domingo, setembro 03, 2006

GNR muda-se segunda-feira para quartel em Caicoli

Díli, 02 Set (Lusa) - O contingente militar da Guarda Nacional Republicana estacionado em Díli, Timor-Leste, muda-se segunda-feira para um quartel na zona de Caicoli, disse hoje à agência Lusa o 2.º comandante do subagrupamento Bravo, tenente Nuno Simões.

Actualmente a ocuparem as instalações do Centro de Estudos Aduaneiros da Alfândega timorense, em Caicoli, e o hotel 2001, numa zona afastada do centro de Díli, os 127 homens da GNR desenvolveram nos últimos três meses "um plano de melhoramento do edifício de Caicoli que permite agora instalar toda a operação no mesmo local".

As obras de melhoramento do local, a cargo de uma empresa de construção local e dos militares da GNR, estão "praticamente prontas a receber não só os 127 militares mas também a equipa de três elementos do INEM que acompanha a missão", disse.

Com dois pisos e uma área anexa de grandes dimensões, a GNR terá em Caicoli espaço para "instalar todo o contingente, material, serviços de apoio" bem como disporá de espaços anexos necessários a missões prolongadas como um ginásio (ainda por construir), pontos individuais de Internet e sala de convívio "totalmente construída com materiais velhos que foram aproveitados".

"O que aqui fizemos foi aproveitar as condições deste edifício para criar espaços onde seja possível ter todo o subagrupamento instalado e com as condições que uma missão de vários meses necessita", explicou Nuno Simões numa visita com a agência Lusa às instalações.

Os dois pisos do edifício estão divididos em salas de trabalho, operações, central de comunicações, casernas, sanitários, balneários, zona de duche, contentores de habitação, zonas de apoio como oficinas, contentores frigoríficos para armazenamento de bens, salas de Internet, paiol, e possui autonomia em electricidade com um gerador bem como de abastecimento de água com depósito de emergência.

"à volta de todo o recinto foi construído um muro de cerca de três metros, criadas zonas de drenagem de águas e está prevista ainda a construção de um pequeno ginásio e de uma zona de lavagem de viaturas", explicou Nuno Simões.

A cozinha, refeitório, casas de banho, duches e balneário são novos num projecto em que os militares da GNR "se empenharam para deixar instalações de qualidade e onde foram responsáveis pelas instalações eléctricas, canalizações e colocação de equipamentos", disse.

Num dos cantos do recinto continua também a antena que permite ao contingente estar "ligado a Lisboa" de forma independente, isto é, a rede telefónica é idêntica àquela que é usada se o subagrupamento estivesse em Portugal permitindo estar em permanente contacto com o comando da GNR bem como aos militares falarem a custo mais reduzido para a família.

A antena já esteve em Timor entre 2000 e 2002, depois foi para a missão portuguesa no Iraque e agora está de regresso a Timor-Leste para o trabalho do contingente da GNR.

No trabalho de recuperação de materiais, os militares da GNR já recuperaram também três viaturas do Governo que estavam paradas, geradores e foram ainda "buscar ao quartel de Hudilaran, que foi ocupado até 2002 pela GNR, um forno de pão, uma misturadora, e uma lavandaria de campanha que nunca mais tinham sido utilizadas".

Entre o equipamento instalado, recuperado e concebido no local não falta também uma pequena capela a Nossa Senhora do Carmo, padroeira da GNR, e uma guarita em betão que está prestes a ser inaugurada logo à entrada do quartel.

JCS.

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18 comentários:

zé lérias (?) disse...

É muito bonito saber que a GNR está a fazer um trabalho em Timor Leste, a todos os níveis muito meritório!

Anónimo disse...

Timor-Leste: Austrália pacificadora ou predadora de petróleo?

UMA rebelião de dois meses levada a cabo por oficiais do exército demitidos e desertores da polícia em Timor-leste, um dos mais recentes e mais pobres países do mundo, teve como consequência o desembarque na sua capital Dili de uma «força de manutenção da paz» liderada pelos australianos, e uma pressão para uma «mudança de regime» com a ajuda dos meios de informação.

O primeiro-ministro Mari Alkatiri, um muçulmano que lidera um país predominantemente católico, é o líder do Partido Fretilin, que lutou pela independência do jugo indonésio durante duas décadas, e que ganhou com uma vitória esmagadora as primeiras eleições legislativas, em 2001.

Nas notícias dos meios de informação australianos, que por sua vez influenciam toda a informação regional e internacional sobre o assunto, a crise em Timor é descrita como uma luta interna pelo poder, onde um primeiro-ministro «impopular» depara com a oposição de um movimento popular. As palavras «petróleo» e «gás» raramente são mencionadas nestas notícias, apesar de isso estar na origem da intervenção australiana.

A história da independência de Timor-leste é também a história das piruetas dos australianos e das suas tentativas de deitar mão aos vastos depósitos petrolíferos nos mares envolventes, actualmente avaliados em mais de 30 mil milhões de dólares. Contudo, a Austrália sempre pintou o seu apoio à independência timorense como uma missão «humanitária» e de defesa dos «direitos humanos». Ainda hoje os meios de informação reflectem isso.

