Diário Digital / Lusa
25-11-2007 13:41:00
Polícias: AOG repudia declarações de Clemente Lima
A Associação de Oficiais da Guarda (AOG) repudia as declarações do inspector-geral da Administração Interna, Clemente Lima, sobre a actuação das forças de segurança e manifesta-se estupefacta com a entrevista deste responsável ao jornal Expresso.
«As acusações feitas pelo senhor inspector-geral às forças de segurança, em particular aos seus elementos, além de denotarem desconsideração e desrespeito pelo trabalho diário destes elementos em prol da segurança de Portugal e dos portugueses, revelam um profundo desconhecimento da realidade», afirma a associação em comunicado.
Os oficiais da guarda consideram que a abordagem de Clemente Lima, leva a conclusões «erróneas e despropositadas», quando «estão em causa valores e instituições pilares do Estado de Direito Democrático e da liberdade dos cidadãos».
«São feitas afirmações que põem em causa, entre o mais, a formação dos oficiais da Guarda e que só se compreendem como reveladoras de um profundo desconhecimento do que têm sido os conteúdos programáticos em vigor nas, nacional e internacionalmente, prestigiadas escolas de formação», lê-se no documento assinado pelo vice-presidente da direcção, o capitão Pedro Miguel Pinto Patrício.
Para a AOG, as declarações de Clemente Lima sobre a natureza militar da GNR, «além de se encontrarem esvaziadas de qualquer fundamentação, atentam contra as políticas de segurança delineadas pelo Governo, sufragadas pela Assembleia da República» e também contra «princípios que norteiam o actual processo de reforma de todo o Sistema de Segurança Interna» em Portugal.
A associação classifica mesmo de subjectivas e levianas as afirmações do inspector-geral, que desafia a apresentar dados objectivos e factuais.
Estes oficiais entendem que a posição assumida por Clemente Lima põe em causa a sua isenção no desempenho das funções que lhe foram cometidas, embora reconheça uma importância fundamental à Inspecção-Geral da Administração Interna (IGAI) na promoção do respeito pelos direitos, liberdades e garantias dos cidadãos.
As reacções à entrevista de Clemente Lima não se fizeram esperar.
O presidente do PSD defendeu sábado que o ministro da Administração Interna, Rui Pereira, deveria tirar «consequências» das declarações do inspector-geral sobre as forças de segurança, referindo que José Sócrates terá de reorganizar o Governo.
«Penso que o senhor ministro devia tirar consequências desta entrevista», disse Luís Filipe Menezes, escusando-se a precisar a sua posição, quando questionado pelos jornalistas em Ourique, à entrada para uma reunião com a Assembleia Distrital de Beja do PSD.
Mais peremptório foi o presidente da Mesa do Congresso, Ângelo Correia, para quem ou inspector-geral ou se conforma com as leis da República e com as orientações da tutela ou deve apresentar a demissão por manifesta discordância.
«O inspector-geral da Administração Interna, que depende do ministro da Administração Interna, expressa políticas opostas à do ministério, à do Governo e à da Assembleia da República e recentemente consagradas nesta última instância», acrescentou.
A Associação Sindical Independente de Agentes da PSP-ASG, por seu lado, aplaudiu a «coragem» do inspector-geral e criticou a actuação das chefias hierárquicas, que classificou de «arrogante e prepotente».
«A Associação Sindical Independente de Agentes da PSP - ASG não ficou minimamente surpreendida pela coragem demonstrada pelo inspector, ao denunciar publicamente o que se passa nas forças de segurança», afirma a estrutura em comunicado.
O ministro da Administração Interna rejeitou a existência de comportamentos «menos próprios» das forças de segurança para com os cidadãos, considerando que a existirem são a «excepção e não a regra».
A Associação Sindical dos Profissionais de Polícia (ASPP/PSP) encarou, por seu turno, como um alerta ao Governo as declarações críticas do inspector-geral relativamente à PSP e GNR.
Na entrevista ao Expresso, Clemente Lima afirma que «há incompetência a mais na polícia» e «muita cowboyada de filme na mentalidade de alguns polícias».
O Sindicato Nacional de Polícia (SINAPOL) exigiu a demissão imediata do inspector-geral, na sequência das polémicas declarações daquele responsável à actuação das forças de segurança.
«O inspector-geral deve ser demitido com a maior brevidade», disse à agência Lusa o presidente do SINAPOL, Armando Ferreira, sublinhando que esta é a posição unânime da direcção que representa.
