Era uma vez um país. O golpe começou a 28 de Abril de 2006...
Pode consultar aqui neste blog como se faz um golpe de Estado em 16 meses, dia a dia.
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segunda-feira, agosto 06, 2007
O golpe está consumado.
Por Malai Azul 2 à(s) 12:30
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Traduções
Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
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Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006
"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
7 comentários:
E vergonhoso quando uma decisao destas e tomada por um dito Nobel da Paz que nao sabe respeitar o veridicto do povo. Se o povo quisesse realmente o XG ter-lhe-iam dado os votos. Vem-se a confirmar de facto que o golpe comecou no dia 28 de Abril de 2006.
Why AMP so adamant to PM post.
I have been puzzling to why the AMP to adamant on the PM post not obted a reconsiliatory stance for the sake of the stability of the country. I do realise that in politics is whether you govern or not govern. However I have smelt rat on the AMP's stance. These are public secret that CNRT received funds from business people like Mr. Tommy Winata of Indonesia and Mrs. Estela Ferreira to support their campaign. In return, these people will need some sort of return in terms of projects that can only delivered by Government or PM. Of course much have been said about the big brother on the whole crisis.
Timor: «O eleitorado Fretilin vai ficar frustrado», diz PM
Diário Digital / Lusa
06-08-2007 6:25:00
O pedido do Presidente da República à Aliança para Maioria Parlamentar (AMP) para formar governo, esperado para hoje, provocará «a frustração no eleitorado da Fretilin», afirmou o actual primeiro-ministro Estanislau da Silva em entrevista à agência Lusa.
«Não vai ser fácil daqui para a frente gerir politicamente o país e as expectativas do eleitorado, se estamos, logo à partida, a pôr em causa o estipulado na Constituição e começamos a pôr em causa o que nós próprios políticos dizemos sobre respeito da democracia e dos direitos», declarou Estanislau da Silva.
José Ramos-Horta deverá anunciar ainda hoje o convite à AMP, que reúne os quatro maiores partidos da oposição, a formar governo.
Questionado sobre se aceitaria integrar um executivo chefiado por Xanana Gusmão, Estanislau da Silva sublinha que é dirigente e deputado eleito de um partido e «é ao partido que cabe a decisão».
«Sou timorense e gostaria de contribuir para esse país mas também faço parte da liderança da Fretilin e só estaria num governo mediante a decisão formal do meu partido», respondeu o primeiro-ministro no que pode ser o último dia de funções do III Governo Constitucional.
«As promessas foram feitas e não vejo como vão ser cumpridas porque não há nenhum programa visível», afirmou Estanislau da Silva sobre o que espera de uma governação da AMP.
«Fico muito preocupado quando ouço dizer que se vai fazer tudo de novo», acrescentou Estanislau da Silva.
«Não vai ser fácil» governar o país, declarou o primeiro-ministro.
«Espero que o novo governo aproveite as capacidades existentes».
Após a posse do IV Governo, Estanislau da Silva tenciona manter o lugar de deputado no novo parlamento.
Estanislau da Silva tomou posse como primeiro-ministro a 19 de Maio, na sequência da eleição do anterior chefe de governo, José Ramos-Horta, para Presidente da República.
Estanislau da Silva era ministro da Agricultura e primeiro vice-primeiro-ministro do II Governo Constitucional.
http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=10&id_news=289246
Timor-Leste: Campanha anti-Xanana antecipa convite do PR
Diário Digital / Lusa
06-08-2007 7:13:00
O convite a Xanana Gusmão para formar o novo governo de Timor-Leste, previsto para hoje, provocou já a reacção de pelo menos dois dos campos de deslocados de Díli, com o ex-Presidente a ser tratado de «traidor».
Cartazes e declarações directas contra Xanana Gusmão, o Congresso Nacional de Reconstrução de Timor-Leste (CNRT) e a Aliança para Maioria Parlamentar (AMP) surgiram nas últimas 24 horas junto ao campo de deslocados do aeroporto, em Comoro, e ao campo do porto de Díli, no jardim diante do Hotel Timor.
«Xanana é revolucionário, mas com cérebro de John Howard e G.W.Bush», pode ler-se num cartaz hoje afixado em Comoro e que alude ao primeiro-ministro da Austrália e ao Presidente dos Estados Unidos.
Um cartaz em bahasa indonésio, língua usada em vários dos letreiros erguidos hoje em Comoro, exige a Xanana que «páre o seu plano de guerra» («Stop!!! Konsep Perang», literalmente).
«Deputado Xanana tem que responsabilizar-se pela crise entre "lorosae" e "loromonu"», exige outro cartaz por referência ao conflito que estalou em Abril e Maio de 2006 entre timorenses originários dos distritos ocidentais e timorenses dos distritos orientais do país.
Um número estimado de 100 mil deslocados continuam a viver em campos ou em residências provisórias na capital e por todo o país, segundo a última actualização, relativa a Julho, divulgada pelo Ministério do Trabalho e da Reinserção Comunitária.
Em Díli, há pelo menos 30 mil deslocados.
Os campos do aeroporto e do porto de Díli estão entre os mais politizados da cidade e acompanham muito de perto a situação política e de segurança da capital e do país.
«Os traidores não merecem governar», declarou hoje de manhã uma das responsáveis do campo de deslocados do aeroporto, dizendo falar em nome dos deslocados de toda a cidade.
«Queremos justiça para os autores dos crimes de 2006», afirmou Madalena Tilman numa declaração lida à imprensa.
«Não concordamos que o Presidente da República inclua Xanana Gusmão como primeiro-ministro», afirmou a representante dos deslocados, alegando que declarações do ex-chefe de Estado na televisão pública, em 2006, «resultaram em muitas vítimas».
