As forças bilaterais australianas e a própria UN e a UNPOL não ouvem o governo, nem respeitam os líderes timorenses apesar dos esforços destes nesse sentido.
Qual a posição do Presidente da República, comandante supremo? Não está na altura de se pronunciar?
Ou é da mesma opinião que o Primeiro-Ministro Ramos-Horta (contestado pelo resto dos ministros) que elogiou vergonhosamente a actuação das forças australianas na sua visita à Austrália e que culminou na aceitação de que estas forças não precisam de fazer parte dos capacetes azuis?
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quarta-feira, outubro 25, 2006
A ocupação ainda não acabou...
Por Malai Azul 2 à(s) 12:04
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Traduções
Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006
"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
11 comentários:
Menina margarida,
O que quero dizer por "governacao" nao se restringe somente ao estabelecimento das "bases para uma economia estavel". Pouco importa tudo isso, como se ve agora, quando o povo nao usufruia dessa "estabilidade economica". Morre, sofre e acabou por perder todo o pouco que conseguiram com muito sacrificio ao longo dos ultimos 4 anos. Tudo por causa da incapacidade do antigo governo liderado por MAri de garantir o mais importante, a seguranca do povo. Nao so nao conseguiram garantir a seguranca, eles foram autores da inseguranca vivida em Timor Leste durante a crise. Violaram as leis do pais para repetir aquilo que era "o pao nosso de cada dia" durante a ocupacao indonesia. Usar a forca militar para reprimir e matar o povo. Algo de inconcebivel para as gloriosas Falintil durante a luta para a independencia mas que se tornou numa realidade sob a lideranca de Mari Alkatiri e a sua clique. Disso o relatorio da COI eh muito claro.
Muitos sao os exemplos de paises onde a estabilidade economica so serve para tornar os ricos mais ricos e os pobres mais pobres. Tipicamente para si e outros como voce o Mari foi um "brilhante" somente por ter criado o fundo petrolifero.
A nao ser que voce faca parte da grande maioria de timorenses que vive com menos de 50 centavos por dia certamente que esse fundo petrolifero torna-se, para si, na prova da boa governacao de Mari.
Infelizmente para si e Mari demasiados timorenses nao concordam consigo.
Como voce deve fazer parte dos Alkatiristas que viviam cada vez melhor a custa do povo e a sombra e "bencao" do Pak Alkatiri nao me admira nada que considera a sua governacao uma boa governacao.
Lucia...
Minha cara... deve ser a arrogância própria de quem está em Díli há pouco tempo ou então a arrogância da sua amiga Ana.
Há um código de estrada em vigor em Timor-Leste. Em Lisboa ou, onde seja, sabe que há um limite para andar dentro de localidades, mesmo que isso não esteja assinalado.
Deixe de achar que vive numa terra sem lei. Esse é um dos problemas de Timor e "malais" armados em chicos espertos...
Gostava de ver se uma brigada da GNR a parasse - e olhe que não são assim mt mais simpáticos nas estradas portuguesas - se também se armava em esperta a dizer que não viu o sinal.
Pondere se quer mesmo ficar em Timor ou se prefere ir para um país onde tenha que ser preciso lembrar-lhe, com sinaizinhos... que há regras para cumprir.
Quarta-feira, Outubro 25, 2006 4:09:26 AM
Uma Lulik said...
Continua na ordem do dia a discussao sobre os Rai Nains e os Malai Oans.
Varios comentaristas insurgiram-se contra os "puristas" que segundo eles desconhecem a historia de Timor e do seu povoamento a partir de varias ondas migratorias provenientes do sudeste asiatico rumo ao pacifico e que fizeram de Timor o seu ponto de paragem ou placa giratoria.
Dai a existencia de dezenas de grupos etno-linguisticos.
Para esses comentaristas nao ha "puros" habitantes de Timor mas sim racas amesticadas formadas ao longo dos tempos.
E verdade que mesmo entre esses grupos havia os casamentos exogamicos que contibuiram tambem para a grande mistura racica.
