domingo, março 04, 2007

Timor-Leste: mortos e feridos no ataque australiano, Alfredo Reinado ferido e preso

04.03.2007 - 00h19 PUBLICO.PT

O ataque australiano contra o major Alfredo Reinado, em Same (Timor-Leste), fez mortos e feridos, em número indeterminado, segundo informação do deputado Leandro Isaac, que se encontra no local.

Alfredo Reinado ficou ferido e foi capturado pelas forças australianas, segundo adiantou fonte policial à TSF.

Em declarações à rádio TSF, Leandro Isaac disse que há militares australianos na rua em Same, no sul do país, e que o ataque envolveu helicópteros, aviões, tanques de guerra e forças especiais.

Manifestou-se convicto de que a situação “vai complicar-se”. Segundo Issac, "a guerra foi declarada" por Ramos-Horta.

Há também relatos de tensão em Díli após o ataque a Same. Ataques com armas de fogo, apedrejamentos e barreiras de estrada começaram em vários pontos da cidade, pouco depois do início da operação das tropas australianas contra Alfredo Reinado, noticia a Lusa citando fonte policial.

57 comentários:

Anónimo disse...

Leandro Isaac é um criminoso, oportunista e um provocante. Podiam lhe ter morto e assim resolverá muitas problemas.

Anónimo disse...

The Associated Press
Published: March 3, 2007

DILI, East Timor: International security forces backed by helicopters raided a rebel hide-out in East Timor early Sunday and killed four suspected insurgents, officials said, though their leader escaped.

Australian-led forces had been surrounding Alfredo Reinado's base in the mountain town of Same since last week. The rebel leader, who fled the army last year and is wanted for his alleged role in deadly clashes that brought down the government, has ignored repeated calls to turn himself in.

"The international security forces are continuing to hunt for him," President Xanana Gusmao told reporters after acknowledging that Reinado escaped capture in the pre-dawn raid. "If he surrenders, the country will treat him well."

East Timor, one of the world's youngest and poorest nations, is struggling to regain stability after factional fighting between armed forces spilled into the streets of the capital, Dili, last year, killing at least 37 people and sending 155,000 fleeing from their homes.

Relative calm was restored with the arrival of foreign peacekeepers and the installation of a new government.

Anónimo disse...

Troops kill 4 in hunt for Reinado

The Defence Department says Australian troops have killed four armed East Timorese men when they stormed the former stronghold of rebel leader Alfredo Reinado.

Reinado has evaded capture after International Security Force (ISF) troops entered the town of Same this morning.

The rebel leader has been holed up in the town, south of the capital Dili, since last week.

He has been on the run since he escaped from prison last August.

The Department says operations will continue until Reinado is arrested.

"Searches are under way, including helicopter surveillance, road blocks and vehicle and foot patrols for Reinado and associates," a statement said.

The Department says shots have been fired during the operation but no members of the International Security Force (ISF) have been killed or injured.

"Four armed Timorese men were killed during the operation when they posed an immediate threat to the lives of the ISF members involved," it said.

The statement says reports of a helicopter crash are false.

It says the ISF will be increased but does not say by how many Australian troops.

There has also been unrest in the East Timorese capital, Dili.

Reports from the capital say shots have been heard since early this morning, the Ministry of Education building has been razed and three cars have been torched.

Reinado, a former Army major, has been partly blamed for last year's unrest, which led to around 37 people being killed and more than 150,000 fleeing their homes

Australian and United Nations security officials in Dili say they fear the outbreak of widespread violence if the Australian soldiers kill or injure the rebel leader.

- ABC/AFP

http://www.abc.net.au/news/newsitems/200703/s1862484.htm

Anónimo disse...

Quatro revoltosos mortos nos combates
Timor-Leste: Exército australiano confirma que major Reinado está em fuga
04.03.2007 - 08h08 Lusa

O brigadeiro australiano Mal Rerden confirmou hoje que o major Alfredo Reinado se encontra em fuga, não precisando com quantos elementos do seu grupo revoltoso, nem se transporta armas consigo.
"Quatro timorenses armados foram mortos", disse o comandante das forças australianas em Timor-Leste que procuram capturar Alfredo Reinado. "Não o temos", disse. "A operação continua."

O Presidente timorense Xanana Gusmão já tinha confirmado, momentos antes, que Reinado se encontra em fuga. O chefe de Estado apelou ao militar que se entregasse, garantindo que "o Estado não volta atrás".

Numa comunicação feita em tétum, especialmente dirigida aos jovens timorenses e aos de Same - local de refúgio de Alfredo Reinado - Xanana Gusmão comparou o seu percurso militante com o de Alfredo Reinado para que os j ovens digam se é Reinado o herói e ele, Xanana, o traidor. "Como é?", perguntou Xanana, a cada passo da comparação, feita desde 1975 até aos dias de hoje.

O Presidente timorense advertiu que "o Estado não volta atrás" e apelou a Reinado que entregue as armas e se entregue a si próprio.

Anteriormente, uma fonte oficial tinha afirmado à Lusa que Reinado está em fuga com sete membros do seu grupo, perseguidos por forças australianas, tendo-se registado quatro mortos e dois feridos entre os revoltosos.
http://www.publico.clix.pt/shownews.asp?id=1287296&idCanal=18

Anónimo disse...

