segunda-feira, novembro 05, 2007

Aprendeu com eles a meter-se na política interna de outros países...

The Age
Endorsement: Jose Ramos Horta supports Margherita Tracanelli.
Peter Ker
November 6, 2007

Ramos Horta backs Howard rival in Bennelong

EAST Timor President Jose Ramos Horta has weighed into the 2007 federal election campaign by passionately endorsing a direct opponent of Prime Minister John Howard in the Sydney electorate of Bennelong.

Despite foreign leaders traditionally staying out of Australia's domestic politics, Mr Ramos Horta has lent his support to Margherita Tracanelli, who is contesting Bennelong for the Climate Change Coalition party.

In a glowing 103-word email tribute seen by The Age yesterday, Mr Ramos Horta said Ms Tracanelli was "very hardworking, articulate and eloquent".

He then speculated over her winning Bennelong, which Mr Howard holds by 4.1 per cent.

"She will be a convinving (sic), powerful voice in the Federal Parliament," he said. Ms Tracanelli worked for Mr Ramos Horta in East Timor as a communications consultant during the 1990s.

In the statement, which was prefaced with a note saying "Here it goes, a sentence for you" and signed with the letter "J", Mr Ramos Horta praises Ms Tracanelli for her commitment to environmental causes.

"Margherita Tracanelli is one of those human beings with a heart and passion," he said. "For me, a good leader, a true leader, is someone who has a heart, who is compassionate and is passionate about what she/he believes in, someone who cares about the poor and the dispossessed of this planet.

"Margherita is one such person who cares and is passionate about our environment, our planet, about the harm we have done to our own common home, the home of humanity, the home of our children."

Ms Tracanelli also has a handwritten personal reference signed by Mr Ramos Horta dated October 30, 1996.

The Age contacted Mr Ramos Horta's media spokesman, Joel Maria Pereira, in Dili yesterday in an attempt to confirm the tribute.

Mr Pereira said he could not contact Mr Ramos Horta because the President was visiting regional parts of East Timor and would not return to Dili until later this week.

But Ms Tracanelli said she was good friends with Mr Ramos Horta, and he had written the note on Sunday in full knowledge that it would be made public. "I told him I was going to stand and he said 'I would vote for you'," she said.

"I normally wouldn't use him but I thought this is an occasion in which I should pull out all the stops."

Ms Tracanelli said Mr Ramos Horta was fully aware of the significance of Bennelong being the home seat of the Prime Minister. But she added there was no bad blood between Mr Ramos Horta and Mr Howard.

"He knows it is worthwhile because he understands the security issue of climate change," she said.

Ms Tracanelli also has a 2004 reference from former Australian Defence Force chief General Peter Cosgrove relating to her work in East Timor, but being more than three years old, it does not endorse her political ambitions to claim Bennelong.

Earlier this year, US President George Bush said he would not prejudge the decision of Australian voters when asked if Australia's alliance with the US would weaken under a Rudd Labor government.

Mr Ramos Horta has links to many Australian politicians. Foreign Affairs Minister Alexander Downer previously described him as "a friend" while former Victorian Labor premier Steve Bracks now works as an unpaid adviser to the East Timorese Government.

The Climate Change Coalition has several high-profile candidates in NSW, with science guru Dr Karl Kruszelnicki on the Senate ticket, and former deputy mayor of Sydney, Dixie Coultan, contesting the lower house seat of Wentworth against Environment Minister Malcolm Turnbull.

TRADUÇÃO:

Endosso: José Ramos Horta apoia Margherita Tracanelli.

Peter Ker
Novembro 6, 2007

Ramos Horta apoia rival de Howard em Bennelong

O Presidente de Timor-Leste José Ramos Horta entrou pesadamente na campanha das eleições federais de 2007 ao endossar com paixão uma opositora directa do Primeiro-Ministro John Howard no círculo eleitoral de Sydney, Bennelong.

Apesar dos líderes estrangeiros tradicionalmente se manterem arredados das políticas domésticas da Austrália, o Sr Ramos Horta deu o seu apoio a Margherita Tracanelli, que está a disputar Bennelong pela partido Coligação da Mudança Climática.

Num glamoroso email de louvor de 103 palavras, visto ontem pelo The Age, o Sr Ramos Horta disse que a Srª Tracanelli era "muito trabalhadora, articulada e eloquente".

