obsecadas por, como quadros do Partido, serem ou terem que
ser os que mandam. As pessoas só sabem exigir que os quadros do
Partido, não importa se são bons técnicos ou não, não importa se
fizeram alguma coisa à luta ou não fizeram nada, mas porque são
quadros do Partido têm que ser eles os “grandes”.
As pessoas começam, erradamente, a medir o número de lugares pelo
número dos quadros do Partido, para que todos se acomodem porque
o partido é grande, e as pessoas ficam insatisfeitas porque nem todos
sobem ou nem todos podem ir para cima. Esta é a doença que arrastou
muitos partidos e muitos países recém-independentes ao desmando,
à ineficiência, à corrupção e à instabilidade política, onde os governantes
vivem bem e o povo na miséria.
Hoje, o Povo vive as maiores dificuldades no seu dia-a-dia, mas
o Partido vive o problema de não poder acomodar todos os seus
quadros, com o perigo ainda de virmos a ter incompetentes
administrando distritos e sub-distritos.
Disto tudo, se nota que muitas pessoas se servem dos partidos e não
servem os seus partidos, e se servem os seus partidos não servem o país.
Hoje, celebra-se o 28 de Novembro e convido a todos a
pensar nos deveres de cada um como cidadão e,
sobretudo para alguns, nos deveres como governantes.
Muita gente ainda não sabe o quanto somos vulneráveis,
depois da independência. Os Partidos políticos vivem a
ilusão da independência, quando estamos, mais do que
nunca, tão dependentes! Dependentes dos favores de
outros, dependentes da grandeza e capacidade de outros,
dependentes da nossa própria fraqueza ... de sermos um
país pobre, pequeno e inexperiente.
Muita gente desconhece que levamos já como país
sub-desenvolvido um estigma, como que um pecado
original: a culpa de sermos pobres, pela qual temos que
“render graças” aos que mais sabem, aos que mais
podem, aos que decidem ... por nós, porque as regras de
jogo já estavam estabelecidas e o 28 de Novembro de
1975 não significou absolutamente nada.
Aqui dentro, aqui em Timor-Leste, iniciámos os primeiros
ensaios de aprendizagem política, tornando-nos mais
vulneráveis ainda, enquanto nação, enquanto povo. E os
que podem vão continuando a tentar ajudar-nos a criar a
sensação de sobrevivência, porque a tentação que existe
hoje, nos timorenses, é a satisfação das recompensas,
haja ou não haja motivos para isso. Perdemos a noção da
Nação, porque nos agarramos ao sentido dos interesses
partidários.
Repito: muita gente desconhece o quanto somos
vulneráveis, depois de 20 de Maio. E se não corrigirmos
as atitudes, se não corrigirmos as irresponsabilidades,
mais vulneráveis nos tornaremos, em cada ano que
passa.
Muitos não têm a noção de que vivemos de esmolas,
outros não têm a noção de que não podemos continuar a
viver de esmolas. Alguns pregam o sentido de realismo,
que eu diria de pactuação porque as leis do jogo não são
nem podem ser nossas, são dos que podem para não
dizer dos que mandam.
Nós os timorenses entretemo-nos, nas nossas politiquices
nos preocupando em saber do nosso papel, como país
independente, e das nossas obrigações, porque só temos
obrigações, como país pobre e sub-desenvolvido.
É lindo celebrarmos a independência, duas vezes por ano.
É triste, contudo, que o nosso povo tenha tantas
lamentações, por cada dificuldade não resolvida.
Apelo ao Governo, aos Partidos sobretudo e ao
Parlamento para considerarem seriamente os problemas
que estão a acumular-se, ameaçando a estabilidade do
País. Obrigado.
- 1:16 AM
Quinta-feira, Novembro 28, 2002
-----------------------------
O Presidente bem que tinha falado para os governantes prestarem mais atencao e resolverem os problemas que se iam acumulando. E ja desde entao o Presidente exigia a demissao de Rogerio Lobato nao so por incompetencia e desleixo como diz no texto mas porque apesar do PR nao querer fazer acusacao mais especificas essa estoria das armas e outras associacoes criminosas do menino Rogerio ja comecavam a mostrar a cara.
O Alkatiri nao so ignorou, mas nao podia mesmo sacudir-se do Rogerio Lobato. Especialmente quando nos lembramos que o Rogerio so subiu a ministro a custa dos antigos-combatentes sediados em Matadouro que ele organizou e mandou marchar fardados sempre que a oportunidade se apresentava como Xanana ja notava no seu discurso: "criando problemas, pode-se levar algumas pessoas a Ministro,e que essas pessoas, depois de serem Ministros, só sabem aumentar os problemas."
A Ana Gomes tinha toda a razao quando dizia que de certa forma o Mari Alkatiri tornou-se refem do Rogerio Lobato.
