Violência em Timor-Leste deixa um morto
AP/SMH - Dezembro 17, 2006 - 6:39PM
Centenas de membros de gangs lutaram com pistolas e catanas na capital de Timor-Leste, Dili, hoje, disseram funcionários e testemunhas matando um e ferindo dois.
Um jovem morreu baleado perto da maior mesquita da cidade, aparentemente por um membro de um gang rival, antes da polícia da ONU intervir, disse a porta-voz da polícia da ONU Mónica Rodrigues.
Foi a última violência na nação de menos de um milhão de pessoas, onde o desassossego matou dúzias e derrubou o governo anteriormente, este ano.
Tropas estrangeiras restauraram uma calma relativa em Junho, mas violência esporádica deixou mais de uma dúzia mortos nas últimas semanas.
"Sabemos que foi vista uma arma de fogo na multidão," disse a porta-voz da polícia da ONU Mónica Rodrigues. "A arma de fogo foi usada para balear membros de um gang rival."
Contrariou afirmações de uma testemunha de que a polícia da ONU tinha disparado contra o membro do gang.
Raimundo dos Reis Pinto, 20 anos, disse que viu um polícia da ONU do Bangladesh "a balear o meu irmão ", mas Rodrigues negou que os polícias estivessem no local quando o tiroteio começou.
A polícia estava a investigar o tiroteio e não podia dizer se tinham usado as suas armas.
O supervisor do Hospital Nacional de Dili Zony Santos disse que tinha morrido um homems por feridas provocadas por balas depois de ter chegado ao hospital e que dois outros foram feridos.
Timor-Leste foi atirada para o caos em Abril e Maio depois do despedimento de 600 soldados pelo então Primeiro-Ministro Mari Alkatiri.
Facções rivais da polícia e das forças armadas lutaram nas ruas e os confrontos espalharam-se mais tarde em guerra de gangs, pilhagens e fogos postos.
Pelo menos 37 pessoas foram mortas e 155,000 fugiram das suas casas na capital, Dili, no meio da violência - um sinal de instabilidade política continuada sete anos depois da independência da Indonésia.
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Trabalho duro à frente em Timor - chefe de missão da ONU
Por Karen Michelmore, Correspondente da Ásia do Sudeste
JAKARTA, Dezembro 17 (AAP) - O mundo tem sido demasiadamente optimista sobre as conquistas anteriores em Timor-Leste, diz o novo chefe da missão da ONU na pequena nação.
O diplomata veterano Indiano Dr Atul Khare entra hoje no seu novo trabalho como responsável pela Missão Integrada da ONU em Timor-Leste.
Não tem ilusões sobre o trabalho duro que vai enfrentar, com a mais nova nação do mundo minada por surtos contínuos de violência esporádica, 25,000 dos seus cidadãos ainda em campos de deslocados quando a estação húmida começa e as eleições democráticas maiores estão somente a meses de distância.
"É bastante dasafiante porque penso que as pessoas e o país têm atravessado um período difícil... nos últimos meses," disse numa entrevista telefónica.
"Temos as próximas eleições, que tenho esperança sejam um passo no processo do diálogo político e da reconciliação.
"Confio, com a assistência dos parceiros internacionais, ... que os Timorenses estejam à altura dos desafios para garantir que as eleições que se realizarem sejam independentes, livres e justas, e uma expressão da vontade democrática do povo."
Khare, que trabalhou em Timor-Leste durante três anos até 2005, mais recentemente como vice-representante especial do secretário-geral na anterior missão de manutenção da paz da ONU, diz que se sente triste pela violência recente, que matou dúzias de pessoas desde Abril.
"Quando a UNMISET (a missão anterior da ONU) concluiu as suas operações em Maio de 2005, nessa altura eu e vários outros estávamos convencidos que o país tinha sido de forma razoavelmente segura encaminhado para o caminho do desenvolvimento sustentado como um Estado democrático pacífico," disse.
"Mas essa convicção foi abalada pelos eventos dos últimos meses.
"Tive uma associação prévia com as pessoas de Timor-Leste ... por quem tenho muita consideração ... e sinto-me muito satisfeito por várias razões por regressar aqui e, estou muito grato ... pela confiança que têm em mim.
"Mas ao mesmo tempo tenho também de dizer que ... esta felicidade foi pincelada com alguma tristeza por causa das razões que levaram ao meu regresso.
"Estaria muito mais feliz se tivesse regressado lá alguns anos depois como um simples turista a um país pacífico democrático para gozar as praias."
Um dos primeiros encontros de Khare em Dili será com o Ministro da Justiça da Austrália Chris Ellison e com o Comissário da Polícia Federal Australiana Mick Keelty, amanhã.
A ONU guiou Timor-Leste para a independência em, através de um período violento depois dos seus cidadãos terem votado em massa em 1999 pela independência da Indonésia.
Contudo, irrompeu violência fresca em Abril deste ano depois de um terço das forças armadas terem sido despedidas. Dúzias de pessoas foram mortas e mais de 150,000 saíram das suas casas.
Khare acredita que uma das lições da violência foi a comunidade internacional, a ONU e ele próprio pessoalmente terem sido "demasiado optimistas sobre o nível da construção do sistema e da instituição e o desenvolvimento de competências da oficiais individuais da ... polícia Timorense police que se tinha feito ".
A missão de manutenção da paz da ONU, UNMISET retirou-se em Maio de 2005 e foi substituída por uma missão política mais pequena, o Gabinete da ONU em Timor-Leste (UNOTIL).
"Obviamente, os eventos mostraram claramente que o nosso optimismo foi mal colocado," disse.
"O desafio a longo prazo para construir a PNTL (polícia Timorense) como uma força de polícia forte que trabalhasse com padrões internacionais é a lição imediata a tirar-se desses eventos."
A nova missão da ONU tem estado sem responsável desde Setembro, depois do antigo presidente de Cabo Verde António Mascarenhas Monteiro ter sido nomeado por pouco tempo para o cargo, e aparentemente ter mudado de ideias.
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terça-feira, dezembro 19, 2006
Notícias - traduzidas pela Margarida
Por Malai Azul 2 à(s) 03:03
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Traduções
Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006
"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
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