O que acontecerá ao Comandante da PNTL, Paulo Martins, que esvaziou o paiol e abandonou o seu posto quando as populações de Díli estavam a viver momentos dramáticos? Quem e o verdadeiro Paulo Martins? Que papel desempenhou durante a ocupação? Quem lhe deu ordens para esvaziar o paiol? Porque e que não reforçou a polícia no dia 28 de Abril a pedido de Alkatiri na qualidade de PM da RDTL? Onde se refugiou quando desapareceu de Díli? Não foi para Aileu mas foi para um outro sitio de protecção onde estavam albergados todos os cúmplices do golpe de estado. Quem lhes deu guarida? Foram os protagonistas do golpe de estado em TL? Deixemos de iludir-nos com os resultados das investigações da Comissão de Inquérito das NU. O relatório não me satisfaz. Lê-se entre linhas que se omite de propósito acontecimentos importantes para que os protagonistas do golpe de estado não sejam descobertos. Um dos exemplos e o caso dos contentores de armas. Alegou-se que estas armas foram distribuídas aos civis. A Comissão de Inquérito das NU fez uma investigação exaustiva sobre isso? Onde estão os resultados? Porque se omite isto?
Porque tantas omissões e tantos mistérios ? Estejamos atentos e vigilantes.
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segunda-feira, outubro 23, 2006
De um leitor
Por Malai Azul 2 à(s) 12:07
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Traduções
Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006
"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
10 comentários:
O relatorio da CII nao cobre toda a crise, as suas causas e todos os seus protagonistas. Nao satisfaz porque nao da uma imagem completa de tudo quanto se passou. Nao pode, por isso, constituir o unico elemento de apreciacao para quem tem a missao de tomar as medidas necessarias para a resolver. Mal iriamos se ficassemos na total dependencia desse relatorio. Ele da-nos as pistas de alguns dos acontecimentos, somente aqueles que Governo pediu a ONU para envestigar. Da-nos indicacoes preciosas sobre esses acontecimentos. Cabe agora a nos os timorenses, aqueles que querem resolver a crise, extender e aprofundar as nossas investigacoes a todas os outros acontecimentos e a tudo resto com eles correlacionados, antes de levarmos o processo a vante.
O relatorio nao e nem deve ser tido como a panaceia de todos os males que enfermamos.
Nao poderiam estar satisfeitos com o relatorio pois claramente demonstrou que o vicepresidente da fretilin esteve ligado criminalmente aos acontecimentos, assim como outros memberos do governo do Alkatiri. Este nao ficou limpo pois ainda pende suspeitas do seu envolvimento. Nao sei porque fala de um golpe estado. O governo ainda ainda e da fretilin, a constituicao e a mesma, o parlamento ainda e o mesmo e o primeiro ministro foi indicado pela propria fretilin. Todas as decisoes ministeriais neste momento tem que ter o aval do Mari Alkatiri. Primeiro voce tera que ir ao dicionario e ver o significado de golpe estado.
pronto: atentado de golpe que custou dezenas de vitimas, bens destruidos e mais de 100.000 deslocados.
O facto eh que a maioria dos timorenses nunca gostaram de Mari. Ele era um incognito quando foi para Timor e quando comecou a ser melhor conhecido pelos timorenses foi pelas razaos erradas. Esta mudanca na paisagem politica de Timor foi aceite pela maioria dos timorenses. Infeliz foram as mortes e destruicao que resultou dessa mudanca.
O Ramos Horta merece a confianca da maioria da populacao que ja comecou a ver algumas mudancas positivas no seu estilo de governacao. Em geral os timorenses apostam em Ramos Horta e Xanana Gusmao querem que esta crise cesse.
"DUO DA PAZ"
Bispo Belo Presidente
Ramos Horta Primeiro Ministro
"Liderando a mais jovem nacao do milenio rumo `a paz"
Ximenes Belo caga entencas agora, mas quando a falecida Madre margarida comecou a falar, cavou daqui a sete pes doente e so parou em Mocambique. O Horta tambem caga sentencas mas passa a vida a laurear a pevide pelo estrangeiro, enquanto a populacao se esfaqueia e se mata.Que grande Presidente e PM dariam estes dois Nobeis da Paz. Um inquerito aserio ea podridao destes dois artistas que mereciam era o Nobel da Hipocrisia e nao da Paz.