Correio da Manhã, 2007-03-04 - 00:00:00
Same: Míssil de um helicóptero Black Hawk inicia operação
Austrália lança assalto a Reinado

As tropas australianas das Forças de Estabilização Internacionais (ISF) desencadearam ontem um ataque contra Alfredo Reinado, entrincheirado em Same e ocuparam o antigo mercado no centro da cidade, segundo adiantou o deputado independente Leandro Isaac, que se encontrava ontem junto ao militar revoltoso. Pouco tempo depois do início da operação militar australiana registaram-se na capital, Díli, vários ataques com armas de fogo.

Segundo relato do deputado Isaac, o ataque em Same, que terá ocorrido pelas duas horas da madrugada em Timor-Leste (17h00 de sábado em Portugal), iniciou-se com “helicópteros e infantaria”. “Dispararam um míssil de um helicóptero contra a área onde estamos”, acrescentou.

Mais tarde, o comandante das forças australianas destacadas em Timor-Leste, brigadeiro australiano Mal Rerden, confirmou que o major Reinado se encontrava em fuga e que tinham sido mortos quatro timorenses armados que o acompanhavam. Também esta noite, o Presidente Xanana Gusmão falou ao país sobre a situação, para advertir que "o Estado não volta atrás" e apelar ao major rebelde que deponha as armas e se entregue.

Recorde-se que Alfredo Reinado, fugido de uma prisão de Díli desde 30 de Agosto do ano passado, encontra-se desde terça-feira cercado em Same, ocupando com os seus homens a colina onde se situa a antiga casa do administrador de posto. A fuga de Reinado surgiu após o presidente timorense, Xanana Gusmão, ter autorizado uma operação de captura do major, um dia depois de o militar fugitivo ter assaltado três postos da Polícia de Fronteira no Sudoeste do país. “Reinado passou dos limites”, declarou na ocasião Xanana numa comunicação ao país.

A área do mercado que foi atacada pelas ISF, segundo Leandro Isaac, “era onde estava concentrada a população”. Antes do ataque, helicópteros Black Hawk e aviões australianos sobrevoaram a baixa altitude as posições do major Alfredo Reinado e reduziram o perímetro, tendo ficado apenas a 200 ou 300 metros do local onde está refugiado o militar.

Antes do ataque, Leandro Isaac, que tem falado à imprensa como porta-voz do oficial rebelde, tinha afirmado que o conflito entre o militar e as autoridades poderia terminar sem o derrame de sangue. “Se o Estado ou o governo consideram que não podem voltar atrás nas suas decisões, não posso prever o que pode acontecer”, acrescentou.

O receio do aumento da violência em Timor foi de algum modo confirmado pouco depois do assalto em Same, com vários tumultos a eclodirem em Díli, onde se registaram vários ataques com armas de fogo e apedrejamentos, nomeadamente contra o edifício do Ministério da Educação.

Fonte da secretaria de Estado das Comunidades Portuguesas adiantou ontem ao CM que em Same “não se encontra nenhum português” e que “os que lá estavam [professores] foram retirados do local atempadamente”. O secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, António Braga, garantiu, por sua vez, que os portugueses em Timor-Leste estão em segurança.

SOLTAS

AEROPORTO

As tropas australianas das Forças de Estabilização Internacionais foram reforçadas na sexta-feira com mais de cem elementos da unidade de elite SAS (Special Air Service). No aeroporto de Díli, registaram-se aterragens de aviões de grande envergadura, incluindo, uma dezena de Hércules C-130.

GUERRA CIVIL

O governo australiano receia que o desfecho do caso Reinado, no caso de ele ser morto, desencadeie uma escalada de violência que, vista de Camberra, pode acabar numa nova guerra civil. O major rebelde advertiu que “milhares de pessoas” se “levantarão violentamente” no caso dele ser morto. “Haverá guerra civil”, ameaçou Alfredo Reinado.
http://www.correiomanha.pt/noticia.asp?id=233226&idselect=91&idCanal=91&p=200

Anónimo disse...

Correio da Manhã, 2007-03-04 - 00:00:00
Same: Míssil de um helicóptero Black Hawk inicia operação
Austrália lança assalto a Reinado

As tropas australianas das Forças de Estabilização Internacionais (ISF) desencadearam ontem um ataque contra Alfredo Reinado, entrincheirado em Same e ocuparam o antigo mercado no centro da cidade, segundo adiantou o deputado independente Leandro Isaac, que se encontrava ontem junto ao militar revoltoso. Pouco tempo depois do início da operação militar australiana registaram-se na capital, Díli, vários ataques com armas de fogo.

Segundo relato do deputado Isaac, o ataque em Same, que terá ocorrido pelas duas horas da madrugada em Timor-Leste (17h00 de sábado em Portugal), iniciou-se com “helicópteros e infantaria”. “Dispararam um míssil de um helicóptero contra a área onde estamos”, acrescentou.

Mais tarde, o comandante das forças australianas destacadas em Timor-Leste, brigadeiro australiano Mal Rerden, confirmou que o major Reinado se encontrava em fuga e que tinham sido mortos quatro timorenses armados que o acompanhavam. Também esta noite, o Presidente Xanana Gusmão falou ao país sobre a situação, para advertir que "o Estado não volta atrás" e apelar ao major rebelde que deponha as armas e se entregue.

