segunda-feira, maio 12, 2008

East Timor: Governing coalition on brink of collapse

International News, Green Left Weekly issue #750 14 May 2008.
Tony Iltis
9 May 2008


A realignment of political forces appears to be underway in East Timor, with the signing of an agreement for a strategic alliance for future elections between the largest party in parliament, the Revolutionary Front of Independent East Timor (Fretilin), and the Timorese Social Democratic Association (ASDT) — the second largest party in the coalition of non-Fretilin parties that has held government since the July 2007 parliamentary elections.


While the ASDT will remain in the current government of Prime Minister Xanana Gusmao, both parties are calling for these elections to be brought forward to early 2009. This was apparently agreed to by President Jose Ramos Horta at a February 7 all-party meeting.

A joint Fretilin-ASDT platform, released on May 7, emphasised the common heritage between the two parties in East Timor’s long struggle for independence.

The platform described ASDT leader Francisco Xavier do Amaral as the “proclaimer of independence” (having made the November 1975 declaration of independence from Portugal that was quickly followed by Indonesia’s Australian-backed invasion and occupation) and Fretilin leader Francisco Guterres Lu’olo as the “restorer of independence” (as in his position as president of the national parliament, he officially restored the independence proclamation in May 2002).

Timor Sea

The intervening quarter-century of Indonesian occupation saw the death of 300,000 Timorese (a third of the population) and the 1991 Timor Gap Treaty between Indonesia and Australia that granted the latter a disproportionate share of the oil and gas reserves in the Timor Sea.

Since the re-establishment of formal independence, Australia has used its position of power over the impoverished half-island to enforce an agreement, in violation of what East Timor is entitled to under international law, that grants Australia control over the majority of gas and oil reserves in the Timor Sea.

According to a May 5 Fretilin media release, the agreement is a response to a situation whereby “despite the people of Timor Leste having been liberated from centuries of foreign domination, the people are once again living under a government full of nepotism, corruption, collusion and injustice, and we are witnessing the persecution of our patriots.

“The situation has once again dragged our people into living lives of fear of those in political power and of a loss of hope for the economic development of their nation.”

One of the joint platform’s demands is for the establishment of an “International Commission of Investigation” into the confused events on February 11 in which Ramos Horta was shot and seriously injured.

An article in the April 22 Australian reported that East Timor is awash with rumours about the shoot-out, including speculation that Major Alfedo Reinado, the Australian-trained military police officer who was killed in the attack, was “set up” and Australia was behind the incident in a bid to remove Ramos Horta. Reinado led a May 2006 mutiny that resulted in the overthrow of Fretilin Prime Minister Mari Alkatiri and the deployment of the Australian-dominated International Stabilisation Force (ISF).

It is unlikely that Australia would have attempted to assassinate Ramos Horta as his coming to power was supported by Canberra. Both Fretilin and grassroots NGOs have accused Australia of violating East Timor’s sovereignty by both playing a role Alkatiri’s overthrow and using the ISF to influence the presidential and parliamentary elections in 2007.

ISF’s role

Any genuine inquiry into the February 11 shootings would need to investigate many unanswered questions surrounding the 2006 violence, which left 37 people dead and 150,000 homeless from arson attacks, which increased after the deployment of the ISF.

Among the questions are how Reinado and his followers managed to escape from ISF custody and take to the hills with weapons in August 2006. In two DVDs that circulated in the months leading up to his death, Reinado claimed that in 2006 he was acting under direct orders from then-president Gusmao and that he had been promised high office in a post-Alkatiri government.

The most likely explanation for what happened at Ramos Horta’s residence on February 11 was that Reinado and his supporters went to the president’s home with the intention of strong-arming him into delivering his earlier promise of an amnesty, but were met with unexpected resistance from the president’s body-guards. Even more questions surround the alleged attack on Gusmao the same day, which saw the PM emerge unscathed despite his car being riddled with bullets.

In a February 19 interview with the Portuguese newsagency Lusa, Mario Carrascalao, a high-ranking member of Gusmao’s coalition, suggested that the attack on the PM may have been staged, pointing out the improbability of anyone surviving an ambush on the stretch of road where it apparently took place.

Alkatiri has claimed that Fretilin has photographs of Xanana’s car following the attack with just two bullet holes. When the car was shown to the media it had 16 bullet holes. Following his surrender on April 29, the alleged leader of the ambush, Reinado’s deputy Gastao Salsinha, denied having fired any shots at Xanana.

Meanwhile, Fretilin has condemned the way in which Salsinha’s surrender was conducted, which not only involved an official public ceremony but was followed by a party in which Salsinha and his followers were drinking and dancing with government soldiers and police!