E agora chegamos ao ponto onde a situacao degenerou-se de tal maneira que as futuras geracoes de timor vao ficando comprometidas como podemos reparar neste post.
XANANA GUSMÃO POR OCASIÃO DAS CERIMÓNIAS OFICIAIS PARA A
COMEMORAÇÃO DO 28 DE NOVEMBRO Dili
28 de Novembro de 2002
Sua Excelência o Presidente Interino do Parlamento Nacional,
Sua Excelência o Primeiro Ministro,
Distintos Membros do Parlamento Nacional,
Distintos Membros do Governo,
Distinto Vice Representante Especial do Secretário Geral da ONU
Distintos Representantes das Missões Diplomáticas,
Senhoras e Senhores,
Esta é mais uma data para se celebrar a independência de Timor-Leste! A
independência não deveria ser celebrada, a independência deveria ser vivida
nos seus benefícios. E é este o nosso problema maior, depois de mais de duas
décadas de luta e depois de, mais recentemente e como ponto de referência, o
20 de Maio de 2002. O que é que deveria significar a independência?
Não será o conceito de “ou tudo ou nada”, mas temos a certeza deveria significar
alguma coisa. Não “deveria significar alguma coisa”, podemos orgulhar-nos de
termos uma bandeira, um hino e uma Constituição. Podemos afirmar também
que temos um Presidente da República, que temos um Parlamento com 88
membros, muitos dos quais estão sempre a faltar e um Governo com muitos ministros e vice-ministros, porque se diz que há muito trabalho a fazer.
Não “ou tudo ou nada”, podemos dizer que a independência significa, hoje em
dia, um país com muitos problemas, que não são resolvidos com o devido cuidado.
28 de Novembro é uma data da FRETILIN! 20 de Maio é também dia da FRETILIN!
A maioria no Parlamento é da FRETILIN! O Governo é essencialmente da FRETILIN!
A independêncai serviu para se atender aos quadros da FRETILIN! A independência
é para atender também Antigos Combatentes da FRETILIN!
Celebra-se o 28 de Novembro de 2002, com a sensação de mágoa, por causa dos
problemas de Uatu-Lari, com os problemas em Dili, com os problemas de Ualili e
Baucau, com os problemas de Same e Ainaro, com os problemas de Ermera e Liquiçá, com os problemas de Suai Maliana.
Infelizmente, nota-se que, criando problemas, pode-se levar algumas
pessoas a Ministro,e que essas pessoas, depois de serem Ministros, só
sabem aumentar os problemas.
Há poucas semanas atrás, dei posse a mais um Vice-Ministro de
Administração Interna, fazendo o apelo para que aquele Ministério
comece a resolver com vigor os problemas que afectam a establidade
e a segurança do país. O facto é que os problemas têm vindo a acumular-se.
Se a independência é só da FRETILIN, eu não tenho nada a comentar.
Se a independência para todos nós, todos os timorenses, eu aproveito esta
oportunidade para exigir ao Governo a demissão do Ministro da Administração
Interna, o Sr. Rogério Lobato, por incompetência e desleixo.
Conforme a Constituição, Timor-Leste ficou independente em 28 de
Novembro de 1975! Há 27 anos que se é independente – vejam
só! Presto a minha homenagem à FRETILIN!
Porém, para a Comunidade Internacional, ficámos independentes em 20
de Maio de 2002! Eu próprio fiquei sem saber como fazer um
discurso em 28 de Novembro, com tantos problemas que o Governo
tem nas suas mãose, ainda por cima, com duas datas nas minhas mãos!
A justificação de que só há seis meses atrás se recuperou a soberania,
não pode prolongar-se indefinidamente. A questão de que só pertence
a alguns a obrigação ou a legitimidade de gerir Timor-Leste é
reveladora não só de arrogância, como também de ausência de
maturidade política e da total falta de consciência das dificuldades do
país.
O que se nota é que as pessoas se deixam levar, muitas vezes, a assumir
que os quadros do Partido é que merecem ser nomeados para este ou para
aquele lugar!
Perdeu-se a noção dos “interesses nacionais”, perdeu-se a noção dos
“superiores interesses do povo e do país”, perdeu-se a noção da nova
conjuntura do processo, que exige a capacidade para cumprir e
dedicação para servir.
As pessoas ficam deslumbradas com o “poder”, as pessoas ficam
obsecadas por, como quadros do Partido, serem ou terem que
ser os que mandam. As pessoas só sabem exigir que os quadros do
Partido, não importa se são bons técnicos ou não, não importa se
fizeram alguma coisa à luta ou não fizeram nada, mas porque são
quadros do Partido têm que ser eles os “grandes”.
