terça-feira, março 03, 2009

Dos Leitores

H. Correia deixou um novo comentário na sua mensagem "Chefe da missão da ONU rejeita ilegalidade na polí...":

"Há um princípio básico na lei civil de que as obrigações internacionais prevalecem sobre as responsabilidades nacionais"

Atul Khare joga falaciosamente com as palavras, procurando confundir-nos. Efetivamente, os tratados internacionais prevalecem hierarquicamente sobre as leis do Estado (embora em pé de igualdade com a Constituição), mas aqueles só adquirem eficácia depois de transpostos para o ordenamento jurídico nacional, ou seja, depois de serem ratificados, promulgados e publicados, sob pena de nulidade.

Aliás, isto mesmo foi confirmado pela sentença do Tribunal de Recurso no processo citado.

Das duas uma: ou o Sr. Khare sabe perfeitamente que é assim, mas finge que não sabe para fazer o frete aos seus amigos no poder, ou então não sabe mesmo nada do assunto. Mas se for esta segunda hipótese, o caso é ainda é mais grave, pois a ONU está a pagar principescamente a um indivíduo para este dizer bacoradas e exercer um cargo mal e porcamente, para o qual não está minimamente habilitado.

Seja como for, Atul Khare mostra um assumido desrespeito pelas leis e pelo poder judiciário da RDTL e suas decisões. Nada que não tenhamos já visto aos próprios responsáveis timorenses Xanana e Ramos Horta, bem como ao exército australiano presente em Timor-Leste.

Esta atitude é de tal gravidade que o Sr. Khare deveria ser imediatamente substituído. A ONU não pode desrespeitar desta maneira a soberania dos Estados que são seus membros.

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H. Correia deixou um novo comentário na sua mensagem "Gusmao govt claims 'confidentiality' to avoid corr...":

Quem não deve não teme. Se Xanana não quer revelar o que andou e anda a negociar com terceiros, é porque tem algo a esconder.

Aquele que na propaganda eleitoral dizia, com grande prosápia, que iria acabar com a corrupção, tem medo de ser investigado.

"It is as if the contracts involve dealings of a private nature, involving their own private money, which of course they do not"

Com efeito, Xanana & Cia. parecem ainda não ter percebido que o dinheiro que gastam com esses contratos não lhes pertence. Esse dinheiro é do Estado, é de Timor-Leste, é do povo timorense. Portanto, nos termos da Constituição, o Governo tem o dever de fornecer todos os esclarecimentos aos representantes do povo no Parlamento Nacional, em vez de se esconderem atrás de uma suposta "confidencialidade".

O MP, por sua vez, tem o dever de investigar todos os indícios de corrupção, o que não tem vindo a acontecer por o PGR ser amigalhaço de Xanana e lhe andar a aparar os golpes.

Sem comentários:

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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