The ASDT-Fretilin call for an international inquiry into the February 11 events has suggested that Australia should not be involved due to Australia’s perceived inteference in East Timor’s affairs. Contributing to this perception is the lack of accountability of the ISF. Prior to the November Australian elections, the ALP called for the Australian forces to be brought under UN control. However, since winning power, the Rudd Labor government has maintained the ISF’s independent status.

Tradução:

Timor-Leste: Coligação do governo à beira de se desmoronar

Notícias Internacionais, Green Left Weekly issue #750 14 Maio 2008.
Tony Iltis
9 Maio 2008


Um realinhamento das forças políticas parece esar a ocorrer em Timor-Leste, com a assinatura de um acordo para uma aliança estratégica para futuras eleições entre o maior partido no parlamento, Frente Revolucionária de Timor-Leste Independente (Fretilin), e a Associação Social Democrática Timorense (ASDT) — o segundo maior partido na coligação de partidos não-Fretilin que tem estado no governo desde as eleições parlamentares de Julho de 2007.


Conquanto a ASDT se manterá no corrente governo do Primeiro-Ministro Xanana Gusmão, ambos os partidos estão a pedir eleições antecipadas para o princípio de 2009. Isso foi aparentemente acordado pelo Presidente José Ramos Horta num encontro em 7 de Fevereiro com todos os partidos.

Uma plataforma conjunta Fretilin-ASDT, emitida em 7 de Maio, enfatizou a herança comum entre os dois partidos durante a longa luta pela independência de Timor-Leste.

A plataforma descrita pelo líder da ASDT Francisco Xavier do Amaral como o “proclamador da independência” (tendo feito em Novembro 1975 a declaração da independência de Portugal que foi rapidamente seguida pela invasão e ocupação da Indonésia apoiada pelos Australianos) e o líder da Fretilin Francisco Guterres Lu’olo como o “restaurador da independência” (dado que na sua posição como presidente do parlamento nacional, ele oficialmente restaurou a proclamação da independência em Maio de 2002).

Mar de Timor

Durante o quarto de século da ocupação Indonésia houve a morte de 300,000 Timorenses (um terço da população) e o Tratado do Timor Gap em 1991 entre a Indonésia e a Austrália que doou à última uma parte desproporcionada das reservas de petróleo e de gás no Mar de Timor.

Desde o re-estabelecimento da independência formal, a Austrália usou a sua posição de poder sobre a empobrecida meia-ilha para impor um acordo, em violação ao que Timor-Leste tem direito sob a lei internacional, que dá à Austrália o controlo sobre a maioria das reservas de petróleo e gás no Mar de Timor.

De acordo com um comunicado de imprensa da Fretilin de 5 de Maio, o acordo é uma resposta a uma situação pela qual “apesar do povo de Timor-Leste ter sido libertada de séculos de dominação estrangeira, o povo está mais uma vez a viver sob um governo cheio de nepotismo, corrupção, conveniência e injustiça e estamos a testemunhar a perseguição dos nossos patriotas.

“A situação mais uma vez arrastou o nosso povo a viver vidas de medo dos que estão no poder político e uma perda de esperança pelo desenvolvimento económico da sua nação.”

Uma das exigências da plataforma conjunta é o estabelecimento duma “Comissão Internacional de Investigação” aos confusos eventos de 11 de Fevereiro nos quais Ramos Horta foi baleado e gravemente ferido.

Um artigo no The Australian de 22 de Abril relatava que Timor-Leste está cheio de rumores acerca do tiroteio, incluindo especulações que o Major Alfedo Reinado, o oficial da polícia militar formado pelos Australianos que foi morto no ataque, tinha sofrido uma cilada e que a Austrália estava por detrás do incidente numa tentativa para remover Ramos Horta. Reinado liderou um motim em Maio de 2006 de que resultou o derrube do Primeiro-Ministro da Fretilin Mari Alkatiri e o destacamento da Força Internacional de Estabilização (ISF) dominada pelos Australianos.

É improvável que a Austrália tenha tentado assassinar Ramos Horta dado que a sua subida ao poder foi apoiada por Canberra. Ambos Fretilin e ONG's de base acusaram a Austrália de violar a soberania de Timor-Leste por ter tido um papel quer no derrube de Alkatiri quer por ter usado a ISF para influenciar as eleições presidenciais e parlamentares em 2007.

Papel da ISF

Qualquer inquérito genuíno aos tiroteios de 11 de Fevereiro precisará de investigar muitas questões não respondidas envolvendo a violência de 2006, que deixou 37 pessoas mortas e 150,000 sem casa por ataques incendiários, que cresceram depois do destacamento da ISF.