As pessoas começam, erradamente, a medir o número de lugares pelo
número dos quadros do Partido, para que todos se acomodem porque
o partido é grande, e as pessoas ficam insatisfeitas porque nem todos
sobem ou nem todos podem ir para cima. Esta é a doença que arrastou
muitos partidos e muitos países recém-independentes ao desmando,
à ineficiência, à corrupção e à instabilidade política, onde os governantes
vivem bem e o povo na miséria.
Hoje, o Povo vive as maiores dificuldades no seu dia-a-dia, mas
o Partido vive o problema de não poder acomodar todos os seus
quadros, com o perigo ainda de virmos a ter incompetentes
administrando distritos e sub-distritos.
Disto tudo, se nota que muitas pessoas se servem dos partidos e não
servem os seus partidos, e se servem os seus partidos não servem o país.
Hoje, celebra-se o 28 de Novembro e convido a todos a
pensar nos deveres de cada um como cidadão e,
sobretudo para alguns, nos deveres como governantes.
Muita gente ainda não sabe o quanto somos vulneráveis,
depois da independência. Os Partidos políticos vivem a
ilusão da independência, quando estamos, mais do que
nunca, tão dependentes! Dependentes dos favores de
outros, dependentes da grandeza e capacidade de outros,
dependentes da nossa própria fraqueza ... de sermos um
país pobre, pequeno e inexperiente.
Muita gente desconhece que levamos já como país
sub-desenvolvido um estigma, como que um pecado
original: a culpa de sermos pobres, pela qual temos que
“render graças” aos que mais sabem, aos que mais
podem, aos que decidem ... por nós, porque as regras de
jogo já estavam estabelecidas e o 28 de Novembro de
1975 não significou absolutamente nada.
Aqui dentro, aqui em Timor-Leste, iniciámos os primeiros
ensaios de aprendizagem política, tornando-nos mais
vulneráveis ainda, enquanto nação, enquanto povo. E os
que podem vão continuando a tentar ajudar-nos a criar a
sensação de sobrevivência, porque a tentação que existe
hoje, nos timorenses, é a satisfação das recompensas,
haja ou não haja motivos para isso. Perdemos a noção da
Nação, porque nos agarramos ao sentido dos interesses
partidários.
Repito: muita gente desconhece o quanto somos
vulneráveis, depois de 20 de Maio. E se não corrigirmos
as atitudes, se não corrigirmos as irresponsabilidades,
mais vulneráveis nos tornaremos, em cada ano que
passa.
Muitos não têm a noção de que vivemos de esmolas,
outros não têm a noção de que não podemos continuar a
viver de esmolas. Alguns pregam o sentido de realismo,
que eu diria de pactuação porque as leis do jogo não são
nem podem ser nossas, são dos que podem para não
dizer dos que mandam.
Nós os timorenses entretemo-nos, nas nossas politiquices
nos preocupando em saber do nosso papel, como país
independente, e das nossas obrigações, porque só temos
obrigações, como país pobre e sub-desenvolvido.
É lindo celebrarmos a independência, duas vezes por ano.
É triste, contudo, que o nosso povo tenha tantas
lamentações, por cada dificuldade não resolvida.
Apelo ao Governo, aos Partidos sobretudo e ao
Parlamento para considerarem seriamente os problemas
que estão a acumular-se, ameaçando a estabilidade do
País. Obrigado.
- 1:16 AM
Quinta-feira, Novembro 28, 2002
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O Malai Azul peco o favor que retire um dos meus dois comentarios acima que por qualquer razao ficou repetida.
Agradeco-lhe desde ja mesmo para poupar o espaco e a estetica do seu blog.
O Senhores, por favor arrajem la o que estiver a funcionar mal na noticia anterior, pois gostaria imenso de ler o que o meu amigo Antonio Mota escreveu, mas nao consigo.
Para o Antonio Mota, aonde te escondeste rapaz! Manda ai um email para eta_wa@hotmail.com, para eu poder falar contigo. Um amigo em Perth.
Sem querer ensinar nada a ninguém, creio que os "post's" deveriam ser dirigidos aos comentários, às tantas deixa de fazer sentido e perde-se um objectivo que eventualmente seria mais "didáctico" como o de discutir a questão de "Um gang atacou um trabalhador humanitário", acredito que a vossa ansiedade e necessidade de expressar, tudo o que vos vai na alma sobre a actual situação é galopante, mas é também demasiado redutora face a alguns desafios que nos são propostos.
Não acham que o comentário só por si, tem carga política suficiente para se poderem desenvolver quase "teses"?
Eu por mim sobre o último parágrafo (e isto é pura presunção)acho que poderia questionar as aparentes "prioridades" do actual PM sobre questões óbvias tais como:
Como?
Quando?
Porquê?