Depois especulou sobre ela ganhar Bennelong, que o Sr Howard venceu pela diferença de 4.1 por cento.

"Ela será uma voz convincente (sic), poderosa no Parlamento Federal," disse. A Srª Tracanelli trabalhou para o Sr Ramos Horta em Timor-Leste como consultira de comunicações durante os anos 1990s.

Na declaração, que foi prefaciada com uma nota que dizia "Aqui vai, uma frase para si" e assinada com a letra "J", o Sr Ramos Horta louva a Srª Ms Tracanelli pelo seu compromisso com causas ambientais.

"Margherita Tracanelli é um desses seres humanos com coração e paixão," disse. "Para mim um bom líder, um verdadeiro líder é alguéwm que tem coração, que é compassivo e é apaixonado pelo que acredita, alguém que cuida dos pobres e dos desapossados deste planeta.

"Margherita é uma destas pessoas que se preocupa e é apaixonada com o ambiente, com o nosso planeta, com os estragos que causámos na nossa casa comum, a casa da humanidade, a casa dos nossos filhos."

A Srª Tracanelli tem ainda uma referência pessoal escrita à mão assinada pelo Sr Ramos Horta datada de 30 de Outubro de 1996.

The Age contactou o porta-voz para os media do Sr Ramos Horta, Joel Maria Pereira, ontem, em Dili numa tentativa para confirmar o elogio.

O Sr Pereira disse que não podia contactar o Sr Ramos Horta porque o Presidente estava em visita em partes regionais de Timor-Leste e só regressaria a Dili mais tarde nesta semana.

Mas a Srª Tracanelli disse que era uma grande amiga do Sr Ramos Horta, e que ele tinha escrito a nota no Domingo sabendo que seria tornada pública. "Disse-lhe que ia concorrer e ele disse 'votarei em ti'," disse ela.

"Normalmente não o usaria mas pensei que esta é uma ocasião em que devo usar todos os apoios."

A Srª Tracanelli disse que o Sr Ramos Horta sabe perfeitamente o significado de Bennelong ser o círculo eleitoral da casa do Primeiro-Ministro. Mas acrescentou que não há más vontades entre o Sr Ramos Horta e o Sr Howard.

"Ele diz que vale a pena porque compreende a questão de segurança das mudanças climáticas," disse ela.

A Srª Tracanelli tem também uma carta de referência de 2004 do antigo Chefe das Forças de Defesa Australianas General Peter Cosgrove relativa ao seu trabalho em Timor-Leste, mas tendo mais de três anos não endossa as suas ambições políticas de ganhar Bennelong.

No princípio deste ano, o Presidente dos USA George Bush disse que não pre-julgaria a decisão dos eleitores Australianos quando lhe perguntaram se a aliança da Austrália com os USA ficaria enfraquecida sob um governo do Labor de Rudd.

O Sr Ramos Horta tem ligações com muitos políticos Australianos. O Ministro dos Estrangeiros Alexander Downer descreveu-o antes como "um amigo" enquanto o antigo premier de Victoria do Labor Steve Bracks trabalha agora como conselheiro não pago do Governo Timorense.

A Coligação da Mudança Climática tem vários candidatos de alto perfil na NSW, com o guru da ciência Dr Karl Kruszelnicki na disputa do Senado, e o antigo vice-presidente da câmara de Sydney, Dixie Coultan, a disputar o lugar da câmara baixa de Wentworth contra o ministro do Ambiente Malcolm Turnbull.

3 comentários:

Anónimo disse...

Não fica bem o Presidente de um país interferir nas eleições de outro país, mesmo tendo em conta que se trata de uma mensagem pessoal enviada a uma pessoa com quem já trabalhou.

O problema é que a mensagem caíu no domínio público, algo que aconteceu com pleno assentimento de RH. A partir desse momento, a opinião pública não distingue o cidadão Ramos Horta do Presidente Ramos Horta.

Com efeito, Howard é que tem esse péssimo vício de meter o nariz onde não é chamado. Eu sou crítico de RH em muitos aspectos, mas não gostaria que, certamente por descuido, ele ficasse relacionado com esse tipo de político, pois acho que os seus defeitos não vão a esse ponto.

Anónimo disse...

