domingo, agosto 05, 2007

Critérios da comissão e da ONU são antagónicos

Blog Timor Lorosae Nação - 04-08-2007

A posição da ONU em relação aos crimes praticados em 1999 em Timor-Leste está a demonstrar ser cada vez mais antagónica às posições e declarações dos dirigentes timorenses mais destacados como Xanana Gusmão e Ramos Horta. Enquanto que os referidos dirigentes defendem o branqueamento das centenas de crimes praticados durante a violenta ruptura de Timor-Leste com a Indonésia a ONU já anunciou que boicotará a comissão de verdade criada para investigar aqueles centenas de mortes, a não ser que ponham de parte a pretensão de amnistiar as pessoas culpadas de violações aos direitos humanos.

Por meio de um comunicado divulgado ontem a ONU considera que “não pode endossar nem fechar os olhos a amnistias para culpados de genocídio, crimes contra a humanidade, crimes de guerra ou brutais violações dos direitos humanos, assim como não pode fomentar tais crimes”. Investigadores da ONU e do governo de Timor-Leste identificaram dezenas de suspeitos de perpetrar estupros, assassinatos e pilhagens ao longo de meses de derramamento de sangue, entre eles oficiais de alto escalão do Exército indonésio. Até hoje, porém, nenhum desses casos foi a julgamento.

Se o mandato do painel não for alterado a fim de obedecer aos padrões internacionais, funcionários das Nações Unidas "não testemunharão nem participarão de nenhuma espécie de apoio a esse trabalho", avisou a porta-voz Marie Okabe. Benyamin Mangkudilaga, presidente da comissão, disse hoje que nenhuma decisão sobre eventuais amnistias foi tomada ainda, mas não está descartada a possibilidade à concessão de tal benefício.

In Tarde Online/TLN

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Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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