O que concerteza, nos levaria a reflectir com uma maior profundidade sobre a genuinidade das sua preocupações e consequentemente sobre a sua aplicação práctica.
SG
Apenas uma curiosidade:
Uma semana depois deste discurso do Presidente Xanana deu-se o 4 de Dezembro, que todos conhecemos.
Sabe qua era o tal nome sonante que estava envolvido no 4 de dezembro e que por ser tao sonante e pertencendo a um membro do governo, o PM de entao, Mari Alkatiri nunca publicou o relatorio das investigacoes lideradas pelo seu Inspector Geral, Mariano Lopes da Cruz?
Leia la outra vez o texto e adivinhe quem e que poderia sentir-se pessoalmente atacado pelo discurso do PR.
Ja agora quem foi que para subir a ministro teve que organizar os antigos-combatentes e po-los a marchar fardados nas ruas de Dili sempre que a oportunidade se apresentava?
Quem foi que depois de atingir o seu objectivo e torna-se ministro virou as costas a esses antigos combatentes que vieram mesmo a acusa-lo em entrevista aos jornais que tinham sido usados pelo tal ministro e depois foram ignorados?
De quem e que a Ana Gomes dizia que o ex-PM eram refem?
Porque e que ate hoje o relatorio das investigacoes sobre o 4 de Dezembro que estava na posse do ex-PM nunca foram publicados? E nunca ninguem foi julgado apesar de alguns terem sido detidos?
Pense la um bocadinho.
ROGERIO LOBATOOOOOOOOOOOOOOOO!
BINGOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOOO!!!!!!!
Meus caros,
Era mais do que obvio que o Rogerio Lobato era pelo menos um dos visados no discurso do PR (provavelmente haveriam outros a deduzir do discurso do PR, mas isso eh outra histooria).
Mas essa conclusao nao parece ter nada a ver com o facto de que a vitima do 4 de Dezembro (embora indirectamente visado no discurso) nao foi quem produziu o discurso! Ou sera que entendii mal?!
Nem o Rogerio Lobato teria o atrevimento, naquela altura, de pensar em vitimar o PR. Seria o seu inequivoco fim. Nao! Uma das vitimas foi o Mari Alkatiri porque seria mais efectivo. Mas porque?
Tera sido porque talvez o Mari comprendendo as preocupacoes de Xanana relativamente ao Rogerio e havendo uma exigencia publica do proprio Chefe de Estado, ele tivesse contemplado a exigencia do Xanana como maneira de livrar-se do erro forcado de ter nomeado o RL para tal funcao?
O proprio Mari nunca teve muita confianca no Rogerio para o integrar no governo, nao e mesmo? Por alguma razao ele nao foi considerado para o II governo de transicao de que o Mari era Ministro Chefe. Por alguma razao o Rogerio Lobato so foi dado a pasta do interior depois de causar tanta instabilidade atraves do uso dos antigos combatentes. Ja se esqueceram as posicoes extremamente duras que Mari adoptou em relacao a esse antigos combatentes e as suas actividades desestabilizadoras? Quem ja se esqueceu que Mari ate chegou ao ponto de ameacar que tinha dado ordens a policia para apreender qualquer pessoa que fosse apanhada em uniformes militares se nao fossem membros das forcas armadas? E a situacao nao se limitava a Dili. Havia relatorios de actividades desestabilizadoras dos mandados de Rogerio Lobato em todo o territorio nacional. O Mari bem que tentou neutralizar essa "dor de cabreca" mas nao conseguiu e a unica solucao foi mesmo dar uma posicao ao RL para o apaziguar.
Quanto a eles serem paus mandados do Rogerio, os proprios atraves do Comandante "Labarik" afirmaram em publico que tinha sido o Sr. Rogerio Tiago Lobato que os tinha organizado e ordenado a fazerem o que faziam. Eles sentiram-se traidos porque apos conseguir o que queria nao so o Rogerio os ignorou como ate os perseguiu. Ou ja se esqueceram do caso de L7 fohorai-boot?
O mais provavel e que a 4 de Dezembro a casa do Mari foi queimada para lhe dar uma mensagem no sentido de que nem deveria atrever-se a contemplar aquilo que o PR exigia no seu discurso.
A pergunta permanece. Sabendo o Alkatiri de quem estava por detras desses incidentes e havendo ate suspeitos apreendidos, porque e que nem o relatorio das investigacoes foi publicado nem nenhum dos detidos foi processado?
Caramba, até que enfim uma análise lúcida.
E ainda se admiram que tudo isto não seja consequência da gerrilha interna na FRETILIN?
Como é possível as ambições no interior de um partido provocarem tanto sofrimento a uma nação inteira?
O influência do partido na nação tem que ser criticamente avaliado.
O partido não é, nem pode ser o estado.
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