Falando recentemente na ABC Rádio, James Dunn, conselheiro da Missão das Nações Unidas em Timor-leste (UNMET) em 1999, referiu-se a Alkatiri como um «político que tinha laços estreitos com o povo» e acrescentou que é também um trabalhador eficiente e um bom governante, mas não uma «pessoa com quem seja fácil lidar».

Foi a sua posição dura ao negociar com a Austrália os direitos de Timor às suas reservas de petróleo e de gás, nos últimos cinco anos, que lhe mereceram a cólera do governo australiano - que tentou intimidar o seu vizinho pobre para o submeter às ambições de Camberra para controlar a exploração destes recursos naturais.

Rob Wesley-Smith, porta-voz de Free East Timor, considera que Alkatiri tem tendências ditatoriais e que a Fretilin se tornou corrupta, mas lança as culpas ao governo australiano do primeiro-ministro John Howard por ter precipitado a crise ao derrogar desde 1999 todas as receitas do petróleo em disputa, no valor de cerca de 1,5 mil milhões de dólares, à Austrália».

«Apesar desta área estar a ser disputada, é quase certo segundo os regulamentos da UNCLOS (Comissão da ONU para a Lei Marítima) que ela pertence a Timor-leste», disse ele à IPS, acrescentando que as imagens televisivas das tropas australianas que chegaram a Dili a observar pilhagens e incêndios sem nada fazer o levavam a perguntar se isto não faria parte de uma conspiração sinistra de Camberra para declarar Timor-leste um Estado inviável «para que assim pudessem controlar o roubo (do petróleo) do Mar de Timor».

Wesley-Smith salientou que embora a Austrália levasse quase 1,5 mil milhões de dólares em royalties das reservas de petróleo em disputa nos mares de Timor desde 1999, retribuíram com aproximadamente 300 milhões de dólares em assistência durante o mesmo período, contribuindo assim para criar uma dependência.

Helen Hill, uma académica australiana, autora de «Stirring of Nationalism in East Timor» (Incentivar o nacionalismo em Timor Leste), defendeu recentemente num artigo de jornal que a razão por que Alkatiri é odiado pelas autoridades de Camberra é porque, apesar de ser o único líder timorense a fazer frente às tácticas intimidatórias do governo australiano, também tem estado a criar ligações com países asiáticos como a China e a Malásia, e com Cuba, Brasil e Portugal, a antiga potência colonial, para ajudar a diversificar os laços económicos de Timor-leste.

«Ele é um nacionalista económico», nota Hill. «Espera que uma empresa petrolífera estatal, assistida pela China, Malásia e Brasil permita que Timor beneficie do seu próprio petróleo e gás, a juntar às receitas que receberá das áreas partilhadas com a Austrália».

Alkatiri também se manifestou contra a privatização da electricidade e conseguiu criar um depósito farmacêutico de «balcão único», apesar da oposição do Banco Mundial. Também se recusou a receber ajuda condicional da parte do Banco Mundial e do FMI, convidou médicos cubanos para prestarem serviço nos centros de saúde rurais e ajudarem a criar uma nova faculdade de Medicina, aboliu as propinas nas escolas primárias e introduziu um serviço de almoços gratuitos para crianças. Tudo isto e o facto de ter sido educado e passado 24 anos no exílio num Moçambique marxista tem sido citado pelos seus opositores na Austrália como sendo características identificadoras de líder comunista.

Pelo contrário, julga-se que o líder rebelde, Major Alfredo Reinado, antigo exilado na Austrália, foi treinado na academia de defesa nacional em Camberra, tendo sido o candidato preferido da Austrália para o cargo de primeiro-ministro, o ministro dos Negócios Estrangeiros Ramos Horta, quem criou o programa de treino diplomático em Sydney durante os seus anos de exílio na Austrália.

Falando esta semana na ABC-TV, Horta defendeu que Timor-leste «não pode dar-se ao luxo do seu governo continuar a perder credibilidade nem do país manter uma má imagem», assim Alkatiri deve afastar-se no interesse do seu próprio partido.

Rebatendo acusações feitas no mesmo programa de que tinha armado elementos da Fretilin para eliminar os seus opositores, Alkatiri disse que não está a sofrer qualquer pressão para se demitir e que não tenciona fazê-lo.

A campanha em curso contra Alkatiri reflecte as sucessivas reviravoltas políticas dos governos australianos relativamente a Timor-leste desde 1975, atribuídas ao seu desejo de controlar os recursos naturais de petróleo e gás de Timor.

Depois de apoiar a anexação indonésia em 1975, a Austrália e a Indonésia assinaram em 1989 um tratado, o «Timor Gap Treaty» (TGT), para partilharem os recursos nesta área. A Autoridade Transitória da ONU em Timor-leste declarou o TGT ilegal em 2001, a Austrália assinou um Memorando de Entendimento com as autoridades da ONU que lhe permite uma exploração petrolífera continuada na região.

Mas pouco antes de Timor-leste se tornar um estado independente em 2002, o governo de Howard anunciou que nunca mais se submetia às decisões do Tribunal Mundial sobre fronteiras marítimas, uma atitude que Alkatiri descreveu nessa altura como hostil.

