quinta-feira, maio 17, 2007

Acusações não substanciadas criam intranquilidade

Gabinete do primeiro-ministro

INFORMAÇÃO À COMUNICAÇÃO SOCIAL 16 DE MAIO DE 2007

Relatório de segurança da UNPOL desmente alegações da FRETILIN

O Governo de Timor-Leste teve conhecimento pelos Órgãos de Comunicação Social de acusações de dirigentes da Fretilin segundo as quais membros desse partido teriam sido alvo de intimidação, sofrendo prejuízos nas suas casas. As alegações invocam incidentes em Ermera, Liquisa, Baucau e Oe-cusse.

Ainda de acordo com essas notícias, haveria “militantes e apoiantes da Fretilin sob ataque em todo o país”. São citadas afirmações de dirigentes da Fretilin tentando associar apoiantes do Primeiro-Ministro e presidente eleito, José Ramos-Horta, aos referidos incidentes.

Assim, o Governo vem informar a opinião pública de que as lamentáveis insinuações não são corroboradas pelo relatório de segurança da UNPOL do período considerado.

Pelo contrário, os elementos de que a polícia dispõe desmentem cabalmente as alegações da direcção da Fretilin.

Sobre incidentes no dia 13 de Maio, em Ermera, lê-se no relatório da UNPOL:

“4 casas completamente ardidas na aldeia de Loblala, suspeitando-se ter sido causado por apoiantes da Fretilin liderados por Salsinha. As vítimas são apoiantes do PD/PSD. A investigação da UNPOL prossegue”.

Quanto a um incidente em Liquisa, ocorrido também a 13 de Maio, lê-se no relatório:

“Um homem foi esfaqueado após uma desavença familiar na aldeia de Kamalelara. A vítima está hospitalizada… O suspeito (da agressão) está preso”.

O relatório da UNPOL não regista incidentes de relevo em Baucau e apenas num caso, um incidente em Oe-cusse, se verifica ser alvo elemento da Fretilin.

Por outro lado, é relevante recordar que a Fretilin jamais denunciou, condenou ou, sequer, mencionou os graves incidentes de intimidação que obrigaram o povo assustado a refugiar-se na igreja local em Uatulari, Viqueque - uma zona conhecida por ter forte implantação de elementos radicais da Fretilin.

Perante os factos, o governo alerta o público para a necessidade de separar cuidadosamente o trigo do joio, a verdade da mentira, e assegura ao país que está tranquilamente determinado a manter a ordem e a segurança públicas.

Não existiu nem existe, felizmente, qualquer processo em curso, alvejando o partido Fretilin.

O governo está determinado em continuar a assegurar a paz e a tranquilidade públicas que têm sido a marca dos últimos meses, em nítido contraste com a situação que herdou quando tomou posse, no ano passado.

O governo continua a trabalhar para tornar Timor-Leste, cada vez mais, um lugar pacífico e aprazível e garantir condições para que os timorenses voltem a expressar livremente, numa atmosfera de paz e transparência, a sua vontade soberana, durante o acto eleitoral que se avizinha.

O governo apela a todos para que contribuam para construir uma atmosfera de paz e tolerância, evitando actos ou declarações irreflectidas e desnecessárias, susceptíveis de criar na opinião pública sentimentos de falsa insegurança e intranquilidade. - FIM.

1 comentário:

Anónimo disse...

Este Comunicado do Gabinete do Primeiro Ministro eh redigido de uma maneira substancialmente diferente daquela a nos habituou o mesmo Gabinete. Os outros comunicados comecavam invarialmente por " O Nobel da Paz e Primeiro Ministro Dr...." onde nao faltavam as citacoes do laureado PM. Mas para este comunicado, O Presidente Eleito e ainda PM esconde-se por tras do Governo para reagir a uma comunicacao emitida pelo Partido do Governo que ele formalmente ainda lidera. No fundo O Presidente Eleito ainda pensa como candidato. No fundo ainda, eh o candidato que reage e nao o Governo. Quando lhe da jeito fala em nome do Governo, quando nao fala em nome proprio e esquece o Governo!

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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