Mas nao convem esquecer que tudo isso se processou em grande escala, no minimo, ha mais de mil anos no contexto das grandes transmigracoes da Asia do Sudeste.
Nao se pode confundir com a minoria, menos de uma centena de mesticos surgidos no seculo XX que cujos descendentes sao hoje : RH, Xanana, Carrascalhoes, Pessoas, etc…
E que o termo malai, etimologicamente proveniente da palavra MALAIO, na sua evolucao semantica passou a significar o estrangeiro branco na maioria das vezes quando se queria dizer Malai Mutin ( deskulpa Malai Azul- nao apaga mais eh).
Por isso e que convem entao definir quem sao os Rai Nains, porque Timor Oan somos todos.
Timor oan RAI NAIN – Sao os que tem Uma Lisan, Uma Lulik, Adat, moris iha fetosan umane nia laran, iha Knua, Uma ho Ahi, Fatuk ho Rai.
Linguisticamente Makasae , Galole, Oemua, Tetun terik, Mambae, Tokodede, Bunak, Kemak, Baikeno entre outros, sao tracos que nao existem noutros lugares do mundo.
Os nomes Maubere, Ruak, LuOlo, Falur, Lere sao originarios de Timor que e completamente diferente de Mario Carrascalao ou de Mari Alkatiri.
Quarta-feira, Outubro 25, 2006 4:39:31 AM
Anonymous said...
lulik para funu lae,ba hadomi sim,yeah
Quarta-feira, Outubro 25, 2006 6:00:22 AM
Anonymous said...
maun alin sira ,ita hateke barak ba kotok,ituan deit ba futuro.
Ita tenqui hatene katak alem de moris iha comunidade ita mos ser individo sujeitu ba ida-idak nia familia.buat nee saudavel.
Quarta-feira, Outubro 25, 2006 6:08:30 AM
Anonymous said...
Em resposta ao primeiro anónimo:
Apesar de concordar em parte com a sua opinião, nada, mas nada, justifica a falta de educação, respeito e brutalidade para com duas mulheres aparentemente inofensivas por parte de militares que ignoram a violência que decorre mesmo debaixo dos seus olhos! Devem ter escolhido ao acaso e pensaram: "Hoje vou exercer o meu poder!"
Quarta-feira, Outubro 25, 2006 7:13:15 AM
h correia said...
Anónimo das 4:09:26 AM:
Não compare situações incomparáveis. Para já, a GNR em Portugal usa a língua oficial do país e fico-me por aqui. Mas voltemos a Timor-Leste.
Mesmo que exista um código da estrada que defina o limite de 45km/h, nada justifica a falta de cortesia, para não dizer outra coisa, dos polícias australianos.
Se a viatura circulava a uma velocidade superior, o agente policial só tem que fazer uma coisa: auto de ocorrência e multa.
O problema é que não acredito que tantos milhares de australianos estejam em Dili só para zelar pelo limite de velocidade, dado o reduzido número de viaturas que circulam (ainda por cima à noite).
Se considerarmos que nunca houve este tipo de controle em TL e que existem outros problemas gravíssimos - enumerados pela autora do texto - que carecem de intervenção policial urgente, concluimos que estes "polícias" australianos só estão lá para ganhar ajudas de custo e humilhar timorenses e portugueses, não para prender os criminosos e evitar os distúrbios.
Já aqui disse que a Austrália só arranja lenha para se queimar. A já habitual reacção de apedrejamento que os refugiados do aeroporto reservaram aos polícias OZ, ainda que possa ser injusta para alguns, acaba por se tornar a regra. É que os agentes policiais deste país fazem por merecer esta reputação negativa, com acções como esta que está descrita no texto. Esta imagem negativa vai ficando gravada no subconsciente do povo, que não gosta do que vê.
Quarta-feira, Outubro 25, 2006 8:17:48 AM
Anonymous said...
Esse gajo da linguistica é um chato do caraças!!!
Este é pior do que os australianos...
