O Presidente fala neste momento com os manifestantes da Fretilin em frente ao Palácio do Governo.
.
quinta-feira, junho 29, 2006
Presidente Xanana fala com os manifestantes
Por Malai Azul 2 à(s) 23:13
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Traduções
Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006
"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
10 comentários:
Timor-Leste: Xanana Gusmão apupado na manifestação da Fretilin
Díli, 30 Jun (Lusa) - O Presidente de Timor-Leste, Xanana Gusmão, estev e hoje junto ao Palácio do Governo, em Díli, onde se manifestam milhares de apoi antes da Fretilin, mas acabou por ser apupado.
Cerca de quatro mil apoiantes do principal partido timorense e que deté m a maioria no Parlamento, a Fretilin, estão a manifestar-se desde a tarde de qu inta-feira em frente do Palácio do Governo, em Díli.
Num gesto de boa vontade, o Presidente começou a sua intervenção com ap elos ao respeito pela Constituição e à legalidade, e esteve cerca de 45 minutos no local.
Xanana Gusmão envolveu-se depois em diálogo com alguns militantes da Fr etilin, que questionaram a razão porque exigiu a demissão do primeiro-ministro e nada fez para acabar com actividade dos maltratam os militantes do partido.
Um dos manifestantes, que falava a partir de um carro de som colocado n o meio da manifestação, chegou mesmo a acusar Xanana Gusmão de ter distribuído a rmas, ao que o Presidente respondeu que, se a investigação que vai ser feita por uma comissão internacional concluir pela sua culpabilidade, está pronto a ir pa ra a prisão.
Outro militante questionou Xanana Gusmão sobre as declarações que profe riu na mensagem em que considerava ilegítima a direcção eleita pelo congresso da Fretilin (17 a 20 de Maio passado).
Nessa declaração Xanana Gusmão afirmou que a eleição da direcção não re speitou a lei dos partidos políticos e a Constituição, por ter sido eleita de br aço no ar, pelo que a considera ilegítima.
"Não fui eu quem escreveu a Constituição. Não sou eu que faço as leis d o Parlamento. Quem tem a maioria no Parlamento é a Fretilin. Foi a Fretilin que fez aprovar as leis", respondeu o Presidente.
Antes de deixar o local, o secretário-geral adjunto da Fretilin, José R eis, que estava ao lado de Xanana, também num carro com sistema de som, entregou -lhe uma declaração que os manifestantes quinta-feira já lhe tinham querido entr egar no Palácio das Cinzas (residência oficial) mas que militares australianos q ue garantem a segurança ao edifício impediram.
O secretário-geral da Fretilin, Mari Alkatiri, e o presidente, Francisc o Guterres Lu Olo, deverão falar ainda hoje de manha aos manifestantes, que cheg aram quinta-feira a Díli para uma manifestação de três dias.
Os manifestantes da FRETILIN pretendem ficar até sábado em Díli e defen dem a anulação da demissão do primeiro-ministro Mari Alkatiri. Em frente do Palá cio do Governo, provenientes de distritos do leste do país, os manifestantes apo iam o governo e a liderança de Mari Alkatiri.
Only you.........only you 'Xanana' is heroic to so. No others can do like you...
Only you .................
Xanana e mais nenhum!!
Realmente so o Kay Rala Xanana Gusmao tem demonstrado a coragem digna de um Presidente da RDTL. E exactamente por isto e outros feitos que o tem muito respeito e estima por ele.
Como PM, Mari Alkatiri nunca se dignou em dirigir uma palavra ao povo maubere e muito menos visitar o povo deslocado, mulheres, criamcas, jovens e criancas deslocadas nos campos de acolhimento em Dili.
Aqui nota-se uma diferenca fundamental entre os dois. Um PR que comunga a dor e o sofrimento do povo e um PM que se usa do povo para manter o seu poder.
Viva Kay Rala Xanana Gusmao.
"Ruin nebé namkari lemorai, hamrik fali ba, Ran nebé nakfakar lemorai, hamutuk fila ba, hodi haré sira nebé hakarak estraga povo, hakarak halo povo terus beibeik, hakarak halo povo mate beibeik. Hatudu imi nia-an ba, hatudu imi nia kbit ba! Imi nia oan ha’u, mak né, sadik daudauk imi, hodi tau matan ba Povo né, hodi liberta tiha Povo né husi ema hamrok-ran nia okos."
"Ossos que estão espalhados por todos os cantos, ponham-se de pé, Sangue que foi vertido por todos os cantos, juntem-se de novo para ver aqueles que querem estragar o povo, que querem ver o povo sempre a sofrer, que querem ver o povo sempre a morrer.
Mostrem-se, mostrem a vossa força! O vosso filho está aqui, que vos implora, para olharem por este Povo, para libertar este Povo do jugo dos sedentos de sangue."
KRXG
Oh sr. comentarista, deixemos de populismos...
Penso que:
Xanana usou o povo como guerrilheiro para deitar abaixo o governo, leia-se Mari... e o Mari usou as leis como jurísta para se defender e manter no poder... um braço de ferro destruidor - duas atitudes e dois homens, duas opostas personalidades ...um casamento infeliz para o povo.