Recorde-se que Alfredo Reinado, fugido de uma prisão de Díli desde 30 de Agosto do ano passado, encontra-se desde terça-feira cercado em Same, ocupando com os seus homens a colina onde se situa a antiga casa do administrador de posto. A fuga de Reinado surgiu após o presidente timorense, Xanana Gusmão, ter autorizado uma operação de captura do major, um dia depois de o militar fugitivo ter assaltado três postos da Polícia de Fronteira no Sudoeste do país. “Reinado passou dos limites”, declarou na ocasião Xanana numa comunicação ao país.

A área do mercado que foi atacada pelas ISF, segundo Leandro Isaac, “era onde estava concentrada a população”. Antes do ataque, helicópteros Black Hawk e aviões australianos sobrevoaram a baixa altitude as posições do major Alfredo Reinado e reduziram o perímetro, tendo ficado apenas a 200 ou 300 metros do local onde está refugiado o militar.

Antes do ataque, Leandro Isaac, que tem falado à imprensa como porta-voz do oficial rebelde, tinha afirmado que o conflito entre o militar e as autoridades poderia terminar sem o derrame de sangue. “Se o Estado ou o governo consideram que não podem voltar atrás nas suas decisões, não posso prever o que pode acontecer”, acrescentou.

O receio do aumento da violência em Timor foi de algum modo confirmado pouco depois do assalto em Same, com vários tumultos a eclodirem em Díli, onde se registaram vários ataques com armas de fogo e apedrejamentos, nomeadamente contra o edifício do Ministério da Educação.

Fonte da secretaria de Estado das Comunidades Portuguesas adiantou ontem ao CM que em Same “não se encontra nenhum português” e que “os que lá estavam [professores] foram retirados do local atempadamente”. O secretário de Estado das Comunidades Portuguesas, António Braga, garantiu, por sua vez, que os portugueses em Timor-Leste estão em segurança.

SOLTAS

AEROPORTO

As tropas australianas das Forças de Estabilização Internacionais foram reforçadas na sexta-feira com mais de cem elementos da unidade de elite SAS (Special Air Service). No aeroporto de Díli, registaram-se aterragens de aviões de grande envergadura, incluindo, uma dezena de Hércules C-130.

GUERRA CIVIL

O governo australiano receia que o desfecho do caso Reinado, no caso de ele ser morto, desencadeie uma escalada de violência que, vista de Camberra, pode acabar numa nova guerra civil. O major rebelde advertiu que “milhares de pessoas” se “levantarão violentamente” no caso dele ser morto. “Haverá guerra civil”, ameaçou Alfredo Reinado.
http://www.correiomanha.pt/noticia.asp?id=233226&idselect=91&idCanal=91&p=200

Anónimo disse...

Forças australianas desencadeiam ataque contra posições de Reinado
Diário de Notícias, 04/03/07

Forças australianas terão desencadeado ontem à noite um ataque contra as posições ocupadas pelo major Reinado desde há uma semana na localidade de Same, 80 quilómetros a sul de Díli.

Pouco depois, estalaram distúrbios em vários pontos da capital timorense, ouvindo-se disparos e tendo sido atacados com pedras vários edifícios oficiais, segundo a agência Lusa. Esta agência garante que, após uma ronda de contactos telefónicos, nenhum elemento da comunidade portuguesa em Díli fora visado naquelas acções. Por seu lado, a missão da ONU no território alertara o seu pessoal já de madrugada, através de mensagens de telemóvel, para permanecer nas respectivas habitações, com as "luzes apagadas" e "longe de portas e janelas".

A violência em Díli começou pouco depois de ser conhecida a notícia do ataque australiano às posições de Alfredo Reinado e do seu grupo em Same, uma informação originalmente veiculada à Lusa pelo deputado independente Leandro Isaac, presente na localidade. A agência portuguesa notava, contudo, que não era possível obter confirmação do sucedido por uma fonte independente ou pelo comando australiano.

Isaac garantiu que as forças australianas tinham reduzido o perímetro de cerco, encontrando-se agora "a 200 ou 300 metros". Quando iniciaram o cerco no início da semana, tinham-se posicionado a cerca de um quilómetro. Após ter transmitido aquela informação, tornou-se impossível estabelecer novo contacto por telemóvel com o deputado.

Para o final da manhã de hoje (hora de Lisboa), está prevista uma alocução do Presidente timorense, Xanana Gusmão. Este pedira há dois dias aos media timorenses para evitarem referir-se aos acontecimentos em Same, tendo sido igualmente restringidas as deslocações de jornalistas para a região.

Reinado, que se evadiu de uma cadeia de Díli em Agosto, está a monte desde então, não se coibindo de pronunciar-se sobre a situação política e de lançar acusações a Xanana e ao primeiro-ministro, Ramos Horta.

Reinado foi cercado por forças australianas na passada segunda-feira, depois de Xanana ter autorizado uma operação para a sua captura com o argumento de que o foragido e o seu grupo assaltaram um posto de polícia, apoderando-se de armas e munições. A chegada a Díli, de sexta para sábado, de uma unidade de operações especiais australiana indicava que poderia estar iminente o ataque a Same.

