sexta-feira, agosto 03, 2007

Timor-Leste: «Eu sou o alvo», garante Mário Carrascalão

Diário Digital / Lusa
02-08-2007 14:12:00

O presidente do Partido Social Democrata, Mário Viegas Carrascalão, desistiu hoje de integrar um governo da Aliança para Maioria Parlamentar (AMP) e, em declarações à Lusa, acusou a Fretilin de o ter como «o alvo a atingir».

O ex-governador de Timor-Leste durante a ocupação indonésia insistiu que o candidato da AMP a primeiro-ministro é o ex-chefe de Estado Xanana Gusmão.

«Se não for, o PSD não fará parte da AMP, o que não irá acontecer, garanto-lhe», respondeu Mário Carrascalão quando confrontado com a hipótese de a Aliança aceitar um governo chefiado por um independente.

O presidente do PSD anunciou hoje em conferência de imprensa, acompanhado por outros líderes da oposição, que desistiu de integrar um possível governo da AMP.

«Tomei a decisão para não ser Mário Carrascalão lamentou as «mentiras» inscritas nos cartazes afixados quarta-feira na vedação do Comité Central da Fretilin, em Comoro, na avenida principal de Díli, em antecipação do convite do Presidente da República a outro partido que não a Fretilin para formar o IV Governo Constitucional.

«Andam a repetir falsidades e eu sei ler as intenções das pessoas. Eu sou o alvo a atingir porque eles sabem que, se estivesse no governo, limpava os corruptos todos da administração. Assim, têm o caminho livre», afirmou o presidente do PSD.

«Eu nunca assinei a integração» de Timor-Leste na Indonésia, declarou Mário Carrascalão à Lusa reagindo a acusações lançadas por apoiantes da Fretilin na quarta-feira.

«Havia um cartaz que dizia que eu fui pró-integração em 1976, pró-autonomia em 1999, pró-federação em 2006 e, em 2007, pró-cadeira no governo», explicou o líder do PSD, que foi governador de Timor-Leste durante a ocupação indonésia.

«Vou escrever hoje ou amanhã uma carta ao Provedor de Justiça e Direitos Humanos para que peça responsabilidades à Fretilin sobre essas falsas acusações», declarou Mário Viegas Carrascalão.

Ao lado de Mário Viegas Carrascalão estavam Francisco Xavier do Amaral, da Associação Social Democrática Timorense (ASDT), Mariano Sabino, do Partido Democrático (PD) e Dionísio Babo, do Congresso Nacional de Reconstrução de Timor-Leste (CNRT).

Os quatro partidos, juntos na AMP, pretendem formar um governo alterantivo à Fretilin, que venceu as eleições de 30 de Junho sem maioria absoluta.

Mário Carrascalão explicou que a sua decisão de não integrar um governo da AMP não significa que o PSD deixe de estar representado num executivo da Aliança.

«O PSD tem candidatos ao governo e eu ficarei no Conselho de Presidentes da AMP», esclareceu Mário Carrascalão.

1 comentário:

Anónimo disse...

Agora que XG já é o novo PM, a ser verdade o que circula na imprensa, não percebo porque é que MC se afasta.

Não faz sentido.

Será que a causa do afastamento de MC é birra porque queria ser ele o novo PM e XG (com o apoio de Lasama, etc.) não aceitou?

Se MC é o alvo, não é da Fretilin de certeza, pois esta ficará fora do Governo. De quem será então?

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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