Kaer Susar, um dos elementos do grupo de Alfredo Reinado que se entregou às autoridades, vai ser ouvido no Tribunal para interrogatório pelas 17:00.
segunda-feira, março 03, 2008
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Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
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Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006
"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
4 comentários:
Ramos-Horta diz ter perdoado ao major rebelde Alfredo Alves Reinado
Público, 03.03.2008
Por Jorge Heitor
Mari Alkatiri, que se deslocou a Darwin, foi a pessoa escolhida pelo primeiro-ministro Xanana Gusmão para transmitir ao Presidente uma mensagem informal e "um abraço" fraterno
O Presidente da República de Timor-Leste, José Ramos-Horta, internado no Hospital Real de Darwin, devido aos ferimentos sofridos no dia 11 de Fevereiro, recebeu ontem durante duas horas a visita do seu substituto interino, Fernando Lasama de Araújo. E pediu-lhe uma investigação particularmente detalhada de tudo o que aconteceu há três semanas e que incluiu, designadamente, a morte do major rebelde Alfredo Alves Reinado. Depois da prolongada reunião entre os dois políticos, Lasama contou à imprensa que Ramos-Horta lhe reiterara toda a sua confiança em si, pessoalmente, bem como no Parlamento Nacional, de que é o titular, e no Governo, pedindo a todos que continuassem a trabalhar para o bem do país.
Por outro lado, o Presidente, que já foi submetido a cinco intervenções cirúrgicas, declarou perdoar todas as acções de Reinado, com o qual, aliás, tivera um cordial almoço no dia 13 de Janeiro, e solicitou ao executivo que apoie a família do major rebelde, cujos verdadeiros intentos no dia em que foi logo pela manhã à residência onde acabaria por morrer ainda estão por esclarecer.
Por outro lado, nestas últimas 24 horas particularmente cheias, Ramos-Horta também recebeu, entre outras, a visita do secretário-geral da Fretilin, Mari Alkatiri, antigo primeiro-ministro e actual chefe da oposição. Este último era acompanhado pelo antigo primeiro--ministro interino (de Maio a Agosto do ano passado), Estanislau Aleixo da Silva, que ontem à noite contou ao PÚBLICO, pelo telefone, ter sido Alkatiri portador, "de forma informal", de uma mensagem com "um abraço" de Xanana para o Presidente da República.
Para uma clínica privada
Estanislau da Silva, segundo o qual Ramos-Horta "emagreceu muito" nestas últimas semanas, disse que o próprio primeiro-ministro, que dias antes estivera reunido com Mari Alkatarii, se deverá deslocar em breve à cidade australiana de Darwin. Aí, o Presidente espera agora ter alta do Hospital Real para prosseguir os tratamentos numa instituição hospitalar privada, não devendo poder regressar a Díli antes do fim de Março.
O representante especial das Nações Unidas em Timor-Leste, Atul Khare, e um enviado do Governo do Kuwait também estiveram ontem no quarto de José Ramos-Horta, a inteirar-se do avanço da sua recuperação e a procurar saber quando é que poderá reatar o seu mandato.
Entretanto, em Díli, um dos responsáveis pelas forças de segurança que percorrem os montes em busca dos últimos rebeldes ainda a monte, o tenente-coronel Filomeno Paixão, disse ontem em conferência de imprensa que tem havido contactos directos e indirectos com o chefe dos antigos peticionários, Gastão Salsinha, na esperança de que em breve ele se renda.
"Salsinha propôs que sejam suspensas as operações, de modo a que possa mobilizar as suas forças para que se rendam", disse Paixão à televisão timorense, depois de ter revelado que o Presidente da efémera República de 1975, Francisco Xavier do Amaral, foi uma das pessoas cujos bons ofícios levaram, nos últimos dias, a que quase todos os rebeldes se tenham disposto a deixar de andar a monte.
Xanana Gusmão pediu a todos os antigos peticionários que cooperem com as autoridades, "para que o povo possa viver em tranquilidade", depois de todos os acontecimentos rocambolescos dos últimos dois anos. O primeiro-ministro visitara no sábado o acantonamento de Aitarak Laran, onde se encontravam já então 581 dos 592 signatários de uma petição em que, em 2006, muitos militares da parte ocidental do país (loromonu) se consideravam discriminados, tendo acabado por ser saneados das Forças de Defesa.
Entrega-se participante no ataque a Ramos-Horta
DN, 03/03/08
Governo espera que grupo de Salsinha se entregue pacificamente
António Soares da Costa, um dos principais envolvidos no ataque ao Presidente timorense José Ramos-Horta, admitiu ontem em Díli ter tido envolvimento directo nesta acção protagonizada pelo grupo de militares rebeldes liderado por Alfredo Reinado.
Também conhecido por Susar, Soares da Costa entregou-se sábado à noite em Turiscai, localidade no Sudoeste do país de onde é natural, após mediação de Francisco Xavier do Amaral, que foi o presidente da efémera república proclamada pela Fretilin em 1974 e hoje dirige um partido político, a ASDT.
Falando em Díli, num encontro com a imprensa em que estiveram presentes o primeiro-ministro Xanana Gusmão e o tenente-coronel Filomeno Paixão, responsável pela operação em curso para capturar os militares rebeldes, Susar afirmou ter tido intervenção directa na acção, mas sem entrar em pormenores. Segundo fontes militares australianas, citadas ontem nos media deste país, terá sido Susar a alvejar Ramos-Horta.
O Presidente timorense, numa das suas primeiras declarações em Darwin, disse ter sido alvejado por alguém que era visto com frequência ao lado de Reinado ao longo da crise desencadeada em 2006 pelos militares peticionários. E, de facto, Susar acompanhou, em diferentes momentos, o grupo de Reinado, estando envolvido na preparação da fuga deste da prisão de Díli em Agosto daquele ano.
No encontro com a imprensa, Filomeno Paixão afirmou-se seguro de que o novo chefe dos militares rebeldes, o ex-tenente Gastão Salsinha, acabará por se entregar. "Continuamos a dar tempo ao grupo de Salsinha para reconsiderar a sua postura e tomar uma decisão correcta e pacífica na busca de solução para o seu caso", referiu o oficial timorense.
A rendição de Susar, comandante da guerrilha na época da ocupação indonésia e possuidor de boa reputação como militar, constitui um indicador de que os rebeldes a monte admitem estarem a perderem a sua margem de manobra e preferem negociar a sua entrega. Uma situação que interessa também ao poder em Díli, que evita assim a possibilidade de eventuais conflitos violentos. Até ao momento, entregaram-se 550 dos quase 600 envolvidos nos acontecimentos de 2006, segundo um porta-voz do Executivo timorense.
Outro sinal desta convergência de interesses, foi a divulgação ontem em Díli de um comunicado do Presidente da República interino, Fernando de Araújo, após um encontro em Darwin com Ramos-Horta, em que se pode ler que este último "perdoa ao falecido Alfredo Reinado e pede ao Governo que apoie a sua família". - A. C. M., com agências
Va ao Tribunal ai se justifique a verdade porquais motivos tiveram de tomar a decisao de assaltar os dois grandes lideres de Timor_leste.
kaer susar já entregou faltam kaer dificil e kaer kaer facil
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