O ex-militar, em declarações aos media da Austrália, garantia ontem que não estava na sua índole render-se ou fugir. "Nunca me renderei em nome dos interesses do Presidente ou do primeiro-ministro. Só no interesse do povo", disse Reinado.
http://dn.sapo.pt/2007/03/04/internacional/forcas_australianas_desencadeiam_ata.html

Anónimo disse...

Forças australianas desencadeiam ataque contra posições de Reinado
Diário de Notícias, 04/03/07

Forças australianas terão desencadeado ontem à noite um ataque contra as posições ocupadas pelo major Reinado desde há uma semana na localidade de Same, 80 quilómetros a sul de Díli.

Pouco depois, estalaram distúrbios em vários pontos da capital timorense, ouvindo-se disparos e tendo sido atacados com pedras vários edifícios oficiais, segundo a agência Lusa. Esta agência garante que, após uma ronda de contactos telefónicos, nenhum elemento da comunidade portuguesa em Díli fora visado naquelas acções. Por seu lado, a missão da ONU no território alertara o seu pessoal já de madrugada, através de mensagens de telemóvel, para permanecer nas respectivas habitações, com as "luzes apagadas" e "longe de portas e janelas".

A violência em Díli começou pouco depois de ser conhecida a notícia do ataque australiano às posições de Alfredo Reinado e do seu grupo em Same, uma informação originalmente veiculada à Lusa pelo deputado independente Leandro Isaac, presente na localidade. A agência portuguesa notava, contudo, que não era possível obter confirmação do sucedido por uma fonte independente ou pelo comando australiano.

Isaac garantiu que as forças australianas tinham reduzido o perímetro de cerco, encontrando-se agora "a 200 ou 300 metros". Quando iniciaram o cerco no início da semana, tinham-se posicionado a cerca de um quilómetro. Após ter transmitido aquela informação, tornou-se impossível estabelecer novo contacto por telemóvel com o deputado.

Para o final da manhã de hoje (hora de Lisboa), está prevista uma alocução do Presidente timorense, Xanana Gusmão. Este pedira há dois dias aos media timorenses para evitarem referir-se aos acontecimentos em Same, tendo sido igualmente restringidas as deslocações de jornalistas para a região.

Reinado, que se evadiu de uma cadeia de Díli em Agosto, está a monte desde então, não se coibindo de pronunciar-se sobre a situação política e de lançar acusações a Xanana e ao primeiro-ministro, Ramos Horta.

Reinado foi cercado por forças australianas na passada segunda-feira, depois de Xanana ter autorizado uma operação para a sua captura com o argumento de que o foragido e o seu grupo assaltaram um posto de polícia, apoderando-se de armas e munições. A chegada a Díli, de sexta para sábado, de uma unidade de operações especiais australiana indicava que poderia estar iminente o ataque a Same.

O ex-militar, em declarações aos media da Austrália, garantia ontem que não estava na sua índole render-se ou fugir. "Nunca me renderei em nome dos interesses do Presidente ou do primeiro-ministro. Só no interesse do povo", disse Reinado.
http://dn.sapo.pt/2007/03/04/internacional/forcas_australianas_desencadeiam_ata.html

Anónimo disse...

Australian troops storm East Timor rebel's stronghold: witness Sat Mar 3, 10:13 PM ET



Australian troops backed by tanks, helicopters and airplanes have stormed the East Timor town where a rebel leader is holed up, entering his stronghold, a witness said on Sunday.

Residents were fleeing the town of Same, where Major Alfredo Reinado has been under siege for several days, a local radio correspondent told AFP.

"Gunshots were heard between 2:00 and 4:00 am this morning but it is not yet clear who fired those shots. Australian troops already have control over the town," Julio Guterres said.

"Australian soldiers have already entered the place where Major Reinado and his men were holed up and are now strongly guarding the town of Same," he added.

Reinado, who led a band of breakaway soldiers last April and May when battles between security factions degenerated into rampant gang violence, has been under siege here along with 150 heavily armed supporters since Sunday.

Guterres said there was no immediate information on the whereabouts or fate of Reinado and his men, as no one was allowed near the former rebel stronghold.

He added that many residents are fleeing the town because of the gunshots, but gave no more details. At least two tanks, planes and helicopters were deployed in the attack, he said.

Non-local journalists have been barred entry to the town 50 kilometres (30 miles) south of the capital, Dili, by security forces surrounding it.

Australian and United Nations security officials in Dili fear the outbreak of widespread violence, possibly even civil war, if Australian soldiers kill or injure the rebel leader.

Reinado was jailed over his role in the unrest that led to an Australian-led International Stabilisation Force (ISF) being called in last year, but escaped in a mass breakout from a Dili prison in August.

East Timorese President Xanana Gusmao gave international forces the green light for Reinado's capture after accusing him of stealing firearms from police posts last Sunday.

Reinado, the Australian-trained former head of East Timor's military police, has warned that if anything happened to him "people will rise up in their thousands," according to an Australian media report.

He backed down from vowing to fight to his death as the standoff developed last week, but on Friday he refused to negotiate with a senior government official by telephone, demanding face-to-face talks.

