quarta-feira, outubro 25, 2006

Dos leitores

Em resposta a um leitor:

Repare então como uma autoridade mundial avaliou o que do alto da sua ignorância chama de "governação desastrosa".

"IMF - Outubro 20, 2006

Comunicado de Imprensa No. 06/225
A seguinte declaração foi emitida hoje pelo pessoal da missão do Fundo Menetário Internacional (FMI) em Dili a conclusão da Consulta Discussões de 2006 Artigo IV com Timor-Leste:


"Uma missão do FMI liderada por Ms. Susan Creane, Vice-Chefe da Divisão do Departamento da Àsia-Pacifico, visitou Dili durante 9-20 de Outubro, 2006, para concluir a Consulta Discussões do Artigo IV com autoridades de Timor-Leste. A equipa encontrou-se com um vasto leque de pessoas do governo, sector privado e sociedade civil, para trocar opiniões sobre os recentes desenvolvimentos económicos e o panorama económico a médio prazo.

"Antes do desassossego civil e da perturbação política de meados de 2006, Timor-Leste tinha feito um bom progresso estabelecendo as bases para uma economia estável e saudável. A sua riqueza em petróleo e gás, se usada efectivamente, oferece o potencial de um futuro significativamente mais próspero. Infelizmente, a crise provocou uma queda no momento do crescimento. A missão conclui que a seguir à crise, é agora provável que o crescimento económico em 2006 seja de alguma forma negativo (…). A missão reconhece a necessidade a curto prazo de aliviar as perdas relacionadas com a crise. Ao mesmo tempo, também sublinha a necessidade de retomar tão rapidamente quanto possível a estratégia de desenvolvimento de médio prazo das autoridades (…). Progressos importantes tinham sido feitos antes da crise, e a missão saúda a intenção das autoridades para implementar totalmente esta estratégia sólida. (…)"

PS: já agora, se quer aprender mais alguma coisa, vá ao arquivo de domingo 22 de Outubro que encontra lá o comunicado completo. E não tenha medo de aprender nem tenha complexos de ser Timorense. É que estar constantemente a tentar diminuir outros Timorenses é porque tem vergonha de o ser.

Margarida

.

7 comentários:

Anónimo disse...

Continua na ordem do dia a discussao sobre os Rai Nains e os Malai Oans.

Varios comentaristas insurgiram-se contra os "puristas" que segundo eles desconhecem a historia de Timor e do seu povoamento a partir de varias ondas migratorias provenientes do sudeste asiatico rumo ao pacifico e que fizeram de Timor o seu ponto de paragem ou placa giratoria.
Dai a existencia de dezenas de grupos etno-linguisticos.

Para esses comentaristas nao ha "puros" habitantes de Timor mas sim racas amesticadas formadas ao longo dos tempos.
E verdade que mesmo entre esses grupos havia os casamentos exogamicos que contibuiram tambem para a grande mistura racica.

Mas nao convem esquecer que tudo isso se processou em grande escala, no minimo, ha mais de mil anos no contexto das grandes transmigracoes da Asia do Sudeste.

Nao se pode confundir com a minoria, menos de uma centena de mesticos surgidos no seculo XX que cujos descendentes sao hoje : RH, Xanana, Carrascalhoes, Pessoas, etc…

E que o termo malai, etimologicamente proveniente da palavra MALAIO, na sua evolucao semantica passou a significar o estrangeiro branco na maioria das vezes quando se queria dizer Malai Mutin ( deskulpa Malai Azul- nao apaga mais eh).

Por isso e que convem entao definir quem sao os Rai Nains, porque Timor Oan somos todos.


Timor oan RAI NAIN – Sao os que tem Uma Lisan, Uma Lulik, Adat, moris iha fetosan umane nia laran, iha Knua, Uma ho Ahi, Fatuk ho Rai.

Linguisticamente Makasae , Galole, Oemua, Tetun terik, Mambae, Tokodede, Bunak, Kemak, Baikeno entre outros, sao tracos que nao existem noutros lugares do mundo.

