domingo, fevereiro 18, 2007

Kiwi's Death Hushed Up - Author

The Press (Christchurch, New Zealand) - Febraury 15, 2007
Dan Eaton

New Zealand is being accused of helping hush up the murder of a Kiwi journalist during Indonesia's invasion of East Timor 31 years ago.

Gary Cunningham, who was a television cameraman, died, along with four other Australia- based journalists, when Indonesian troops swept through the Timorese border town of Balibo in October 1975.

At the time, the deaths were seen as an inconvenience by New Zealand officials and diplomats, who advised Labour prime minister Bill Rowling not to damage ties with Indonesia.

The allegations are made in a book based on declassified documents and come amid an inquest in Sydney that is throwing new light on the deaths.

Titled Negligent Neighbour: New Zealand's Complicity in the Invasion and Occupation of East Timor, the book, by Maire Leadbeater, is billed by its publisher as a "damning indictment of New Zealand's support for Indonesia's reign of terror in East Timor from 1975 to 1999".

Defence Minister Phil Goff spoke at its launch in Parliament yesterday, saying he did not agree with all of its conclusions.

"However, we do agree on the unacceptable failure of Western countries, including our own, to acknowledge and speak out about the invasion of East Timor in 1975 and subsequent oppression," he said.

"I applaud the book as a product of thorough research and hard work."

He made no mention of the allegations about Cunningham.

The Sydney inquest into the death of one of the Australian journalists is Australia's first open and completely independent investigation into the killings.

An East Timorese man wept in the witness box last week as he told of seeing the bodies of the five newsmen, including Cunningham, lying in pools of blood.

The evidence presented to the coronial inquiry supports what many have long suspected -- that Indonesian troops murdered the men. Official reports over the years have, however, maintained the five were killed in crossfire with local militia members.

Leadbeater, who is sister of Green MP Keith Locke, told The Press that the Labour Government of the time saw the dead journalists as a public relations problem.

"What it mainly reveals as far as Gary Cunningham is concerned is that the Government officials at the time basically tried to hide behind the coat- tails of Australia," she said.

"Their argument was that because Gary Cunningham was working for an Australian television network and had been living in Australia and some of his family were living in Australia, we didn't have to worry about it."

The book says officials told Rowling in 1976 there was no "necessity for New Zealand to become involved in the dispute" over the deaths.

Documents obtained by Leadbeater quote officials saying "there would seem to be no clear-cut case against Indonesia for any specific violation of international law".

She wrote there was no doubt Australia worked to help Indonesia cover up the murders and that New Zealand played down the killings.

Leadbeater wrote that when Australian diplomats confided their concerns to their New Zealand colleagues, the New Zealanders did not speak about the journalists' families or express fears for the East Timorese. "They were worried about the impact on the bilateral relationship of the cumulative effects of `these irritants'."
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1 comentário:

Anónimo disse...

Tradução:
Autora: Morte de Kiwi silenciada
The Press (Christchurch, New Zealand) - Fevereiro 15, 2007
Dan Eaton

A Nova Zelândia está a ser acusada de ajudar a calar o homicídio de um jornalista Kiwi durante a invasão pela Indonésia de Timor-Leste há 31 anos atrás.

Gary Cunningham, que foi um operador de câmara de televisão, morreu, ao lado doutros quatros jornalistas com base na Austrália, quando as tropas Indonésias irromperam através da cidade de fronteira Timorense de Balibo em Outubro de 1975.

Na altura, as mortes foram vistas como uma inconveniência por funcionários e diplomatas da Nova Zelândia, que aconselharam o primeiro-ministro trabalhista a não estragar os laços com a Indonésia.

As alegações são feitas num livro com base em documentos desclassificados e chega no meio de um inquérito em Sydney que está a deitar nova luz às mortes.

Intitulado “Vizinho Negligente: Cumplicidade da Nova Zelândia na Invasão e Ocupação de Timor-Leste”, o livro, por Maire Leadbeater, é citado pelo seu editor como uma "denúncia destruidora do apoio de Nova Zelândia ao reino de terror da Indonésia em Timor-Leste de 1975 a 1999".

O Ministro da Defesa Phil Goff falou ontem no seu lançamento no Parlamento, dizendo que não concorda com todas as suas conclusões.

"Contudo, concordamos com o falhanço inaceitável de países Ocidentais, incluindo o nosso próprio, para reconhecer e denunciar a invasão de Timor-Leste em 1975 e a opressão subsequente," disse.

"Aplaudo este livro como um produto de uma investigação perfeita e de muito trabalho."

Não fez nenhuma menção às alegações sobre Cunningham.

O inquérito de Sydney à morte de um dos jornalistas Australianos é a primeira investigação na Austrália aberta e completamente independente às mortes.

Um Timorense chorou no banco das testemunhas na semana passada quando contou ter visto os corpos dos cinco jornalistas, incluindo Cunningham, a jazer em poças de sangue.

A evidência apresentada na investigação apoia o que muitos já há muito suspeitavam – que tropas Indonésias assassinaram os homens. Relatórios oficiais durante anos, contudo, mantiveram que os cinco foram mortos em fogos cruzados com membros da milícia local.

Leadbeater, que é irmã do deputado dos Verdes Keith Locke, disse à The Press que o Governo Trabalhista da época encarou os jornalistas mortos como um problema de relações públicas.

"O que principalmente revela, no que se relaciona com Gary Cunningham, é que funcionários do Governo, na altura, tentaram basicamente esconder-se por detrás da Austrália," disse.

"O argumento deles é que como Gary Cunningham estava a trabalhar para uma rede de televisão Australiana e vivia na Austrália e alguma da sua família vivia na Austrália, não tínhamos de nos preocupar com isso."

O livro diz que funcionários disseram a Rowling em 1976 que não havia nenhuma "necessidade para a Nova Zelândia se envolver na disputa" sobre as mortes.

Documentos obtidos por Leadbeater citam funcionários a dizer "parece não haver nenhum caso claro contra a Indonésia por qualquer violação específica da lei internacional ".

Escreveu que não há qualquer dúvida que a Austrália trabalhou para ajudar a Indonésia a encobrir os homicídios e que a Nova Zelândia desvalorizou as mortes.

Leadbeater escreveu que quando diplomatas Australianos confidenciaram aos seus colegas da Nova Zelândia as suas preocupações, que os da Nova Zelândia não falaram sobre as famílias dos jornalistas nem expressaram receio pelos Timorenses. "Estavam preocupados sobre o impacto nas relações bilaterais dos efeitos acumulados ‘desses chatos’."

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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