«Não somos tratados como pessoas, mas como projecto dos governantes», acrescentou Madalena Tilman, afirmando que «os deslocados não têm dignidade a viver debaixo de um toldo no seu próprio país».
O mesmo tom contra Xanana Gusmão marca vários cartazes erguidos em Comoro e no centro da cidade, junto aos campos de deslocados que têm demonstrado com frequência posições pró-Fretilin.
Num deles, a sigla CNRT é desdobrada em «Conselho Nacional da Revolta do Traidor» e «Conselho Nacional da Recolha do Traidor».
Um cartaz refere apenas: «Traidor uma vez, traidor sempre».
Os «objectivos» da AMP, de que o CNRT faz parte, são referidos noutro cartaz como «salvar os autonomistas, pisar o povo maubere, sobretudo o mais miúdo, alcançar uma nação capitalista e dar liberdade aos autores da crise».
Os ataques à pessoa de Xanana Gusmão começaram de forma clara domingo, em frente ao campo de deslocados do porto de Díli, com uma enorme faixa: «O filho do povo maubere precisa de um primeiro-ministro e não de uma pessoa choramingas (»tanis ten«, em tétum) como o irmão grande Xis».
Timor: Fretilin «combaterá por vias legais usurpação poder»
Diário Digital / Lusa
06-08-2007 7:32:00
A Fretilin «não cooperará com um governo empossado à margem da Constituição» de Timor-Leste e «combaterá por vias legais usurpação do poder», afirmou hoje em Díli o presidente do partido, Francisco Guterres «Lu-Olo».
O dirigente da Fretilin falava numa conferência de imprensa na residência do secretário-geral do partido e ex-primeiro-ministro, Mari Alkatiri, após uma reunião da comissão política nacional da Fretilin, horas antes do presidente timorense, José Ramos-Horta, anunciar o nome do próximo chefe do governo.
Na conferência de imprensa, participam também Mari Alkatiri e Manuel Tilman, da coligação KOTA/PPT, que apoia a Fretilin.
Ramos-Horta perto de anunciar convite à AMP
Público, 06.08.2007
Jorge Heitor
Prevê-se que, durante o dia de hoje - ou o mais tardar amanhã -, o Presidente de Timor-Leste, José Ramos-Horta, se dirija de novo ao país, pela rádio e pela televisão, a fim de formalizar o convite feito à Aliança com Maioria Parlamentar (AMP) para que constitua Governo, gorados que foram até agora os esforços de que o executivo inclua também a Fretilin.
Reunido no sábado à noite, o Conselho da Presidência da AMP, constituído pelos líderes da ASDT, Francisco Xavier do Amaral, do CNRT, Xanana Gusmão, do PD, Fernando de Araújo, e do PSD, Mário Viegas Carrascalão, reafirmou o seu entendimento de que representa "uma alternativa viável e sustentável de governação". E, ao longo do dia de ontem, prosseguiram os contactos informais de Ramos-Horta tanto com este bloco como com a própria Fretilin, segundo disse ao PÚBLICO o secretário-geral do Congresso Nacional para a Reconstrução de Timor, Dionísio Babo Soares.
O antigo Presidente Xanana Gusmão, apresentado pela AMP ao chefe de Estado como o primeiro-ministro que o grupo deseja ver oficialmente indigitado, tem-se esforçado por conseguir convencer José Luís Guterres, diplomata de carreira e dirigente da facção dissidente Fretilin Mudança, a aceitar um lugar de vice-primeiro-
-ministro.
O secretário-geral do Partido Democrático (PD), Mariano Sabino Lopes, de 36 anos, natural do distrito de Lautém, no extremo oriental do país, confirmou ontem ao PÚBLICO estar previsto que possa vir a ser ele próprio o titular da pasta da Agricultura, numa equipa de que os principais elementos tomarão em princípio posse amanhã, no Palácio das Cinzas.
Isto se por acaso não surgirem novos impedimentos de última hora, como os que na semana passada se verificaram por mais de uma vez.
Outros ministeriáveis, a confirmar, depois dos contactos ainda em curso, tanto pessoais como por telefone, são Zacarias Albano da Costa (Negócios Estrangeiros), Lúcia Lobato (Justiça) e Gil da Costa Alves (Finanças), para além de Agio Pereira, como secretário de Estado na Presidência do Conselho.
À frente do Parlamento está, desde a semana passada, Fernando "Lasama" de Araújo, de 44 anos, líder do PD e paradigma da geração que, em Timor-Leste, se segue à de Ramos-Horta e Xanana. Foi eleito com os votos de 41 dos 65 deputados, tendo ido 24 para o jurista Aniceto Guterres Lopes, proposto pela Fretilin, que ficou sem qualquer representante na mesa que coordena a nova legislatura.
José Luís Guterres, antigo embaixador nos EUA e na ONU, tem vindo a ser sondado para um destacado lugar no Governo
"Não vai ser fácil daqui para a frente gerir politicamente o país e as expectativas do eleitorado, se estamos, logo à partida, a pôr em causa o estipulado na Constituição e começamos a pôr em causa o que nós próprios políticos dizemos sobre respeito da democracia e dos direitos", declarou Estanislau da Silva.
E tem toda a razão. porque se o PR convidar o Xanana que foi o maior derrotado das eleições, não apenas rouba a vitória à Fretilin como se comporta como um ditador que não respeitou os resultados eleitorais.
E em vez de um ditador passamos a ter dois ditadores desavergonhados e usurpadores da vontade do povo expressa nas eleições – o Horta e o Xanana.
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