Os nomes Maubere, Ruak, LuOlo, Falur, Lere sao originarios de Timor que e completamente diferente de Mario Carrascalao ou de Mari Alkatiri.

Kuda Reno ou Kuda Burro Timor Oan Rai Nain precisa de sair do colonialismo e caminhar adiante com o inquebrantavel desejo de Ukun Racik Aan , Kaer Racik Kuda Talin.

Anónimo disse...

you always wellcome,as long as timorese pure,mean;no obliglation from family,political party,east-west,etc.to sing the mother nature song.

Anónimo disse...

Menina margarida,

O que quero dizer por "governacao" nao se restringe somente ao estabelecimento das "bases para uma economia estavel". Pouco importa tudo isso, como se ve agora, quando o povo nao usufruia dessa "estabilidade economica". Morre, sofre e acabou por perder todo o pouco que conseguiram com muito sacrificio ao longo dos ultimos 4 anos. Tudo por causa da incapacidade do antigo governo liderado por MAri de garantir o mais importante, a seguranca do povo. Nao so nao conseguiram garantir a seguranca, eles foram autores da inseguranca vivida em Timor Leste durante a crise. Violaram as leis do pais para repetir aquilo que era "o pao nosso de cada dia" durante a ocupacao indonesia. Usar a forca militar para reprimir e matar o povo. Algo de inconcebivel para as gloriosas Falintil durante a luta para a independencia mas que se tornou numa realidade sob a lideranca de Mari Alkatiri e a sua clique. Disso o relatorio da COI eh muito claro.
Muitos sao os exemplos de paises onde a estabilidade economica so serve para tornar os ricos mais ricos e os pobres mais pobres. Tipicamente para si e outros como voce o Mari foi um "brilhante" somente por ter criado o fundo petrolifero.
A nao ser que voce faca parte da grande maioria de timorenses que vive com menos de 50 centavos por dia certamente que esse fundo petrolifero torna-se, para si, na prova da boa governacao de Mari.
Infelizmente para si e Mari demasiados timorenses nao concordam consigo.

Como voce deve fazer parte dos Alkatiristas que viviam cada vez melhor a custa do povo e a sombra e "bencao" do Pak Alkatiri nao me admira nada que considera a sua governacao uma boa governacao.

Os resultados estao a vista!

Anónimo disse...

A Governacao de Mari Alkatiri foi a mais desastrosa que um pais do terceiro mundo ja conheceu. Horta herdou esse desastre e parece nao ter unhas para a guitarra. Xanana, impavido e sereno, observa la do seu pedestal o que esta a acontecer e vai contando o numero de mortos e banando a cabeca diz "ainda nao chega" teem que morrer mais ate que fique eu sozinho a presidir a reuniao das cobras, lagartos, formigas, lombrigas e......aqueles que estao por de tras da crise.Horta? Este acabara por ter que assumir o papel de "mainat" do Chefe dos Cangarus.

Anónimo disse...

Leitor das 12:24:05 e das:03:43 PM: Eu faço parte dos que se preocuparam em conhecer minimamente a realidade timorense e de não mandar pedradas aos seus dirigentes sem antes analisar não só o que fizeram como o que se propõem fazer. Eu também faço parte dos que defendem que o objectivo da governação – de qualquer governação deve ser a melhoria das condições de vida da maioria da sua população com particular atenção de todas as suas crianças, jovens e idosos. E que por isso mesmo é necessário criar sólidas fundações institucionais, legais e económicas para sustentar esse desenvolvimento.

E assim nas minhas buscas para conhecer a realidade Timorense deparei-me com a intervenção de Mari Alkatiri, na sessão de abertura da reunião com os Parceiros de Desenvolvimento, em 4 de Abril de 2006, que considero ser o texto que melhor resume, não só a obra feita como a obra que se propõe fazer a bem dos Timorenses. Deixo-lhe extractos dessa intervenção e o link para o poder ler e analisar:

Disse que a “percentagem de jovens que frequentam a escola primária é agora de 86,2 por cento”. Que dos “246 mil estudantes do ensino não superior público, 19 mil (serão 75 mil em breve) recebem desde este ano lectivo uma refeição quente todos os dias”. Que o “número de escolas primárias cresceu de 835, no ano fiscal de 2003/04, para 862, em 2004/05; as pré-secundárias de 120 para 129, e as secundárias de 55 para 76. O número total de professores é agora de 7792 (eram 6667 no ano fiscal anterior).”