Up to 100 elite Australian troops were flown in as the stand-off escalated, according to Australian media reports.

In last year's violence, around 37 people were killed and more than 150,000 fled their homes. The government then asked for international help and Australian-led peacekeepers were dispatched.

In recent weeks there has been sporadic outbreaks of turmoil with two men hacked to death in late January and Australian soldiers shooting dead two youths who allegedly fired at them with steel arrows.

Anónimo disse...

East Timor rebel escapes as troops launch raid By Lirio da Fonseca
2 hours, 46 minutes ago



An Australian-led international peacekeeping force launched a raid to capture East Timor rebel Alfredo Reinado on Sunday, killing four people, an Australian commander said.

Reinado, who led a revolt that plunged the tiny nation into chaos last May, evaded capture and denied any of his men had been killed.

"This morning international security forces did conduct military operations in Same, south of the capital Dili, to apprehend Alfredo Reinado. At this stage we have not apprehended him," Australia's Defense Department said.

"There was no ISF (international security force) member killed

Anónimo disse...

Díli, 4 mar (EFE).- O presidente do Timor Leste, Xanana Gusmão, confirmou hoje que quatro pessoas morreram durante uma operação das forças australianas para deter o militar rebelde Alfredo Reinado, que conseguiu fugir e está em paradeiro desconhecido.

Gusmão, que não identificou as vítimas, disse que o fato aconteceu esta noite, quando forças especiais australianas entraram no povoado de Same, 50 quilômetros ao sul de Díli, onde Reinado estava escondido.

Outras fontes asseguram que os quatro mortos eram homens de Reinado, que cobriram sua fuga respondendo ao fogo dos australianos.

Anteriormente à confirmação de Gusmão, o site "Timor Online", citando o congressista Leandro Isaac, informou da morte de um número indeterminado de pessoas durante a operação do Exército australiano, que utilizou helicópteros e dois tanques.

Ao falar com a imprensa em Díli, Gusmão pediu a Reinado que se renda. Nesta semana, ele ordenou às forças internacionais e da ONU presentes no Timor que iniciassem uma operação para sua captura.

A ordem aconteceu um dia depois de Reinado e seus homens atacarem diversos postos policiais na fronteira com a Indonésia e levarem aproximadamente 20 armas de fogo.

Após o ataque, a Indonésia fechou sua fronteira com a ex-colônia portuguesa, a pedido do Governo do Timor.

Reinado foi um dos 599 militares expulsos do Exército em março de 2006 por insubordinação. Ele era mais um dos que pediam melhores condições de trabalho e denunciavam nepotismo dentro da força.

Em resposta, os homens expulsos levaram seus protestos às ruas, gerando uma onda de violência que teve como saldo 30 mortos, 150.000 refugiados e a renúncia do então primeiro-ministro do país, Mari Alkatiri, que deixou o cargo em junho.

Reinado foi detido por posse ilegal de armas, mas escapou da prisão em agosto. EFE flg dp

Anónimo disse...

Prenderam mesmo o Reinado? Duvido...
Para bem do sofredor Povo de Timor-Leste, silenciem de vez esse palhaço vaidoso armado em Rambo!

Anónimo disse...

Timor:Reinado continua em fuga, Díli teve noite violenta
Benjamin Marty não esperava que a sua noite de sábado incluísse uma ameaça de assalto à casa e escritório, evacuação debaixo de tiro dentro de um blindado da GNR e, por fim, um magnífico naco de vaca assada no espeto.

Foi a tudo isso que Marty teve direito na madrugada de domingo, à mesma hora em que o major Alfredo Reinado conseguia iludir o cerco das tropas australianas em Same, em Timor-Leste, e fugia «a pé» das Forças de Estabilização Internacionais (ISF).

Cerca da 01:00 de domingo (16:00 de sábado em Lisboa), tropas das ISF apoiadas por helicópteros lançaram o ataque contra as posições do grupo de Alfredo Reinado, usando reforços de tropas de elite chegadas da Austrália nas últimas 48 horas.

No ataque, considerado «um sucesso» pelo brigadeiro- general Mal Rerden, comandante das ISF, foram mortos quatro «timorenses armados» e feridos outros dois.

As ISF fizeram um número ainda indeterminado de detenções.

Pouco depois, numa questão de minutos, vários incidentes estalaram em simultâneo em diferentes bairros de Díli, com estradas cortadas por pneus em fogo, pedras ou árvores abatidas, apedrejamento de viaturas, casas incendiadas e combates de rua entre grupos rivais.

O bairro de Vila Verde, em pleno centro da cidade, foi um dos mais afectados, com instalações do ministério da Educação (um auditório e o armazém) a serem consumidas pelas chamas até ao amanhecer, sem que ninguém acudisse.

Benjamin Marty, gestor financeiro do Conselho Norueguês dos Refugiados em Timor-Leste, vive e trabalha em Vila Verde, na rua que liga o Bairro da Cooperação Portuguesa ao quartel-general da missão internacional das Nações Unidas (UNMIT).

«Quando vi uma multidão começar a bater no portão, não fiquei muito preocupado mas liguei ao meu chefe, que me disse para me manter calmo», contou horas depois à Lusa.

«Dez minutos depois, vejo chegar a GNR, a disparar munições de borracha à esquerda e à direita», recorda o financeiro do NRC.