Tradução:
Aprendeu com eles a meter-se na política interna de outros países...
The Age
Endosso: José Ramos Horta apoia Margherita Tracanelli.
Peter Ker
Novembro 6, 2007

Ramos Horta apoia rival de Howard em Bennelong

O Presidente de Timor-Leste José Ramos Horta entrou pesadamente na campanha das eleições federais de 2007 ao endossar com paixão uma opositora directa do Primeiro-Ministro John Howard no círculo eleitoral de Sydney, Bennelong.

Apesar dos líderes estrangeiros tradicionalmente se manterem arredados das políticas domésticas da Austrália, o Sr Ramos Horta deu o seu apoio a Margherita Tracanelli, que está a disputar Bennelong pela partido Coligação da Mudança Climática.

Num glamoroso email de louvor de 103 palavras, visto ontem pelo The Age, o Sr Ramos Horta disse que a Srª Tracanelli era "muito trabalhadora, articulada e eloquente".

Depois especulou sobre ela ganhar Bennelong, que o Sr Howard venceu pela diferença de 4.1 por cento.

"Ela será uma voz convincente (sic), poderosa no Parlamento Federal," disse. A Srª Tracanelli trabalhou para o Sr Ramos Horta em Timor-Leste como consultira de comunicações durante os anos 1990s.

Na declaração, que foi prefaciada com uma nota que dizia "Aqui vai, uma frase para si" e assinada com a letra "J", o Sr Ramos Horta louva a Srª Ms Tracanelli pelo seu compromisso com causas ambientais.

"Margherita Tracanelli é um desses seres humanos com coração e paixão," disse. "Para mim um bom líder, um verdadeiro líder é alguéwm que tem coração, que é compassivo e é apaixonado pelo que acredita, alguém que cuida dos pobres e dos desapossados deste planeta.

"Margherita é uma destas pessoas que se preocupa e é apaixonada com o ambiente, com o nosso planeta, com os estragos que causámos na nossa casa comum, a casa da humanidade, a casa dos nossos filhos."

A Srª Tracanelli tem ainda uma referência pessoal escrita à mão assinada pelo Sr Ramos Horta datada de 30 de Outubro de 1996.

The Age contactou o porta-voz para os media do Sr Ramos Horta, Joel Maria Pereira, ontem, em Dili numa tentativa para confirmar o elogio.

O Sr Pereira disse que não podia contactar o Sr Ramos Horta porque o Presidente estava em visita em partes regionais de Timor-Leste e só regressaria a Dili mais tarde nesta semana.

Mas a Srª Tracanelli disse que era uma grande amiga do Sr Ramos Horta, e que ele tinha escrito a nota no Domingo sabendo que seria tornada pública. "Disse-lhe que ia concorrer e ele disse 'votarei em ti'," disse ela.

"Normalmente não o usaria mas pensei que esta é uma ocasião em que devo usar todos os apoios."

A Srª Tracanelli disse que o Sr Ramos Horta sabe perfeitamente o significado de Bennelong ser o círculo eleitoral da casa do Primeiro-Ministro. Mas acrescentou que não há más vontades entre o Sr Ramos Horta e o Sr Howard.

"Ele diz que vale a pena porque compreende a questão de segurança das mudanças climáticas," disse ela.

A Srª Tracanelli tem também uma carta de referência de 2004 do antigo Chefe das Forças de Defesa Australianas General Peter Cosgrove relativa ao seu trabalho em Timor-Leste, mas tendo mais de três anos não endossa as suas ambições políticas de ganhar Bennelong.

No princípio deste ano, o Presidente dos USA George Bush disse que não pre-julgaria a decisão dos eleitores Australianos quando lhe perguntaram se a aliança da Austrália com os USA ficaria enfraquecida sob um governo do Labor de Rudd.

O Sr Ramos Horta tem ligações com muitos políticos Australianos. O Ministro dos Estrangeiros Alexander Downer descreveu-o antes como "um amigo" enquanto o antigo premier de Victoria do Labor Steve Bracks trabalha agora como conselheiro não pago do Governo Timorense.

A Coligação da Mudança Climática tem vários candidatos de alto perfil na NSW, com o guru da ciência Dr Karl Kruszelnicki na disputa do Senado, e o antigo vice-presidente da câmara de Sydney, Dixie Coultan, a disputar o lugar da câmara baixa de Wentworth contra o ministro do Ambiente Malcolm Turnbull.