Entre as questões está como é que Reinado e os seus seguidores conseguiram escapar da custódia da ISF e irem para os montes com armas em Agosto de 2006. Em dois DVDs que circularam meses antes da sua morte, Reinado afirmou que em 2006 estava a actuar sob ordens directas do então presidente Gusmão e que lhe sida sido prometido um alto cargo num governo pós-Alkatiri.

A explicação mais provável do que aconteceu na residência de Ramos Horta em 11 de Fevereiro foi que Reinado e os seus seguidores foram a casa do presidente com a intenção de o confrontar para cumprir com a sua promessa anterior duma amnistia, mas encontraram resistência inesperada dos guarda-corpos do presidente. Ainda mais questões rodeiam o alegado ataque a Gusmão no mesmo dia, que viu o PM emergir ileso apesar do seu carro ter sido atravessado por balas.

Numa entrevista em 19 de Fevereiro à agência de notícias Portuguesas Lusa, Mário Carrascalão, um membro de topo da coligação de Gusmão, sugeriu que o ataque ao PM pode ter sido encenado, apontando a improbabilidade de alguém sobreviver a uma emboscado na estrada estreita onde aparentemente isso ocorreu.

Alkatiri afirmou que a Fretilin tem fotografias do carro de Xanana após o ataque com apenas dois buracos de balas. Quando o carro foi mostrado aos media tinha 16 buracos de balas. Após a sua rendição em 29 de Abril 29, o alegado líder da emboscada, o adjunto de Reinado Gastão Salsinha, negou ter disparado qualquer tiro contra Xanana.

Entretanto, a Fretilin condenou a maneira pela qual foi conduzida a rendição de Salsinha, que envolveu não apenas uma cerimónia oficial pública mas foi seguida por uma festa onde Salsinha e os seus seguidores beberam e dançaram com soldados e polícias do governo!

A ASDT-Fretilin pedem um inquérito internacional aos eventos de 11 de Fevereiro e sugeriu que a Austrália não deve estar envolvida devido a percepcionada interferência da Austrália nos assuntos de Timor-Leste. Contribuem para esta percepção a falta de responsabilização da ISF. Antes das eleições Australianas de Novembro, a ALP pediu que as forças Australianas fossem colocadas sob controlo da ONU. Contudo, desde que ganhou o poder, o governo Labor de Rudd tem mantido o estatuto independente da ISF.

1 comentário:

Anónimo disse...

Tradução:
Timor-Leste: Coligação do governo à beira de se desmoronar
Notícias Internacionais, Green Left Weekly issue #750 14 Maio 2008.
Tony Iltis
9 Maio 2008


Um realinhamento das forças políticas parece esar a ocorrer em Timor-Leste, com a assinatura de um acordo para uma aliança estratégica para futuras eleições entre o maior partido no parlamento, Frente Revolucionária de Timor-Leste Independente (Fretilin), e a Associação Social Democrática Timorense (ASDT) — o segundo maior partido na coligação de partidos não-Fretilin que tem estado no governo desde as eleições parlamentares de Julho de 2007.


Conquanto a ASDT se manterá no corrente governo do Primeiro-Ministro Xanana Gusmão, ambos os partidos estão a pedir eleições antecipadas para o princípio de 2009. Isso foi aparentemente acordado pelo Presidente José Ramos Horta num encontro em 7 de Fevereiro com todos os partidos.

Uma plataforma conjunta Fretilin-ASDT, emitida em 7 de Maio, enfatizou a herança comum entre os dois partidos durante a longa luta pela independência de Timor-Leste.

A plataforma descrita pelo líder da ASDT Francisco Xavier do Amaral como o “proclamador da independência” (tendo feito em Novembro 1975 a declaração da independência de Portugal que foi rapidamente seguida pela invasão e ocupação da Indonésia apoiada pelos Australianos) e o líder da Fretilin Francisco Guterres Lu’olo como o “restaurador da independência” (dado que na sua posição como presidente do parlamento nacional, ele oficialmente restaurou a proclamação da independência em Maio de 2002).

Mar de Timor

Durante o quarto de século da ocupação Indonésia houve a morte de 300,000 Timorenses (um terço da população) e o Tratado do Timor Gap em 1991 entre a Indonésia e a Austrália que doou à última uma parte desproporcionada das reservas de petróleo e de gás no Mar de Timor.