«Gritaram e pediram-me para abrir o portão, mas de início nem percebi o que queriam, porque não falo português. Em poucos minutos, já estava dentro de um blindado, a Guarda saiu dali com a mesma velocidade com que tinha entrado, sempre a disparar, com um tipo a desviar-se das barricadas com muita perícia», acrescentou Benjamin Marty.

Benjamim Marty afirmou-se «espantado com o profissionalismo» com que a GNR agiu, mostrando-se descontente com a inacção dos elementos da Polícia das Nações Unidas (UNPol).

«Há UNPol à frente a ao lado da minha casa, os carros-patrulha estiveram sempre parados e os polícias não fizeram nada», criticou o gestor da NRC, adiantando que os elementos da Polícia das Nações Unidas também não reagiram «horas antes quando algumas pessoas começaram a queimar dois ou três pneus, a bater o metal para chamar os outros e a ´aquecer` com bebida».

«Nem sequer se mexeram quando um tipo bêbedo passou a correr todo nu e começou a partir coisas», acrescentou Marty.

Um oficial da GNR declarou à Lusa que, numa situação excepcional e num cenário inverosímil, «o subagrupamento Bravo teve na rua os seus três pelotões operacionais em permanência, durante sete horas».

Os incidentes, com disparos de armas de fogo em diferentes locais, foram mais graves em Taibessi, em redor do Cemitério Chinês, Bairro Pité, Vila Verde e à entrada do quartel-general da UNMIT, o perímetro de casernas e escritórios conhecidos como Obrigado Barracks.

Cerca das 07:00, quando se tornou possível efectuar uma ronda de carro pela cidade, Díli revelava as sequelas da madrugada violenta, com muitas ruas da periferia intransitáveis com os restos das barricadas.

Em Banana Road, uma das principais artérias que atravessa a cidade, um grupo de jovens fazia guarda a uma grande retrato de Alfredo Reinado, «pinado em Ermera», segundo explicou à Lusa um homem que disse estar disposto a defender o seu «herói».

«Nós somos defensores do major Alfredo, herói da justiça. Estamos prontos a morrer para o defender», declarou o homem.

Em áreas como Taibessi, há vários dias que os postes de iluminação e algumas árvores ostentam cartazes e faixas que glorificam Alfredo Reinado.

Foi para esta juventude que cultiva a figura de Reinado que o Presidente Xanana Gusmão dirigiu uma comunicação gravada a meio do dia no Palácio das Cinzas.

Xanana Gusmão, num discurso ríspido e com expressão muito dura, comparou o seu percurso com o de Reinado, recordando a sua luta na Resistência e a curta carreira do jovem major e interrogando a qualidade de «aswain» (herói, bravo) atribuída a Reinado.

«Esta biografia não demonstra que Alfredo é o ´aswain` e eu, Xanana, sou o grande traidor do povo ou do Rai Lulik Timor Lorosa´e», a terra sagrada de Timor-Leste.

O presidente sublinhou que «o Estado não volta atrás nas suas decisões» e dirigiu-se ao militar fugitivo:

«O caminho é só um, entregar as armas e entregarem-se todos», disse.

De outros episódios se fez a madrugada de domingo, como a resposta dos 15 oficiais da PSP que, instalados no Hotel Elizabeth 2000, se organizaram informalmente sem esperar ordens da UNPol, que não viriam.

Durante três horas, os 15 elementos da PSP, organizados pelo segundo comandante do distrito de Díli da UNPol, o subintendente português Leitão da Silva, enfrentaram sucessivos ataques de um grupo que descia de Bairro Pité, um dos bairros mais perigosos da cidade.

«Uma pequena unidade de polícia formada», ironizou um dos oficiais quando descreveu à Lusa o episódio.

Cerca das 05:00 (20:00 em Lisboa), Alfredo Reinado escapou do cerco de Same «depois de dividir os seus homens em três grupos e ter feito avançar dois deles, saindo pela retaguarda», contou à Lusa uma fonte que acompanha a operação de captura.

A essa hora, Benjamin Marty recuperava ainda da maior surpresa da noite.

«Sabes como acabam as histórias do Astérix e do Obélix?», questionou.

No quartel do subagrupamento Bravo não havia javali, como na aldeia dos gauleses, «mas uma vaca no espeto».

Os pelotões da GNR saíram directamente da sua festa mensal para as ruas em brasa de Díli.

«Finalmente a evacuação foi óptima», concluiu Benjamin Marty.

Diário Digital / Lusa

04-03-2007 10:34:00

Anónimo disse...