Anónimo disse...

JUST PAYING BACK DEBTS FOR SERVICES RENDERED IN NTHE PROMOTION OF RAMOS HORTA AND HIS FUTURE POLITICAL CAREER.

* Written 10:41 pm Aug 15, 1993 by Margherita.Traca@f102.n6121.z90.pegasus.oz.au in igc:reg.easttimor */
/* ---------- "CNRM MEDIA RELEASE/Xanana" ---------- */
FROM: CNRMNSW@PEG.APC.ORG
DATE: 15TH Aug 1993
Newsgroup: reg:easttimor



CNRM: COMMUNIQUE DE PRESSE COMMUNICADO DE IMPRENSA
EAST TIMOR
CNRM "FREE XANANA IMMEDIATELY AND UNCONDITIONALLY"


RAMOS HORTA CALLS FOR SANCTIONS AGAINST INDONESIA


The Co-chairman of the CNRM Mr Jose Ramos Horta called from Geneva today for the immediate and unconditional release of East Timorese Resistance Leader Xanana Gusmao.


Commenting on the remission from life to 20 years on Xanana's life sentence Ramos Horta said,


"This is an affront to human dignity,
Xanana must be released immediately and unconditionally, we will step up our campaign for his release and for comprehensive sanctions against Indonesia"


The Indonesian authorities have engaged in a propganda campaign to alter their tarnished image among members of the international community. Their highly publicised recurring gross human rights violations are deeply embarrassing and now stand to threaten trade.


The Indonesian authorities have come under fire in the last few years from foreign governments,international human rights bodies and the UN.


The ploy to use ex terrorist Portuguese facists to assist with a Pro-Jakarta lobby is the most recent in a long line of flawed moves employed by the Suharto Regime, attempting to polish blackened and macabre human rights record.


Of the Portuguese facists, Jose Ramos Horta said,


"These people have become agents of Indonesian intelligence, terrorists responsible for bombings in 1975, and great supporters of Saddam Hussein.They have set up a Portuguese/ Iraqi friendship Association."


Carmel Budjardo of TAPOL claims this and other moves could signal the desperation on the part of the Indonesian authorities to gain some respect in the international community in the wake of mass publicity surrounding the failed Clinton Soeharto meeting where last month Clinton handed a letter to Soeharto signed by 43 US Senators condemming the situation in East Timor.


Budjardo said from Geneva "Offers of clemencies and remissions are a transparent attempt to ignore the fundamental truth, that the Indonesian authorities have no right under International Law to try East Timorese people, as they are illegally occupying East Timor.If the Indonesian authorities were genuine in their attempt to see the East Timor issue solved they would have commenced a "dialogue without pre-conditions" as set out in the CNRM peace plan."


Commenting on Xanana's rumoured move to Semarang prison CNRM leader Ramos Horta said,
"This move is in violation of the 4th Geneva Convention which is applicable to East Timor and Indonesia.
Article 49 states that individual or mass forcible transfers as well as deportaions of protected persons from occupied territory to the territory of the Occupying Power or to that of any other country, occupied or not are prohibited, regardless of their motive."



Margherita Tracanelli Sydney +61 2 3692676
Geneve'+41 22 733 6305
CNRM MEDIA & COMMUNICATIONS DIRECTOR
THE NATIONAL COUCIL OF MAUBERE RESISTANCE
END
o Regime, attempting to polish blackened and macabre human rights record.


Of theЂґwѕsЕo+@kХ@g4c6_ч[xW{SшOВ K@@@@@@@В Д wЋs-o+@kХ@g4c6_ч[xW{SшOВ K@@@@@@ЂґяяАyфяяцяя)@яя+@яяУ@яяХ@яя4яя6 яя]яячяящяяяяяяђяя’яяxяяzяя­яя@<­ЇяяяяЃяяцяяшяяВ яяД яяяя†яяЋяяђяя’яяїяяЧяяэяя(яя-яя/яяzяя­яя@<@Мe is in violation of the 4th Geneva Convention which is applicable to East Timor and Indonesia.
Article 49 stat@
0Roman 10cpior mass forcible transfers as well as deportaions of protected persons from occupied territory to the territo



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* Origin: CNRM (90:6121/102)
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Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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