Posted : Tue, 05 Jun 2007 08:08:01GMT
Author : DPA
Earthtimes.org
Jakarta - Indonesia and its former colony East Timor agreed Tuesday to extend by six months the work of a joint truth commission tasked at gathering the facts surrounding Indonesia's military rampage ahead of East Timor's 1999 vote for independence. The commission's mandate now extends until February.
At a joint press conference in Jakarta after holding talks with East Timor President Jose Ramos Horta, Indonesian President Susilo Bambang Yudhoyono said the two countries also agreed that the truth and friendship commission would not prosecute anyone found guilty of human-rights abuses surrounding the balloting eight years ago.
Human-rights groups have criticized the commission because it lacks the ability to bring senior members of the Indonesian Armed Forces to justice for ordering military-backed militias to massacre Timorese civilians and raze villages.
"Both of our governments - East Timor and Indonesia - agreed and are committed to solving our past problems based on the principle of truth, friendship and reconciliation, not through the judicial system," Yudhoyono said.
The Indonesia-East Timor Commission of Truth and Friendship, similar to South Africa's post-apartheit Truth and Reconciliation Commission, had been scheduled to conclude its job in August after it was extended for one year in 2006.
"The important things is that we do not allow ourselves to be held hostage by the past," Ramos Horta said. "It will set a precedent for other countries to deal with similar situations."
Indonesia invaded East Timor in 1975 and occupied the former Portuguese colony for 24 years. As many as 200,000 civilians died during that period.
In 1999 in a UN-sponsored referendum, East Timor voted to become independent and became a nation in 2002 after being administered by the United Nations for more than two years.
In addition to bilateral economic issues, Yudhoyono and Ramos Horta also discussed education and border problems.
Nobel laureate Ramos Horta arrived in Jakarta Monday for a three-day visit to Indonesia, his first overseas trip after he was sworn in as president May 20.
Ramos Horta won a landslide presidential election last month, replacing former rebel fighter Xanana Gusmao.
NOTA DE RODAPÉ:
Com que autoridade Ramos-Horta fala em nome do Governo (cujo partido acabou de fazer um comunicado a dizer que os crimes de 1975 a 1999 não ficariam impunes)?
terça-feira, junho 05, 2007
Indonesia, East Timor extend truth panel, say no to prosecutions
Por Malai Azul 2 à(s) 17:32
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Traduções
Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006
"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
4 comentários:
Tradução:
Indonésia, Timor-Leste alarga o prazo do painel da verdade, diz não a processos judiciais
Postado : Terça-feira, 05 Junho 2007 08:08:01GMT
Autor : DPA
Earthtimes.org
Jacarta – A Indonésia e a sua antiga colónia Timor-Leste concordaram na Terça-feira em alargar por seis meses o trabalho de uma comissão conjunta da verdade que tem a tarefa de juntar os factos que rodearam a escalada das forças militares da Indonésia antes da votação da independência de Timor-Leste em 1999. O mandato da comissão alarga-se agora até Fevereiro.
Numa conferência de imprensa conjunta em Jacarta depois de ter conversações com o Presidente de Timor-Leste José Ramos Horta, o Presidente Indonésio Susilo Bambang Yudhoyono disse que os dois países também concordaram que a comissão da verdade e amizade não levantará processos a ninguém que se conclua ser culpado de abusos de direitos humanos que rodeou a votação de há oito anos atrás.
Grupos de direitos humanos têm criticado a comissão por lhe faltar capacidade para trazer à justiça membros de topo das Forças Armadas Indonésias que deram ordens a milícias apoiadas pelos militares para massacrarem civis Timorenses e arrasarem aldeias.
"Ambos os nossos governos – de Timor-Leste e da Indonésia – concordam e estão comprometidos a resolver os problemas do passado com base nos princípios da verdade, amizade e reconciliação, e não através do sistema judicial," disse Yudhoyono.
A Comissão Indonésia-Timor-Leste da Verdade e Amizade, similar à Comissão da África do Sul da Verdade e Reconciliação, tinha previsto concluir o seu trabalho em Agosto depois do prazo ter sido alargado um ano em 2006.
"A coisa importante é que não nos permitiremos ficar refém do passado," disse Ramos Horta. "Marcará um precedente para outros países para lidarem com situações similares."
A Indonésia invadiu Timor-Leste em 1975 e ocupou a antiga colónia Portuguesa durante 24 anos. Tantos quantos 200,000 civis morreram durante esse período.
Em 1999 num referendo patrocinado pela ONU, Timor-Leste votou pela independência e tornou-se uma nação em 2002 depois de ter sido administrada pela ONU durante mais de dois anos.
A acrescentar a questões económicas bilaterais, Yudhoyono e Ramos Horta discutiram ainda problemas de educação e da fronteira.
O laureado do Nobel Ramos Horta chegou a Jacarta na Segunda-feira para uma visita de três dias à Indonésia, a sua primeira viagem ao exterior depois de ter sido investido presidente em 20 de Maio.
Ramos Horta ganhou a eleição presidencial o mês passado, substituindo o antigo líder da resistência Xanana Gusmão.
NOTA DE RODAPÉ:
Com que autoridade Ramos-Horta fala em nome do Governo (cujo partido acabou de fazer um comunicado a dizer que os crimes de 1975 a 1999 não ficariam impunes)?
