quarta-feira, abril 23, 2008

Indonesia still questioning "elements" having links with Reinado

04/22/08 20:46
By Andi Abdussalam

Jakarta (ANTARA News) - The Indonesian government is still waiting for clarifications about whom Timor Leste President Ramos Horta meant when he said "elements in Indonesia" had had contacts with rebel leader Alfredo Reinado.

Ramos Horta was quoted by the Associated Press as saying in Dili recently there was a possibility rebel army officer Alfredo Reinado, who had tried to assassinate him in an armed attack on his residence but was himself killed in an ensuing shootout, had "a lot of contacts ... with elements in Indonesia".

Horta was shot in the stomach during the pre-dawn attack on February 11, 2008 on his Dili home by rebel soldiers led by Alfredo Reinado.

Indonesian Foreign Minister Hassan Wirajuda who earlier challenged Horta to provide evidence on his statement said on Monday Indonesia was waiting for explanations from Timor Leste on who were the `elements` referred to by the Timor Leste president.

"We want to hear whether the problem referred to as `elements` by President Ramos Horta has been overcome," Wirajuda said referring to the arrest by Indonesian police of three Timor Leste citizens last Friday.

The arrest was made based on information provided by the Timor Leste government.

"We rely on the information given by the Timor Leste government as to what it has meant by `elements`. We don`t know whether or not the elements meant are the ones we have arrested or whether there are others," the minister said.

The three Timor Leste citizens who were arrested by the Indonesian police were Egidio Lay Carvalho, Jose Gomes and Ismail Sansao Moniz Soares. They had entered Indonesia illegally.

Last week, in New York, Wirajuda challenged Horta to provide evidence on his allegation. "If Timor Leste can provide evidence, we will be ready to take follow up actions on the allegation," he said.

He said the Indonesian government had an open mind. If there was information, for instance on phone calls or money transfers, it should be given to the Indonesian government. With such information it`s easy to trace the people involved, he said.

Also in reaction to Horta`s allegation, President Susilo Bambang Yudhoyono asked Timor Leste leaders not to issue any statement that could be interpreted as if there had been elements in Indonesia possibly involved in the shooting on February 11, 2008 of President Jose Ramos Horta.

Yudhoyono said he talked with Ramos Horta on April 10 when the Timor Leste leader was being treated in Australia for gunshot wounds.

"In the phone talk, Ramos Horta briefed me on the investigation being conducted into the shooting incident and asked for assistance from the Indonesian government," Yudhoyono said.

Indonesia sent two high-ranking police officers to Dili on April 13 and April 15 to collect information from the Prosecutor General of Timor Leste and to analyze the information together.

Based on the information, the Indonesian police acted swiftly to locate the suspects. Everything happened quickly, professionally and in a high spirit of cooperation, he said.

"That is why, I was a bit surprised to hear President Ramos Horta`s statement because it was my understanding that the telephone conversation on April 10 was not for public knowledge yet.

I instructed my ministers and police chief not to disclose the information to the public in order to give an opportunity to the Indonesian police to hunt the suspects," he said.

The three suspects, identified as Egidio Lay Carvalho, Jose Gomes, and Ismail Sansao Moniz Soares, are all members of the military of Timor Leste, who have been involved in rebellious activities, and suspected of involvement in the shooting incident.

Yet, it is not clear who were the `elements` Horta referred to in his statement when he arrived in Dili from Australia last week.

According to Australian television and radio station ABC on Friday last week, Ramos Horta also accused Indonesian Metro TV journalist Desi Anwar of having assisted Alfredo Reinado to visit Indonesia for an interview in May 2007.

The station in a report quoted Horta as saying he had strong evidence that Anwar, in cooperation with officials in East Nusatenggara (NTT), had helped Reinado obtain fake documents to travel to Indonesia.

Desi Anwar denied the president`s allegation, however, saying it was absolutely ridiculous and nonsense. "This is ridiculous, illogical and not true," she was quoted by ANTARA News Agency as saying.

She expressed regret that a president had made allegations without evidence and accurate data.

As a head of state, Horta should have obtained accurate information. "As a president, Horta should have been given accurate inputs," Anwar said adding she hoped the Timor Leste president was convalescing well. "I wish him a speedy recovery," she said.

Horta said what Metro TV and "other elements in Indonesia" had done had also contributed to the attempt on his life last February 11.

In the meantime, the Indonesian Army stressed on Tuesday that no serviceman in Indonesia had had any contact with Alfredo Reinado.

"None of them have had any contact with him. Indonesian army members (in East Nusatenggara bordering Timor Leste) only have the duty to guard the border and they are not allowed to enter the neighboring country," Indonesian Army Chief of Staff General Agustadi Sasongko Purnomo said.

He said all soldiers of the Indonesian Defense Forces (TNI) always followed regulations, including in carrying out government policies to uphold national sovereignty and secure the borders with Timor Leste.

"No Indonesian military man is involved. Soldiers follow rules. They only guard the border areas," Agustadi said.

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1 comentário:

Anónimo disse...

Tradução:
Indonésia continua a perguntar pelos "elementos" que tiveram laços com Reinado
04/22/08 20:46
Por Andi Abdussalam

Jacarta (ANTARA News) – O governo Indonésio aguarda ainda por clarificações acerca de quem o Presidente de Timor-Leste Ramos Horta se referiu quando disse que "elementos na Indonésia" tinham tido contactos com o líder amotinado Alfredo Reinado.

Ramos Horta foi citado pela Associated Press como tendo dito recentemente em Dili que havia a possibilidade do oficial amotinado das forças armadas Alfredo Reinado, que o tinha tentado assassinar num ataque armado na sua residência mas que acabou por ser morto num tiroteio subsequente, ter tido "muitos contactos ... com elementos na Indonésia".

