Tradução da Margarida:
FRENTE REVOLUCIONÁRIA DO TIMOR-LESTE INDEPENDENTE
FRETILIN
1 Agosto 2007
Cronologia da FRETILIN até à Restauração da Independência
Em baixo está uma breve cronologia da história da FRETILIN até ao período da Restauração da Independência em 20 Maio 2002.
Janeiro 1970- Alguns poucos jovens Timorenses começam a discutir como alcançar a independência de Portugal. Este grupo inclue Mari Alkatiri, Nicolau Lobato, Justino Mota e José Ramos Horta. Iniciaram um movimento para defender o nacionalismo Timorense.
25 Abril 1974- Golpe de Estado (Revolução dos Cravos) em Portugal significa o início do processo de descolonização do Império Português.
20 Maio 1974- Associação Social-Democrata Timorense ou Associação dos Timorenses Sociais Democratas (ASDT) foi criada para defender o direito à independência imediata para o povo Timorense.
11 Setembro 1974- ASDT é transformada na FRETILIN para unificar todos os Timorenses. É introduzido o conceito de unidade nacional.
11 Agosto 1975- UDT inicia um Golpe de Estado com o apoio do Comandante da Polícia Maggiolo Gouveia. Militantes da UDT mataram, ameaçaram e queimaram casas de membros e apoiantes da Fretilin.
Nicolau Lobato perdeu o irmão mais novo, José Lobato, durante o golpe da UDT.
11 Agosto 1975- A liderança da FRETILIN declara a insurreição geral armada em Aisirimou – Aileu, sul de Dili.
20 Agosto 1975- Tropas Timorenses decidem defender a FRETILIN contra o golpe da UDT. As FALINTIL criadas como a ala armada da FRETILIN'. Combateu-se uma guerra civil entre a FRETILIN e a UDT. Muitas pessoas de ambos os lados foram mortas e feridas.
27 Agosto 1975- Governador Português Lemos Pires e o seu comité são evacuados de Dili por barco para a ilha de Ataúro imediatamente a norte da capital. Timor-Leste ficou sem qualquer poder administrativo.
Outubro 1975- Tropas Indonésias começam os assaltos na fronteira Timorense em preparação de uma invasão em toda a escala.
28 Novembro 1975- FRETILIN declara unilateralmente Timor-Leste como nação independente com o nome de "República Democrática de Timor-Leste".
A decisão de declarar a independência foi tomada pela FRETILIN porque acreditavam que seria pais efectiva para ganhar o apoio internacional contra a esperada invasão Indonésia e ocupação se Timor-Leste fosse uma nação independente (como oposto a uma antiga colónia Portuguesa).
Também, muitos Timorenses diziam que preferiam lutar e morrer para uma pátria independente como oposto a uma colónia Portuguesa.
30 Novembro 1975- FRETILIN forma o primeiro governo. Xavier Amaral é escolhido Presidente e Nicolau Lobato Primeiro-Ministro. Mari Alkatiri é Ministro dos Negócios Políticos.
4 Dezembro 1975- Delegação do Comité Central da FRETILIN que eram também membros do Governo da RDTL deixam Timor-Leste para desempenhar uma missão diplomática: Mari Alkatiri, José Ramos Horta e Rogério Lobato. Mari Alkatiri é nomeado responsável da missão diplomática.
7 Dezembro 1975- Invasão de Timor-Leste pelas Forças Militares Indonésias. A FRETILIN evacua Dili e retira-se para as áreas montanhosas à volta de Dili. Preparações para defesa contra uma invasão de toda a escala estão bem avançadas com a FRETILIN a armazenar fornecimentos de comida e armas nas montanhas de Timor-Leste para a batalha de vida e de morte que estava para vir.
15 Maio 1976 a 2 Junho 1976- II Sessão Plenária do CCF em Soibada para decidir sobre a estratégia para a resistência contra a ocupação militar Indonésia.
