segunda-feira, janeiro 21, 2008

AUSTRÁLIA “OBRIGADA” A FICAR EM TIMOR-LESTE

Blog Timor Lorosae Nação

Domingo, 20 de Janeiro de 2008
Peter Bonaventur

REINADO E PETICIONÁRIOS SÃO O PRETEXTO

A insistência com que os observadores militares australianos em Timor-Leste recomendam a permanência das suas forças no país está a vencer a vontade do governo do primeiro-ministro Kevin Rudd em prolongar essa permanência somente até Outubro/Novembro deste ano, devendo começar a redução dos efectivos militares a partir de Junho.

Contrariando estas intenções governamentais as chefias militares ordenaram a “conquista das populações timorenses” através dos seus serviços de acção psicológica, de engenharia e saúde, o que já se está a verificar. Será uma operação com o objectivo de cativar os timorenses e retirar o apoio popular a Reinado.

Salientam as fontes, ao comentarem estas evidências, que o propósito tem por pretexto a prevista durabilidade da instabilidade social e militar, principalmente causada pela presença de centenas de opositores armados que apoiam Alfredo Reinado e se sentem traídos pelo ex-presidente da República e actual primeiro-ministro Xanana Gusmão, o mesmo acontecendo em outros sectores das FDTL.

A Austrália não é apologista de ter de se confrontar com os militares rebeldes desde que eles se mantenham “inertes” e não ataquem de forma violenta as populações, as instituições ou os dirigentes legítimos de Timor-Leste.

Desconhece-se se o governo de Rudd já tem conhecimento destas análises e opções das chefias militares nem o que irá decidir, mas há indícios que isso mesmo já foi dado a conhecer a Xanana Gusmão e a José Ramos Horta, que se dispuseram a apelar ao governo australiano pela permanência dos militares por tempo indeterminado e eventual reforço "enquanto durar a crise Reinado e peticionários, que pode arrastar-se para além do final deste ano e quase eternizar-se”.

Deste modo, a “crise” agora provocada pela reacção do major Alfredo Reinado, ao rebelar-se contra o primeiro-ministro Xanana Gusmão, assim como a constatação de que a "autoridade de Xanana e de Horta não é reconhecida pelos peticionários", faz prever, segundo o relatórios dos Serviços de Inteligência Australiana, que a "situação está para durar, sendo imprevisível a sua evolução".

Resumindo, a presença dos militares australianos em Timor-Leste ainda poderá ser reforçada, dependendo das circunstâncias, adiantaram as fontes informativas, que consideram prematuras estas previsões.

“A não ser que as chefias saibam algo que não consta nesses relatórios”, adiantaram.

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Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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