Terça-feira, Outubro 24, 2006 4:04:40 PM
Crítico que sou da FRETILIN, não posso concordar com a expressão "Esta mudanca na paisagem politica de Timor foi aceite pela maioria dos timorenses." do anónimo acima.
Primeiro porque não há mudança de paisagem política. O Governo actual, é sustentado pela FRETILIN, segundo porque, só saberemos se uma eventual mudança de paisagem política é ou não aceite pela maioria dos timorenses, depois de conhecidos os resultados das próximas eleições. É assim em democracia.
Mas se os partidos da oposição deixarem a FRETILIN isolada na defesa da soberania, na exigência do respeito a instituições soberanas do país por parte de forças estrangeiras, arriscam-se a que a FRETILIN ainda ganhe as próximas eleições.
Não podemos alijar responsabilidades da FRETILIN no prolongamento desta crise.
Se as Leis eleitorais já estivessem aprovadas, se não tivessem mescambelhado a constituição retirando-lhe equilíbrio de poderes, por esta hora já o Parlamento teria sido dissolvido, novas eleições realizadas e quem ganhasse governava com legitimidade absoluta. Mesmo que fosse a FRETILIN de novo. E estava esvaziada a razão da contestação.
É assim nos países democráticos e livres. Em situação de crise, devolve-se a voz ao povo. A FRETILIN não quis que assim fosse e por isso mescambelhou a Constituição. O povo de Timor só tem que agradecer à FRETILIN.
Saibam os partidos da oposição esgrimir este argumento democraticamente e em liberdade e respeito uns pelos outros.
Nos países democráticos e livres, cumprem-se as regras, obedece-se à lei e respeita-se o calendário eleitoral. É assim que todas as oposições democráticas actuam nos países democráticos. Claro que as oposições anti-democtáticas fazem exactamente o mesmo que fazem as actuais oposições em Timor-Leste: marimbam-se para as regras, tentam impor a lei do mais forte pelo golpe, e difamam os adversários. E o resultado está há vista: em menos de um mês - 28 de Abril a 25 de Maio, provocaram 38 mortos, perto de uma centena de feridos e levaram a que 15% da população Timorense saísse das suas casas aterrorizadas. Situação que se agravou já passados cinco meses. E enquanto isto o PM laureia a pevide mundo fora e o PR paga estadias aos golpistas amigos !
Ukun Racik Aan ,
Kaer Racik Kuda Talin
Kaer kois kuda talin
Kaer fali kuda lasan
Kaer fali kuda lasan
Doko tun doko sa'e
Kaer metin rabat oh
Kaer Lasama rabat rae
"Nos países democráticos e livres, cumprem-se as regras, obedece-se à lei e respeita-se o calendário eleitoral.", quando não há crise que justifique a antecipação de eleições. Ou acha que Portugal não é um país democrático e livre?
E não foram já antecipadas as legislativas 2 vezes? E em ambas o sentido do voto popular, não deu razão a quem as convocou?
Qual é o drama de se devolver a voz ao povo quando a situação o exige e quando isso até pode contribuir para clarificar situações ou mesmo reforçar legitimidades? Que receio tem a FRETILIN?
Só a FRETILIN é que não quis esta opção na Constituição, sabe-se lá porquê. Ou melhor, até se sabe. Porque independentemente da situação de crise que pudesse vir a acontecer, queria ter a certeza de que só a FRETILIN poderia convocar eleições. Cada vez mais nos convencem que 2007 ainda não era o melhor timing e que iriam arranjar uma desculpa para as adiar até este orçamento produzir efeitos eleitorais.
Azarito, agora vão mesmo ter que ir a votos em 2007 e pela primeira vez, Timor há-de ter um Parlamento legitimado pelo voto popular, seja qual for a sua composição.
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