14 Setembro 1977- Xavier do Amaral expulso da FRETILIN.
Outubro 1977- Nicolau Lobato nomeado Presidente da FRETILIN, Presidente da RDTL e comandante-em-chefe das FALINTIL. Mau Lear torna-se Vice-Presidente e Primeiro-Ministro; Vicente dos Reis Sa'he foi nomeado Comissário Político Nacional.
20 Maio 1978- Presidente Nicolau faz a sua última declaração nacional a Timor-Leste.
31 Dezembro 1978- As Forças Militares Indonésia matam a tiro Nicolau Lobato na região central montanhosa de Maubisse.
Março 1981- Primeira Conferência de Quadros para re-organizar a FRETILIN e definir uma nova estratégia para a resistência. A FRETILIN cria o CRRN – Conselho Revolucionário da Resistência Nacional.
1983- José Ramos Horta sai da FRETILIN.
Dezembro 1987- A liderança da FRETILIN cria o CNRM - Conselho Nacional da Resistência Maubere. Os órgãos que dirigem o CNRM são o Comando das FALINTIL e a Comissão Directiva da FRETILIN. O CNRM consiste em três conselhos executivos conhecidos como a Frente Armada, a Frente Clandestina e a Frente Politica/Diplomática.
A liderança da FRETILIN decide que Xanana Gusmão deve sair da FRETILIN e tornar-se o líder da resistência Timorense à ocupação militar da Indonésia.
1991- é criada a Comissão Coordenadora da Frente Diplomática fora de Timor-Leste para coordenar as actividades do movimento de resistência dos que vivem no estrangeiro.
12 Novembro 1991- Massacre em Santa Cruz. A comunidade internacional condena as Forças Militares Indonésias por terem matado manifestantes Timorenses.
20 Novembro 1992- As Forças Militares Indonésias capturam Xanana Gusmão. Ma' Huno ocupa o lugar de Xanana Gusmão como líder da resistência.
Março 1993- As Forças Militares Indonésias capturam Ma' Huno. Konis Santana torna-se o líder da resistência.
1993- Ramos Horta e Xanana Gusmão propõem à comunidade internacional um plano de paz (Plano para a Autonomia de Timor-Leste). Este plano propõe a autonomia com a Indonésia durante 10 anos com a extensão possível do período de autonomia antes de um referendo sobre Timor-Leste se deve tornar independente.
A delegação da FRETILIN no estrangeiro rejeita o Plano de Paz porque a proposta é contrária ao princípio da FRETILIN "Mate ka Moris, Ukun rasik a'an" (literalmente: Morto ou Vivo, Independência) e também porque a liderança da FRETILIN está consciente do risco de os militares Indonésios comprarem o movimento de independência Timorense durante o período da autonomia.
A liderança da FRETILIN, particularmente a delegação externa da FRETILIN liderada por Mari Alkatiri na África e por Estanislau Da Silva na Austrália, acreditava firmemente que se Timor-Leste se tornasse uma região autónoma da Indonésia nunca ganharia a independência. Além disso, o plano de autonomia não se processaria porque os jovens activistas Timorenses tanto no interior de Timor-Leste como no exterior de Timor-Leste discordavam dessa proposta.
11 Março 1998- Konis Santana morre no distrito de Ermera, a oeste de Dili.
25 Abril a 27 Abril 1998- Convensão Nacional Timorense em Portugal.
O CNRM torna-se CNRT porque a UDT não aceitou a palavra "Maubere" como a identidade nacional Timorense. A Convenção aprova a "Magna Carta" que reforça o conceito de unidade nacional como o meio para libertar Timor-Leste.
15 a 20 Agosto 1998- Conferência Nacional Extraordinária da FRETILIN em Sydney-Austrália.
Lu Olo eleito Coordenador-Geral do Conselho Presidencial da FRETILIN, Mari Alkatiri eleito Primeiro Vice-Coordenador e Ma'Huno eleito Segundo Vice-Coordenador. Ma'Hodu Ran Kadalak é escolhido Secretário para o Secretariado Político da FRETILIN.