Xanana deveria explicar à comissão da UN, muito direitinho, o que lhe passou pela cabeça, para entendermos bem a sua ideia ... com eleições à porta ... foi o problema das armas?! Se foi porque não recorreu ao Procurador Geral da República e ao Conselho de Estado?
Concordo com o anónimo das 3:31pm ... dos comentários feitos pelos restantes anónimos só se pode concluir que:
Xanana Gusmão foi eleito PR e não Missionário.
Ficam-lhe bem os sentimentos de partilha de dor ... age quando as pessoas estão em baixo e a necessitar de carinho e amor.
Era necessário que tivesse a mesma postura quando o Povo não está nessas condições e se pronuncia pelo voto popular.
Um Chefe de Estado é mais do que andar a consolar as pessoas que sofrem ... é esse MAIS que ele não soube estar à altura de assumir, pois preferiu tomar caminhos golpistas em vez de respeitar a vontade popular expressa nas urnas.
Ao invés de usar o seu carisma para parar a violência ... não fez qualquer apelo à calma durante semanas, deu-se ao "luxo" de permitir/mandar a esposa fazer declarações que ridicularizaram TL aos olhos do mundo ... e, quando a situação começou a acalmar, incendeia tudo com uma declaração 'presidencial'!
Aqui, acrescento que a votação na Fretilin nas recentemente realizadas eleições locais, foi sunbstancialmente REFORÇADA em 10 %(apesar do desgaste que qualquer partido tem após 4 anos de governação - facto muito frequente e convenientemente "esquecido" nos dois últimos meses), o que deixa cair por terra o pseudo-argumento de que a Fretilin não merece a confiança do Povo.
Quis ser mais do que aquilo define e consagra como sendo as suas funções ... não soube ser criativo e 'casar' os poderes concedidos (e que ele sabia quais eram quando se candidatpu ao cargo!) com o seu carisma de forma a resultar numa liderança da Nação que contribuisse para a implementação do Plano de Desenvolvimento Nacional que tanto ajudou a formular ... escol.heu o 'timingh' para provocar a crise na altura ideal (na sua opinião e na do Hermenigildo!) de modo a tentar 'rebentar' com a Fretilin antes do próximo acto eleitoral ... mas esqueceu-se que NÃO tem alternativa ... os partidos da chamada oposição
Xanana e mais nenhum!!
Realmente so o Kay Rala Xanana Gusmao tem demonstrado a coragem digna de um Presidente da RDTL. E exactamente por isto e outros feitos que o tem muito respeito e estima por ele.
Como PM, Mari Alkatiri nunca se dignou em dirigir uma palavra ao povo maubere e muito menos visitar o povo deslocado, mulheres, criamcas, jovens e criancas deslocadas nos campos de acolhimento em Dili.
Aqui nota-se uma diferenca fundamental entre os dois. Um PR que comunga a dor e o sofrimento do povo e um PM que se usa do povo para manter o seu poder.
Viva Kay Rala Xanana Gusmao.
"Ruin nebé namkari lemorai, hamrik fali ba, Ran nebé nakfakar lemorai, hamutuk fila ba, hodi haré sira nebé hakarak estraga povo, hakarak halo povo terus beibeik, hakarak halo povo mate beibeik. Hatudu imi nia-an ba, hatudu imi nia kbit ba! Imi nia oan ha’u, mak né, sadik daudauk imi, hodi tau matan ba Povo né, hodi liberta tiha Povo né husi ema hamrok-ran nia okos."
"Ossos que estão espalhados por todos os cantos, ponham-se de pé, Sangue que foi vertido por todos os cantos, juntem-se de novo para ver aqueles que querem estragar o povo, que querem ver o povo sempre a sofrer, que querem ver o povo sempre a morrer.
Mostrem-se, mostrem a vossa força! O vosso filho está aqui, que vos implora, para olharem por este Povo, para libertar este Povo do jugo dos sedentos de sangue."
KRXG
Comungar da dor e do sofrimento do Povo é importante ... mas não leva um país adiante em revela a liderança que um Chefe de Estado tem de demonstrar!
Não chega!
Xanana Gusmão, revelou-se um genial líder de guerrilha, um excelente dirigente da Luta de Libertação Nacional e um mediocre Chefe de Estado!
Já aconteceu muitas vezes em países que adquiriram as respectivas independências nas décadas de 60 e 70 ... com resultados desastrosos!
ACIMA DA LEI - XANANA E RAMOS HORTA
"O Presidente da República disse-me para transmitir à FRETILIN que está disposto a dialogar com a liderança do partido", disse José Ramos-Horta à Lusa.
"O Presidente da República mantém a necessidade de a FRETILIN realizar um congresso extraordinário ou uma conferência nacional [para eleger uma nova li derança], mas isso não afecta o processo de diálogo para a formação de um novo g overno", afirmou Ramos-Horta."
O Presidente da Eepública não tem que estar disposto.
