terça-feira, maio 27, 2008

Corruption charges threaten East Timor's development

Asia Sentinel - Monday, May 26, 2008

By Jesse Wright
26 May 2008

The US promises hundreds of millions of dollars in aid money if the fledgling country cleans up its act


The United States government is promising East Timor hundreds of millions of dollars in aid money — if it can organize a plan to clean up its corruption within a year, a tall order for a country that was nearly crushed at independence by Indonesia and whose institutions are in early stages of development. Only five of its 15 ministries have internal audit processes in place and World Bank statistics indicate corruption is on the rise.

In late 2005 the Millennium Challenge Corporation, an innovative new development agency funded by the US Congress with the mandate to tie aid to policy reform milestones, approved a full contract — called a compact — with the fledgling country. Usually the compacts are worth hundreds of millions of dollars and are used to develop specific projects, such as new highway or hospitals, but a flawed proposal in 2006 and then national elections in 2007 have delayed the process and Timor is still without a compact.

With the national elections completed, the MCC has said it is ready to consider a new proposal from Timor, but over the past two years another problem has emerged: corruption. Timor is currently failing the MCC's control of corruption criterion.

The MCC uses 17 criteria in three sectors to rate countries: fair and impartial governance, investing in people, and economic freedom. The control-of corruption criterion is based on data collected locally by the World Bank and it is the only pass/fail one. In other words, it is the one thing Timor cannot afford to fail if it hopes to win a full compact. The local head of the World Bank, however, told Asia Sentinel he is confident Timor will right itself by the time the proposal is accepted.

“You have a very dedicated government committed to fighting corruption here,” Antonio Franco, World Bank country director, said. “I would assume that possibly by the end of this year they'll be okay.”

Last month East Timor's prime minister, Xanana Gusmao, introduced his plan to create a civil service commission and an anti-corruption commission, declaring 2008 the “Year of administrative reform.”

Franco said measures like these should have an immediate effect.

“In most cases that's all you need is to establish the framework,” he said. Six years from independence from Indonesia’s failed rule and subsequent devastation of the tiny country, Timor has found it difficult to create the framework, however.

Franco said this created a problem because there were few benchmarks to measure corruption.

“It's not very specific data and it's not based on very in depth country analysis,” Franco said.

John Hewko, vice president of the MCC, said he was convinced the government would fix its corruption rating soon and so Timor would still be eligible for a compact.

Hewko, along with a small delegation from Washington, D.C., visited East Timor last week to meet with the government about the new project proposal. Timor's initial 2005 proposal was rejected because it was too broad and it was not discussed with leaders of civil society.

The first step to any compact, Hewko said, is public consultation.

“We view this as a program between the people of the United States and the people of East Timor,” he said. The consultation process is followed by a feasibility study and Timor will base its proposal on that study.

The entire process can take up to 18 months, and during that time the MCC will push for better control of corruption. Hewko said that often the amount of money at stake is so great that countries improve their ratings for fear of losing the money. The projects can be terminated if goals are not met.

“There's something called the MCC effect,” he said. “Already we've seen this. Countries try to do well to be eligible [for a compact].”

Although the amount of money Timor could get will be based on its future project proposal, the money should be significant.

“These are large grants and they focus people's attention. This isn't $10 million, but more like $100 million” said Darius Nassiry, the MCC's country director for the department of compact development.

To a country like East Timor where most people live on a few dollars a day, the project alone could provide countless jobs and a needed boost to the economy.

About half the country is unemployed and the gross domestic product is based heavily on the country's nascent petroleum revenue. In Timor, not only are there few skilled workers, but even those with skills say they have trouble finding work. Thousands still live in displacement camps scattered around Dili, the nation's capital, too poor to rebuild their homes, and without income. Tens of thousands lost everything following violent civil unrest in 2006, and while the government has made some progress moving people back home, underlying causes—lack of jobs, skills, etc—are harder to fix.

Hewko said the MCC aims to fix just these sorts of problems through their compacts. He said Timor's project should have a heavy emphasis on infrastructure and rural development, and be “rooted in activities that promote economic growth.”

The MCC was established in 2004 as an initiative by the Bush administration as a “new” approach to aid development. Some critics have said the Bush administration should have simply reworked the United States Agency for International Development, the U.S. government's existing development agency, but Hewko and others said USAID is actually quite different.

“USAID has a much broader mandate than the MCC,” said Hewko. “Our projects are highly specialized and we only work with countries that are doing well.”

1 comentário:

Anónimo disse...

Tradução:
Acusações de Corrupção ameaçam o desenvolvimento de Timor-Leste
Asia Sentinel - Segunda-feira, Maio 26, 2008

Por Jesse Wright
26 Maio 2008

Os USA prometem centenas de milhões de dólares em ajuda se o novo país se limpar


O governo dos USA estão a prometer centenas de milhões de dólares a Timor-Leste em dinheiro de ajuda — se puder organizar um plano para limpar a sua corrupção dentro de um ano, uma grande ordem para um país que quase que foi esmagado na independência pela Indonésia e cujas instituições estão no estágio inicial de desenvolvimento. Apenas cinco dos seus 15 ministérios têm processos de auditoria instalados e as estatísticas do Banco Mundial indicam que a corrupção está a erguer-se.

