quinta-feira, outubro 18, 2007

Aussie soldiers accused of beating civilian guard

Herald Sun
Article from: AAP
By Jane Bunce
October 18, 2007 01:28am

ALLEGATIONS that six Australian soldiers beat a civilian Timorese security guard are baseless and false, the Defence Department says.

Fretilin, an East Timorese political party that lost power earlier this year, today in the country's Parliament recounted the allegations of the beating that supposedly occurred last Sunday, October 14.

Fretilin MP Antoninho Bianco cited claims made by security guard Abilio Fatima, 41, that two ADF vehicles containing about 12 soldiers pulled up about 10.30pm at a Government warehouse in the Dili suburb of Kintal Bot.

Six soldiers got out and ordered Fatima and the neighbours he was speaking with to go inside, according to the allegations.

Fatima explained through the soldiers' interpreter that he was on duty and should stay at his post.

He claimed he was attacked after he asked why the soldiers were concerned with ordinary citizens instead of fugitive rebel soldier Alfredo Reinado, who deserted the East Timorese military amid political unrest in 2006.

“Mr Fatima alleged that after he mentioned Reinado he was immediately struck with rifle butts many times in the head, upper arms and back, and then bitten on the right upper arm by a soldier's guard dog,” Fretilin said.

“Two of his neighbours were also assaulted and fled to their homes, but Mr Fatima stayed at his post.

“Next morning, Mr Fatima made a complaint to Fretilin MPs at Parliament House, and then went to the National Hospital for treatment, before going to the Dili Police Headquarters to register his complaint.”

A defence spokesperson said the claims were not true.

She said the commander of the Joint Task Force 631 in Timor, Brigadier John Hutcheson, had spoken to the local media to refute the allegations.

“(He) has stepped out today to fully refute the claims,” she said.

“The allegations ... are completely baseless and false.”

Fretilin used the allegations to call in Parliament today for a review of Australia's military presence.

It claimed the incident was “one of a string of incidents of ADF maltreatment of civilians”.

According to Fretilin, the President of the Parliament, Fernando Lasama Araujo, referred the matter to a parliamentary committee.

Fretilin MP Estanislau da Silva said the time had come to re-evaluate the presence of Australian soldiers, to make sure a sentiment of hostility that was building against the defence force did not “manifest itself in negative ways”.

“We have to act to prevent this from occurring, as we have had a history of this occurring with occupying armies in the past,” Mr da Silva said.


Tradução da Margarida:

Soldados Australianos acusados de agredirem guarda civil

Herald Sun
Artigo de: AAP
Por Jane Bunce
Outubro 18, 2007 01:28am

O Departamento da Defesa diz que alegações de que seis soldados Australianos agrediram um guarda de segurança Timorense não têm base e são falsas.

A Fretilin, o partido político Timorense que anteriormente perdeu o poder, contou hoje no Parlamento do país alegações de agressões que supostamente ocorreram no Domingo passado, 14 de Outubro.

O deputado da Fretilin Antoninho Bianco citou queixas feitas pelo guarda de segurança Abílio Fátima, de 41 anos, de que dois veículos da ADF contendo cerca de 12 soldados chegaram cerca das 10.30pm a um armazém do Governo em Kintal Bot, um subúrbio de Dili.

Seis soldados desmontaram e ordenaram a Fátima e a vizinhos com quem ele conversava para irem para dentro, de acordo com as alegações.

Fátima explicou através do intérprete dos soldados que estava de serviço e devia permanecer no seu posto.

Ele afirmou que foi atacado depois de ter perguntado porque é que os soldados estavam preocupados com cidadãos comuns em vez do soldado foragido amotinado Alfredo Reinado, que desertou das forças militares Timorenses no meio do desassossego político em 2006.

“O Sr Fátima alegou que depois de ter mencionado Reinado foi imediatamente agredido com os cabos das carabinas muitas vezes na cabeça, parte superior dos braços e costas, e que foi mordido na parte de cima do braço direito pelo cão de guarda de um soldado,” disse a Fretilin.

“Dois dos seus vizinhos foram também atacados e fugiram para as suas casas, mas o Sr Fátima ficou no seu posto.

“Na manhã seguinte, o Sr Fátima fez uma queixa a deputados da Fretilin no edifício do Parlamento e depois foi ao Hospital Nacional para tratamento, antes de ir ao Quartel da Polícia de Dili registar a sua queixa.”

Uma porta-voz da defesa diz que as queixas não são verdadeiras.

Disse que o comandante da Joint Task Force 631 em Timor, Brigadeirro John Hutcheson, tinha falado aos media locais para refutar as alegações.

“(Ele) avançou hoje a refutar totalmente as queixas,” disse ela.

“As alegações ... não tem qualquer base e são falsas.”

A Fretilin usou as alegações para pedir hoje no Parlamento a revisão da presença militar da Austrália.

Afirmou que o incidente foi “um duma fiada de incidente de mau tratamento da ADF a civis”.

De acordo com a Fretilin, o Presidente do Parlamento, Fernando Lasama Araújo, remeteu a matéria para uma comissão parlamentar.