Desde então, Alkatiri tem tido uma série de azedas discussões com o ministro dos Negócios Estrangeiros da Austrália Alexander Downer sobre este problema. Após duras negociações, em Janeiro Alkatiri conseguiu levar Camberra a aceitar uma quota de 90-10 dos rendimentos do campo Greater Sunrise a favor de Timor-leste. Isso ocorreu depois de concordar em não levar por diante, pelo menos durante 40 anos, a reivindicação de Timor-leste ao mar em disputa segundo as disposições da convenção da UNCLOS, um período de tempo suficiente para que a maioria das reservas de petróleo e gás estejam esgotadas.

Em 2005, constou que o governo Alkatiri iniciou negociações com a Petro China para construir uma refinaria em Timor-leste, o que deitaria por terra os planos australianos de construção de uma refinaria em Darwin, uma cidade do norte da Austrália, para processar todo o petróleo do Mar de Timor de ambos os lados da fronteira. O Presidente Xanana Gusmão devia visitar a China este mês para cimentar o acordo, mas isso foi impedido pelos militares australianos.

Tim Anderson, um especialista em política da Universidade de Sydney, considera que o governo de Howard planeia impor uma «junta» em Timor-leste, liderada por Horta e por Gusmão, que está doente, e que também incluiria nomeações feitas pelo bispado católico. «A presença das tropas ocupantes (australianas) até às eleições do próximo ano pode minar seriamente a posição dominante da Fretilin», salienta.

Anónimo disse...

Alguem quer trduzir....??????

TIMOR LESTE DAN AMBISI AUSTRALIA

Media Australia, ABC Online (Sabtu, 12/8), memberitakan rencana Sekretaris Jenderal Perserikatan Bangsa-Bangsa mengirim 2.000 personel pasukan penjaga perdamaian ke Timor Leste, menggantikan pasukan multinasional yang dipimpin Australia. Mandatnya selama setahun.

Tidak ada yang luar biasa dalam berita tersebut, kecuali setelah muncul pernyataan Menteri Luar Negeri Australia Alexander Downer yang menolak kehadiran pasukan PBB. Downer mengatakan apa yang dilakukan Brigjen Slater, komandan 3.000 personel pasukan multinasional di Timor Leste, sudah sangat bagus. “Lebih mudah mengatur militer tanpa melalui New York. Tetapi, ada atau tidak pasukan PBB, Australia tetap akan memimpin komponen militer,” tegasnya (ABC Online, 17/8).

Lantas, apakah sesederhana itu alasan penolakan Australia?

Menggusur PM Alkatiri

Apa yang sesungguhnya terjadi di Timor Leste jauh lebih kompleks daripada pemberitaan selama ini. Contohnya, rencana mengirim pasukan penjaga perdamaian saat ini. Padahal, pasukan PBB sendiri belum lama ditarik dari Timor Leste pada 20 Mei lalu.

Perdana Menteri Timor Leste Mari Alkatiri sempat berusaha mempertahankannya. Apalagi pada waktu itu mulai muncul pembangkangan dalam tubuh militer, yang disusul kerusuhan dan penjarahan di kota Dili (28/4).

Atas tekanan Australia yang didukung Amerika Serikat, PBB menolak memperpanjang mandat pasukannya di Timor Leste. Di sisi lain, Australia menawarkan pengiriman pasukannya untuk mengatasi kerusuhan. PM Alkatiri menolak, kecuali jika dibawah payung PBB. Disetujui atau tidak, kapal perang dan pengangkut pasukan Australia tetap berlayar dan memasuki perairan Timor Leste pada 12 Mei.

Timor Leste Lebih Strategis dibandingkan dengan Solomon. Ia Kaya Sumber Migas dan Merupakan Pintu Depan Sistem Pertahanan Australia.

Misi PBB secara resmi berakhir pada 20 Mei. Tiga hari kemudian 600 tentara pembangkang menyerang markas militer dan polisi di kota Dili, mengerahkan kelompok preman melakukan penjarahan dan pembakaran (23/5).

Esoknya, kontingen militer Australia mulai mendarat di Dili. Dalam waktu 2-3 hari, jumlahnya meningkat menjadi 1.300 prajurit, ditambah 500 personel pendukung. Angkatan bersenjata Timor Leste sendiri hanya berkekuatan 1.500 personel.

PM Alkatiri kemudian meminta bantuan Sekjen PBB mendatangkan pasukan dari Malaysia, Portugal, dan satu Negara lainnya.

Ironisnya, selama dua pekan sejak kehadirannya, pasukan Australia membiarkan perusuh menjarah dan membakar apa saja. Tetapi, dengan cara ini PM Howard berhasil memaksa mundur PM Alkatiri. PM Howard mengatakan tidak menutup kemungkinan pasukannya akan bertugas lama di Timor Leste.

"Jelaslah tujuan kehadiran pasukan Australia bukan untuk memadamkan kerusuhan. PM Howard hanya bermaksud mendikte kepemimpinan di Timor Leste dan mendahului Portugal menguasai Negara tersebut,” tulis laporan jurnal Prancis, Franc-Parler (7/6).

Dalam perspektif pemerintah PM Howard, jika PM Alkatiri terus berkuasa, Portugal akan berperan kembali. Apalagi, pemerintahan PM Alkatiri sudah menetapkan bahasa Portugal sebagai bahasa nasional. Ini artinya Australia akan tergusur. Australia juga khawatir hubungan dekat PM Alkatiri dengan China.