Já a Associação de Profissionais da Guarda considera que o inspector-geral fez uma leitura «muito clara» da actual situação da GNR.
«Temos uma leitura muito próxima, já manifestada por diversas vezes, inclusive à tutela», disse à Lusa o presidente da associação, José Manageiro.
NOTA DE RODAPÉ:
Mas quem é esse Clemente? Decerto um homenzinho lá sentado num qualquer gabinete escondido que achou que tinha direito aos seus cinco minutos de fama?...
Porque a GNR conhecemos nós. Acusar a GNR de cowboys?! Resolveram todas as situações de conflito com que se depararam em Timor-Leste sem uma única vítima (ao contrário dos australianos, que nem se aproximavam da confusão), são admirados pela população, pelos seus pares internacionais, e vem este Clemente dizer que a GNR com os novos oficiais formados pela Academia Militar, vê o inimigo na população?!
Quem é este invejoso e quem representa? O Governo português?
Quando é para brilhar ao lado da GNR no Iraque ou em Timor-Leste, estes mesmos oficiais são o melhor que há. E quando voltam a Portugal, vem um senhor qualquer, que de polícias não percebe nada, dizer que fazem muitas perseguições? “Só” por causa de não se parar num auto-stop?!
E claro que lá vem uma facção da PSP (os invejosos do costume, que não suportam o sucesso da GNR) dizer que o homenzinho tem razão, que a GNR não devia ser militarizada, que todas as forças de segurança deviam ter associações "tipo"sindicais, etc, etc...
E à portuguesa, lá estarão também a esfregar as mãos alguns profissionais da GNR, não formados pela Academia Militar, invejosos pela nova imagem de modernidade que estes novos oficiais trouxeram à Guarda...
Senhor Ministro da Administração Interna, tenha dó e não faça pouco do bom que tem no seu país. Devia louvar esses novos oficiais que são um motivo de orgulho de Portugal. Mete dó os tiros que os portugueses dão nos próprios pés… Vergonhoso!
Pois daqui de Timor-Leste um grande VIVA à GNR!
quinta-feira, novembro 29, 2007
O intriguista invejoso e os amigos...
Por Malai Azul 2 à(s) 07:30
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Traduções
Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006
"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
2 comentários:
NEW MATILDA
Pacific: The View from Honiara
By: Ashley Wickham
Wednesday 28 November 2007
It’s no secret that under the Howard Government, relations with the Pacific were strained. Alexander Downer has done almost as much harm to Pacific-Australia relations as Manasseh Sogavare has done to sour those between Solomon Islands and Australia.
Solomon Islanders expect to have a new government in place before the new year, if our Governor General does his job properly. When that happens, we will be able to realign our Government’s posture to reflect the warmth of appreciation for the assistance that Australia, New Zealand and other Pacific nations have given us in our time of need.
But if relations are to improve, the new Australian Government will have to do its part too. For a start, the new Foreign Minister cannot continue the Downer tradition of partisan political commentry on all Pacific Island affairs. It is not being ‘weak’ and ‘compliant’ to respect the sovereignty of one’s neighbours — unless of course one wants to be the neighbourhood bully or rabble rouser.
It would be helpful for the Rudd Government to appoint a Minister or Parliamentary Secretary to look after Pacific Island affairs. The last Labor government had one in Gordon Bilney. What’s needed is a cool diplomatic type who doesn’t romanticise. Our realities are harsh, especially with global warming and its impact on low lying atolls and islands, and our susceptibility to global economic upheavals.
Relations with the Pacific took a nose-dive during Downer's tenure as Foreign Minister
Canberra should modify the position of the Regional Assistance Mission to Solomon Islands (RAMSI) to make it part of mainstream SI Government instead of being — as we see it here — a parallel government with more visibility, resources and pay! The special coordinator of RAMSI should occupy an office close to the Cabinet Secretary. Every RAMSI initiative (non security) should, upon being mooted, be the subject of a paper to the Minister and Cabinet, if only to keep ministers informed. We might even ask the Minister for RAMSI Affairs to present a report to each Parliament sitting. I doubt this would work successfully if the Sogavare group remains in power.
The involvement of the Australia Federal Police (AFP) in RAMSI should be seriously reconsidered. While the presence has been very useful for the restoration of law and order, there have been too many failed investigations and prosecutions and a lot of criminals are running free because of bungled investigations. It was only close to mid-2007 that local police and Pacific Island RAMSI police were allowed to carry out investigations and prosecutions. I was told this by a RAMSI civilian appointee from Australia who was appalled when he found this out.
