Díli, 17 Jun (Lusa) - As alegações sobre o envolvimento do ex- ministro do Interior de Timor-Leste, Rogério Lobato, numa tentativa de golpe de Estado "não têm qualquer fundamento, porquanto as investigações apenas começaram este fim-de-semana", disse fonte da ONU à Lusa.
A fonte, que solicitou o anonimato, precisou que "não faz sentido iniciar uma investigação com qualquer tipo de convicção quanto à culpabilidade de quem quer que seja".
"Naturalmente que o Ministério Público vai avaliar todas as linhas de investigação, relacionadas com as mortes registadas em finais de Abril, bem como as dos oito polícias a 25 de Maio, e os actos de violência ocorridos em Díli nas últimas semanas", acrescentou a fonte.
"Mas, porque se está ainda no início das investigações, é um erro considerar-se que existem juízos preconcebidos, com pessoas a serem consideradas culpadas", adiantou.
Fonte da missão da ONU em Timor-Leste, a UNOTIL, disse à agência Lusa que os procuradores internacionais contratados pelas Nações Unidas para reforçar o sistema judicial timorense "não dispõem de qualquer segurança e que além da investigação agora iniciada, mantêm a rotina de trabalho nos tribunais".
De acordo com a Unidade de Direitos Humanos da UNOTIL, pelo menos 37 pessoas morreram em Timor-Leste na sequência dos actos de violência ocorridos em Abril e Maio.
Na passada quarta-feira, em comunicado enviado à Lusa, a UNOTIL informou que Sukehiro Hasegawa, representante especial do secretário-geral da ONU em Timor-Leste, esteve reunido com os procuradores encarregues da investigação dos casos de Abril e Maio, para responder ao pedido formulado há 12 dias pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, José Ramos Horta, para que o Ministério Público investigasse aqueles casos.
EL.
domingo, junho 18, 2006
Alegadas investigações sobre ex-ministro são falsas - fonte da ONU
Por Malai Azul 2 à(s) 13:08
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Traduções
Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
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Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006
"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
11 comentários:
Realmente disseram as verdades.
Ha indicios sim. O problema e que nao deviam o ter dito nesta fase da investigacao.
Ai cometeram uma gafe porque deviam estar calados e nao revelar esses indicios estando a investigacao ainda em curso.
Ainda se vai descobrir as verdades e esses indicios vao se transformar em factos mais concretos. Ja nao restam duvidas sobre as armas desaparecidas e em que maos civis se encontram.
Agora e so encontra-las e confiscar.
Este foi outro grande crime cometido pelo governo! Mas tinham que o fazer porque ja estava em grande duvida a grande vitoria da fretilin nas proximas legislativas.
Ja estavam a preparar para o derramamento de sangue porque bem diziam que "se a fretilin perder vai jorrar sangue".
Despoticos.
Ja em 1975 utilizaram a mesma politica para alcancar o poder. Ja eles tinham campos de trino em Bucoli milicias armadas e planos para elimonarem todos os que tinham a sensatez de defender um a presenca Portuguesa por um prazo de 15 Anos de preparacao para a Independencia o que nao era o que o os comunas a frente do MFA queriam e a Fretilin mesmo sem capacidade nenhuma queriam a forca o poder e por isso ja tinham comecado a violencia no interior do pais matando delegados doutros partidos montando postos de controle nas estradas e aterrorizando a populacao. O mais engracado que certos palhacos que hoje falam em Democracia defendiam acerrimamente ate a pouco tempo como fossem os unicos e legais representantes do povo ou seja praticavam a politica totalitaria de um partido unico. Como a memoria e curta a muita gente
Realmente o primeiro comentarista tem razao quando diz "...Ainda se vai descobrir as verdades...". Portanto, deixemos de balelas. Aguardemos que a "bomba" ha-de arrebentar por algum lado...
Anónimo das 3:47PM: afinal agora o grande tiro do Micael passa a ser a Grande Gafe? E o que é isso de "factos mais concretos"? Ou são factos ou não o são e não o sendo pode-lhes chamar gafes, mas eu prefiro o termo maquinações.