Skenario Negara Solomon

Rencana PBB mengirim pasukan penjaga perdamaian saat ini harus dilihat sebagai kelanjutan pertarungan tersebut. Portugal yang didukung Malaysia dan beberapa Negara Eropa mendesak PBB menggantikan pasukan multinasional pimpinan Australia. Sebaliknya, Australia yang didukung AS dan Jepang menolak keras.

Australia berkepentingan mempertahankan kekuasaan militernya di Timor Leste hingga pemilu presiden dan parlemen, Mei 2007. ini untuk memastikan kemenangan kandidat favoritnya membentuk pemerintahan boneka.

Maka, tidak heran ketika Kofi Annan merekomendasikan pengiriman 2.000 anggota pasukan PBB, aksi kekerasan muncul di berbagai kamp pengungsi di Dili (17/8). Bukan mustahil hal itu akan meningkat menjadi kerusuhan untuk mencegah rencana pengiriman pasukan PBB.

Dalam tulisannya, “Solomon Islands: Australia’s Neo-Colonial “Model” for East Timor” (World Socialist Web site, 31/5), Mike Head mengkhawatirkan Timor Leste akan bernasib seperti Negara Kepulauan Solomon di Pasifik. Dengan alasan yang sama, memadamkan kerusuhan, Australia mengirim pasukan ke Solomon pada tahun 2003.

Celakanya, hingga saat ini Australia enggan angkat kaki dari Negara berpenduduk setenggah juta jiwa itu. Bahkan, sebaliknya, mengambili alih tugas kepolisian, pengadilan, mengelola penjara, serta menjalankan tugas menteri keuangan maupun badan legislative.

Timor Leste jauh lebih strategis dibandingkan dengan Solomon. Ia kaya sumber migas dan merupakan pintu depan system pertahanan Australia. Timor Leste berbatasan langsung dengan Indonesia, Negara yang dianggap sebagai sumber ancaman keamanan terbesar.

Dalam perspektif geostrategi Australia, Timor Leste merupakan batu loncatan ke kawasan Asia Tenggara. Disamping sekaligus pangkalan militer untuk mengamankan jalur pelayaran kapal dagangnya ke Asia Timur. Kapal-kapal selam dapat ditempatkan di Selat Wetar, selat yang sejak lama dilirik Pentagon.

Jika Australia menguasai Timor Leste, ancaman keamanan dari Indonesia akan dapat diredusir melalui operasi rahasia dan subversi, yang relatif mudah dilakukan dari wilayah perbatasan.

Belum bisa dibuktikan apakah munculnya wacana Timor Raya di Kupang beberapa waktu lalu itu terkait atau tidak dengan skenario tersebut. Namun, laporan intelijen sebelumnya menyebut, lembaga swadaya masyarakat Australia aktif dalam mengompori separatisme di Papua.

Masalahnya, apakah kita peka terhadap konflik global diperbatasan Indonesia. Atau sebaliknya, melupakan Timor Leste begitu saja?

Original Written by: Maruli Tobing for KOMPAS on Monday, 28 August 2006.

Re-written by: Wonoloye93.

Point-point yang mendukung analisa Tobing tentang Australia;

Oleh Wonoloye93

Bila kita ikuti sejarah perkembangan politik Timor Leste dari tahun 1975 hingga tahun 2006 kita akan mendapati beberapa sense negative dari pemerintah Australia. Seperti pada tahun 1975 dimana terjadi perpecahan perang saudara di Timor Leste dan perbedaan ideology-ideologi partai-partai di Timor Leste sehingga berbuah pada undangan sepihak pada pemerintah Indonesia untuk menguasai Timor Leste, dari situ kita coba utk melihat seberapa jauhnya peranan pemerintah Australia dalam memberikan dukungan terhadap Indonesia untuk menginvasi Timor Leste? Dengan alasan jika Timor Leste dibiarkan maka akan lahir kembali sebuah Negara baru yang berfaham komunis. Sehingga juga mempengaruhi PBB utk memberikan dukungan sepenuhnya kepada Indonesia utk menginvasi Timor Leste. Dan apa hasil yang didapatkan oleh pemerintah Australia dan Indonesia? Salah satunya adalah kesepakatan antara kedua Negara itu dalam proses pengelolaan MIGAS Timor Leste. Namun proses itu tidak sempat mendapatkan kesepakatan bersama karena ada campur tangan dari pemerintah Portugal yang juga merasa ikut andil dalam kekayaan alam di Timor Leste.

