19.05.08
1 day ago
DILI (AFP) — East Timor is set to celebrate six years of independence Tuesday, with bursting national pride and dreams for the future contending with the harsh realities of poverty, violence and instability.
As the government puts the finishing touches to the planned Independence Day ceremonies featuring fireworks donated by China, doubts persist about the former Indonesian territory's ability to stand on its own.
The celebrations come just over three months after East Timorese President Jose Ramos-Horta was shot and wounded in rebel attacks that also targeted the prime minister, and amid political infighting that has driven the ruling coalition to the brink of collapse.
The attacks on the country's leadership, which also saw rebel leader Alfredo Reinado killed, raised fears of a return to violence similar to 2006 fighting between police, soldiers and militia that killed at least 37.
But against the worst predictions, calm has prevailed for this week's celebrations. The rebels surrendered last month, and on the streets of East Timor's somnolent capital people are cautiously looking forward to the party.
"We're happy and proud about our day of independence but we want calm and for the situation to be normal. We don't want there to be problems. We want peace and calm," said Veronica Amaral, a 24-year-old resident of one of Dili's camps for people displaced by the 2006 unrest.
Around 100,000 people who fled the violence two years ago still live in camps, and although the UN is slowly closing them down some can still be seen near the city's waterfront which has been spruced up for Independence Day.
The camps are a reminder of the price East Timor has paid for its independence, and of the ongoing fragility of the infant state.
Even with the support of a United Nations mission and the presence of thousands of foreign police and soldiers, some analysts warn that the mainly Catholic country's highly factionalised politics could spill onto the streets.
"My reading of the situation is that it's unstable," said Dennis Shoesmith, an East Timor expert at Australia's Charles Darwin University.
"The UN and international stabilisation presence keep it on track (but) if that presence was run down in the next year or so it would quickly deteriorate. And it could deteriorate with the presence there anyway," he said.
Roughly half the population of one million is unemployed and the majority of people live off subsistence farming. The country's baby boom -- the average birthrate is 7.7 -- is also straining meagre resources.
"The economy for us is not great. Everything is very expensive and it's difficult for those who don't work and the poor. We can't do anything," said Amaral.
Bernardo Almeda, a 35-year-old graduate in civil administration who earns up to three dollars a day selling cigarettes and mobile phone credit on the street, said the government had to provide work for the unemployed.
"It's clear that East Timor in the future will get better, the economy will probably move along well," he said.
But economic growth needs stability, and East Timor has had precious little of that.
The former Portuguese colony was invaded by Indonesia in 1975 and saw more than 200,000 of its people die as a result of violence and hunger that ensued.
East Timor voted for independence at the ballot box in 1999, but was soon ravaged during a scorched earth campaign by the Indonesian military that saw much of the country razed to the ground and hundreds of thousands seek refuge.
It formally gained independence in 2002 only to be plunged back into chaos when factional tensions within the security forces erupted into open fighting in 2006.
Foreign peacekeepers, who had left after intervening to restore order in 1999, returned to quell the unrest but could not stop hundreds of members of the security forces taking to the hills behind rebel leader Reinado.
With Reinado dead and the last of his rebels having surrendered, analysts say at least one major roadblock to long-term peace has been removed.
terça-feira, maio 20, 2008
Poor and unstable, ETimor to mark six years of independence
Por Malai Azul 2 à(s) 17:06
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Traduções
Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006
"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
1 comentário:
Tradução:
Timor-Leste comemora seis anos de independência pobre e instável
19.05.08
1 dia atrás
DILI (AFP) — Timor-Leste prepara-se para comemorar seis anos de independência na Terça-feira, a a rebentar de orgulho nacional e de sonhos em confronto com as duras realidades da pobreza, violência e instabilidade.
Quando o governo põe os toques finais nas planeadas cerimónias do Dia da Independência com fogos de artifício oferecidos pela China, persistem dúvidas acerca da capacidade do antigo território Indonésio se aguentar por si próprio.
