Rio de Janeiro, 13 Dez (Lusa) - A língua portuguesa faz parte da afirmação da identidade timorense, "é um símbolo de resistência", defendeu o representante do Timor Leste no Seminário Internacional de Língua Portuguesa, terça-feira, no Rio de Janeiro.
"Nós pudemos afirmar a nossa liberdade, independência e consolidação de uma língua comum devido ao apoio da CPLP [Comunidade dos Países de Língua Portuguesa]", acrescentou o representante do Ministério da Educação do Timor Leste, Justino Guterres, fazendo alusão à luta do povo timorense contra o domínio indonésio, durante mais de vinte anos.
Por sua vez, o presidente do Conselho Científico do Instituto Internacional de Língua Portuguesa (IILP), Godofredo de Oliveira Neto, defendeu um maior esforço de divulgação do idioma por parte dos países da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).
Oliveira Neto, que também é diretor de Políticas de Ensino Superior do Ministério da Educação do Brasil, disse esperar que novas idéias e propostas sejam apresentadas durante o seminário "para difundir a literatura e a língua portuguesas pelo mundo e aprofundar o conhecimento mútuo da cultura dos países da CPLP".
Comunidade literária
O presidente do Conselho Científico do IILP destacou a necessidade de haver uma comunidade literária portuguesa e defendeu a convergência de investimentos para a produção de obras literárias dos países da comunidade.
"Há recursos para isso. Só temos que afinar mais as propostas dos países membros", disse Oliveira Neto à agência Lusa.
Organizador do seminário, que acontece até quarta-feira no Rio de Janeiro, Oliveira Neto admitiu que "há uma grande dificuldade, ainda hoje, de encontrar no Brasil livros de escritores de outros países de língua portuguesa".
O presidente do Conselho Científico considera que "o IILP já saiu do papel" e terá um "papel de destaque" na concretização das propostas sugeridas durante o seminário internacional.
Identidade lusófona
Na abertura do seminário, o cônsul-geral de Portugal no Rio de Janeiro, Antônio Almeida Lima, representando o Ministério de Educação português, classificou o evento como uma iniciativa para afirmar a importância da lusofonia no contexto da globalização e trocar diversidade culturais.
"O português é uma língua que contribuiu para a formação da identidade de cada um dos países membros", disse Lima.
Já o ministro da Educação de Angola, Antonio Burity da Silva Neto, defendeu que a educação é considerada "ferramenta essencial para o desenvolvimento sustentável e social" dos países membros da Comunidade.
.
quinta-feira, dezembro 14, 2006
Língua portuguesa é símbolo de resistência, diz timorense
Por Malai Azul 2 à(s) 17:28
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Traduções
Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006
"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
Sem comentários:
Enviar um comentário