segunda-feira, outubro 08, 2007

Public accountability, private protection

The Age
October 8, 2007

STEVE Bracks stepped down as Premier of Victoria in July with a well-deserved reputation for public and private probity. His personal reputation and his commitment to public service was later enhanced by his decision to act, without pay, as an adviser to East Timor's Prime Minister, Xanana Gusmao. Since his retirement from politics, Mr Bracks has taken other appointments with insurance company Jardine Lloyd Thompson, the AIMS Financial Group and the University of Melbourne.

But his decision to become a highly paid adviser to the major accountancy firm KPMG — he is rumoured to be being paid $100,00 a year for one day's work a week — raises questions about his judgement and, more broadly, about the kind of employment opportunities that are appropriate for politicians to pursue in the immediate aftermath of leaving office. While Mr Bracks has skills and experience that are highly sought after, and he is entitled to seek satisfying post-political employment, taking a job with a company that has been awarded more than $60 million worth of government contracts while he held the top job in Spring Street is injudicious.

While there may be, in reality, no conflict of interest, the public perception of a lucrative reward being given for past services or future influence is difficult to ignore. When premier, Mr Bracks' integrity had to be beyond reproach; as former premier, it must be seen to be so until he has put an acceptable distance between himself and the privileged information and access that came with his former job. The best way to ensure this, not only for Mr Bracks but for all other politicians who leave office and enter the private sector, is to legislate for the imposition of a cooling-off period during which ex-politicians would be barred from dealing with governments in areas of former responsibility. Variations of this measure — which benefit and protect the public and politicians — have been successfully introduced in Britain, the United States and Canada, and there is no reason why it cannot be done here.

2 comentários:

Anónimo disse...

Tradução:
Responsabilização pública, protecção privada
The Age
Outubro 8, 2007

STEVE Bracks saiu de Premier de Victoria em Julho com uma reputação bem merecida de integridade pública e privada. A sua reputação pessoal e o seu compromisso com o serviço público foi mais tarde reforçada com a sua decisão de agir, sem pagamento, como conselheiro do Primeiro-Ministro de Timor-Leste, Xanana Gusmão. Desde a sua retirada da política, o Sr Bracks aceitou outras nomeações com a companhia de seguros Jardine Lloyd Thompson, o Grupo Financeiro AIMS e a Universidade de Melbourne.

Mas a sua decisão de se tornar um conselheiro altamente pago pela firma gigante da contabilidade KPMG — fala-se que vai ser pago $100,00 por ano por um dia de trabalho por semana — levanta questões sobre o seu discernimento e, mais extensamente, acerca do tipo de oportunidades de emprego que são adequadas para os políticos procurarem no período imediatamente após saírem do executivo. Conquanto o Sr Bracks tenha habilitações e experiência que são altamente procuradas, e tenha o direito de tentar encontrar empregos satisfatórios depois da saída da política, aceitar um emprego numa companhia a quem foi entregue contractos de governo que valeram mais de $60 milhões enquanto ocupou o cargo de topo não é inteligente.

Conquanto possa não haver, na realidade, conflito de interesses, a percepção pública de estar a ser dado um prémio lucrativo por serviços passados ou futuros é difícil de ignorar. Quando premier, a integridade do SMr Bracks tinha de estar para além de censura; como antigo premier,devia assim ser vista até pôr uma distância aceitável entre ele próprio e a informação e acesso privilegiado que vai com o seu antigo cargo. A melhor maneira para assegurar isto, não apenas para o Sr Bracks mas para todos os políticos que saem do executivo para o sector privado, é legislar a imposição de um período de nojo durante o qual ex-políticos estarão impedidos de lidar com governos em áreas de antiga responsabilidade. Variações desta medida — que beneficie o público e protege o público e os políticos — têm sido introduzidas com sucesso na Grã-Bretanha, Estados Unidos e Canadá, e não há razão nenhuma para não se poder fazer aqui.

Anónimo disse...

Dear Malae Azul,

Steve Bracks is not doing his work as an adviser for Jose Alexandre Gusmao for free. He is being bankrolled by Harold Mitchel, a PR company millionaire in the order of at least AU$200,000 per year. This money is paid into the Xanana Trust.

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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