Timor:Reinado continua em fuga, Díli teve noite violenta

Benjamin Marty não esperava que a sua noite de sábado incluísse uma ameaça de assalto à casa e escritório, evacuação debaixo de tiro dentro de um blindado da GNR e, por fim, um magnífico naco de vaca assada no espeto.
Foi a tudo isso que Marty teve direito na madrugada de domingo, à mesma hora em que o major Alfredo Reinado conseguia iludir o cerco das tropas australianas em Same, em Timor-Leste, e fugia «a pé» das Forças de Estabilização Internacionais (ISF).
Cerca da 01:00 de domingo (16:00 de sábado em Lisboa), tropas das ISF apoiadas por helicópteros lançaram o ataque contra as posições do grupo de Alfredo Reinado, usando reforços de tropas de elite chegadas da Austrália nas últimas 48 horas.
No ataque, considerado «um sucesso» pelo brigadeiro- general Mal Rerden, comandante das ISF, foram mortos quatro «timorenses armados» e feridos outros dois.
As ISF fizeram um número ainda indeterminado de detenções.
Pouco depois, numa questão de minutos, vários incidentes estalaram em simultâneo em diferentes bairros de Díli, com estradas cortadas por pneus em fogo, pedras ou árvores abatidas, apedrejamento de viaturas, casas incendiadas e combates de rua entre grupos rivais.
O bairro de Vila Verde, em pleno centro da cidade, foi um dos mais afectados, com instalações do ministério da Educação (um auditório e o armazém) a serem consumidas pelas chamas até ao amanhecer, sem que ninguém acudisse.
Benjamin Marty, gestor financeiro do Conselho Norueguês dos Refugiados em Timor-Leste, vive e trabalha em Vila Verde, na rua que liga o Bairro da Cooperação Portuguesa ao quartel-general da missão internacional das Nações Unidas (UNMIT).
«Quando vi uma multidão começar a bater no portão, não fiquei muito preocupado mas liguei ao meu chefe, que me disse para me manter calmo», contou horas depois à Lusa.
«Dez minutos depois, vejo chegar a GNR, a disparar munições de borracha à esquerda e à direita», recorda o financeiro do NRC.
«Gritaram e pediram-me para abrir o portão, mas de início nem percebi o que queriam, porque não falo português. Em poucos minutos, já estava dentro de um blindado, a Guarda saiu dali com a mesma velocidade com que tinha entrado, sempre a disparar, com um tipo a desviar-se das barricadas com muita perícia», acrescentou Benjamin Marty.
Benjamim Marty afirmou-se «espantado com o profissionalismo» com que a GNR agiu, mostrando-se descontente com a inacção dos elementos da Polícia das Nações Unidas (UNPol).
«Há UNPol à frente a ao lado da minha casa, os carros-patrulha estiveram sempre parados e os polícias não fizeram nada», criticou o gestor da NRC, adiantando que os elementos da Polícia das Nações Unidas também não reagiram «horas antes quando algumas pessoas começaram a queimar dois ou três pneus, a bater o metal para chamar os outros e a ´aquecer` com bebida».
«Nem sequer se mexeram quando um tipo bêbedo passou a correr todo nu e começou a partir coisas», acrescentou Marty.
Um oficial da GNR declarou à Lusa que, numa situação excepcional e num cenário inverosímil, «o subagrupamento Bravo teve na rua os seus três pelotões operacionais em permanência, durante sete horas».
Os incidentes, com disparos de armas de fogo em diferentes locais, foram mais graves em Taibessi, em redor do Cemitério Chinês, Bairro Pité, Vila Verde e à entrada do quartel-general da UNMIT, o perímetro de casernas e escritórios conhecidos como Obrigado Barracks.
Cerca das 07:00, quando se tornou possível efectuar uma ronda de carro pela cidade, Díli revelava as sequelas da madrugada violenta, com muitas ruas da periferia intransitáveis com os restos das barricadas.
Em Banana Road, uma das principais artérias que atravessa a cidade, um grupo de jovens fazia guarda a uma grande retrato de Alfredo Reinado, «pinado em Ermera», segundo explicou à Lusa um homem que disse estar disposto a defender o seu «herói».
«Nós somos defensores do major Alfredo, herói da justiça. Estamos prontos a morrer para o defender», declarou o homem.
Em áreas como Taibessi, há vários dias que os postes de iluminação e algumas árvores ostentam cartazes e faixas que glorificam Alfredo Reinado.
Foi para esta juventude que cultiva a figura de Reinado que o Presidente Xanana Gusmão dirigiu uma comunicação gravada a meio do dia no Palácio das Cinzas.
Xanana Gusmão, num discurso ríspido e com expressão muito dura, comparou o seu percurso com o de Reinado, recordando a sua luta na Resistência e a curta carreira do jovem major e interrogando a qualidade de «aswain» (herói, bravo) atribuída a Reinado.
«Esta biografia não demonstra que Alfredo é o ´aswain` e eu, Xanana, sou o grande traidor do povo ou do Rai Lulik Timor Lorosa´e», a terra sagrada de Timor-Leste.
O presidente sublinhou que «o Estado não volta atrás nas suas decisões» e dirigiu-se ao militar fugitivo:
«O caminho é só um, entregar as armas e entregarem-se todos», disse.
De outros episódios se fez a madrugada de domingo, como a resposta dos 15 oficiais da PSP que, instalados no Hotel Elizabeth 2000, se organizaram informalmente sem esperar ordens da UNPol, que não viriam.
Durante três horas, os 15 elementos da PSP, organizados pelo segundo comandante do distrito de Díli da UNPol, o subintendente português Leitão da Silva, enfrentaram sucessivos ataques de um grupo que descia de Bairro Pité, um dos bairros mais perigosos da cidade.
«Uma pequena unidade de polícia formada», ironizou um dos oficiais quando descreveu à Lusa o episódio.
Cerca das 05:00 (20:00 em Lisboa), Alfredo Reinado escapou do cerco de Same «depois de dividir os seus homens em três grupos e ter feito avançar dois deles, saindo pela retaguarda», contou à Lusa uma fonte que acompanha a operação de captura.
A essa hora, Benjamin Marty recuperava ainda da maior surpresa da noite.
«Sabes como acabam as histórias do Astérix e do Obélix?», questionou.
No quartel do subagrupamento Bravo não havia javali, como na aldeia dos gauleses, «mas uma vaca no espeto».
Os pelotões da GNR saíram directamente da sua festa mensal para as ruas em brasa de Díli.
«Finalmente a evacuação foi óptima», concluiu Benjamin Marty.
Diário Digital / Lusa
04-03-2007 10:34:00
http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=10&id_news=265621

