sexta-feira, junho 22, 2007

Policies? Who needs them?

The Economist
UK

Taking turns
Jun 21st 2007 DILI
From The Economist print edition

Policies? Who needs them?

UNDER the slogan “We liberated the country...now we liberate the people,” Xanana Gusmão is campaigning tirelessly for Timor-Leste's first parliamentary election on June 30th. Mr Gusmão, leader of the resistance to Indonesian rule, was president from independence in 2002 until last month. That post is now filled by José Ramos-Horta, a Nobel peace-prize winner for his work in the exiled resistance. In the presidential election he easily defeated the candidate of the ruling party, Fretilin. Mr Gusmão now wants to succeed his old ally as prime minister.

Reuters

Xanana (front) and José: job-swappersMembers of his brand-new party, the National Congress for the Reconstruction of Timor-Leste (CNRT), are feverishly drafting a party constitution and programme. Mr Gusmão may well win even without them. The CNRT's rallies attract huge crowds. But its campaign relies solely on Mr Gusmão's charisma and on berating Fretilin for incompetence and corruption. The CNRT, whose name recalls the resistance coalition Mr Gusmão led in the late 1990s, does not even try to offer policies.

Mr Gusmão can count on the support of other opposition parties and the sympathy of the influential Catholic Church. All are keen to see the back of Fretilin, led by Mari Alkatiri, and dominated by his “Maputo clique” of former exiles in Mozambique. It is also beset by factionalism. One “Reform” faction has even joined Mr Gusmão's campaign and is urging its followers to vote for the CNRT. But Fretilin is still the party with the largest registered membership. Observers expect a neck-and-neck race with the CNRT. Members of the 65-seat parliament will be elected by proportional representation for a five-year term. Of the 14 parties or coalitions taking part only two others are expected to win many seats. They are more likely to join a CNRT-led coalition.

Campaigning has been fairly peaceful. But violence may be triggered by last-minute moves made by the Fretilin-dominated parliament. It changed the electoral law so that votes will now be counted in district towns rather than at each polling station. Ostensibly to prevent village-level intimidation, the change will bring an increase in allegations of vote-rigging. Since a breakdown of security last year the UN has again had a big presence in Timor-Leste, along with Australian-led peacekeepers. Fretilin does not trust them to guarantee security, though the presidential election was peaceful.

The new government will face daunting problems: a poor, malnourished population with the world's highest fertility rate; high unemployment; gang warfare between groups of disaffected youths; some 100,000 displaced people in camps; and an army deserter holed up with his well-armed followers in the mountains.

Yet it also will have more than $1.2 billion in oil revenue squirreled away. Mr Ramos-Horta, who constitutionally has no control over economic decisions, has been promoting Timor-Leste as a free-trade zone. He also wants to subsidise rice- and coffee-farming and to distribute some of the oil money in cash handouts to the poor. This fiscal populism alarms some observers, such as the International Crisis Group, a think-tank, which expects a CNRT administration to be more consultative and transparent than Fretilin, but questions its “professional skills”. Whichever party wins, an ICG report gloomily concludes, the result will be a much less unified government that is unlikely to be any more effective than its predecessor.

1 comentário:

Anónimo disse...

Tradução:
Políticas? Quem precisa delas?
The Economist
UK

Alternando
Jun 21 2007 DILI
Da edição impressa do The Economist

Policies? Who needs them?

Sob o slogan “Libertámos o país...agora libertamos o povo,” Xanana Gusmão está a fazer campanha sem descanso para as primeiras eleições legislativas de Timor-Leste em 30 de Junho. O Sr Gusmão, líder da resistência contra a governação Indonésia, foi presidente desde a independência em 2002 até ao mês passado. Naquele cargo está agora José Ramos-Horta, um laureado do Nobel pelo seu trabalho na resistência no exílio. Nas eleições presidenciais derrotou com facilidade o candidato do partido no poder, a Fretilin. O Sr Gusmão agora quer suceder ao seu velho aliado como primeiro-ministro.

Reuters

Xanana (frente) e José: troca de lugares. Membros do seu novo partido o CNRT, estão febrilmente escrever uma constituição e programa do partido. O Sr Gusmão pode bem ganhar mesmo sem eles. Os comícios do CNRT atraem grandes multidões. Mas a sua campanha assenta apenas no carisma do Sr Gusmão e nas críticas à Fretilin por incompetência e corrupção. O CNRT, cujo nome lembra a coligação da resistência que o Sr Gusmão liderou no final dos anos de 1990s, nem sequer tenta oferecer políticas.

O Sr Gusmão pode contar com o apoio dos outros partidos da oposição e a simpatia da influente igreja católica. Todos estão desejosos de ver a Fretilin pelas costas, liderada por Mari Alkatiri, e dominada pela sua “clique de Maputo” de antigos exilados em Moçambique. Está ainda acossada por fraccionismo. Uma facção “Reforma” juntou-se mesmo à campanha do Sr Gusmão e apela aos seguidores para votarem no CNRT. Mas a Fretilin é ainda o partido com o maior número de militantes. Os observadores esperam uma corrida ombro-a-ombro com o CNRT. Membros do parlamento de 65 lugares serão eleitos por representação proporcional para um mandato de cinco anos. Dos 14 partidos e coligações que estão em disputa apenas dois outros são esperados ganhar muitos lugares. Provavelmente juntar-se-ão a uma coligação liderada pelo CNRT.

A campanha tem sido razoavelmente pacífica. Mas a violência pode ser desencadeada por movimentações de última hora feitas pelo parlamento dominado pela Fretilin. Mudou a lei eleitoral de modo que os votos serão contados m cidades dos distritos em vez de em cada uma das estações de votação. Ostensivamente para prevenir intimidação a nível de aldeia, a mudança pode fazer aumentar as alegações de fraude eleitoral. Desde uma quebra da segurança no ano passado a ONU tem outra vez uma grande presença em Timor-Leste, juntamente com tropas lideradas pelos Australianos. A Fretilin não confia neles para garantir a segurança, contudo as eleições presidenciais foram pacíficas.

O novo governo enfrentará grandes problemas: uma população pobre, mal nutrida com a mais alta taxa de fertilidade do mundo; elevado desemprego; guerra de gangs entre grupos de jovens desmotivados; cerca de 100,000 pessoas em campos de deslocados; e um desertor das forças armadas escondido nas montanhas com os seus seguidores bem armados.

Contudo terá também mais de $1.2 biliões em rendimentos de petróleo bem guardados. O Sr Ramos-Horta, que constitucionalmente não tem qualquer controlo nas decisões económicas, tem andado a promover Timor-Leste como uma zona de comércio livre. Quer ainda subsidiar o cultivo do arroz e do café e distribuir algum do dinheiro do petróleo em entregas monetárias aos pobres. Este populismo fiscal alarma alguns observadores, como o ICG (International Crisis Group) uma organização que espera que a administração do CNRT seja mais consultante e transparente do que a da Fretilin, mas que questiona as suas “capacidades profissionais”. Seja qual for o partido que ganhe, um relatório do ICG conclui sombriamente que o resultado será muito menos um governo unificado que será provavelmente muito menos eficaz do que o seu antecessor.

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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