Quarta-feira, Outubro 25, 2006 8:18:59 AM
Anonymous said...
este gajo do h correia eh marciano. Sera que estaqtal lucia e a coitadinha da Ana foram informados pela suas respectivas embaixadas das restriccoes impostas devido a situacao corrente.....quando nao fazem eh porque nao fazem mas quando fazem sao maus...olhe que os GNRs quando entram dao pra matar , pena que seja sempre so nos coitados dos timorensese peixe miudo...se tambem entrassem da mesma forma aom outros ai ja estariam a ser acusados de nao respeitarem os direitos e de falta de cortesia
Austrália coloniza Timor-Leste e só lá quer (pois claro!) ... australianos
Passividade portuguesa permite que o primeiro-ministro de um país lusófono tenha um assessor de Imprensa que não fala português
Ramos Horta, primeiro-ministro de um país da CPLP (que quer dizer Comunidade de Países e Língua Portuguesa) está-se mas tintas para a língua portuguesa e no que dele depende, e é muito, quer os australianos a seu lado para pôr Timor-Leste fora da Lusofonia. E tudo isto é feito com a conivência da chamada Cooperação Portuguesa que assiste, calma e passivamente, à australianização de um país onde Portugal devia marcar pontos.
Por Jorge Castro
O exemplo mais mediático é o da substituição do assessor de Imprensa do primeiro-ministro. No anterior Governo, liderado por Mari Alkatiri, o português Rui Flores desempenhava o cargo com rara eficiência e disponibilidade.
Chegou Ramos Horta que, para além de ter forçado a saída de Rui Flores, aproveitou a passividade da Cooperação Portuguesa para lá colocar o australiano Julian Swinstead que nem uma palavra diz em português.
O Jornalista Orlando Castro, que segue com atenção as questões timorenses e que entrevistou várias vezes Ramos Horta, bem como Xanana Gusmão (entre outras personalidades do país, mesmo quando este ainda não o era) afirmou ao NL que “Portugal está a perder a corrida, se é que alguma vez a pensou ganhar”.
“De facto, que pensariam os portugueses se José Sócrates tivesse um assessor de Imprensa que fosse australiano e nem bom dia soubesse dizer em Português?”, pergunta Orlando Castro, acrescentando que “Ramos Horta está a fazer pela CPLP o que nenhum outro país membro teve a coragem de fazer. Isto é, dizer que a CPLP enquanto entidade se não está morta está em coma profundo”.
Ramos Horta tem todo o direito de escolher para a sua equipa quem muito bem entender. De qualquer modo, a manter-se essa política, qualquer dia teremos um ministro (que tal o do petróleo?) também australiano.
Por este andar, à Austrália só falta nomear para Timor-Leste um governador geral e dizer, como o fizera a Indonésia antes da independência (?), que o país passou a ser sua província.
É claro que Camberra nunca o fará, ou pelo menos não o fará tão cedo, porque é mais cómodo e barato manter Timor-Leste independente mas totalmente dependente do “paizinho” australiano.
Aliás, viu-se a passividade timorense e de toda a CPLP no recente caso de Mascarenhas Monteiro que, e muito bem, bateu com a porta e recusou um convite da ONU para ser enviado especial de Kofi Annan a Timor-Leste quando viu que a Austrália só lá quer… australianos.
NOTÍCIAS LUSÓFONAS - 02.10.2006
02-10-2006
Ramos Horta contestado pelos outros ministros?!...Entao porque o teem como PM? O Governo e FRETILIN, naturalmente que o seu PM tambem deveria ser FRETILIN. Sera que ja nao teem mais ninguem para PM? O Estanislau "Cabeca de maluco" nao da para PM? A Ana Pessoa "Kuda inan bulak" tambem nao? Se e assim a solucao e trazer de volta o Ro-Ro que anda por ai a conspirar contra o Xanana. Enquanto isso, Margarida, a sua adorada, navega em aguas turvas no outro lado do mundo.