Em fins de 2005 a Millennium Challenge Corporation, uma nova agência de desenvolvimento inovadora fundada pelo Congresso dos USA com um mandato para ligar a ajuda a políticas de reforma aponta-caminhos, aprovou um contrato completo — chamado um compacto — com a jovem nação. Habitualmente os compactos valem centenas de milhões de dólares e são usados para desenvolver projectos específicos, tais como novas auto-estradas ou hospitais, mas uma proposta falhada em 2006 e depois as eleições nacionais em 2007 atrasaram o processo e Timor está ainda sem um compacto.

Completadas as eleições nacionais, a MCC disse estar pronta para considerar uma nova proposta de Timor, mas nos dois últimos anos emergiu um outro problema: corrupção. Timor está correntemente a falhar os critérios de controlo da corrupção da MCC.

A MCC usa 17 critérios em três sectores para classificar os países: governação justa e imparcial, investir nas pessoas e liberdade económica. Os critérios para o controlo da corrupção têm por base dados recolhidos localmente pelo Banco Mundial e este é o único que aprova/chumba. Por outras palavras, isto é a única coisa que Timor não pode falhar se tem esperança de ganhar um compacto completo. O chefe local do Banco Mundial, contudo, disse à Asia Sentinel que está confiante que Timor se emendará a si próprio pela altura em que a proposta for aceite.

“Há um governo muito dedicado comprometido em combater a corrupção aqui,” disse Antonio Franco, director do pais do Banco Mundial. “Assumiria essa possibilidade que no fim deste ano estarão okay.”

No mês passado o primeiro-ministro de Timor-Leste, Xanana Gusmão, introduziu o seu plano para criar uma comissão para o serviço público e uma comissão anti-corrupção, declarando 2008 o “Ano da reforma administrativa.”

Franco disse que medidas como essas devem ter um efeito imediato.

“Na maioria dos casos é tudo o que é preciso para estabelecer a moldura,” disse ele. Seis anos depois da independência da governação falhada da Indonésia e a subsequente devastação do pequeno país, Timor tem encontrado dificuldades em criar a moldura, contudo.

Franco disse que isto criou um problema porque havia poucos sinais de medidas para medir a corrupção.

“Os dados não são muito específicos e não têm por base uma análise muito profunda do país,” disse Franco.

John Hewko, vice-presidente da MCC, disse que estava convencida que o governo fixaria a sua classificação de corrupção em breve e que assim Timor seria ainda elegível para um compacto.

Hewko, ao lado duma pequena delegação de Washington, D.C., visitou Timor-Leste a semana passada para se encontrar com o governo acerca da nova proposta de projecto. A proposta inicial de Timor de 2005 foi rejeitada porque era demasiado ampla e não fora discutida com líderes da sociedade civil.

O primeiro passo para qualquer compacto, disse Hewko, é consulta pública.

“Vemos isto como um programa entre o povo dos Estados Unidos e o povo de Timor-Leste,” disse ele. O processo de consulta é seguido por um estudo de praticabilidade e Timor baseará a sua proposta nesse estudo.

O processo completo pode demorar 18 meses, e durante esse tempo a MCC empurrará por melhores controlos da corrupção. Hewko disse que muitas vezes a quantidade de dinheiro em jogo é tão grande que os países melhoram as suas classificações com receio de perder o dinheiro. Os projectos podem terminar se os objectivos não são atingidos .

“Há uma coisa chamada o efeito MCC,” disse ele. “Já vimos isso. Países que tentam andar bem para serem elegíveis [para um compacto].”

Apesar da quantidade de dinheiro que Timor pode obter ter por base as suas propostas de projecto futuro, o dinheiro deve ser significativo.

“Estas são grandes doações e que focam a atenção das pessoas. Isto não são $10 milhões, mas mais como $100 milhões” disse Darius Nassiry, o director do país da MCC para o departamento do desenvolvimento do compacto.

Para um país como Timor-Leste onde a maioria das pessoas vivem com alguns dólares por dia, o projecto sozinho podia providenciar um número se empregos sem conta e um empurrão necessário da economia.

Cerca de metade do país está desempregado e o PIB assenta pesadamente nos rendimentos nascentes do petróleo do país. Em Timor, não apenas há poucos trabalhadores com habilitações mas mesmo os que as têm dizem que têm dificuldades em encontrar emprego. Milhares vivem ainda em campos de deslocados espalhados à volta de Dili, a capital da nação, demasiadamente pobres para repararem as suas casas, e sem rendimentos. Dezenas de milhares perderam tudo no seguimento do desassossego civil em 2006, e conquanto o governo tenha feito algum progresso a mover pessoas de volta para casa, as causas subjacentes—falta de empregos, habilitações, etc—são difíceis de reparar.

Hewko disse que a MCC visa reparar este tipo de problemas através dos seus compactos. disse que o projecto de Timor devia ter um ênfase forte em infraestruturas e desenvolvimento rural, e estar “enraizado em actividades que promovam o crescimento económico.”

A MCC foi estabelecida em 2004 como uma iniciativa da administração Bush como uma “nova” abordagem para a ajuda ao desenvolvimento. Alguns críticos disseram que a administração Bush devia ter simplesmente revogado a United States Agency for International Development, a agência de desenvolvimento existente do governo dos USA, mas Hewko e outros dizem que na realidade a USAID é bastante diferente.

“A USAID tem tido um muito mais amplo mandato do que a MCC,” disse Hewko. “Os nossos projectos são altamente especializados e apenas trabalhamos com países que estão a agir bem.”

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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