Tahun 1998 setelah jatuhnya presiden Soeharto dan digantikan oleh presiden Indonesia yang baru Prof. DR. BJ. Habibie, memberikan dua opsi utk rakyat Timor Leste “Otonomi atau Referendum”. Apa tindakan Australia pada waktu presiden RI mengeluarkan opsi itu? Dan pada tanggal 19 December 1998 PM Australia John Howard mengirimkan surat kepada Presiden RI Habibie menekankan bahwa Australia akan terus mempertahankan posisi jangka panjang terhadap “kepentingan-kepentingan Australia, Indonesia dan Timor Leste bahwa penangganan terbaik bagi Timor Leste adalah kembali menjadi bagian dari Indonesia” karena menurutnya jalan terbaik bagi rakyat Timor Leste adalah dengan menerima penawaran otonomi daripada menawarkan referendum, seperti yang tertulis didalam suratnya yang di kirim melalui fax kepada Presiden RI BJ. Habibie pada waktu itu “It might be worth considering, therefore, a means of addressing the East Timorese desire for an act of self-determination in a manner that avoids an early and final decision on the future status of the province. One way of doing this would be to build into the autonomy package a review mechanism along the lines of the Matignon Accords in New Caledonia. The Matignon Accords have enabled a compromise political solution to be implemented while deferring a referendum on the final status of New Caledonia for many years. The successful implementation of an autonomy package with a built-in review mechanism would allow time to convince the East Timorese of the benefits of autonomy within the Indonesian Republic” (Baca ‘Self Determination in East Timor’ by Ian Martin). Surat itu kurang mendapat tanggapan hangat dari Habibie ketika diserahkan oleh duta besar Australia di Jakarta pada tanggal 23 December. Merasa tidak ditanggapi dengan baik Howard kembali mengirimkan surat yang sama utk kedua kalinya kepada Habibie dengan surat original dari Canberra pada bulan Januari, Habibie langsung membuat kopi surat itu dan menyerahkan kepada para menterinya dengan menulis tulisan tangan pada surat itu dengan instruksi untuk menghargai opsi yang kedua dengan menghargai perubahan pada sebuah kebijakan. Kelihatan sekali ada perbedaan yang sangat menyolok dalam kepemimpinan Howard dan Habibie. Lantas apa sebenarnya yang diharapkan oleh Howard dengan suratnya kepada Presiden RI pada waktu itu? Adakah tujuan khusus yang terselubung dan memiliki maksud dan orientasi yang panjang?

Tahun 1999 Pasca Jajak Pendapat, dimana percentage suara terbanyak menginginkan kemerdekaan dan terjadi kerusuhan dan pembakaran di Timor Leste sehingga menggundang PBB utk segera mengirimkan pasukan perdamaian dikirimkan sesegera mungkin ke Timor Leste. Apa yang terjadi dengan Pemerintah Australia pada waktu itu? Pemerintah Australia menawarkan kebaikannya sebagai Dewa Penolong utk rakyat Timor Leste dengan setuju mengirimkan pasukan INTERFET nya dan memimpin pasukan perdamaian utk Timor Leste.

Pertanyaannya, kenapa hanya dalam jangka waktu 1,5 tahun pemerintah Australia merubah kebijakan politiknya terhadap Timor Leste? Ada apa dibalik itu?

Dan masih ada beberapa kasus intervensi pemerintah Australia dalam perkembangan politik di Timor Leste hingga sekarang seperti yang diuraikan oleh saudara Tobing di atas. Pola strategi Neo Political keliatan kentara sekali dalam political practices pemerintah Australia utk Timor Leste.

Ya Timor Leste dan rakyatnya telah dijadikan sebagai ajang dan ayam jago yang diadu oleh para malae-malae.

Para malae lebih mengenal watak dan karakteristik orang Timor Leste sebagai ‘The Turbulent of Timor’ (seperti yang ditulis oleh Lapian dan Abdurachman) bahwa orang-orang Timor Leste memiliki watak yang keras dan sulit untuk diorganisir karena watak itu dibentuk dari latar belakang budaya Timor Leste yang hidup dengan dan dari kekerasan dan perang (baca “The Turbulent of Timor” by Lapian, Abdurachman). Sehingga para malae dengan mudah menciptakan strategi-strategi untuk memecahkan UNIDADE NASIONAL yang selama puluhan tahun diimpikan dan diperjuangkan oleh seluruh rakyat Timor Leste melalui cara-cara yang lebih “manusiawi” dengan dalih kemanusiaan dan menyusup ketenggah-tenggah masyarakat sebagai pahlawan perdamaian dengan misi yang sangat rapi tersembunyi, dan dengan bersenjatakan alat komunikasi utk penyebaran informasi ke Negara-negaranya. Issue Loro-sae dan Loro-monu adalah senjata andalan dan laksana surik ulun yang sekarang berada dalam gengaman para malae-malae dan surik tutun/kroat mengarah kepada kita sebagai rakyat Timor Leste. Lidah berkata-kata dan tangan merogoh-rogoh, mata mengarah dan otak berpikir ttg strategis yg lebih jitu lagi utk menghancurkan dan menguasai Timor Leste……….

Negara Kepulauan Solomon adalah pelajaran yang harus dipelajari oleh rakyat Timor Leste…….

Sebuah analisa dan reflection by Wonoloye 93.

Banda Aceh, 30 August 2006.

Anónimo disse...

Nuno Antunes trabalhou de perto com Mari Alkatiri, tendo ajudado a consolidar o Fundo Petrolífero do país. Para onde são canalizadas todas as receitas da exploração do mar de Timor e que contém uma regra essencial: Díli só pode gastar parte dos rendimentos do fundo. Se a regra não for alterada, os timorenses continuarão a beneficiar destas receitas muito para além do ciclo normal de exploração: 30 anos.

Que importância tem o petróleo na crise timorense?