O Presidente da República tem a OBRIGAÇÃO constitucional de receber a liderança do partido com maior representação parlamentar.
O Presidente da Republica, diz a Constituição, nomeia e empossa o PM que é indigitado pelo partido com maioria parlamentar.
Não pode ingerir na organização politica dos partidos ou pôr em causa qualquer decisão aprovada em congresso.
Só um Tribunal tem competência para avaliar de ilegalidades.
Xanana Gusmão continua a violar grosseiramente o principio constitucional da separação de poderes.
É degradante as continuadas declarações de Xanana Gusmão e Ramos Horta num país que diz a constituição é um Estado de Direito democrático.
Sao dois cidadãos acima da lei e prestam declarações que das duas uma, ou nunca leram a Constituição, lei fundamental do país, ou já se assumiram como ditadores e então o que os guia são as suas próprias opinióes.
É grave que sejam estes os lideres da Nação!
Senhor Presidente da República se no seu país o parlamento tivesse deputados à altura do cargo que exercem o Senhor já estaria a "responder perante o Supremo Tribunal pela violação clara e grave das suas obrigações constitucionais".
XANANA GUSMÃO NÃO É UM CHEFE DE ESTADO é sim um DITADOR ao mais baixo nível!!!!
DN
Xanana apupado por gente da Fretilin
nJoão Pedro Fonseca
Em Díli
Xanana Gusmão deslocou-se ao centro da manifestação pró-Alkatiri para falar aos militantes da Fretilin e saiu de lá vaiado. Havia um carro da organização do protesto com um megafone e foram feitas perguntas duras ao Presidente: "Não gostou do nosso voto de braço no ar? Foi uma decisão de todos nós, não foi de Alkatiri. Diz que houve votos comprados, digo-lhe que não sei nem fui comprado por ninguém; diz que a Fretilin causou violência, e eu pergunto: quem mandou disparar sobre as FDTL?" O delegado ao congresso da Fretilin de Baucau não foi meigo, e Xanana viu-se obrigado a responder.
Foram pelo menos três os militantes que pegaram no microfone e se dirigiram a Xanana. Cada um mais duro do que o outro: "Diz que é o garante da Constituição, então porque não parou a crise? Quando as FDTL recolheram aos quartéis começaram a destruir as casas da população, porque não os mandou parar?" Houve mesmo um militante que acusou o Presidente de ter sido ele a distribuir armas, ao que Xanana respondeu, zangado, estar disponível para as investigações internacionais e mesmo a "ir para a prisão."
A fricção começou quando o Presidente retomou as suas críticas à Fretilin, nomeadamente à questão da eleição de braço no ar no último congresso. José Reis, organizador do protesto, pediu a Xanana que considerasse a Fretilin como um partido histórico, que ajudou, aliás, a eleger o Presidente.
Xanana acabou por sair mal do meio da multidão, sendo apupado e com um jovem no megafone a dizer que quando o Presidente estava preso em Jacarta "também fui para lá ajudar, nessa altura éramos todos Timor, todos irmãos, para quê estas divisões?" Ficou a falar sozinho...
Minutos depois, José Reis telefonava ao secretário-geral do partido, "Já pode vir!" Alkatiri transmitiu uma mensagem virada para o futuro: "A Fretilin é um partido de paz; não é tempo de olhar para trás, muitos querem dividir-nos, mas nós unimo-nos, olhamos para o futuro, uns destroem, nós vamos construir."
O grande objectivo agora é pensar "como a Fretilin deve trabalhar para ganhar as eleições de 2007". A luta da Fretilin "é agora acabar com a violência". Sobre a sua demissão, comparou-se a Nicolau Lobato. "Se não me demitisse, o Parlamento era dissolvido. Em 1978, Nicolau Lobato morreu, se se tivesse rendido nada teria sido como foi." Para dizer que na história há sacrifícios que têm de ser feitos. Depois da mensagem, também o presidente da Fretilin, Lu-Olo, quis fazer um apelo aos timorenses, para se conterem nas palavras e para não agirem com violência. Objectivo maior, procurar a unidade do povo.
Uma hora depois os manifestantes começaram a sair de Díli. Foram atacados à pedrada em vários locais e numa das situações também responderam. Mas lá saíram, calmamente, sem grandes alaridos. Passaram uma noite junto ao Palácio do Governo sem poderem sair da zona. Um dos militantes queixava-se que nem comer teve durante a noite. "Não deixaram trazer comida, mas não faz mal, só um dia...", desabafou Hermínio, proveniente de Baucau.
Após a saída dos militantes da Fretilin, Díli ficou diferente e o ambiente distendido. As lojas reabriram, os miúdos saíram de casa e grupos de jovens jogavam futebol. Agora sem a pressão social, sem grupos prós ou contras, espera-se que os políticos retomem as conversações para a formação do governo. E a normalidade regresse à capital.
Não é certo que as famílias que se instalaram em campos de deslocados tenham confiança para voltar para casa. Questionados, dizem: "Talvez dentro de uns dias, vamos ver..."
Enviar um comentário