I realise Australia might require an AFP presence here for its own and regional security purposes. If so, then the AFP should be separated from the RAMSI mission and allowed to carry out its anti-terrorism and drug surveillance work. State police with experience in community policing from regional Australia would be welcomed to help the Royal Solomon Islands Police Force.
Education was a prominent issue in the Australian Federal election and it is critical for us too. Our young people need to be well educated to be able to break free from the shackles of dependence. But we have an ongoing crisis of quality and access which could be ameliorated somewhat by Australia taking several hundred students each year to study in Australian high schools for year 11 and 12. This would bring about at least three benefits: it would position those students well for tertiary studies; expand the worldview of more young Solomon Islanders as they study in a stable economy in which the user pays; and create more person-to-person interaction in an open and healthy environment which would lead to a better understanding between our two countries.
Such a program would also free up places for children who would otherwise have to be culled from the system at year 11 for lack of places. We may not help all of them, but we will have reduced the number of young people leaving school and trying to live in an adult world at age 16.
Lastly, because a private company employs all RAMSI personnel, many who come to work here have commercial as well as professional motives — including wanting extensions of contracts (I have worked overseas too!). It’s called ‘capital formation’ and of course there is nothing wrong with it and is to be encouraged. Here however, it doesn’t help with local capacity building. The result is that Solomon Island professionals often feel shoved aside and considered incapable. It breeds resentment and a hardening of attitudes and Operation ‘helpem fren’ (helping friends) is perceived to be ‘helpen seleva’ (helping yourself). It is now at the point where resentful public servants and influential people are now taking side against the opposition, branding them as being pro-Australia. There is a strange belief among a growing group in Honiara that Australia wants to take over the Solomon Islands.
I believe all the other forms of assistance the Australian and other governments have provided have been crucial to keeping this country viable — especially the health program, assistance in the law and justice sector and having the military here to back up police. When a bunch of louts gave police in Malu’u (North Malaita) a hard time recently, a platoon of Royal Tongan Marines dusted them up and handed them in, without resorting to guns, and the matter was defused successfully soon after. This is just what we need. Funnily enough memebers of another unit from the platoon were found by their senior officers to be guilty of too much ‘socialising’ with the locals in another community and reprimanded. I would promote them — all of them!
The scope for improved relations between our two countries is great. We have all learned a lot from these first four years of RAMSI and with some adjustments and refinements things can and should improve. I hope that Kevin Rudd and his new Foreign Minister will recognise and acknowledge publicly that it was civil society in the Solomon Islands that prompted our then PM, Allan Kemakeza, to seek intervention when he did. Most of us kept up the pressure in the media. A handful of uncivil ones I believe were ready to shoot him.
Timor-Leste: Forças Armadas «prontas a dar quanto têm»
Diário Digital / Lusa
29-11-2007 12:15:00
As Forças Armadas timorenses «estão prontas a dar tudo quanto têm» para cooperar com a justiça, afirmou hoje o coronel Lere Anan Timur à Agência Lusa após a condenação de quatro militares a penas de prisão.
«O nosso país exigiu muito de nós durante 24 anos», declarou o coronel Lere Anan Timur à saída do Tribunal de Recurso, em Díli, onde quatro militares foram hoje condenados a penas de prisão entre os 10 e os 12 anos pelo massacre de oito polícias em Maio de 2006.
«Estamos prontos para dar quanto temos», acrescentou o oficial superior das Falintil-Forças de Defesa de Timor-Leste (F-FDTL) à Lusa.
«Como oficial, não tenho que falar em vez deles», respondeu o coronel Lere Anan Timur quando interrogado sobre os militares envolvidos noutros processos, como o major fugitivo Alfredo Reinado, cujo julgamento está marcado para 03 de Dezembro.
«Como timorense, tenho autoridade moral porque me sacrifiquei pela justiça durante a guerra», acrescentou o oficial.
«Queremos ver um país com justiça e paz».
O coronel Lere Anan Timur afirmou que as F-FDTL «já começaram a cooperar com a justiça».
«Não há problema nenhum», explicou o coronel.
«Fomos vítimas também desta crise política e militar» de 2006, considerou o oficial que, no dia 25 de Maio de 2006, se encontrava em Caicoli, Díli, durante a troca de tiros entre as F-FDTL e a PNTL.
«Temos todos que cooperar com a justiça. A questão é começar. As FDTL já começaram», sublinhou o coronel Lere Anan Timur.
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