Díli, 15 Jan (Lusa) - A polícia das Nações Unidas em Timor-Leste anunciou hoje que está a investigar a morte de um jovem timorense cujo corpo foi encontrado domingo numa estrada do bairro de Comoro, zona ocidental da capital.
O jovem, cuja identidade não foi revelada, morreu durante confrontos entre grupos de artes-marciais rivais e é a primeira vítima de violência em Díli desde o início do ano.
Na sequência de um alerta, a polícia recolheu o corpo no local conhecido por Banana Road, em Comoro, de onde foi transportado ao hospital para ser autopsiado, segundo a comissária da UNPOL Mónica Rodrigues.
Comoro é uma das áreas de confrontos de rua mais frequentes na capital timorense.
A violência entre grupos rivais, que desde Maio marca o quotidiano da capital, tem diminuído nas últimas semanas.
A polícia, no entanto, registou diferentes incidentes em Díli no último fim-de-semana.
Sábado à tarde, cerca de trezentas pessoas envolveram-se em confrontos no bairro de Ailok Laran, no limite sul da capital, obrigando à intervenção da polícia.
O incidente aconteceu na sequência de uma cerimónia de reconciliação entre duas comunidades.
"Começou bem, acabou mal", resumiu a comissária Mónica Rodrigues em declarações à Lusa.
A UNPOL efectuou uma detenção por comportamento violento e posse de arma ofensiva.
Um funcionário estrangeiro de uma organização não-governamental foi atacado em Bidau Santana, tendo recebido tratamento no Hospital Nacional de Díli.
Por último, um veículo policial foi atingido por pedras na madrugada de domingo, junto à embaixada da Austrália.
Fora da capital, onde a situação de segurança se tem mantido estável, a UNPOL anunciou domingo a detenção do quinto suspeito no caso de três mulheres da mesma família mortas no início de Janeiro em Maubara, Liquiçá, 40 quilómetros a oeste de Díli.
O crime está a ser pesquisado por uma equipa de investigação criminal da ONU, não havendo ainda informações disponíveis sobre o móbil do crime.
As autoridades policiais timorenses locais disseram que as três mulheres da mesma família, de 70, 50 e 25 anos, foram mortas e queimadas por populares que as acusaram de ser bruxas.
Uma crise político-militar eclodiu em Timor-Leste em Abril de 2006, provocando a desintegração da Polícia Nacional e divisões no seio das forças armada s.
A intervenção de efectivos militares e policiais enviados pela Austrália, Malásia, Nova Zelândia e Portugal, a pedido das autoridades timorenses, repôs progressivamente a ordem pública.
A partir de Agosto, com a aprovação da resolução 1704, pelo Conselho de Segurança da ONU, iniciou-se o desdobramento de um contingente policial da ONU.
Dos 1.608 efectivos previstos, já se encontram cerca de 1.250 em Timor-Leste, enquanto os efectivos militares da Austrália e Nova Zelândia, que se mantêm em território timorense ao abrigo de acordos bilaterais, totalizam cerca de 9 00.
Timor-Leste prevê realizar este ano eleições presidenciais e legislativas, não tendo ainda sido anunciada as datas dos dois escrutínios.
PRM-Lusa/Fim
.
terça-feira, janeiro 16, 2007
Violência em Díli causa primeiro morto desde início do ano
Por Malai Azul 2 à(s) 00:45
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Traduções
Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006
"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
Sem comentários:
Enviar um comentário