Fatal shooting shuts Dili airport
David Braithwaite
October 25, 2006 - 2:30PM
Latest related coverage
* Audio: Lindsay Murdoch reports
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Australian troops fired on a gun-wielding East Timorese man who threatened their position near Dili today, the Defence department has confirmed.
A Dili medical clinic has confirmed that a Timorese man, believed to be in his early 20s, was brought to the clinic with a bullet wound to the head and had died.
Reuters is reporting that two people have been killed and that 12 houses were burned in fighting between youth gangs armed with guns, bows and arrows and rocks, according to police and local residents.
The first clash happened late yesterday on a main road leading to the airport with one person killed by gunfire. Another clash broke out early today, killing another resident.
Security forces had closed the road.
"There were provocateurs in the road that leads to the airport. They burned tyres and blocked the road," Nelson, who lives near the area and did not give a second name, told Reuters.
An Australian police officer said many shots were fired during the clashes.
Aviation and hospital officials report that a man was shot to death during clashes between rival gangs near the internation airport today, forcing its closure.
Assis Hendrique da Silva, 25, was shot in the head by unknown gunmen near the airport this morning, his father, Evaresto Hendrique de Silva, 54, told the Associated Press.
"The airport has been totally closed due to security reasons," said Romaldo da Silva, director of East Timor's Civil Aviation Authority.
"There was no security for my staff this morning and I therefore decided to close temporarily until we feel secure enough to reopen it."
The shooting was part of escalating violence in recent days in which four people have been killed and 47 wounded, said Antonio Caleres, director of the Dili National Hospital.
A Defence department spokesman told smh.com.au that soldiers stationed at the airport were this morning approached by an East Timorese national carrying a gun.
"[He] acted in a threatening manner,'' she said.
"His actions led to an ADF member firing a number of shots in self defence.
"The man then fled the scene and it cannot be confirmed whether he was injured in the incident."
The spokeswoman said an investigation into the incident was underway and no further comment could be made until it was complete.
Another man was shot and killed last night and seven were injured in clashes between rival gangs in the Comoro neighbourhood, Caleres said.
The unrest began on Sunday following the release of a UN report on October 17 into the violence that wracked the tiny nation earlier this year.
A special commission largely blamed the government of former prime minister Mari Alkatiri for a wave of killings and arson in April and May that left 33 dead and forced 155,000 people into overcrowded displacement camps.
A fretilin tem os dias contados porques os americanos vao acabar com eles... fase emi nia matan hakarak lobby china ho cuba agora malae soran ita kalae!! Viva Alfredo!!
Alfredo bapa nia TBO nunka funu iha ailaran.
Alfredo kidukuak luan hola feto Flores ohin puta baratu iha Australia.
Leitor das 12:24:05 PM: Eu faço parte dos que se preocuparam em conhecer minimamente a realidade timorense e de não mandar pedradas aos seus dirigentes sem antes analisar não só o que fizeram como o que se propõem fazer. Eu também faço parte dos que defendem que o objectivo da governação – de qualquer governação deve ser a melhoria das condições de vida da maioria da sua população com particular atenção de todas as suas crianças, jovens e idosos. E que por isso mesmo é necessário criar sólidas fundações institucionais, legais e económicas para sustentar esse desenvolvimento.
E assim nas minhas buscas para conhecer a realidade Timorense deparei-me com a intervenção de Mari Alkatiri, na sessão de abertura da reunião com os Parceiros de Desenvolvimento, em 4 de Abril de 2006, que considero ser o texto que melhor resume, não só a obra feita como a obra que se propõe fazer a bem dos Timorenses. Deixo-lhe extractos dessa intervenção e o link para o poder ler e analisar:
Disse que a “percentagem de jovens que frequentam a escola primária é agora de 86,2 por cento”. Que dos “246 mil estudantes do ensino não superior público, 19 mil (serão 75 mil em breve) recebem desde este ano lectivo uma refeição quente todos os dias”. Que o “número de escolas primárias cresceu de 835, no ano fiscal de 2003/04, para 862, em 2004/05; as pré-secundárias de 120 para 129, e as secundárias de 55 para 76. O número total de professores é agora de 7792 (eram 6667 no ano fiscal anterior).”
