domingo, fevereiro 25, 2007

Ramos-Horta lança candidatura à presidência

O primeiro-ministro timorense, José Ramos-Horta, lançou hoje a sua candidatura presidencial em Laga, 150 quilómetros a leste de Díli, num comício com a presença de Cornélio Gama, o comandante «L7».
O veterano comandante «L7» e os militantes do seu partido, o UNDERTIM (Unidade Nacional Democrática da Resistência Timorense), receberam a comitiva de José Ramos- Horta na aldeia de Laga, entre bandeiras e cartazes alusivos à resistência contra a ocupação indonésia (1975-1999).


«Hoje, aqui, nesta terra de Laga, digo a todo o povo de Timor-Leste a minha candidatura a Presidente da República», anunciou o primeiro-ministro perante algumas centenas de pessoas.

A candidatura de José Ramos-Horta às eleições presidenciais de 09 de Abril foi revelada na quinta-feira, numa entrevista ao canal internacional da cadeia árabe Al Jazeera.

Falando de improviso no seu primeiro discurso como candidato à Presidência, José Ramos-Horta sublinhou em Laga que o seu programa privilegia a luta contra a pobreza.

Foi essa uma das razões para que a campanha fosse anunciada nesta aldeia, numa das regiões mais pobres do país, segundo explicou o primeiro-ministro à Lusa numa entrevista concedida sábado à noite em Baucau.

José Ramos-Horta viveu em Laga entre os 11 e os 17 anos.

«Justiça não é apenas a que se processa através dos tribunais», referiu o primeiro-ministro depois da intervenção de «L7» e de um momento de oração.

«Justiça é também e sobretudo o combate às enormes diferenças sociais», acrescentou José Ramos-Horta.

O anúncio da candidatura do primeiro-ministro ocorre cinco dias depois de a Fretilin, o partido maioritário, ter anunciado a candidatura do presidente do Parlamento, Francisco Guterres «Lu-Olo».

São também candidatos às presidenciais de 09 de Abril o deputado Manuel Tilman, pelo partido Kota, a jurista Lúcia Lobato, pelo PSD, Francisco Xavier do Amaral, da ASDT, e Avelino Coelho, do PST.

«Há muitos candidatos. Cada candidato é bom», explicou José Ramos-Horta no comício de Laga.

«O povo saberá escolher», acrescentou.

Diário Digital / Lusa

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Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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