sexta-feira, agosto 03, 2007

Ramos-Horta reúne-se com Xanana e Alkatiri

Diário de Notícias – 2 de Agosto de 2007

Armando Rafael
Presidente tenta, uma Mari Alkatiri e Xanana Gusmão, tentando, pela última vez, viabilizar a formação de um governo de unidade nacional que obtenha o apoio da Fretilin e do CNRT, os dois maiores partidos do país.

Ao que o DN apurou, foi a realização desta reunião que levou Ramos-Horta a adiar para amanhã o anúncio do nome do novo primeiro-ministro, numa altura em que a ONU já tinha reforçado o seu dispositivo de segurança na capital timorense.

Apesar dos esforços que já foram empreendidos por Ramos-Horta, na sequência das legislativas de 30 de Junho e que não conduziram a nenhum resultado, o DN sabe que nem Alkatiri, nem Xanana fecharam ontem as portas a um entendimento.

Isto apesar de o CNRT e de Xanana Gusmão contarem, neste momento, com o apoio de 37 dos 65 deputados do Parlamento, graças à plataforma criada com o PD, PSD e ASDT, e à qual podem ainda ser somados os três parlamentares eleitos pelo PUN.

Como se viu esta semana pela eleição de Fernando Lasama Araújo, que lidera o PD, para a presidência do parlamento timorense, a que se seguiu a escolha dos dois vice-presidentes e dos secretários da mesa, escrutínios que excluíram qualquer representante da Fretilin ou dos partidos que apoiam a formação liderada por Mari Alkatiri: KOTA/PPT e Undertim.

Só que a Fretilin parece contar com as regras do regimento a seu favor, tendo conseguido bloquear, desde já, o processo de designação dos presidentes das várias comissões parlamentares, paralisando por essa via os trabalhos do próprio Parlamento timorense, o que inviabiliza a nomeação do novo Governo. Razão pela qual os próximos dias serão decisivos para desbloquear este processo.

3 comentários:

Anónimo disse...

"Só que a Fretilin parece contar com as regras do regimento a seu favor, tendo conseguido bloquear, desde já, o processo de designação dos presidentes das várias comissões parlamentares, paralisando por essa via os trabalhos do próprio Parlamento timorense, o que inviabiliza a nomeação do novo Governo."


Nesse caso e' so questao de a AMP usar a sua maioria parlamentar e mudar o regimento interno do parlamento para desbloquear a formacao das comissoes.

Se a Fretilin quiser depois ficar na rua que fique. A caravana continua a avancar.

Anónimo disse...

Oh meu caro, não há presidentes, não há nada. Não há Parlamento Nacional nem decisões enquanto o boicote persistir.
Acham odioso? Pois também é odioso fazerem as patifarias que estão aa fazer. Como nos explicam ser governo se o poartido mais votado não faz parte dele?
Consciência, precisam de consciência e imparcialidade se querem ver os erros de uns reparem também nos erros dos outros ou nos vossos proprios erros.
Querem po poder a toda a força para roubarem o que mais conseguirem e deixarem-nos tesos novamente!

Anónimo disse...

A "AMP" está a fazer aquilo de que acusava a Fretilin: absolutismo no poder.

A Fretilin está a fazer o mesmo que XG & Cia. fizeram: chantagem suja.

Alguém está comendo o pão que o diabo amassou. Amor com amor se paga.

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
This is my blogchalk: Timor, Timor-Leste, East Timor, Dili, Portuguese, English, Malai Azul, politica, situação, Xanana, Ramos-Horta, Alkatiri, Conflito, Crise, ISF, GNR, UNPOL, UNMIT, ONU, UN.