Temas: conflitos timor-leste indonésia
Timor-Leste: "Não foi o major Reinado que provocou o problema" - PR Xanana
Denpasar, Indonésia, 18 Jun (Lusa) - O Presidente de Timor- Leste disse hoje em Denpasar, Indonésia, que o major Alfredo Reinado não é responsável pela crise político-militar em Timor, considerando que persistem outras questões a que importa dar atenção, segundo a Associated Press.
"Não foi o major Alfredo que provocou o problema, temos muitas outras questões em que pensar", disse Xanana Gusmão, sem pormenorizar.
O chefe de Estado timorense, que efectuou este fim-de-semana uma visita de 24 horas à ilha indonésia de Bali, para um encontro com o seu homólogo Susilo Bambang Yudhoyono, sublinhou que Reinado não é um rebelde, apesar de ter pegado em armas contra forças governamentais.
O major Alfredo Reinado abandonou a cadeia de comando das forças armadas timorenses no passado dia 03 de Maio, e juntamente cm mais 20 homens, entre militares e polícias, esteve envolvido em combates com efectivos militares leais ao governo.
A crise em Timor-Leste iniciou-se em finais de Abril, quando uma manifestação patrocinada por cerca de 600 militares demitidos pelo governo, abriu caminho a um ciclo de violência na capital, que provocou, segundo a ONU, 37 mortos e mais de 130 mil deslocados, distribuídos por campos de acolhimento e instituições ligadas à Igreja Católica.
O major Alfredo Reinado, que responsabilizou o primeiro- ministro Mari Alkatiri pela violência registada na capital, exige a demissão do chefe do governo, mas Alkatiri, que lidera o partido maioritário em Timor-Leste, a Fretilin, já afirmou que não tenciona demitir-se e que pretende manter-se à frente do executivo até às eleições legislativas, previsivelmente a serem realizadas em 2007.
A Fretilin obteve 57,37 por cento dos votos expressos nas anteriores eleições gerais, realizadas em 2001.
Na passada sexta-feira, cumprindo ordens de Xanana Gusmão, o major Reinado, e os seus homens, entregou 15 armas (12 automáticas e três pistolas, e muitas munições) aos militares australianos que o protegem em Maubisse, 70 quilómetros a sul de Dili.
Entre as vítimas dos confrontos em Timor-Leste encontram-se dois polícias que foram abatidos for forças leais ao Governo de Alkatiri e que serão enterrados na segunda-feira.
As forças internacionais que se encontram no país, incluindo um batalhão da GNR - e cuja actuação fez diminuir a violência - temem que os funerais dos polícias, no cemitério de Santa Cruz, em Díli, onde em 1991 as tropas ocupantes indonésias massacraram mais de 250 pessoas.
AS imagens do massacre de Santa Cruz chamaram a atenção da Comunidade Internacional para a questão de Timor-Leste.
EL/IG.
Lusa/Fim
Então o "Expresso" inventou tudo. Ou terá sido mais uma das conversa do Hotel Timor que não deveria ter sido publicada? Que injustiça. Pobres procuradores.
Pensava-se que as funções de Sukehiro Hasegawa eram as de representante especial do secretário-geral da ONU em Timor-Leste.
Oram leiam:
"Sukehiro Hasegawa..esteve reunido com os procuradores encarregues da investigação dos casos de Abril e Maio, para responder ao pedido formulado há 12 dias pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, José Ramos Horta, para que o Ministério Público investigasse aqueles casos."
Surpresa: afinal é o Procurador-Geral de Timor!
Não admira que os timorenses se baralhem um pouco quanto às competências institucionais de cada um.
Afinal os seus mentores das Nações Unidas dão o exemplo!
Muito bem visto. Os seus mentores da ONU são os primeiros a dar maus exemplos!
Para que a missão das Nações Unidas seja uma missão de sucesso não pode nunca ser gerida por alguém que viola grosseiramente não só os principios que regem as Nações Unidas mas também a lei nacional.
As Nações Unidas gerem os seus funcionários apenas no que diz respeito à área adminstrativa dos mesmos. Funcionalmente os procuradores internacionais dependem do Procurador-Geral.
É escandalosa a ignorância e o desrespeito que Hasegawa revela pela lei e instituições nacionais.
Mas os senhores procuradores internacionais não são todos da ONU/PNUD?
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