Que ao “nível da saúde, temos conseguido melhorar fortemente os cuidados prestados à população”. Que neste “momento, temos, em média, um médico para cada 3400 pessoas; e uma cama hospitalar por cerca de cada 2400 cidadãos. Para a melhoria destes valores em muito contribuiu a cooperação cubana, que nos fez chegar já 250 médicos (de um número acordado de mais de 300) que se encontram a trabalhar nos 13 distritos do país e que constituem parte substancial do corpo docente da recém-criada Faculdade de Medicina da Universidade Nacional.”
Que a “percentagem da população que tem acesso a água canalizada cresceu de 32,5 por cento, em 2003/04, para 37,1 por cento, no ano seguinte (em 2002 apenas 17 por cento tinha acesso a água potável!). Trinta vírgula cinco por cento das pessoas usufruem já de saneamento básico.”
Que depois “da seca pronunciada de 2002/03, o último ano fiscal revelou que a agricultura cresceu de forma considerável: o peso do sector agrícola e das pescas no PIB subiu de 81,5 milhões de dólares norte-americanos (USD), em 2000, para 105,2 milhões de USD, em 2005 - sendo que destes 7,6 milhões de USD são o saldo da exportação de café.”
Que “em 2005 produzimos cerca de 40 mil toneladas de arroz e 100 mil toneladas de milho - um aumento de 19 e de 22 por cento, respectivamente, em relação ao ano fiscal anterior.”
Disse ainda que em “três anos atingimos o que muitos outros Estados demoraram décadas a alcançar, e, por vezes, apenas de forma tímida: temos a estrutura do Estado a funcionar e a consciência do respeito pela lei está disseminada. Em duas palavras: temos Estado! E temos Governo que se assume como escola de governação. Um Estado que já fez aprovar muitas das leis essenciais para a existência saudável da vida de todos em sociedade; um Estado que dá garantias aos cidadãos para reclamarem contra eventuais arbitrariedades cometidas pelos vários poderes; um Estado que se renova na sua legitimidade através de eleições democráticas e na capacidade de fazer participar as populações nas decisões fundamentais; um Estado que procura garantir a universalidade do acesso à saúde e à educação e está apostado em generalizar a distribuição de luz eléctrica e de água canalizada; um Estado que procura proteger os seus mais desfavorecidos e honrar os que fizeram a luta da libertação nacional; um Estado que quer acautelar o futuro das gerações vindouras, permitindo que os nossos filhos e os nossos netos tenham também a possibilidade de usufruir de uma vida estável, promovendo uma política de poupança no que diz respeito aos recursos oriundos da exploração do petróleo e do gás natural timorenses.”
E disse ainda que “não temos outra solução senão procurar que o Estado seja o motor, a locomotiva da economia timorense, e que a distribuição dos investimentos no nosso país seja feita de uma forma equitativa, procurando contrariar as assimetrias regionais que hoje saltam à vista.”
E que “só há um caminho: dado o carácter ainda débil da economia privada timorense, neste momento só pode ser o Estado a impulsionar a economia - a criar empregos, a promover a construção das infra-estruturas que as populações continuam legitimamente a reclamar, e a fazer com que os cidadãos que ainda vivem da agricultura de subsistência possam beneficiar do mercado, quanto mais próximo melhor, vendendo os seus excedentes e aumentando os seus rendimentos. Para isso, devemos encontrar mecanismos de indução de recursos públicos na economia para mais rapidamente conseguirmos a criação de mercado para os pequenos produtores no campo (por exemplo, veja-se bem a importância da refeição escolar diária ligada à compra de produtos aos pequenos produtores).
