sábado, junho 17, 2006

PM Alkatiri resignation would not solve crisis, experts say

Abdul Khalik, The Jakarta Post, Jakarta

Experts and activists agree that Timor Leste needs to remain on the path to democracy rather than bringing down Prime Minister Mari Alkatiri, and must first address its past before it can move forward into the future.

Timor Leste Journalists Association head Virgilio Guterres said most media had wrongly accused Alkatiri of being the source of the current problems in Timor Leste. He pointed out that it was not the prime minister who dismissed almost half of the country's armed forces.

"It was the defense minister who fired them because the soldiers simply did not show up for over two months. And of course, the prime minister and president agreed with the decision. However, all media outlets point to Alkatiri as the one who fired them," he said Thursday during a seminar here on Timor Leste.

The country plunged into chaos after around 600 soldiers were dismissed in March. The soldiers complained of discrimination because they came from the country's west.

Twenty-one people died in May as sporadic battles between rival soldiers and between soldiers and police descended into gang clashes. Late last month the government appealed for foreign help and now more than 2,000 combat-ready foreign peacekeepers, chiefly from Australia, are deployed in Dili.

Guterres said the initial problem was not acute, as less than 200 soldiers signed a petition complaining of east-west discrimination. The other 400 soldiers had left their squads for months.

"So they were separate cases. Unfortunately, the defense minister fired them all at the same time, creating a sense of unity among them. It would be very different if they were fired separately," he said.

Guterres, rights activist Johnson Panjaitan of the Indonesian Legal Aid Center and Haryadi Wiryawan, head of the Department of International Relations at the University of Indonesia, all agreed that bringing down Alkatiri would not bring peace to Timor Leste.

Many media outlets have reported that pressure has mounted on Alkatiri, whose Fretilin party won the last election, to step down before the upcoming general election. So far, President Xanana Gusmao and parliament have refused to bow to the pressure.

"Timor Leste must first resolve its past problems, including bringing to justice people responsible for gross human rights abuses and trying criminals. Unless they deal with those problems, they won't be able to move forward as conflicts and injustice will always reemerge," Johnson said.

Johnson proposed that the United Nations should help Timor Leste improve its capacity.

"They should help bring gross human right violators and criminals to justice, and help the country build its capacity for democracy and governance. If not, then the conflict will continue to reemerge," he said.

Haryadi said that although he had no hard evidence, he believed that the current Timor Leste conflict was not an isolated case.

"It should be remembered that Australia has political and economic interests in Timor Leste. They want to have influence in the country, and don't want Indonesia to have more leverage. Alkatiri's socialist outlook is seen as not in line with what they want Timor Leste to be," he said.

Haryadi said that Australia aimed also at preventing Timor Leste from becoming too close to China, which is very aggressive in widening its influence in the Pacific.

Johnson also said that it would be naive to think that the conflict in Timor Leste arose without a grand design.

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3 comentários:

Anónimo disse...

Timor-Leste: Forças australianas permanecem na capital

(19:47) As autoridades timorenses já manifestaram várias vezes a intenção de entregar à GNR a segurança da capital do país, mas esse apelo parece estar a ser ignorado pelo comandante das forças australianas, que foi ouvido esta tarde pela enviada da Renascença a Timor-Leste, Dora Pires.

O brigadeiro Mick Slater confirma a deslocação de unidades para alguns distritos mas não vê necessidade de retirar da capital.

"Vamos manter um número significativo de tropas na cidade de Díli, mas temos militares suficientes para, ao mesmo tempo, manter tropas lá fora", sublinha.

O responsável australiano diz que vão ser ensaiados procedimentos para que a GNR também possa operar em toda a cidade de Díli.

Rádio Renascença

Podem ouvir a noticia aqui:
http://www.rr.pt/noticiaAsx.asp?ID=168102

Anónimo disse...

"It was the defense minister who fired them because the soldiers simply did not show up for over two months. And of course, the prime minister and president agreed with the decision. However, all media outlets point to Alkatiri as the one who fired them,"


Estarao a espera que se repetirem uma mentira muitas vezes ela torna-se-a numa verdade?