Que ao “nível da saúde, temos conseguido melhorar fortemente os cuidados prestados à população”. Que neste “momento, temos, em média, um médico para cada 3400 pessoas; e uma cama hospitalar por cerca de cada 2400 cidadãos. Para a melhoria destes valores em muito contribuiu a cooperação cubana, que nos fez chegar já 250 médicos (de um número acordado de mais de 300) que se encontram a trabalhar nos 13 distritos do país e que constituem parte substancial do corpo docente da recém-criada Faculdade de Medicina da Universidade Nacional.”

Que a “percentagem da população que tem acesso a água canalizada cresceu de 32,5 por cento, em 2003/04, para 37,1 por cento, no ano seguinte (em 2002 apenas 17 por cento tinha acesso a água potável!). Trinta vírgula cinco por cento das pessoas usufruem já de saneamento básico.”

Que depois “da seca pronunciada de 2002/03, o último ano fiscal revelou que a agricultura cresceu de forma considerável: o peso do sector agrícola e das pescas no PIB subiu de 81,5 milhões de dólares norte-americanos (USD), em 2000, para 105,2 milhões de USD, em 2005 - sendo que destes 7,6 milhões de USD são o saldo da exportação de café.”

Que “em 2005 produzimos cerca de 40 mil toneladas de arroz e 100 mil toneladas de milho - um aumento de 19 e de 22 por cento, respectivamente, em relação ao ano fiscal anterior.”

Disse ainda que em “três anos atingimos o que muitos outros Estados demoraram décadas a alcançar, e, por vezes, apenas de forma tímida: temos a estrutura do Estado a funcionar e a consciência do respeito pela lei está disseminada. Em duas palavras: temos Estado! E temos Governo que se assume como escola de governação. Um Estado que já fez aprovar muitas das leis essenciais para a existência saudável da vida de todos em sociedade; um Estado que dá garantias aos cidadãos para reclamarem contra eventuais arbitrariedades cometidas pelos vários poderes; um Estado que se renova na sua legitimidade através de eleições democráticas e na capacidade de fazer participar as populações nas decisões fundamentais; um Estado que procura garantir a universalidade do acesso à saúde e à educação e está apostado em generalizar a distribuição de luz eléctrica e de água canalizada; um Estado que procura proteger os seus mais desfavorecidos e honrar os que fizeram a luta da libertação nacional; um Estado que quer acautelar o futuro das gerações vindouras, permitindo que os nossos filhos e os nossos netos tenham também a possibilidade de usufruir de uma vida estável, promovendo uma política de poupança no que diz respeito aos recursos oriundos da exploração do petróleo e do gás natural timorenses.”

E disse ainda que “não temos outra solução senão procurar que o Estado seja o motor, a locomotiva da economia timorense, e que a distribuição dos investimentos no nosso país seja feita de uma forma equitativa, procurando contrariar as assimetrias regionais que hoje saltam à vista.”