PR indonésio quer mais investimento em Timor-Leste
Diário Digital/Lusa
05-06-2007 10:45:59
O Presidente indonésio, Susilo Bambang Yudhoyono defendeu hoje «o reforço do investimento e da cooperação da Indonésia com Timor-Leste», após um encontro com o seu homólogo timorense, José Ramos-Horta.
«As relações entre os dois países são boas mas nós queremos reforçar a cooperação em várias áreas», afirmou Susilo Bambang Yudhoyono, durante a conferência conjunta dos dois chefes de Estado.
Os dois Presidentes tiveram durante a manhã uma reunião de trabalho, principal ponto da agenda da primeira visita ao estrangeiro do novo chefe de Estado timorense.
«O comércio com Timor-Leste é bom mas gostaríamos de reforçar esta relação», acrescentou o Presidente indonésio, citando o exemplo dos principais investidores da Indonésia no país, como a companhia aérea Merpati, a empresa de combustíveis Pertamina ou o banco Mandiri.
«Queremos que mais empresas indonésias invistam em Timor-Leste e sugeri ao Presidente Ramos-Horta que os empresários timorenses e indonésios deviam ter uma relação mais próxima», disse.
Como lembrou o Presidente timorense, «entre 70 a 80% do comércio externo de Timor-Leste é com a Indonésia».
Susilo Bambang Yudhoyono referiu saber que o bahasa indonésio «é uma língua de trabalho em Timor-Leste» e defendeu a criação, em breve, de um departamento de língua na Universidade Nacional timorense.
Sobre a situação de segurança na fronteira entre os dois países, o Presidente indonésio explicou que a decisão de a Indonésia fechar os postos da fronteira terrestre, que aconteceu duas vezes este ano, tem por objectivo «evitar que as relações bilaterais sejam afectadas».
Yudhoyono adiantou que os dois países estão a estudar mecanismos que permitam manter o controlo apertado das fronteiras sem impedir o trânsito «tradicional» da fronteira comum.
O traçado das fronteiras terrestres de Timor-Leste com a Indonésia foi um dos pontos na agenda do encontro bilateral de hoje.
Susilo Bambang Yudhoyono declarou que apenas resta chegar a acordo sobre três por cento do traçado, embora parte desta linha esteja politicamente resolvida, faltando concretizá-la no terreno, conforme explicou à Lusa o principal negociador timorense na matéria, Arcangelo Leite.
«Falta apenas chegar a acordo sobre um por cento das fronteiras terrestres com a Indonésia», afirmou Arcangelo Leite, director nacional da Administração do Território.
As negociações da definição das fronteiras terrestres entre Timor-Leste e a Indonésia estiveram paradas quase um ano, após uma ronda negocial em Dezembro de 2005, em parte devido à crise política e militar de 2006 em Timor-Leste, explicou Arcangelo Leite.
«Tecnicamente, não se fez nada mesmo quanto à parte que foi resolvida politicamente» na negociação anterior, em Surabaia, afirmou o responsável.
Um dos últimos pontos de discórdia na delimitação fronteiriça entre os dois países é no enclave timorense de Oécussi, onde a Indonésia disputa o ilhéu de Fatu Sinai («Pedra Sinai», traduzindo à letra da língua tétum), a que os indonésios chamam Batek, no subdistrito de Pessabe.
Na conferência de imprensa de hoje, nenhum dos chefes de Estado fez referência ao esperado acordo sobre Fatu Sinai, «um ilhéu do tamanho de um campo de futebol», como diz Arcangelo Leite.
http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=10&id_news=279614
«Não podemos ser reféns do passado», afirma Ramos Horta
Diário Digital / Lusa
05-06-2007 9:44:43
O presidente de Timor-Leste, José Ramos Horta, declarou hoje em Jacarta estar satisfeito com o trabalho da comissão mista sobre a violência de 1999, cujo mandato foi alargado por seis meses por acordo entre os dois países.
«Não podemos ser reféns do passado», afirmou o Presidente da República timorense no Palácio Presidencial, na conferência de imprensa conjunta com o chefe de Estado indonésio, Susilo Bambang Yudhoyono, integrada na visita oficial à Indonésia, a primeira viagem ao estrangeiro desde a posse, em Maio.
«Elogio a coragem, o profissionalismo e a integridade dos comissários dos nossos dois países que tomaram em mãos a tarefa que lhes foi atribuída», afirmou José Ramos Horta sobre a Comissão da Verdade e Amizade (KKP).
«Os nossos dois países concordaram em resolver os nossos problemas passados dentro dos princípios de amizade e da reconciliação e não através da justiça, neste contexto», declarou Susilo Bambang Yudhoyono quando questionado pela Lusa sobre se concorda com as amnistias previstas para os culpados de crimes cometidos em Timor-Leste.
«Foi dentro desse espírito que decidimos criar a KKP para lidar com o assunto», acrescentou o Presidente indonésio.
Um grupo alargado de organizações de direitos humanos pediu recentemente aos dois chefes de Estado que encerrem a KKP, que acusam de não ter nem credibilidade nem legitimidade.
«É óbvio pelo seu mandato e pelo seu desempenho que a KKP não é um mecanismo credível para a procura de justiça nem sequer da verdade sobre os acontecimentos em Timor-Leste em 1999, muito menos entre 1975 e 1999», acusa uma plataforma de 30 organizações timorenses, indonésias e internacionais.
http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=10&id_news=279597
RH teve um lapso e pensou que ainda era Ministro dos Negócios Estrangeiros...
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