domingo, janeiro 14, 2007

Notícias - tradução da Margarida

Amotinado de Timor-Leste obtém lançador de mísseis
Tom Hyland
Janeiro 14, 2007

O líder amotinado fugitivo de Timor-Leste Alfredo Reinado, procurado por tentativa de homicídio e motim armado, foi fotografado com um lançador de mísseis do mesmo tipo dos que foram roubados às forças armadas Australianas.

A fotografia foi tirada no final do ano passado, pela altura em que Reinado participou num seminário na presença de tropas Australianas, que têm relações próximas e cordiais com ele, apesar do seu estatuto de fugitivo.

O lançador aos ombros de Reinado é uma arma ligeira anti-tanque (LAW), do mesmo tipo que foi distribuído às tropas Australianas em Timor-Leste.

As armas têm estado no centro duma falha de segurança na Austrália, onde se alega que mísseis roubados caíram nas mãos de terroristas.

A notícia de que Reinado, que fugiu duma prisão de Dili em Agosto, tem um míssil capaz de incapacitar um tanque ou de derrubar um helicóptero levantou alarme.

Um perito de segurança disse que é possível que o míssil tenha sido obtido de fontes criminosas na Austrália.

Se Reinado tinha mais de um dos mísseis, seria uma questão séria para as forças Australianas se tentassem movimentar-se contra ele, disse o perito.

Um porta-vos do Ministro da Defesa Brendan Nelson negou que tropas Australianas em contacto com Reinado o tinham deixado posar com um LAW Australiano.

Nem que a Força de Defesa Australiana fornecesse tais armas à Força de Defesa Timorense, da qual Reinado desertou em Maio quando as forças de segurança de Timor-Leste se desintegraram e o país caiu no caos político.

O porta-voz disse que todos os LAWs entregues às tropas Australianas em Timor estão computados.

Este mês um homem de Sydney foi acusado de posse de mísseis roubados. A polícia disse que as armas estavam nas mãos de um grupo terrorista que planeava usá-las para atacar alvos em Sydney, incluindo o reactor nuclear em Lucas Heights.

A fotografia de Reinado foi tirada no final de Novembro, quando o líder amotinado falou num seminário na cidade de Suai, onde também participaram líderes do governo e da igreja e que visava promover a reconciliação.

Numa entrevista na altura, Reinado gabou-se que não tinha intenção de se entregar ele próprio ou as suas armas.

Oficiais Australianos defenderam também a sua decisão de não o prenderem, dizendo que estavam a agir a conselho do Governo de Dili, que espera atrair o antigo major a render-se e a evitar mais derramamento de sangue.

Abunda a especulação sobre de onde Reinado obteve a arma.

Não era claro pela fotografia se o lançador estava armado. Os LAWs são uma arma de um tiro, e que estava nas mãos de Reinado podia já ter sido disparada e agora não ter utilidade.

Mas se a arma estava armada, "é bastante sério ", disse o perito.

AAP

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PM de Timor-Leste apela à libertação de Aung San Suu Kyi de Myanmar
ABS CBS News
Janeiro 13, 2007

O Primeiro-Ministro de Timor-Leste José Ramos Horta juntou-se ao clamor da comunidade internacional para o governo de Myanmar libertar a líder da oposição e colega ganhadora do Prémio Nobel da Paz Aung San Suu Kyi da prisão domiciliária, relatou o ANC no Sábado. Numa entrevista exclusiva, Horta disse que manter Suu Kyi sob prisão domiciliária “é injusto e pouco inteligente.”

“É uma questão de humanidade [e] uma questão de justiça. Aung San Suu Kyi não cometeu nenhum crime contra o seu próprio país, contra o seu próprio povo. Pelo contrário.

Por isso é bastante injusto e nada inteligente que se mantenha na prisão,” disse Horta. A afirmação do Primeiro-Ministro quebrou uma tradição da Associação das Nações do Sudeste Asiático de não-interferência dos países membros nos assuntos domésticos dos outros. Horta, contudo, manteve a sua posição apesar da candidatura do seu país a membro da ASEAN.

"A nossa potencial admissão na ASEAN não impedirá que procure a sua libertação.” Suu Kyi é a activista pró-democracia mais proeminente de Myanmar. Ela já passou mais de uma década em detenção e está presentemente sob prisão domiciliária em Yangon. Foi-lhe entregue o Prémio Nobel da Paz em 1991 pela sua luta não-violenta contra a junta militar de Myanmar.

Entretanto, Clarita Carlos, uma professora de ciência política na Universidade das Filipinas em Diliman, notou que Horta não foi a primeira personalidade proeminente a pressionar Myanmar com a questão. “Porque é que estamos a dar tanta importância [à sua afirmação]? Porque foi um laureado do Nobel que fez esta afirmação? Ele não foi a primeira pessoa que disse isso… ele é simplesmente uma das pessoas que articulou isso com muitos, muitas vezes muita gente o articularam incluindo os nossos próprios líderes políticos,” disse.

Carlos disse que conquanto Horta tem direito à sua opinião ele não pode mudar os métodos da ASEAN do mesmo modo que a ASEAN não podia nem iria obrigar as pessoas a mudar.
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Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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