O deputado da Fretilin Estanislau da Silva disse que chegara a altura de re-avaliar a presença dos soldados Australianos, para tornar certo que um sentimento de hostilidade se está a construir contra a força de defesa se não “manifeste ele próprio em maneiras negativas”.

“Temos de actuar para prevenir que isto ocorra, visto que tivemos uma história disto ter ocorrido com exércitos ocupantes no passado,” disse o Sr da Silva.

2 comentários:

Anónimo disse...

Tradução:
Soldados Australianos acusados de agredirem guarda civil
Herald Sun
Artigo de: AAP
Por Jane Bunce
Outubro 18, 2007 01:28am

O Departamento da Defesa diz que alegações de que seis soldados Australianos agrediram um guarda de segurança Timorense não têm base e são falsas.

A Fretilin, o partido político Timorense que anteriormente perdeu o poder, contou hoje no Parlamento do país alegações de agressões que supostamente ocorreram no Domingo passado, 14 de Outubro.

O deputado da Fretilin Antoninho Bianco citou queixas feitas pelo guarda de segurança Abílio Fátima, de 41 anos, de que dois veículos da ADF contendo cerca de 12 soldados chegaram cerca das 10.30pm a um armazém do Governo em Kintal Bot, um subúrbio de Dili.

Seis soldados desmontaram e ordenaram a Fátima e a vizinhos com quem ele conversava para irem para dentro, de acordo com as alegações.

Fátima explicou através do intérprete dos soldados que estava de serviço e devia permanecer no seu posto.

Ele afirmou que foi atacado depois de ter perguntado porque é que os soldados estavam preocupados com cidadãos comuns em vez do soldado foragido amotinado Alfredo Reinado, que desertou das forças militares Timorenses no meio do desassossego político em 2006.

“O Sr Fátima alegou que depois de ter mencionado Reinado foi imediatamente agredido com os cabos das carabinas muitas vezes na cabeça, parte superior dos braços e costas, e que foi mordido na parte de cima do braço direito pelo cão de guarda de um soldado,” disse a Fretilin.

“Dois dos seus vizinhos foram também atacados e fugiram para as suas casas, mas o Sr Fátima ficou no seu posto.

“Na manhã seguinte, o Sr Fátima fez uma queixa a deputados da Fretilin no edifício do Parlamento e depois foi ao Hospital Nacional para tratamento, antes de ir ao Quartel da Polícia de Dili registar a sua queixa.”

Uma porta-voz da defesa diz que as queixas não são verdadeiras.

Disse que o comandante da Joint Task Force 631 em Timor, Brigadeirro John Hutcheson, tinha falado aos media locais para refutar as alegações.

“(Ele) avançou hoje a refutar totalmente as queixas,” disse ela.

“As alegações ... não tem qualquer base e são falsas.”

A Fretilin usou as alegações para pedir hoje no Parlamento a revisão da presença militar da Austrália.

Afirmou que o incidente foi “um duma fiada de incidente de mau tratamento da ADF a civis”.

De acordo com a Fretilin, o Presidente do Parlamento, Fernando Lasama Araújo, remeteu a matéria para uma comissão parlamentar.

O deputado da Fretilin Estanislau da Silva disse que chegara a altura de re-avaliar a presença dos soldados Australianos, para tornar certo que um sentimento de hostilidade se está a construir contra a força de defesa se não “manifeste ele próprio em maneiras negativas”.

“Temos de actuar para prevenir que isto ocorra, visto que tivemos uma história disto ter ocorrido com exércitos ocupantes no passado,” disse o Sr da Silva.

Anónimo disse...

“The allegations ... are completely baseless and false.”

Gato escondido com o rabo de fora.

Como é que o Governo federal australiano pode ter tanta certeza de que as alegações são falsas, se nem sequer ainda efectuou qualquer diligência para averiguar o que se passou?

Parece-me é que a Austrália resolveu assumir que aprova toda e qualquer prepotência da sua soldadesca, desde que cometida em território timorense, em vez de nos atirar poeira para os olhos com supostas "investigações" que nunca se chegam a realizar. Alguém sabe quais as conclusões das "investigações" sobre a bandeira australiana içada em edifício público timorense? dos blindados em cima dos corais? do oficial de polícia obrigado a despir-se em plena rua? dos mortos no aeroporto?

O povo australiano saberá disto?

O que me enoja mais é a atitude subserviente de Xanana e Ramos Horta, que continuam a permitir que o seu povo seja humilhado e enxovalhado desta maneira por esses bárbaros que vieram do Sul.

E o resto dos governantes e deputados da Nação? Estão mudos e quedos. Não têm um vestígio de dignidade ou de amor-próprio? Será que são meros paus-mandados dos seus donos? Ou têm medo de perder os tachos?

E os críticos de outrora? Onde está a Ana Gomes? Perdeu o gás? Onde estão os editoriais inflamados no STL? Onde estão a Lusa e os jornais portugueses que tinham enviado repórteres a Timor-Leste (ou deverei dizer: no Hotel Timor)?

Haja vergonha!

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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