Sou avesso a teorias da conspiração. Agora, tenho é poucas dúvidas de que as declarações de apoio a Xanana Gusmão e a Ramos-Horta por parte da Austrália em geral têm muito a ver com o facto de o primeiro- -ministro timorense ser quem é.

A Austrália não perdoa o acordo que Mari Alkatiri conseguiu obter...

Não, não, não! O que está em causa são os projectos que Mari Alkatiri tinha para o futuro...

O que é quer dizer com isso?

Bem gerido, o petróleo permitirá a Timor-Leste colocar-se numa situação de relativa independência perante a Austrália e a Indonésia. Especialmente se o gasoduto do Greater Sunrise for construído para o lado timorense, e não para Darwin, como os australianos pretendem...

Os australianos e algumas petrolíferas envolvidas no projecto...

A Osaka Gas, que integra a joint- -venture do Greater Sunrise, chegou a dizer isso mesmo, quando Mari Alkatiri visitou o Japão. E o que ele respondeu foi muito simples: a menos que lhe demonstrassem que a solução Timor-Leste era inviável, comercial e tecnicamente, ele faria tudo para os contrariar.

Como?

O primeiro-ministro timorense tem alguns poderes ao nível regulador que podem atrasar ou, pelo menos, condicionar o desenvolvimento desses projectos, impedindo que o gás vá para Darwin. E o argumento que Alkatiri usava, era razoável: se a Austrália já beneficiava do gás de Bayu-Undan, seria normal que Timor-Leste retirasse benefícios do Greater Sunrise.

A distância é mais pequena...

Muito mais. O único problema é que o fundo do mar é razoavelmente plano até Darwin, o que não acontece no trajecto para Timor-Leste, em que é necessário ultrapassar a fossa do mar de Timor que vai até aos três mil e poucos metros de profundidade, embora seja possível cruzá-la a um nível próximo dos dois mil metros ...

E do lado australiano qual é a profundidade?

Cem, cento e poucos metros.

Qual é o custo desses gasodutos?

No caso de Timor-Leste, creio que são dois mil milhões de dólares.

E do lado australiano?

Ligeiramente menos, dado que a Austrália já possui algumas infra- -estruturas: portuárias, redes viárias e de electricidade...

Que os timorenses não têm...

Mas esse era um dos grandes objectivos do primeiro-ministro, que percebia que um projecto destes faria disparar os investimentos nas infra-estruturas. Quem perderia seriam os Territórios do Norte [Austrália], que veriam comprometidos os seus planos de desenvolvimento.

Que planos?

Há cinco anos, li um estudo feito por australianos segundo o qual o desenvolvimento associado daquela região à construção das diversas instalações de gás em Darwin rondaria os 20 mil milhões de dólares.

Que quantidade de petróleo ou de gás existe em Timor-Leste?

É muito difícil dizê-lo. Mas atenção: Timor-Leste não é o Koweit, nem o Brunei. Não é disso que estamos a falar. O que estamos a falar é de um país que, tendo em conta os acordos já celebrados com a Austrália e com o preço do barril de petróleo nos 50 dólares, iria receber cerca de 25 mil milhões de dólares nos próximos 25 a 30 anos. Ou seja, mil milhões de dólares por ano. Se pensarmos que o orçamento timorense para este ano anda nos 200 milhões de dólares, é fácil fazer as contas e perceber o que isto representa. E só estou a falar de Bayu-Undan.

Ou seja, ainda falta o Greater Sunrise na zona de exploração conjunta com a Austrália. Existe alguma estimativa do petróleo e do gás que possam existir na zona exclusiva de Timor-Leste?

Quanto ao onshore [em terra], ninguém sabe. Até porque há sempre sedimentações a correr ao longo da inclinação da ilha que dificultam as medições. Relativamente ao offshore [no mar], é preciso separar a zona de exploração exclusiva e a zona de exploração conjunta com a Austrália. Quanto à parte exclusiva timorense, sabe-se pouco. E o que se sabe é por associação ao que se conhece da zona de exploração conjunta.

E o que se sabe sobre a zona de exploração conjunta?

Bayu-Undan, o campo que alimenta neste momento as receitas de Timor-Leste, tem reservas confirmadas de 3,4 TCF [trillion cubic feet, sendo que cada TCF corresponde a 167 milhões barris de petróleo]. Além disso, Bayu-Undan tem 400 milhões de líquidos [combustíveis] que poderiam ser explorados.

O que existe é, portanto, essencialmente gás...

Essencialmente. O que não quer dizer, no entanto, que não exista petróleo. Mas o essencial é gás.

E os outros campos?

O Greater Sunrise tem à volta 8 TCF e 300 milhões de barris de condensados. Ou seja, as suas reservas de gás representam mais do dobro de Bayu-Undan, ainda que o Greater Sunrise seja mais seco. Mas, nos termos do acordo celebrado no início deste ano, as receitas do Greater Sunrise serão dividas ao meio entre Timor-Leste e a Austrália.

E ainda existem outros campos...

Mais pequenos. Com excepção do Fénix, que poderá ter cerca de 3 TCF, tanto o Chuditch, como o Jahal Add Kuda-Tasi, entre outros, terão menos de um TCF cad

Anónimo disse...

Alguém disse que o petróleo ainda seria a "morte" do sonho de Timor-Leste...

