The Economist - August 9, 2007
The new government has a controversial birth and a shaky start
Dili - Ever since peaceful parliamentary elections on June 30th, an atmosphere of apprehension has hung over Timor-Leste's capital Dili. Neither the outgoing ruling party, Fretilin, nor the newly formed CNRT, led by Xanana Gusmão, hero of the resistance to Indonesian independence, won an outright majority. It was stalemate.
"If two buffaloes fight they will produce a baby called 'Crisis'", says José Belo, a journalist who spent his youth as a guerrilla fighting the Indonesian occupation and in prison. Like many others, he feels let down by the older generation of leaders. He had hoped Fretilin and CNRT would join a unity government.
So did José Ramos-Horta, president since winning elections in May. But his month-long attempt to broker an inclusive government failed. So on August 8th he ended the deadlock by swearing in Mr Gusmão, a long-term political ally and former president, as prime minister.
Mr Gusmão had forged a coalition with three other centre-left parties. Together they won a narrow 51% majority of the votes, and 37 of the 65 seats in parliament. Mr Gusmão's main rival, Mari Alkatiri, Fretilin's leader and a former prime minister, denounced Mr Ramos-Horta's decision. Fretilin, he said, would not co-operate with an "illegal and unconstitutional" government. The constitution is open to interpretation and he argues that Fretilin, as the party with the largest number of votes (29%), had the right to be asked first to form a government - even a minority one.
Fretilin said it will go to the villages and call on voters to fight the decision through non-violent means. But some of its supporters have already vented their anger on the streets. Groups of angry marauding young men armed with stones and slingshots ran amok, setting up roadblocks and torching buildings.
The country has been in a political limbo ever since last year when deadly clashes between rival factions in the security forces led to a total breakdown of law and order. Now security is mainly in the hands of United Nations police and Australian and New Zealand peacekeepers, who used teargas and rubber bullets to deter the crowds.
The new government will survive the violent protests. But the chances that it will last a full five-year term are slim. The coalition of parties is a loose alliance based on shared distrust of the clique that dominates Fretilin and on personal loyalty to Mr Gusmão.
But Mr Gusmão is no longer the trusted, unifying figure of the independence struggle of the 1990s. He still needs to prove himself at the head of an inexperienced government. One of the tests will be whether the estimated 100,000 displaced people, amounting to 10% of the population, many living in tented camps, feel safe enough to return home. But if Fretilin persists in its decision to obstruct the government, instability will persist. The fighting buffaloes are still at it.
domingo, agosto 12, 2007
Timor-Leste: Buffalo blues
Por Malai Azul 2 à(s) 04:20
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Traduções
Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006
"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
1 comentário:
Tradução:
Timor-Leste: Búfalo blues
The Economist - Agosto 9, 2007
O novo governo tem um parto controverso um começo instável
Dili – Desde as eleições legislativas pacíficas de 30 de Junho, uma atmosfera de apreensão tem pairado por cima da capital de Timor-Leste Dili. Nem o partido do poder, a Fretilin, de saída, nem o recentemente formado CNRT, liderado por Xanana Gusmão, herói da resistência da indepndência da Indonésia, ganhou uma maioria absoluta. Foi um empate.
"Se dois búfalos lutam produzirão um b´bé chamado 'Crise'", diz José Belo, um jornalista que passou a sua juventude na guerrilha lutando contra a ocupação Indonésia e na prisão. Como muitos outros, sente-se abandonado pela geração de líderes mais velhos . Esperava que a Fretilin e o CNRT s juntassem num governo de unidad .
Também o esperava José Ramos-Horta, presidente desde que ganhou as eleições em Maio. Mas a sua longa espera para negociar um governo inclusivo falhou. Assim em 8 de Agosto acabou com o impasse ao dar posse ao Sr Gusmão, como primeiro-ministro, um aliado político há longo tempo e antigo presidente.
O Sr Gusmão tinha acabado de forjar uma coligação com três outros partidos do centro-esquerda . Juntos ganharam uma estreita maioria de 51% dos votos, e 37 dos 65 lugares no parlamento. O principal rival do Sr Gusmão, Mari Alkatiri, líder da Fretilin e antigo primeiro-ministro, denunciou a decisão do Sr Ramos-Horta . A Fretilin, disse, não cooperará com um governo "ilegal e inconstitucional". A constituição é aberta a interpretação e ele argumenta que a Fretilin, sendo o partido com o maior número de votos (29%), tinha o direito d ser a primeira convidada para formar governo – mesmo um minoritário.
A Fretilin disse que irá para as aldeias e apelará aos eleitores para lutarem contra a decisão com meios não violentos. Mas alguns dos seus apoiantes já mostraram o seu descontentamento nas ruas . Grupos de jovens descontentes e armados com pedras e projécteis correram loucos, montando bloqueios de estradas e queimando edifícios.
O país tem estado num limbo político desde o ano passado quando confrontos mortais entre facções rivais nas forças de segurança levaram à ruptura total da lei e da ordem. Agora a segurança está principalmente nas mãos das Nações Unidas e de tropas Australianas e da Nova Zelândia, que usaram gás lacrimogénio balas d borracha para deter as multidões.
O novo governo sobreviverá os protestos violentos. Mas são mínimas as possibilidades de durar o mandato de cinco anos . A coligação dos partidos é uma aliança solta baseada na desconfiança partilhada do grupo que domina a Fretilin e na lealdade pessoal ao Sr Gusmão.
Mas o Sr Gusmão já não é mais a figura confiável, unificadora ida luta da independência dos anos de 1990s. Precisa ainda de provar à frente de um governo sem experiência. Um dos testes será s os calculados 100,000 deslocados, que são 10% da população, muitos a viverem em campos de tendas, s sentem suficientemente seguros para regressar a casa. Mas se a Fretilin persistir na sua decisão de obstruir o governo, persistirá a instabilidade. Os búfalos continuam a lutar.
Enviar um comentário