Díli, 24 Out (Lusa) - Residentes num campo de deslocados situado junto ao aeroporto de Díli tentaram hoje impedir o acesso àquelas instalações, daí resultando confrontos com militares australianos e polícias malaios, disse à Lusa f onte policial na capital de Timor-Leste.
A mesma acção foi tentada segunda-feira de manhã, mas a presença de militares da força da GNR em Timor-Leste frustrou a intenção.
Moradores na zona de Comoro, onde se situa o Aeroporto Internacional Nicolau Lobato, disseram à Lusa que se verificaram confrontos, com os deslocados, maioritariamente naturais da parte leste do país, a apedrejarem as forças australianas e malaias.
A fonte policial contactada pela Lusa salientou que estão em curso investigações, pelo que não deu mais pormenores sobre os incidentes, registados ao final da tarde (hora local), incluindo se foram feitas detenções.
Tal como na segunda-feira de manhã, militares da GNR foram chamados ao local, mas a sua intervenção não chegou desta vez a ser necessária.
Os incidentes de segunda-feira e de hoje sucedem-se aos confrontos registados durante o fim-de-semana, na área de Aimutin e em Hera, cinco quilómetros a leste de Díli, de que resultaram dois mortos e um ferido, segundo o director do Hospital Nacional, António Caleres.
A fonte policial contactada pela Lusa revelou que estão já montadas novas áreas de intervenção das forças australianas, malaias e portuguesas em Díli.
Os militares da GNR têm a seu cargo a zona situada entre o heliporto, no bairro de Fatuhada e o limite leste da capital, enquanto as forças combinadas da Austrália e Malásia operam entre o heliporto e Taci Tolu, a entrada ocidental da cidade.
De comum à situação anterior continua a ser a necessidade de solicitação de intervenção da GNR sempre que os militares australianos e os polícias malaios não conseguirem controlar os incidentes na sua área.
Milhares de timorenses continuam a viver em campos de deslocados internos em várias zonas de Díli e em diversos distritos fora da capital por as suas casas terem sido destruídas durante a onda de violência de Abril e Maio, ou por recearem pela sua segurança.
EL-Lusa/Fim
quarta-feira, outubro 25, 2006
Deslocados tentam impedir acesso aeroporto de Díli
Por Malai Azul 2 à(s) 01:26
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Traduções
Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006
"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
2 comentários:
Continua na ordem do dia a discussao sobre os Rai Nains e os Malai Oans.
Varios comentaristas insurgiram-se contra os "puristas" que segundo eles desconhecem a historia de Timor e do seu povoamento a partir de varias ondas migratorias provenientes do sudeste asiatico rumo ao pacifico e que fizeram de Timor o seu ponto de paragem ou placa giratoria.
Dai a existencia de dezenas de grupos etno-linguisticos.
Para esses comentaristas nao ha "puros" habitantes de Timor mas sim racas amesticadas formadas ao longo dos tempos.
E verdade que mesmo entre esses grupos havia os casamentos exogamicos que contibuiram tambem para a grande mistura racica.
Mas nao convem esquecer que tudo isso se processou em grande escala, no minimo, ha mais de mil anos no contexto das grandes transmigracoes da Asia do Sudeste.
Nao se pode confundir com a minoria, menos de uma centena de mesticos surgidos no seculo XX que cujos descendentes sao hoje : RH, Xanana, Carrascalhoes, Pessoas, etc…
E que o termo malai, etimologicamente proveniente da palavra MALAIO, na sua evolucao semantica passou a significar o estrangeiro branco na maioria das vezes quando se queria dizer Malai Mutin ( deskulpa Malai Azul- nao apaga mais eh).
Por isso e que convem entao definir quem sao os Rai Nains, porque Timor Oan somos todos.
Timor oan RAI NAIN – Sao os que tem Uma Lisan, Uma Lulik, Adat, moris iha fetosan umane nia laran, iha Knua, Uma ho Ahi, Fatuk ho Rai.
Linguisticamente Makasae , Galole, Oemua, Tetun terik, Mambae, Tokodede, Bunak, Kemak, Baikeno entre outros, sao tracos que nao existem noutros lugares do mundo.
Os nomes Maubere, Ruak, LuOlo, Falur, Lere sao originarios de Timor que e completamente diferente de Mario Carrascalao ou de Mari Alkatiri.
Continua na ordem do dia a discussao sobre os Rai Nains e os Malai Oans.
Varios comentaristas insurgiram-se contra os "puristas" que segundo eles desconhecem a historia de Timor e do seu povoamento a partir de varias ondas migratorias provenientes do sudeste asiatico rumo ao pacifico e que fizeram de Timor o seu ponto de paragem ou placa giratoria.
Dai a existencia de dezenas de grupos etno-linguisticos.
Para esses comentaristas nao ha "puros" habitantes de Timor mas sim racas amesticadas formadas ao longo dos tempos.
E verdade que mesmo entre esses grupos havia os casamentos exogamicos que contibuiram tambem para a grande mistura racica.
Mas nao convem esquecer que tudo isso se processou em grande escala, no minimo, ha mais de mil anos no contexto das grandes transmigracoes da Asia do Sudeste.
Nao se pode confundir com a minoria, menos de uma centena de mesticos surgidos no seculo XX que cujos descendentes sao hoje : RH, Xanana, Carrascalhoes, Pessoas, etc…
E que o termo malai, etimologicamente proveniente da palavra MALAIO, na sua evolucao semantica passou a significar o estrangeiro branco na maioria das vezes quando se queria dizer Malai Mutin ( deskulpa Malai Azul- nao apaga mais eh).
Por isso e que convem entao definir quem sao os Rai Nains, porque Timor Oan somos todos.
Timor oan RAI NAIN – Sao os que tem Uma Lisan, Uma Lulik, Adat, moris iha fetosan umane nia laran, iha Knua, Uma ho Ahi, Fatuk ho Rai.
Linguisticamente Makasae , Galole, Oemua, Tetun terik, Mambae, Tokodede, Bunak, Kemak, Baikeno entre outros, sao tracos que nao existem noutros lugares do mundo.
Os nomes Maubere, Ruak, LuOlo, Falur, Lere sao originarios de Timor que e completamente diferente de Mario Carrascalao ou de Mari Alkatiri.
Kuda Reno ou Kuda Burro Timor Oan Rai Nain precisa de sair do colonialismo e caminhar adiante com o inquebrantavel desejo de Ukun Racik Aan , Kaer Racik Kuda Talin.
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