Anónimo disse...

Pelo trabalho que tem feito, a GNR bem merece as boas condicoes que vai desfrutar e que ela propria ajudou a construir. Cooperacao deste genero e o que precisamos e nao de robots ambulantes vestidos de coletes antibala pelas ruas de Dili.

Anónimo disse...

Parabéns à GNR, que agora vai ter melhores condições para trabalhar. No entanto, os seus homens não ficaram parados, envolvendo-se também nas obras necessárias. E quando eles partirem, essas instalações ficarão para o Estado, beneficiando assim TL. Espero é que depois lhes dêem utilizaçao diferente do forno de pão e da lavandaria que eles deixaram ficar em 2002...

Anónimo disse...

Nao so a GNR mas no geral os Portugueses, Brasileiros e um ou outro cidadao dos PLP. Agora e para certos meninos que antigamente chamavam os outros de "han malai nia ten" verem que os Portugueses nao sao tao maus como eles diziam em 1975!...

Anónimo disse...

Wonoloye 93
analisa anda tidak benar. Tidak ada malae yang mau menguasai Timor-Leste. Yang ingin melakukan hal-hal seperti itu adalah, justeru, kita orang Timor-Leste sendiri. Karena orang kita yang berkuasa dewasa ini tidak mampu berbuat apa-apa maka cari kambing hitan pada malae-malae.

Anónimo disse...

anonimo de domingo, SETEMBRO 03, 2006 2:48:39 pm :

O senhor deve ser muito jovem para estar a falar assim...Muito bem, os portugueses neste momento estao a ajudar bastante TL, mas as mentalidades mudaram...Nem todos pensavam como agora pensam, nem todos consideravam Tl e os timorenses como irmaos como agora consideram...por isso nao venha com historias a dizer que os portugueses nao maltrataram os timorenses...maltrataram e muito! Gosto muito da GNR e tambem dos portugueses, mas nao se deve esquecer nem negar passado que nos une...

Anónimo disse...

Acho engraçado que os senhores acima ignorem a importância de um texto de valor histórico e factual como aqule que mais acima aborda a questão dos interesdses dqa Austrália em relação ao gás e petróleo de Timor-Leste.
Masrí Alkatiri contra todas as vontades tentou semnpre o melhor para os eu país e a prova está aà vista de todos com os acordos alcançados. A Austrália tremeu sempre e recordo que Ramos Horta esteve sempre muito por perto para "arranjar soluções" que servissem a ambos os aldos sem prejudicar os interesse da AQustrália e de Timor. Bastas vezes Mari desautorizou Ramos Horta que ao longo destes anos de governação de Mari tambénmm não perdeu oportuinidade de ridicularizar o chefe do executivo.
Ramos Horta é o nome que interessa a americanos e a australianos e por isso mesmo Xanana o exgiu à FRETILIN como primeiro-ministro.
Mas há algo que todos se estão a esquecer-talvez propositadamente - que passa pelo papel de "santos" do Partido Democrático e pelo Partido Social Democrata~. Ambos têm interesses vários em torno dos recursos naturais (empresas de exploração e comercialização de gás e petróleo). Ambos têm uma característica comum: foram "fundados" pela cabeça de Xanana Gusmão. A intenção era apagar a UDT e fragilizar ao máximo a FRETILIN. São factos que ninguém consegue desmentir.
Reparem que os dois partidos de 1975 (de guerra conhecida no passado) são hoje os unicos verdadeiros arcos da democracia e do Estado de Direito. Do lado oposto está o PD e o PSD que nunca aceitaram o governo FRETILIN e que sempre usaram do nome do "pai" (Xanana) para fazer oposição ao partido do Governo. Numa recente entrevista um dos lideres da UDT fala disso mesmo e acusa estes dois partidos de estarem demasiado comprometidos com a situação que atirou o país para o descrédito nacional e internacional.
NHão à volta adar. Não haverá cklima para eleições. A guerrilha de Reinado, Salsinha e Tilman estão organizadas e vão começar a usar de poder bélico. O recrutamenteoi de jovens para derrubar o governo de Ramos Horta está em marcha e Horta vai ter de repensar os seus apoios e estratégias. Ramos Horta quer mas não o vão deixar levar a governação até ao fim. O que é pena pois o seu nome é dos poucos que consegue granjear consensos internacionais e até mesmo nacionais. Timor-Leste está na maior encruzilhada da sua existência e não será tão cedo que conseguirá recuperar o rumo.
É pena pois um golpe de Estado tão vil e desorganizado como este só invalida a capacidade nacional de se afirmar. Parabéns aos anglosaxonicos que sempre lutaram para esta situação. Parabens ao Lasama do PD e outros tais que receberam luvas a tempio inteiro de agencias australianas e americanas para serem contrapoder a todo o vapor. Usaram de tudo, comunicação social, universidades, igreja, etc.
Timor-Leste precisava de mais Maris, Luolos, Taurs, joões carrascalao entre outros para o povo ser povo respeitado na senda do desenvolvimento. Aghora aquilo a que se assiste é ao caos total, sem luz ao fundo do túnel. Timor caiui na sua fossa oceanica está 3 mil metros abaixo do nível da água do mar!

Anónimo disse...