E que “só há um caminho: dado o carácter ainda débil da economia privada timorense, neste momento só pode ser o Estado a impulsionar a economia - a criar empregos, a promover a construção das infra-estruturas que as populações continuam legitimamente a reclamar, e a fazer com que os cidadãos que ainda vivem da agricultura de subsistência possam beneficiar do mercado, quanto mais próximo melhor, vendendo os seus excedentes e aumentando os seus rendimentos. Para isso, devemos encontrar mecanismos de indução de recursos públicos na economia para mais rapidamente conseguirmos a criação de mercado para os pequenos produtores no campo (por exemplo, veja-se bem a importância da refeição escolar diária ligada à compra de produtos aos pequenos produtores).
Chegou pois a hora da decisão e ela está tomada: vamos pôr o Estado a fazer crescer a nossa economia” pois “para combatermos a pobreza em Timor-Leste temos de fazer crescer a nossa economia para lá dos sete por cento.(…) E como é que vamos crescer sete por cento ao ano? Provocando um aumento exponencial das despesas de investimento (de capital e desenvolvimento). (…) A quase totalidade destas despesas vai ser canalizada para projectos de infra-estruturas (reabilitação e construção de escolas e de centros de saúde, estradas, saneamento, electricidade e água), (…)”.
Nesta incessante luta contra a pobreza, outro alvo prioritário do Governo que merecerá atenção especial é o grupo constituído pelos veteranos da luta, suas viúvas e órfãos. (…)

Esta preocupação social do Governo encontra-se expressa noutro tipo de medidas, (…) de fornecer uma refeição quente por dia aos alunos do ensino não superior, mas com prioridade para os do ensino primário.(…) É nossa intenção alargarmos a medida, já no próximo ano fiscal, a todas as escolas públicas do país (…). Esta medida de alargar as refeições escolares a todo o país, apostando também na sua melhoria, tem ainda outra implicação relevante para a diminuição da incidência da pobreza: dinamiza a economia local em torno da escola, ajuda o pequeno produtor que fornece a alimentação. É sempre nesta perspectiva integrada do desenvolvimento que nos inspiramos. (…)”
http://www.primeministerandcabinet.gov.tp/port/speech4april.htm

Anónimo disse...

Anónimo said...

E a Tamagoshi engole tudo o que é dito nessa conferência como sendo verdade absoluta.

Atente, por exemplo, nesta parte do discurso: "um Estado que dá garantias aos cidadãos para reclamarem contra eventuais arbitrariedades cometidas pelos vários poderes;"

Acha que isto alguma vez foi verdade?

Se tivesse trabalhado mais para os timorenses e menos para garantir a eternização do partido no poder, e consumar o assalto dos filiados ás estruturas do Estado, talvez Timor não estivesse a passar pelo que passa agora.
Assim, deu munições para os que se lhe opôem.

Quarta-feira, Outubro 25, 2006 9:16:57 PM
Anonymous said...

A margarida nao mais nada senao uma leal seguidora do Mari Alkatiri, para o bem ou para o mal. So mostra que tem os intereses pessoais de Mari muito chegado ao peito.

Discursos do Mari??? Os discursos sao muito faceis de fazer. Qualquer idiota com o minimo de miolos eh capaz de fazer um discurso recheado de "political correctness" e das coisa mais lindas de se dizer.

O problema eh que as accoes falam mais alto que as palavras e nisso a actuacao de Mari foi mais claro que os seus discursos. Os resultados esta a vista de todos. Muito claro tambem esta as conclusoes da COI.

O jurista de Maputo violador das leis da RDTL. Essa ja ninguem, nem mesmo a margarida, consegue apagar. Nao me admirava nada se a margarida fosse umas das queridas filhas do homem.
Voce pode enganar-se a si mesma mas mais ninguem.

Quarta-feira, Outubro 25, 2006 10:00:11 PM

Anónimo disse...

Timor Online igual a alkaTiri Online
Quando serve alkaTiri fica no Timor Online
Se desfavorece ou contra, alkaTiri Tira Online
Malai Azul igual a Mari Alkatiri



Se queres ter as tuas ideias Online
Escreve sempre a favor de Alkatiri
E veras que ate Malai Azul gosta
E te coloca na pagina principal.


Mari Alkatiri eeeee Malai Azul
Cuidado com o que escreves, perda de tempo
Margarida eeee M …. Amante de MA
Cuidado com choque de Coracao!!!!!

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
This is my blogchalk: Timor, Timor-Leste, East Timor, Dili, Portuguese, English, Malai Azul, politica, situação, Xanana, Ramos-Horta, Alkatiri, Conflito, Crise, ISF, GNR, UNPOL, UNMIT, ONU, UN.