quarta-feira, junho 06, 2007

Timor-Leste: PR indonésio quer mais investimento em Timor-Leste

Lusa – 5 Junho 2007 - 10:45

Jacarta - O Presidente indonésio, Susilo Bambang Yudhoyono defendeu hoje "o reforço do investimento e da cooperação da Indonésia com Timor-Leste", após um encontro com o seu homólogo timorense, José Ramos-Horta.

"As relações entre os dois países são boas mas nós queremos reforçar a cooperação em várias áreas", afirmou Susilo Bambang Yudhoyono, durante a conferência conjunta dos dois chefes de Estado. Os dois Presidentes tiveram durante a manhã uma reunião de trabalho, principal ponto da agenda da primeira visita ao estrangeiro do novo chefe de Estado timorense.

"O comércio com Timor-Leste é bom mas gostaríamos de reforçar esta relação", acrescentou o Presidente indonésio, citando o exemplo dos principais investidores da Indonésia no país, como a companhia aérea Merpati, a empresa de combustíveis Pertamina ou o banco Mandiri.

"Queremos que mais empresas indonésias invistam em Timor-Leste e sugeri ao Presidente Ramos-Horta que os empresários timorenses e indonésios deviam ter uma relação mais próxima".

Como lembrou o Presidente timorense, "entre setenta a oitenta por cento do comércio externo de Timor-Leste é com a Indonésia".

Susilo Bambang Yudhoyono referiu saber que o bahasa indonésio "é uma língua de trabalho em Timor-Leste" e defendeu a criação, em breve, de um departamento de língua na Universidade Nacional timorense.

Sobre a situação de segurança na fronteira entre os dois países, o Presidente indonésio explicou que a decisão de a Indonésia fechar os postos da fronteira terrestre, que aconteceu duas vezes este ano, tem por objectivo "evitar que as relações bilaterais sejam afectadas".

Yudhoyono adiantou que os dois países estão a estudar mecanismos que permitam manter o controlo apertado das fronteiras sem impedir o trânsito "tradicional" da fronteira comum.
O traçado das fronteiras terrestres de Timor-Leste com a Indonésia foi um dos pontos na agenda do encontro bilateral de hoje.

Susilo Bambang Yudhoyono declarou que apenas resta chegar a acordo sobre três por cento do traçado, embora parte desta linha esteja politicamente resolvida, faltando concretizá-la no terreno, conforme explicou à Lusa o principal negociador timorense na matéria, Arcangelo Leite.

"Falta apenas chegar a acordo sobre um por cento das fronteiras terrestres com a Indonésia", afirmou Arcangelo Leite, director nacional da Administração do Território.

As negociações da definição das fronteiras terrestres entre Timor-Leste e a Indonésia estiveram paradas quase um ano, após uma ronda negocial em Dezembro de 2005, em parte devido à crise política e militar de 2006 em Timor-Leste, explicou Arcangelo Leite.

"Tecnicamente, não se fez nada mesmo quanto à parte que foi resolvida politicamente" na negociação anterior, em Surabaia, afirmou o responsável.

Um dos últimos pontos de discórdia na delimitação fronteiriça entre os dois países é no enclave timorense de Oécussi, onde a Indonésia disputa o ilhéu de Fatu Sinai ("Pedra Sinai", traduzindo à letra da língua tétum), a que os indonésios chamam Batek, no subdistrito de Pessabe.

Na conferência de imprensa de hoje, nenhum dos chefes de Estado fez referência ao esperado acordo sobre Fatu Sinai, "um ilhéu do tamanho de um campo de futebol", como diz Arcangelo Leite. PRM-Lusa/fim

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Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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