Desde o re-estabelecimento da independência formal, a Austrália usou a sua posição de poder sobre a empobrecida meia-ilha para impor um acordo, em violação ao que Timor-Leste tem direito sob a lei internacional, que dá à Austrália o controlo sobre a maioria das reservas de petróleo e gás no Mar de Timor.

De acordo com um comunicado de imprensa da Fretilin de 5 de Maio, o acordo é uma resposta a uma situação pela qual “apesar do povo de Timor-Leste ter sido libertada de séculos de dominação estrangeira, o povo está mais uma vez a viver sob um governo cheio de nepotismo, corrupção, conveniência e injustiça e estamos a testemunhar a perseguição dos nossos patriotas.

“A situação mais uma vez arrastou o nosso povo a viver vidas de medo dos que estão no poder político e uma perda de esperança pelo desenvolvimento económico da sua nação.”

Uma das exigências da plataforma conjunta é o estabelecimento duma “Comissão Internacional de Investigação” aos confusos eventos de 11 de Fevereiro nos quais Ramos Horta foi baleado e gravemente ferido.

Um artigo no The Australian de 22 de Abril relatava que Timor-Leste está cheio de rumores acerca do tiroteio, incluindo especulações que o Major Alfedo Reinado, o oficial da polícia militar formado pelos Australianos que foi morto no ataque, tinha sofrido uma cilada e que a Austrália estava por detrás do incidente numa tentativa para remover Ramos Horta. Reinado liderou um motim em Maio de 2006 de que resultou o derrube do Primeiro-Ministro da Fretilin Mari Alkatiri e o destacamento da Força Internacional de Estabilização (ISF) dominada pelos Australianos.

É improvável que a Austrália tenha tentado assassinar Ramos Horta dado que a sua subida ao poder foi apoiada por Canberra. Ambos Fretilin e ONG's de base acusaram a Austrália de violar a soberania de Timor-Leste por ter tido um papel quer no derrube de Alkatiri quer por ter usado a ISF para influenciar as eleições presidenciais e parlamentares em 2007.

Papel da ISF

Qualquer inquérito genuíno aos tiroteios de 11 de Fevereiro precisará de investigar muitas questões não respondidas envolvendo a violência de 2006, que deixou 37 pessoas mortas e 150,000 sem casa por ataques incendiários, que cresceram depois do destacamento da ISF.

Entre as questões está como é que Reinado e os seus seguidores conseguiram escapar da custódia da ISF e irem para os montes com armas em Agosto de 2006. Em dois DVDs que circularam meses antes da sua morte, Reinado afirmou que em 2006 estava a actuar sob ordens directas do então presidente Gusmão e que lhe sida sido prometido um alto cargo num governo pós-Alkatiri.

A explicação mais provável do que aconteceu na residência de Ramos Horta em 11 de Fevereiro foi que Reinado e os seus seguidores foram a casa do presidente com a intenção de o confrontar para cumprir com a sua promessa anterior duma amnistia, mas encontraram resistência inesperada dos guarda-corpos do presidente. Ainda mais questões rodeiam o alegado ataque a Gusmão no mesmo dia, que viu o PM emergir ileso apesar do seu carro ter sido atravessado por balas.

Numa entrevista em 19 de Fevereiro à agência de notícias Portuguesas Lusa, Mário Carrascalão, um membro de topo da coligação de Gusmão, sugeriu que o ataque ao PM pode ter sido encenado, apontando a improbabilidade de alguém sobreviver a uma emboscado na estrada estreita onde aparentemente isso ocorreu.

Alkatiri afirmou que a Fretilin tem fotografias do carro de Xanana após o ataque com apenas dois buracos de balas. Quando o carro foi mostrado aos media tinha 16 buracos de balas. Após a sua rendição em 29 de Abril 29, o alegado líder da emboscada, o adjunto de Reinado Gastão Salsinha, negou ter disparado qualquer tiro contra Xanana.

Entretanto, a Fretilin condenou a maneira pela qual foi conduzida a rendição de Salsinha, que envolveu não apenas uma cerimónia oficial pública mas foi seguida por uma festa onde Salsinha e os seus seguidores beberam e dançaram com soldados e polícias do governo!

A ASDT-Fretilin pedem um inquérito internacional aos eventos de 11 de Fevereiro e sugeriu que a Austrália não deve estar envolvida devido a percepcionada interferência da Austrália nos assuntos de Timor-Leste. Contribuem para esta percepção a falta de responsabilização da ISF. Antes das eleições Australianas de Novembro, a ALP pediu que as forças Australianas fossem colocadas sob controlo da ONU. Contudo, desde que ganhou o poder, o governo Labor de Rudd tem mantido o estatuto independente da ISF.

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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