Chegou pois a hora da decisão e ela está tomada: vamos pôr o Estado a fazer crescer a nossa economia” pois “para combatermos a pobreza em Timor-Leste temos de fazer crescer a nossa economia para lá dos sete por cento.(…) E como é que vamos crescer sete por cento ao ano? Provocando um aumento exponencial das despesas de investimento (de capital e desenvolvimento). (…) A quase totalidade destas despesas vai ser canalizada para projectos de infra-estruturas (reabilitação e construção de escolas e de centros de saúde, estradas, saneamento, electricidade e água), (…)”.
Nesta incessante luta contra a pobreza, outro alvo prioritário do Governo que merecerá atenção especial é o grupo constituído pelos veteranos da luta, suas viúvas e órfãos. (…)
Esta preocupação social do Governo encontra-se expressa noutro tipo de medidas, (…) de fornecer uma refeição quente por dia aos alunos do ensino não superior, mas com prioridade para os do ensino primário.(…) É nossa intenção alargarmos a medida, já no próximo ano fiscal, a todas as escolas públicas do país (…). Esta medida de alargar as refeições escolares a todo o país, apostando também na sua melhoria, tem ainda outra implicação relevante para a diminuição da incidência da pobreza: dinamiza a economia local em torno da escola, ajuda o pequeno produtor que fornece a alimentação. É sempre nesta perspectiva integrada do desenvolvimento que nos inspiramos. (…)”
http://www.primeministerandcabinet.gov.tp/port/speech4april.htm
E a Tamagoshi engole tudo o que é dito nessa conferência como sendo verdade absoluta.
Atente, por exemplo, nesta parte do discurso: "um Estado que dá garantias aos cidadãos para reclamarem contra eventuais arbitrariedades cometidas pelos vários poderes;"
Acha que isto alguma vez foi verdade?
Se tivesse trabalhado mais para os timorenses e menos para garantir a eternização do partido no poder, e consumar o assalto dos filiados ás estruturas do Estado, talvez Timor não estivesse a passar pelo que passa agora.
Assim, deu munições para os que se lhe opôem.
Fretilin beik ten o nian ideologia nee la relevan ona ho ohin loron nee, tamba deit imi hakarak/politica nee agora ita sai asu mos la too, tata malu to rahun...Beik ten pais kikuan nida hanesan timor nee hakarak hatu o nian an katak o mos iha forca. Agora o nian forca para ita rasik oho malu,
Para o idiote de serviço das 10:00:11 PM o Xanana também devia estar enganado quando nessa mesma reunião em 4 de Abril de 2006 disse:
“(...) Durante os últimos quatro anos, o Governo não se tem poupado a esforços para melhorar os serviços básicos, sobretudo na educação e saúde. Timor-Leste tem alcançado importantes progressos, através dos programas de desenvolvimento de capacidades humanas e institucionais e, nos últimos dois anos, houve sinais de recuperação económica, após a contracção sofrida aquando da saída de grande número de funcionários da ONU no início de 2002.
Apesar disso tudo, a maior parte dos timorenses continua a viver
na pobreza ou permanecem vulneráveis à pobreza e à insegurança
alimentar. Nós sabemos que, com base nos substanciais rendimentos financeiros oriundos dos lucros, conseguidos através da exploração do petróleo e gás natural, o Governo acredita que o País está em condições de combater a pobreza de forma persistente e generalizada.
Timor-Leste aderiu, desde o início, à missão da Comunidade
Internacional, definida nas Metas de Desenvolvimento do Milénio, de, num prazo de 15 anos, reduzir por metade a pobreza no mundo, a partir de cada país. Hoje, juntos e consensualmente, declaramos a
pobreza como sendo um problema nacional e, combatê-la, uma causa nacional, em Timor-Leste.
Sabemos também que, para isso, o Governo irá lançar, no
próximo ano, uma grande campanha de investimentos públicos e
espera que esta campanha seja acompanhada por um aumento de
investimento privado. (…)
O combate à pobreza só poderá ser desencadeado com a
participação do sector privado. Louvamos a iniciativa do Governo de promover workshops com o sector privado timorense. (…)"
http://siteresources.worldbank.org/INTTIMORLESTE/Resources/President_Speech_TLDPM_Portuguese.pdf
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