Facto: O PR nao concordou mas talvez aceitou (nao tinha poder para fazer outra coisa) So nao sabe quem quer ser cego aos factos

Facto: O Ministro de Defesa nao pode fazer uma decisao de tao graves consequencias sem o conhecimento e acordo do PM. Ou sera que cada Ministro e chefe de si mesmo? (nao vamos entrar em tecnicalidades para criar bodes expiatorios)
Porque e que o PM nao impediu tao mal concebida decisao. Nao tinha poder sobre um dos seus ministros?

Anónimo disse...

Tradução:

A demissão do PM Alkatiri não resolveria a crise, dizem peritos

Abdul Khalik, The Jakarta Post, Jakarta

Peritos e activistas concordam que Timor-Leste precisa de se manter no caminho para a democracia em vez de derrubarem o Primeiro Ministro Mari Alkatiri, e que deve primeiro tratar do seu passado antes de se mover para o futuro.

O líder da Associação de Jornalistas de Timor-Leste, Virgilio Guterres, disse que a maioria dos media tinha erradamente acusado Alkatiri de ser a causa dos problemas correntes em Timor-Leste. E apontou que não foi o primeiro ministro quem despediu quase metade das forças armadas do país.

"Foi o ministro da defesa quem os despediu simplesmente porque deixaram de aparecer durante mais de dois meses. E obviamente o primeiro ministro e o presidente concordaram com a decisão. Contudo, todos os media apontaram Alkatiri como o que os despediu," disse na quinta-feira durante um seminário aqui em Timor-Leste.

O país mergulhou no caos depois de cerca de 600 soldados terem sido despedidos em Março. Os soldados queixaram-se de discriminação porque vieram do oeste do país.

Vinte e uma pessoas morreram em Maio quando esporádicas batalhas entre soldados rivais e entre soldados e polícias se transformaram em lutas de gangs. No final do mês passado o governo requereu ajuda estrangeira e agora mais de 2,000 tropas estrangeiras prontas para combate, a maioria da Austrália, estão destacadas em Dili.

Guterres disse que o problema inicial problema não era agudo, pois menos de 200 soldados tinham assinado uma petição queixando-se de discriminação leste-oeste. Os outros 400 soldados tinham abandonado os seus quartéis há meses.

"Os casos eram diferentes. Infelizmente, o ministro da defesa despediu-os a todos na mesma altura, o que criou uma ideia de unidade entre eles. Teria sido muito diferente se eles tivessem sido despedidos separadamente," disse.

Guterres, o activista de direitos Johnson Panjaitan do Centro de Ajuda Legal Indonésio e Haryadi Wiryawan, líder do Departamento de Relações Internacionais da Universidade da Indonésia, todos concordaram que destituir Alkatiri não trará a paz a Timor-Leste.

Muitos media relataram a pressão que se montou contra Alkatiri, cujo partido Fretilin ganhou as últimas eleições, para se demitir antes das próximas eleições gerais. Até agora, o Presidente Xanana Gusmão e o parlamento recusaram ceder à pressão.

"Timor-Leste deve primeiro resolver os seus problemas do passado, incluindo levar à justiça as pessoas responsáveis por grandes abusos de direitos humanos e julgar os criminosos. A não ser que lidem com estes problemas, não serão capazes de se moverem para a frente porque os conflitos e a injustiça re-emergem sempre," disse Johnson.

Johnson propôs que a ONU ajudasse Timor-Leste a aumentar as suas capacidades.

"Deviam ajudar a levar à justiça os grandes violadores de direitos humanos e os criminosas, e ajudar o país a construir capacidades para a democracia e a governação. Se não, então o conflito continuará a re-emergir," disse.

Haryadi disse que apesar de não ter evidências concretas, acreditava que o corrente conflito em Timor-Leste não era um caso isolado.

"Deve ser lembrado que a Austrália tem interesses políticos e económicos em Timor-Leste. Eles querem ter influência no país, e não querem que a Indonésia tenha mais peso. O perfil socialista de Alkatiri é visto como não estando em linha com o que querem que Timor-Leste venha a ser," disse.

Haryadi disse que a Austrália tem o objectivo também de evitar que Timor-Leste se torne demasiado próxima da China, que é muito agressiva a aumentar a sua influência no Pacifico.

Johnson também disse que seria ingénuo pensar-se que o conflito em Timor-Leste se construiu sem uma grande maquinação.

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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