Díli, 20 Fev (Lusa) - Um homem morreu hoje em confrontos de rua em Dilí, Timor-Leste, num dia de muita tensão que juntou o anúncio do candidato presidencial da Fretilin, o debate sobre o tratado de partilha de recursos petrolíferos entre Timor e Austrália e a distribuição de arroz.
A morte ocorreu no início do dia em Campo Baru, Comoro, junto ao aeroporto de Díli, a oeste da capital, onde a violência entre grupos rivais estalou cerca das 4 horas da manhã, com um ataque a uma residência.
A partir dessa hora, os confrontos e incidentes sucederam-se em zonas centrais da cidade, em torno de dois armazéns de arroz e em áreas onde a violência é quotidiana, como Bairro Pité, na periferia sul de Díli.
Uma viatura de uma agência humanitária internacional foi atacada num semáforo da Avenida dos Direitos Humanos, junto ao heliporto, a artéria central da cidade. Não muito longe, na mesma artéria, várias viaturas da UNPol foram apedrejadas por grupos de jovens.
Os locais e protagonistas habituais dos combates de rua foram hoje acrescentados pela tensão em torno da distribuição de arroz e pela carregada agenda política.
Uma multidão juntou-se ao princípio da tarde na área do Ministério da Agricultura, tendo o titular da pasta e o vice-primeiro-ministro, Estanislau da Silva, sido retirados, por precaução, do edifício por um oficial da GNR, juntamente com um dos vice-ministros.
Foi com som de sirenes em fundo e sucessivos alertas de segurança das forças de segurança ou de organizações humanitárias - circulando por sms - que a Fretilin anunciou oficialmente o seu candidato às eleições presidenciais, o presidente do Parlamento, Francisco Guterres "Lu'Olo".
Foi também com a cidade em grande tensão que o Parlamento debateu demoradamente a ratificação do principal tratado de partilha dos recursos petrolíferos entre Timor-Leste e a Austrália.
No mesmo complexo do Parlamento, à porta do Gabinete do primeiro-ministro, houve menos tranquilidade. Uma manifestação de jovens universitários levou, ao fim da manhã, José Ramos-Horta a encerrar o Palácio do Governo e a mandar os funcionários para casa.
"Não aceito trabalhar sob pressão de quem quer que seja", explicou o primeiro-ministro horas depois. "Fechei as portas e vou para casa. E vou fazê-lo mais vezes. Se durar um dia é um dia. Se durar uma semana é uma semana", acrescentou.
PRM Lusa/Fim
terça-feira, fevereiro 20, 2007
Um morto em dia de muita tensão e carregada agenda política
Por Malai Azul 2 à(s) 23:33
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Traduções
Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
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Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006
"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
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