Horta foi baleado no estômago durante um ataque ao nascer do dia em 11 Fevereiro, 2008 na sua casa em Dili por soldados amotinados liderados por Alfredo Reinado.

O Ministro dos Estrangeiros Indonésio Hassan Wirajuda aue antes desafiara Horta a dar provas das suas declarações disse na Segunda-feira que a Indonésia estava à espera de explicações de Timor-Leste sobre quem eram os `elementos` referidos pelo presidente de Timor-Leste.

"Queremos saber se o problema referido como `elementos` pelo Presidente Ramos Horta foi ultrapassado," disse Wirajuda referindo-se à prisão pela polícia Indonésia de três cidadãos de Timor-Leste na Sexta-feira passada.

A prisão foi feita baseada em informação fornecida pelo governo de Timor-Leste.

"Apoiamo-nos na informação dada pelo governo de Timor-Leste sobre o que queria dizer por `elementos`. Não sabemos se sim ou não os elementos de que falou são os que prendemos ou se são outros," disse o ministro.

Os três cidadãos de Timor-Leste que foram presos pela polícia Indonésia foram Egidio Lay Carvalho, José Gomes e Ismail Sansao Moniz Soares. Tinham entrado ilegalmente na Indonésia.

Na semana passada, em Nova Iorque, Wirajuda desafiou Horta para dar evidência sobre a sua alegação. "Se Timor-Leste poder dar evidência, estaremos prontos para prosseguir acções nas alegações," disse.

Disse que o governo Indonésio tinha uma atitude aberta. Se houver informação, por exemplo de chamadas telefónicas ou transferência de dinheiro, devem ser dadas ao governo Indonésio. Com tal informação é fácil seguir a pista das pessoas envolvidas, disse.

Também em reacção à alegação de Horta, o Presidente Susilo Bambang Yudhoyono pediu aos líderes de Timor-Leste para não fazerem declarações que possam ser interpretadas como tendo havido elementos na Indonésia possivelmente envolvidos nos tiros de 11 de Fevereiro 2008 contra o Presidente José Ramos Horta.

Yudhoyono disse que falou com Ramos Horta em 10 de Abril quando o líder de Timor-Leste estava a ser tratado na Austrália às feridas das balas.

"Na conversa telefónica, Ramos Horta informou-me da investigação que estava a ser conduzida ao incidente dos tiros e pediu assistência ao governo Indonésio," disse Yudhoyono.

A Indonésia enviou dois oficiais de polícia de alta patente a Dili em 13 e 15 de Abril para recolher informação do Procurador-Geral de Timor-Leste e analisarem juntos a informação.

Baseada na informação, a polícia Indonésia actuou com rapidez para localizar os suspeitos. E tudo aconteceu muito rapidamente, profissionalmente e num elevado espírito de cooperação, disse ele.

"É por isso, que foi uma grande surpresa ouvir a declaração do Presidente Ramos Horta porque era entendimento meu que a conversa telefónica em 10 de Abril não era ainda para ser conhecida da população.

Dei instruções aos meus ministros e ao chefe da polícia para não darem informação pública de modo a dar uma oportunidade à polícia Indonésia para procurar os suspeitos," disse ele.

Os três suspeitos, identificados como Egidio Lay Carvalho, José Gomes, e Ismail Sansão Moniz Soares, são todos membros das forças armadas de Timor-Leste, que estiveram envolvidos em actividades revoltosas e são suspeitos de envolvimento no incidente dos tiros.

Contudo, não é claro quem são os `elementos` referidos por Horta na sua declaração quando chegou a Dili da Austrália na semana passada.

De acordo com a estação Australiana de televisão e rádio ABC na Sexta-feira da semana passada, Ramos Horta acusou também o jornalista Desi Anwar da Metro TV Indonésia de ter assistido Alfredo Reinado a visitar a Indonésia para uma entrevista em Maio 2007.

Numa notícia a estação citou Horta como tendo dito que tinha provas fortes que Anwar, em cooperação com oficiais em East Nusatenggara (NTT), tinha ajudado Reinado a obter documentos falsos para viajar para a Indonésia.

Desi Anwar negou a alegação do presidente, contudo, dizendo que eram absolutamente ridiculas e um disparate. "Isso é ridículo, ilógico e não é verdade," assim foi citada pela agência de notícias ANTARA como tendo dito.

Ela expressou pena por um presidente fazer alegações sem prova e registos correctos.

Como chefe de Estado, Horta devia ter obtido informação correcta. "Como presidente, Horta devia ter recebido informação correcta," disse Anwar acrescentando que esperava que o presidente de Timor-Leste tivesse uma boa convalescença. "Desejo-lhe uma recuperação rápida," disse ela.

Horta disse que o que a Metro TV e "outros elementos na Indonésia" tinham feito tinham também contribuído para o atentado contra a sua vida no passado 11 de Fevereiro.

Entretanto, a Força Armada Indonésia sublinhou na Terça-feira que nenhum membro do serviço Indonésio tinha tido qualquer contacto com Alfredo Reinado.

"Nenhum deles teve qualquer contacto com ele. os membros das forças armadas Indonésias (em East Nusatenggara na fronteira de Timor-Leste) têm apenas a função de guardar a fronteira e não estão autorizados a entrar no país vizinho," disse o Chefe do Pessoal das Forças Armadas Indonésias Agustadi Sasongko Purnomo.

Disse que todos os soldados da Força de Defesa da Indonésia (TNI) seguiram sempre as regras, incluindo a de desenvolver as políticas do governo no apoio à soberania nacional e proteger as fronteiras com Timor-Leste.

"Nenhum militar Indonésio está envolvido. Os soldados seguem as regras. Eles apenas guardas as áreas da fronteira," disse Agustadi.

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Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

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Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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