sábado, julho 14, 2007

Presidente do Timor reunirá partidos para formar Governo de união

12/07 - 06:10 - EFE

Díli, 12 jul (EFE).- O presidente do Timor-Leste, José Ramos Horta, se reunirá amanhã com todos os partidos políticos que conquistaram cadeiras no Parlamento nas eleições de 30 de junho, para tentar formar um Governo de união nacional.

"Por interesse do povo e pela estabilidade e união nacional, vou usar a prerrogativa constitucional de reunir todos os partidos políticos para conversarmos e formarmos o melhor Governo possível, a serviço do povo do Timor-Leste", disse Ramos Horta, prêmio Nobel da Paz em 1996, à agência Efe.

"Eu proponho a união nacional, um Governo de Grande Inclusão", acrescentou o líder, vencedor das eleições presidenciais de maio.

O Fretilin ganhou as eleições, mas só elegeu 21 deputados dos 65 do Parlamento. O comando do partido espera ser encarregado pelo presidente de formar um Gabinete.

"Minha obrigação é garantir a paz e a estabilidade do país e não posso aceitar uma opção que considero ruim, com o Fretilin formando um Governo que durará dois ou três meses e entrará em colapso quando a oposição majoritária no Parlamento bloquear as suas políticas", explicou Ramos Horta.

O líder se referia à plataforma formada pelo Conselho Nacional para a Reconstrução do Timor-Leste (CNRT, 18 cadeiras), pela coalizão ASDT-PSD (11 deputados) e pelo Partido Democrata (PD, oito congressistas).

"Temos a maioria no Parlamento. Isso significa que contamos com as condições para garantir estabilidade a nosso Governo e à nação", disse Zacarias da Costa, membro da aliança.

"Se o presidente nos chamar, ouviremos. Mas não compete a ele convencer todos os partidos políticos e forçar a formar um Governo", acrescentou.

O analista político Julio Tomas Pinto, da Universidade de Paz, em Díli, disse que o resultado das eleições levou o país a uma encruzilhada. O Fretilin não pode governar sozinho, porque não tem cadeiras suficientes. Mas a aliança formada por CNRT, ASDT-PSD e PD também não, porque os timorenses em geral não entenderão o processo e pensarão a vitória nas eleições foi roubada.

"A melhor solução neste momento é a que propõe o presidente José Ramos Horta", resumiu o analista.

EFE flg mf

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Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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