Fretilin - Comunicado de Imprensa - 5 de Junho de 2007
A FRETILIN, o maior partido politico de Timor-Leste, exigiu hoje que o Congresso Nacional para Reconstrução Timorense (CNRT) pare com a utilização de linguagem e o comportamento ofensivos durante a campanha para as eleições legislativas de 30 de Junho.
O Partido rejeitou as alegações do CNRT e do Presidente da República, José Ramos-Horta, de que o partido está associado à morte de Afonso “Kudalai” Guterres e outro apoiante do CNRT, no passado domingo, 3 de Junho, no distrito de Viqueque.
Arsénio Bano, membro do Comité Central da FRETILIN e da Comissão Política Nacional, afirmou que o uso de linguagem ofensiva, por parte do CNRT, numa declaração escrita ontem (4 de Junho), enfraquece o processo judicial e o desenvolvimento da utilização das leis em Timor-Leste.
“As acusações do CNRT são completamente sem base e difamatórias, e violam a lei eleitoral e o código de conduta assinado na semana passada por todos os partidos políticos,” disse Bano.
“Nós entendemos que as pessoas estão tristes com a morte do Sr. Guterres, e nós apresentamos as nossas condolências à família. A morte de qualquer Timorense é sempre importante. Contudo, é completamente irresponsável da parte de um partido político, num estado democrático, que chame o atirador de assassino, sem que tenha sido realizada uma investigação independente, apropriada, e um julgamento justo.”
Bano disse que a FRETILIN aceitou de braços abertos a decisão de realizar-se uma investigação, e irá apoiar o processo jurídico para que a lei seja aplicada de forma justa.
Bano disse ainda que a investigação necessitará de diversas respostas em relação ao incidente.
Bano questionou: “Os membros do CNRT estavam armados e, se foi esse o caso, quem deu essas armas? Será que algum dos membros do CNRT estiveram já antes envolvidos em actos de violência e intimidação contra a população do distrito de Viqueque? Será que as pessoas envolvidas no incidente tinham algum historial de conflitos pessoais?”
“Também não entendemos o porquê das pessoas que têm acompanhado o partido CNRT terem sido vistos, ontem na televisão nacional, armados com armas longas, no distrito de Viqueque. Serão membros da polícia civil? Isto precisa ser investigado ou explicado ao público para prevenir que se espalhe a informação errada.”
Bano disse que o CNRT tem usado um comportamento ofensivo desde o início da campanha eleitoral. Bano citou o uso da bandeira da FRETILIN durante as actividades de campanha do CNRT e ataques pessoais directos feitos contra a liderança da FRETILIN.
“Já apresentamos a queixa à Comissão Nacional de Eleições sobre a utilização da nossa bandeira, e iremos considerar um processo de difamação contra o CNRT por associar a FRETILIN à morte do Sr. Guterres,” afirmou Bano.
O Presidente da FRETILIN, Francisco Guterres Lu Olo, respondeu também à declaração escrita pelo Presidente da República José Ramos-Horta, publicada ontem, logo após à declaração do CNRT. “Nós apelamos ao Presidente para que meça a linguagem que usa quando comenta sobre estes incidentes. “Como Chefe de Estado, é papel do Presidente garantir a unidade nacional e a independência, e é seu dever escolher cuidadosamente as palavras que usa. O Presidente deve promover a solução deste problema através dos canais legais apropriados.
“A utilização de linguagem irresponsável, semelhante, no ano passado, por alguns líderes nacionais, desestabilizou uma situação que já era delicada, e incitou a violência.”
Para mais informações, por favor contacte: Arsénio Bano (+670) 733 9416 (Dili)
quarta-feira, junho 06, 2007
A FRETILIN exige que se pare com a linguagem ofensiva
Por Malai Azul 2 à(s) 22:19
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Traduções
Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
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Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006
"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
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