quarta-feira, agosto 30, 2006

Timor fury after police told to strip

The Age
Lindsay Murdoch, Dili
August 29, 2006


AN AUSTRALIAN federal policeman demanded that a senior East Timorese police officer take off his uniform in public, in an incident that has angered Timorese politicians and could lead to a diplomatic protest.

East Timor parliamentary president Francisco Guterres, yesterday described the alleged behaviour of the unidentified Australian officer as an abuse of East Timor's rights as an independent country.

In an unprecedented move, Mr Guterres has summoned Timorese Interior Minister Alcino Barris to the Parliament today to explain what happened.

"All members of parliament want to complain about this," Mr Guterres said.

East Timor police academy chief Julio Hornai told The Age yesterday that he was "humiliated" by the incident, which "violated the dignity of East Timor".

"I don't have a problem with the Australian police who came to help solve our problems," Inspector Hornai said. "But it doesn't mean that they can come here and not respect us."

Inspector Hornai said that late on Saturday afternoon, he was driving a police vehicle along one of Dili's main streets when it was stopped by an Australian Federal Police LandCruiser carrying two Australian officers and two Malaysian soldiers.

One of the Australians confronted him, saying that he and seven other Timorese police in the vehicle should not be wearing police uniforms.

Mr Hornai said he tried to explain to the Australian that he and his men were returning to the academy after attending briefings at police headquarters.

Also present at the briefings was UN special representative Sukehiro Hasegawa.

Mr Hornai said that Mr Barris, who was also present, had ordered him and his men to attend the briefing in uniform.

But Mr Hornai said the Australian demanded that he take off his uniform, as a crowd of about 40 onlookers gathered nearby.

Mr Hornai said he removed the top part of his uniform and tried to hand it to the Australian.

"I felt humiliated … people were watching," he said. "The Australian then said put the uniform in the vehicle and they would escort us to the academy."

Mr Hornai said that when one of his officers got out near his home, the Australian demanded that he take off his uniform.

"The agent took it off in the middle of the road … in full view of the public," he said.

Antero Lopes, head of the international police in East Timor, last night described the incident as a "very sensitive situation".

Mr Lopes said the commander of the AFP in Dili "assured me that no AFP officer under his command has stripped a PNTL (Timorese police) officer of their uniform".

However, directives under bilateral arrangements with the international forces in Dili stipulate that Timorese police should be "restrained" in their use of their uniforms, he said.

The UN supports these precautions because there are "animosities among certain sections of the population against certain PNTL officers".

The police academy was the only police body that did not disintegrate when violence erupted in Dili in late April.

Under Inspector Hornai's command, the academy's 80 instructors and 283 police cadets did not join in the violence.

Mr Hornai has served as a policeman for 16 years, 10 of them under Indonesia's rule.

The academy will be the centre-point of efforts by the UN to rebuild the force of 3000.

Australia's 200-strong police contingent in East Timor is struggling to curb street gang violence, which left seven Australians injured last week.

On Sunday, gangs burnt 10 houses in the Comoro district.

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3 comentários:

Anónimo disse...

Tradução:
Fúria em Timor depois de dizerem a polícias para se despirem
The Age
Lindsay Murdoch, Dili
Agosto 29, 2006


Um polícia federal Australiano pediu a um oficial da polícia de topo Timorense para despir o seu uniforme em público, num incidente que enfureceu políticos Timorenses e pode levar a um protesto diplomático.

O Presidente do Parlamento de Timor-Leste Francisco Guterres, descreveu ontem o alegado comportamento do não identificado oficial Australiano como um abuso dos direitos de Timor-Leste como um país independente.

Num gesto improcedente, o Sr Guterres chamou o Ministro do Interior Timorense Alcino Barris ao Parlamento hoje para explicar o que aconteceu.

"Todos os membros do Parlamento se querem queixar sobre isto," disse o Sr Guterres.

O Chefe da Academia de Polícia de Timor-Leste Júlio Hornai disse ontem ao The Age que foi "humilhado" pelo incidente, que "violou a dignidade de Timor-Leste".

"Não tenho um problema com a polícia Australiana que vieram ajudar a resolver os nossos problemas," disse o Inspector Hornai. "Mas isso não significa que podem vir cá e não nos respeitarem."

O Inspector Hornai disse que no fim da tarde, no Sábado, guiava ao longo duma das estradas principais de Dili quando foi parado por um LandCruiser da Polícia Federal Australiana com dois oficiais Australianos e dois soldados Malaios.

Um dos Australianos confrontou-o, dizendo que ele e outros sete polícias Timorenses no veículo não deviam estar a usar uniformes da polícia.

O Sr Hornai disse que tentou explicar ao Australiano que ele e os seus homens estavam de regresso à Academia depois de terem estado numa reunião no Quartel da polícia.

Também presente na reunião estava o enviado especial da ONU Sukehiro Hasegawa.

O Sr Hornai disse que o Sr Barris, que também estava presente, lhe tinha ordenado para ele e os seus homens irem à reunião com uniformes.

Mas o Sr Hornai disse que o Australiano lhe disse para despir o uniforme, ao mesmo tempo que uma multidão de cerca de 40 observadores se juntavam perto.

O Sr Hornai disse que despiu a parte de cima do seu uniforme e tentou entregá-la ao Australiano.

"Senti-me humilhado … as pessoas estavam a ver," disse. "O Australiano então disse para pôr o uniforme no veículo que nos acompanhariam à Academia."

o Sr Hornai disse que quando um dos seus oficiais saiu perto da sua casa, o Australiano mandou-o despir o seu uniforme.

"O agente despu-o no meio da estrada … à vista do público," disse.

Antero Lopes, responsável da polícia internacional em Timor-Leste, descreveu ontem à noite o incidente como uma "situação muito sensível ".

O Sr Lopes disse que o comandante da AFP em Dili "assegurou-me que nenhum oficial da AFP sob o seu comando tinha despido um oficial da PNTL (polícia Timorense) do seu uniforme".

Contudo, directivas sob os arranjos bilaterais com as forças internacionais em Dili estipulam que a polícia Timorense deve “refrear-se” no uso dos seus uniformes, disse.

A ONU apoia estas precauções porque há "animosidades entre certas secções da população contra alguns oficiais da PNTL ".

A Academia da Polícia foi o único corpo da polícia que não se desintegraram quando a violência irrompeu em Dili no fim de Abril.

Sob comando do Inspector Hornai, os 80 instrutores da Academia e os 283 cadetes da polícia não se juntaram à violência.

O Sr Hornai tem servido como polícia há 16 anos, 10 deles sob governo da Indonésia.

A Academia será o ponto central dos esforços da ONU para reconstruir a força de 3000.

O contingente da Austrália de 200 polícias em Timor-Leste luta para conter a violência de gangs na rua, que deixou sete Australianos feridos na semana passada.

No Domingo, os gangs queimaram 10 casas no distrito de Comoro.

Anónimo disse...

Estes Senhores Deputados o querem sao lulas. Vejam la que agora ate querem mandar os policias australianos para casa. Como representantes do povo ja lhe perguntaram se o povo que representam concorda com isso? Tenham mas e juizo. O tal policia que foi despido despe-se muitas vezes ao dia sem ter que ser forcado por australianos.

Anónimo disse...

A deputalhada no parlamento nem a eles proprios se representam, quanto mais o povo. Sao apenas papagaios sem miolo.

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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