30 Agosto 1999- Referendo da Independência em Timor-Leste.
4 Setembro 1999- Resultados das eleições são anunciados com a maioria do povo Maubere a votar pela independência.
As Forças Militares Indonésias e as suas milícias aterrorizam o povo de Timor-Leste. Mataram muitas pessoas e queimaram as infra-estruturas do país.
20 Setembro 1999- INTERFET chega a Timor– Leste.
Outubro 1999- Mari Alkatiri e Lu Olo encontram-se em Timor-Leste. Discutem a re-organização da FRETILIN.
15 Maio a 20 Maio 2000- Conferência Geral de Quadros em Dili com 1250 representantes: FRETILIN de todos os distritos e da diáspora (Timorenses de vários países - Austrália, Reino Unido, Portugal, Moçambique e Itália) atendem a Conferência Geral de Quadros.
10 Julho a 15 Julho 2000- Primeiro Congresso Extraordinário da FRETILIN em Dili. Lu Olo eleito Presidente e Mari Alkatiri Secretário-Geral.
30 Agosto 2001- Eleições para a Assembleia Constitucional com 88
lugares. A FRETILIN ganha 55 lugares.
Setembro 2001- Lu Olo eleito Presidente da Assembleia Constitucional.
20 Maio 2002- Restauração da independência de Timor-Leste. Mari Alkatiri toma posse como Primeiro-Ministro de RDTL. O governo da FRETILIN começa o seu período no poder como o primeiro governo constitucional.
Para mais informações, por favor envie um email para fretilin.media@gmail.com
quarta-feira, agosto 01, 2007
Cronologia da FRETILIN até à Restauração da Independência
Por Malai Azul 2 à(s) 08:08
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Traduções
Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006
"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
1 comentário:
Adversários da Fretilin ficaram com toda a Mesa do Parlamento
Público, 01.08.2007
Jorge Heitor
O Presidente da República de Timor-Leste, José Ramos-Horta, deverá convidar hoje a Aliança com Maioria Parlamentar (AMP) a formar o IV Governo do país, na sequência das legislativas de 30 de Junho. Mas mesmo assim a Fretilin continua a insistir em que ela, como partido mais votado (29,02 por cento), é que deveria ser encarregada de constituir o novo executivo. Ontem, o Parlamento - que na véspera elegera para seu presidente o líder do Partido Democrático (PD), Fernando "Lasama" de Araújo - deu mais um golpe na Frente Revolucionária, ao completar a mesa com cinco deputados pertencentes à AMP. Vicente da Silva Guterres (CNRT) e Maria da Paixão da Costa (PSD) ficaram como vice-presidentes da câmara, passando o secretariado da mesma a ser constituído por Maria Terezinha Viegas (CNRT), Maria Exposto (PSD) e Teresa de Carvalho (PD).
Apesar de tudo apontar para uma subalternização da Fretilin, ainda ontem à noite o presidente da mesma, Francisco Guterres, "Lu Olo", na véspera substituído por "Lasama" na chefia do Parlamento, dizia ao PÚBLICO que "a Aliança nunca foi sufragada", pelo que constitucionalmente não deveria ser ela a indicar o novo primeiro-ministro. A AMP foi formada, em 11 de Julho, pela Associação Social Democrática Timorense (ASDT), de Francisco Xavier do Amaral, pelo Partido Social Democrata (PSD), do antigo governador Mário Viegas Carrascalão, pelo CNRT, do ex-Presidente Xanana Gusmão, e pelo PD. E visa "o fim de uma era de instabilidade e corrupção", como disse em Maio o então candidato presidencial Ramos-Horta, ao falar da "negligência e incompetência" que teriam caracterizado os anos de governação da Fretilin.
A nova maioria parlamentar, de Carrascalão, Xanana e "Lasama", que se apresentam em sintonia com o chefe de Estado, apresentou como objectivo "assegurar a estabili-
dade governativa propícia ao desenvolvimento e prosperidade de Timor-Leste". E admitiu que o seu eventual executivo "poderá incluir membros independentes ou de outros partidos".
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