JN, 24/02/08
O presidente da República de Timor-Leste está "sensibilizado com o povo português" e "preocupado com o povo timorense" e quer "saber tudo" sobre o atentado de que foi vítima, segundo uma declaração enviada à Agência Lusa através de um familiar.
Na sua primeira declaração à Imprensa após o ataque de 11 de Fevereiro, em que foi atingido a tiro, José Ramos-Horta comunicou a intenção de "saber tudo a fundo sobre o que se passou, levando a investigação até ao fim". Ramos-Horta declarou à Lusa, através do seu cunhado João Carrascalão, a partir do Hospital Real de Darwin, Austrália, que está "muito sensibilizado e agradecido com o povo português e muito preocupado com o povo timorense".
O chefe de Estado timorense agradece em especial ao presidente Cavaco Silva, "pela condenação enérgica e imediata dos ataques e pelo apoio manifestado".
José Ramos-Horta disse também estar "de muito bom humor" e ao seu homólogo português manda informar que receberia com agrado em Darwin "alguns pastéis de Belém e um bom vinho do Porto".
O presidente timorense, gravemente ferido no ataque à sua residência em Díli pelo grupo do major Alfredo Reinado, foi submetido a várias intervenções cirúrgicas e esteve mais de uma semana em coma induzido no Hospital Real de Darwin, para onde foi evacuado poucas horas após ter sido atingido.
Durante a visita que fez ontem aos concelhos de Ribeira de Pena e Boticas, no distrito de Vila Real, Cavaco Silva congratulou-se com a recuperação de Ramos-Horta e disse esperar que Timor-Leste consiga julgar, "no respeito pela lei", os responsáveis pela tentativa de "decapitação das instituições democráticas" do país.
Sem comentários:
Enviar um comentário