Ao anonimo de 6:40:49 PM. Pois fique sabendo que nao sou novo, mas sim velho e conheco a historia de Timor bem como muito Portugueses que passaram por nossa Patria, antes e depois do 25 de Abril. Os Portuguses que estiveram em Timor tinham as melhores relacoes com os Timorenses. As mentalidades nao mudaram, com exepcao de uns poucos capitaes e majores esquerdistas que,depois do 25 de Abril de 1974, fieis aos seus planos incitaram os Timorenses numa luta fratricida ideologica e alijaram Timor-Leste das responsabilidades historicas de Portugal.
Concordo com a observacao feita pelo anonimo das 7:33:49 PM.De resto nunca concordei com a demissao de Mari Alkatiri.

Anónimo disse...

Concordo com o anónimo das 12:28:25.

Antes de 1975, pelo menos desde o fim da ocupação japonesa, as relações entre timorenses e malaes eram muito boas, muito amistosas de um modo geral e baseadas no respeito mútuo. Só assim se explica que a presença portuguesa em Timor tenha sido tolerada, ao contrário da holandesa, no actual Timor indonésio, onde os japoneses foram recebidos como libertadores.

Isso não significa que não tenha havido períodos negativos na longa História comum luso-timorense. Mas trata-se de épocas mais remotas e, como em toda a História da humanidade, temos que aceitar o bom e o mau, fruto dos actos dos nossos antepassados. Mas isso não quer dizer que os portugueses da época mais contemporânea aprovassem ou se identificassem com tais actos negativos contra os timorenses. O mundo mudou muito durante o Séc. XX. Portugal e a mentalidade portuguesa também. Por isso, temos que encarar esses factos negativos dentro do seu contexto histórico e não podemos vê-los com os olhos de hoje.

Timor era pobre e atrasado como Trás-os Montes ou o Alentejo também o eram, com a agravante de estar muito mais longe da capital. De facto, a tentativa de resolver esse atraso nunca poderia ter sido feita como foi, em 1975, que só veio empurrar Timor para o precipício da política e de uma independência para as quais não estava preparado. A semente do ódio e da violência foi, infelizmente, trazida de Lisboa pelos tais senhores majores e outros. Isso foi um crime e é natural que os timorenses ainda hoje se revoltem contra isso - os portugueses esclarecidos também.

Mas é inquestionável que, exceptuando as poucas ovelhas ranhosas, os portugueses que conheceram Timor SEMPRE ficaram com essa terra no coração, incluindo naturalmente os jovens portugueses que hoje lá trabalham. Mas tal afeição por Timor não é uma moda recente. Portugal e Timor estão indissociavelmente ligados e resta agora pensarmos o que vamos fazer dessa forte ligação.

Reconheço, contudo (por experiência própria), que é muito difícil tentar explicar isto aos timorenses mais novos. Só se eles tivessem conhecido Timor em 1974, mas isso é impossível.

Hakoak barak ba Timor oan sira hotu-hotu

Anónimo disse...

"os portugueses que conheceram Timor SEMPRE ficaram com essa terra no coração"

h correia tem razão.

Alguém me dizia em Timor, que Portugal não tinha colonizado Timor. Simplesmente tinha sido aceite pelos timorenses.
E perguntava-me, como poderia ter colonizado um território com 600.000 habitantes, se os Portugueses europeus no território, mal ultrapassavam o milhar e meio, já contando com tropas e tudo?
Obviamente, só podia ter sido por terem sido aceites.

E continuava esse meu amigo, velho de muitos anos. Ao vermos como ficam tocados por Timor os portugueses europeus que partem só podemos concluir que os colonizados, são exactamente os que partem e deixam cá o coração.

E dizia portugueses europeus, porque, todos os nascidos em Timor antes de 1999, nasceram numa terra que era Portugal também, ou por Portugal administrada. Logo, se o desejarem, são tão portugueses como os nascidos na Beira ou em Lisboa. E podem ser cidadãos naturais de ambos os países.

Esta é também uma das ligações especiais que une estes dois povos.

Que os tais esclarecidos do MFA em 1975, nunca compreenderam, ou fizeram por não compreender e alguns timorenses "revolucionários" pensaram poder apagar.
Tivesse o processo histórico seguido o seu curso natural, sem violência e em plena liberdade e talvez a história de Timor dos últimos 30 anos tivesse páginas felizes em vez da continuada violência traumatizante.

Anónimo disse...

Está na hora da verdade... não alonguem mais... por Timor-Leste sempre estaremos!

Anónimo disse...

Concordo com o anonimo das 12:28:25

Eu respeito Portugal, Portuguese e GNR. E sou filho de Lospalos e Bobonaro e fui educado em escolas portuguesas ( com orgulho) e defendo um TL independente com lingua oficial em Portugues e Tetum....

Maracuja ( orgulhoso das suas raizes e cultura Luso-TIMORENSE ou TTIMORENSE-luso)

Anónimo disse...

Good on you Maracuja! Se estivesse ai dava-te um dentadinha amigavel!
Louco por Fruta

Anónimo disse...

Nao foi o Joao que sempre defendeu que o direito a independencia de Timor Oriental se devia sobretudo a cultura Luso-Timorense, simbiose cultural gerada pela presenca portuguesa no territorio durante mais de 450 anos?

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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