As comemorações são apenas três meses depois do Presidente Timorense José Ramos-Horta ter sido ferido a tiro num ataque de amotinados que visaram também o primeiro-ministro, no meio de lutas políticas que levou a coligação no poder à beira do desmoronar.
O ataque contra a liderança do país, que também levou à morte do líder amotinado Alfredo Reinado, levantou receios do regresso à violência similar às lutas em 2006 entre polícias, soldados e milicianos que mataram pelo menos 37.
Mas contra as piores previsões, prevaleceu a calma para as comemorações desta semana. Os amotinados renderam-se no mês passado, e nas ruas sonolentas da capital de Timor-Leste as pessoas estão com cautela à espera da festa.
"Estamos felizes e orgulhosos com o nosso dia da independência mas queremos a calma e que a situação seja normal. Não queremos que haja problemas. Queremos a paz e a calma," disse Veronica Amaral, uma residente de 24 anos dum dos campos de deslocados de Dili de gente deslocada pelo desassossego de 2006.
Cerca de 100,000 pessoas que fugiram da violência há dois anos vivem ainda nos campos, e apesar da ONU estar devagar a fechá-los mas alguns podem ainda ver-se perto da frente de mar da cidade que que tem andado a ser alindada para o Dia da Independência.
Os campos são uma lembrança do preço que Timor-Leste tem pago pela sua independência e uma das fragilidades em curso do seu jovem Estado.
Mesmo com o apoio duma missão da ONU e a presença de milhares de polícias e soldados estrangeiros, alguns analistas avisam que os políticos altamente divididos do país principalmente Católico pode espalhar para as ruas.
"A minha leitura da situação é que é insustentável," disse Dennis Shoesmith, um perito sobre Timor-Leste da Universidade Charles Darwin da Austrália.
"A ONU e a presença internacional de estabilização mantém-no nos carris (mas) se essa presença se esgotar no próximo ano ou à volta disso pode rapidamente deteriorar-se. E de qualquer modo mesmo com a presença lá pode deteriorar-se," disse ele.
Cerca de metade da população de um milhão está desempregada e a maioria das pessoas vive da agricultura de subsistência. A explosão de nascimento de bébés no país – a taxa média de nascimento é de 7.7 – pressiona também os recursos magros.
"A nossa economia não está boa. Tudo está muito caro e a vida é difícil para os que não têm trabalho e para os pobres. Não podemos fazer nada," disse Amaral.
Bernardo Almeida, um formado em administração pública de 35 anos que ganha três dólares por dia a vender cigarros e cartões de telemóvel nas ruas, disse que o governo tinha de arranjar trabalho para os desempregados.
"Está claro que no futuro Timor-Leste vai estar melhor, a economia provavelmente também ," disse ele.
Mas o crescimento económico precisa de estabilidade e Timor-Leste tem tido muito pouca.
A antiga colónia Portuguesa foi invadida pela Indonésia em 1975 e teve mais de 200,000 dos seus habitantes mortos como resultado da violência e fomes que se seguiram.
Timor-Leste votou pela independência num referendo em 1999, mas em breve foi destruído por uma campanha de terra queimada pelos militares Indonésios que levou a que muito do país fosse queimado até aos alicerces e centenas de milhares a procurarem refúgio.
Ganhou formalmente a independência em 2002 para logo ser mergulhada de volta ao caos quando tensões de facções no interior das forças de segurança irromperam em luta aberta em 2006.
Tropas estrangeiras, que tinham partido depois de intervirem para restaurar a ordem em 1999, regressaram para acalmar o desassossego mas não conseguiram evitar que centenas de membros das forças de segurança fossem para os montes atrás do líder amotinado Reinado.
Com Reinado morto e tendo-se rendido o último dos seus amotinados, analistas dizem que pelo menos um grande obstáculo para a paz a longo prazo foi removido.
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