SOL
Por Felícia Cabrita
Assanku e Lay, dois dos elementos do grupo que acompanhou Alfredo Reinado no dia 11 de Fevereiro à casa do presidente Ramos Horta, foram ontem detidos na Indonésia
Assanku, homem de confiança de Salcinha em Dili, foi o elemento que estabeleceu contacto com Albino Assis, um dos militares das forças armadas timorenses que prestam segurança ao presidente da república, para a dupla traição que acabaria por vitimar Alfredo Reinado e um dos seus homens de confiança.
Albino Assis, o homem que integrava as F-FDTL (Falintil-Forças de Segurança de Timor- Leste), pertencia à pequena força de segurança pessoal do Presidente Ramos-Horta. Ao mesmo tempo, porém, mantinha contactos frequentes com o grupo rebelde do major Reinado e encontra-se sob investigação, após a primeira notícia do semanário SOL.
Ao contrário do que tem sido dito, Assanku foi o único homem encapuçado. A máscara deve ter sido utilizada porque era de Dili e não queria ser reconhecido.
Contudo, hoje, os homens do ex-comandante da polícia militar fazem outra leitor: «o traidor apenas levava o capuz para que os seguranças do Presidente da República o distinguissem do resto do grupo».
Este elemento do grupo do tenente Salcinha foi também responsável pelo aluguer dos dois jipes que levaram Reinado e o seu braço direito, Leopoldino Exposto, também morto no 11 de Fevereiro, e o resto do grupo até à casa do Presidente, julgando que se dirigiam para uma reunião.
A 11 de Fevereiro, o major rebelde chegou à residência de Ramos Horta por volta das seis horas da manhã. O presidente, como era hábito, estava ausente no jogging matinal.
Reinado fazia-se acompanhar por dez homens mas entrou na residência com apenas três.
Entre eles, estava Lay, detido com Assanku ontem pela polícia indonésia. Lay e Mota, a retaguarda do major, foram os primeiros a bater em retirada quando um dos outros seguranças de Ramos Horta o atingiu.
Reinado terá sido assassinado entre as 6h15 e as 6h20, hora em que deixou de efectuar e receber chamadas, e o presidente da República, meia hora depois, sem que nenhum dos seus seguranças o tivesse avisado do que se tinha passado.
Tanto Assanku quanto Lay faziam parte da lista encontrada no bolso do Major, onde constavam também Albino Assis e um croquis do palácio presidencial.
Depois do Presidente da Republica, influenciado pelas informações transmitidas pelo Procurador Geral da República Longuinhos Monteiro, que apenas se baseou no somatório das chamadas efectuadas pelo Major Alfredo e pelo Tenente Salsinha para o exterior, ignorando o volume das chamadas efectuadas no interior do país, a Indonésia ontem ainda não tinha decidido se entregava ao estado timorense os prisioneiros.
felicia.cabrita@sol.pt e dora.guennes@sol.pt
NOTA DE RODAPÉ:
Os carros que o bando de Reinado utilizou para o ataque a casa de Ramos-Horta foram alugados a quem? Talvez a um familiar da Ministra da Justiça do governo de Xanana Gusmão?...
quarta-feira, abril 23, 2008
Suspeitos de dupla traição detidos na Indonésia
Por Malai Azul 2 à(s) 00:44
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Traduções
Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
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Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006
"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
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