terça-feira, novembro 13, 2007

Ramos Horta: PRESIDENTE DO DÉFICE DEMOCRÁTICO

Blog TIMOR LOROSAE NAÇÃO
Alfredo Ximenes

HORTA QUER CONSEGUIR A CUMPLICIDADE DE PORTUGAL

Sabia-se antes, mas havia quem contestasse a afirmação se o disséssemos: Xanana, se tentasse a reeleição não voltaria a ser eleito para a Presidência da República em oposição a Lu-Olo.

A realidade demonstrou que assim era e ele sabia-o. O ex-PR representa actualmente um quarto dos timorenses eleitores e se isso conseguiu foi através de muitos golpes de rins e de estado, com muitas “ajudas” e manipulações.

Sabemos que o CNRT é Xanana. No dia em que saia do partido ele dissolve-se, ambos se esfumam, e Xanana nem valerá então um quarto dos cidadãos eleitores.

Apesar disso é o primeiro-ministro de Ramos Horta e dos interesses que representam.

A possibilidade de se manterem no Poder seria enveredarem por um golpe de estado. Mas porque não resultou como o idealizaram, resultados semelhantes foram conseguidos e tirados a ferros porque Horta conseguiu ser eleito presidente. Era a única hipótese de se apoderarem do Poder. Nem que Xanana, com o CNRT, só conseguisse dez por cento dos votos alguma “coisa” lhes haveria de ocorrer para cumprirem a “missão”. Se necessário, ainda hoje a violência haveria de imperar em Timor-Leste.

Admitindo a possibilidade de Lu-Olo ter conseguido vencer as eleições presidenciais e de que nas legislativas os resultados fossem semelhantes era mais que certo e legítimo que Lu-Olo, como PR, indigitaria Alkatiri como primeiro-ministro, ou alguém da Fretilin.

Certo e sabido que neste hipotético cenário, a realidade de Timor-Leste seria bem diferente da de hoje e a violência haveria de imperar nas ruas de Díli, um pouco por todo o país.

Desculpas esfarrapadas não lhes faltariam, a agitação seria permanente até conseguirem o Poder.

Ficou mais que provado ao longo destes quase dois anos que Xanana e Horta teriam de ocupar o Poder por qualquer preço.

A protecção oferecida a Reinado, um dos seus operacionais, demonstra à saciedade que ainda não se sentem seguros da vitória. Ainda temem reacções que os contestem. Que contestem as operações irregulares praticadas para tomarem o Poder.

As suas consciências pesadas são detectáveis na forte presença dos militares australianos e na sua intervenção quase permanente no controle e exercício de violência repressora das mais pequenas manifestações dos descontentes.

Horta já se declarou identificado com a repressão exercida pela guarda pretoriana vinda do continente dos cangurus.

Curiosamente, Hutcheson, afirma que não lhe compete capturar Reinado, mas já lhe compete reprimir quem ousa contestar aqueles que mantém os timorenses na miséria nos Campos da Vergonha.

Foi anunciado por organismos internacionais a seriedade e sucesso com que o governo da Fretilin lidou com os Fundos Petrolíferos… Xanana certamente que tem outras ideias sobre o assunto, juntamente com Horta, bem se vê.

Um governo corrupto e imoral de certeza que não seria tão honesto quanto o passado governo Fretilin o foi em relação ao Fundo Petrolífero a que agora todos querem deitar a mão, em prejuízo dos timorenses que passam fome e necessidades sem a mínima condescendência da dupla Xanana-Horta.

Dificilmente conseguirá esta dupla macular a governação Fretilin perante a opinião pública internacional. Já perderam esse combate.

Se ainda detém o Poder é pela via da repressão exercida pelos buldogues australianos e futuramente muito pior será. Tudo se tornará mais evidente.

Não é por acaso que Portugal quer retirar os GNRs do país. A sua presença já está a curto prazo e quase de malas feitas.

A presença de portugueses da GNR dá algum jeito para a cobertura necessária à repressão que vão ter de pôr em prática. Ninguém duvide que as contestações surgirão por todo o país e muito mais em Díli – por estarem muito melhor informados.

Portugal e os portugueses parecem estar atentos e também parece não pactuarem com o facto de darem pancada em quem nada tem.

Essa é uma das razões que trazem Horta a Portugal. Quer cumplicidade para manter as aparências e dar-lhe-ia muito jeito que a GNR enveredasse pela repressão, o que não se espera que aconteça.

A UNMIT, em relatório de Atul Kahre, omite as verdades, a realidade. É grave e demonstra o seu comprometimento com interesses adversos aos dos timorenses.

Quando há fome, violam-se direitos humanos. Quando mais de cem mil cidadãos são refugiados/deslocados no seu próprio país é porque não há democracia e as verbas doadas, assim como as do próprio país, estão a ser canalizadas para eventos não prioritários que sirvam aqueles que precisam e são a razão desses fundos.

Em Timor-Leste estão a violar-se direitos humanos há muito e presentemente ainda é mais flagrante. O défice democrático está patente no desrespeito do PR, entre outros, pelos tribunais, pela Constituição que jurou defender.

Porque mente o senhor Kahre e omite as realidades?

Como Hasegawa, também Kahre terá o seu prato de “lentilhas” reservado? E quem mais?
A comunidade internacional, em nome da qual é suposto ter sido entregue o mandato a Atul Kahre, assim como a Moon, deve ser informada da realidade timorense por entidades independentes que analisem os comportamentos dos representantes da ONU e eventuais procedimentos de conluio e favorecimentos incompatíveis com a imparcialidade por que se devem reger.

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Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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