Anónimo disse...

11H14 hora de Portugal, acabo de receber a noticia de que o commandante australiano considerou a operação ( captura de Reinado? )um sucesso... um sucesso? Quatro mortos,alguns feridos e o objecto ou objectivo da operação, a captura ou abate de Reinado ficou por fazer. Das duas uma ou não querem ou demonstraram que o exercito ou as "famosas" SAS são incompetentes nesta matéria.

Anónimo disse...

Após ouvir o Exmº Sr. Presidente da República Xanana Gusmão, fiquei estupefacto; quando o herói de sempre do povo Timorense, sente necessidade de, em discursso televisivo ao Povo Timorense, fazer a comparação entre si próprio e o sr. Reinado,de relembrar ao povo quem é quem e, quem foi quem, algo vai definitivamente mal na politica Timorense. Com isto creio que o Sr. Presidente perdeu alguma da credibilidade que ainda tinha. Embora as comparações tenham sido feitas em tom irónico, não creio que o tempo seja para ironias.

Anónimo disse...

O que é que mudou na força australiana para tamanha demonstração de eficácia e eficiência militar e estratégica constratando fortemente com a falta da mesma nos últmos meses?

Comando? Armas? Soldados? Vontade? Conjuntura?

Evidentemente a motivação para o aumento da eficácia pode procurar-se nas palavras de Alfredo Reinado imediatamente antes da sua capturação à Lusa.
Pena não ter contado algo mais, mas nesse caso não o teriam capturado com vida.

Alfredo Reinado quis negociar.
Receio que só agora descubrirá quem são aqueles para os quais decidiu lançar o país em caos.
Receio que com todos os julgamentos timorenses nunca dele ouviremos uma palavra só.
Não por lhe faltar a vontade de falar e contar (estragar) tudo, pois a raiva não lhe deve faltar, mas porque a sua família está lá em terras australianas a servir do escudo de troca ou.... raféns.

Usado e deitado para fora.

Triste verdade com que terá de se reconciliar!

Anónimo disse...

Timor:Embaixada portuguesa aconselha comunidade ficar em casa

A embaixada de Portugal em Timor-Leste aconselhou hoje a comunidade portuguesa a manter-se em casa devido à instabilidade em Díli, na sequência da operação militar desencadeada pelas forças australianas para capturar o major rebelde Alfredo Reinado.
A representação diplomática de Lisboa na capital timorense anunciou ainda o cancelamento, segunda-feira, das aulas ministradas pelos professores portugueses no território.
A embaixada portuguesa, como outras representações diplomáticas em Díli, receiam uma escalada da violência na sequência da operação de captura do major Reinado, no sudoeste do país.
Domingo de madrugada, o lançamento da operação por tropas australianas em Same desencadeou uma série de ataques e confrontos em Díli que se prolongaram por várias horas.
Os comandantes das quatro Unidades de Polícia Formada (sub agrupamento Bravo da GNR, Malásia, Paquistão e Bangladesh) analisaram hoje os incidentes da última madrugada e perspectivam uma semana ainda pior, revelou à Lusa um oficial da Guarda.
«Há notícias da parte do 7-7», um grupo de artes marciais, «de que vão usar armas de fogo na madrugada de segunda-feira para criar conflitos», adiantou o mesmo oficial.
O pretexto da violência entre grupos rivais poderá ser o apoio ou a oposição a Alfredo Reinado.
Na semana que agora se inicia estão agendados acontecimentos que poderão potenciar ainda mais o clima de tensão que se vive no país: quarta-feira vai proceder-se à leitura da sentença do ex-ministro do Interior Rogério Lobato e, para o dia seguinte, estão marcadas duas manifestações, uma do Movimento para a Unidade Nacional e Justiça (MUNJ) e outra da Fretilin.
«Os sinais disponíveis apontam para uma semana alucinante», considerou o oficial ouvido pela Lusa.
Diário Digital / Lusa
04-03-2007 12:52:00
http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=13&id_news=265638

Anónimo disse...

O vilão escapou e pelos vistos incólume e continua a mentir com todos os dentes e infamememte renegou os quatro Timorenses que morreram gabando-se alarvemente que não teve baixas.

Só quiro partilhar a minha solidariedade com todos, particularmente com os cidadãos de Dili e de Same e com os meus compatriotas que aí estão e que espero Todos regressem em breve às suas actividades. Força, amigos!

Anónimo disse...

O que o Sr Leandor quer dizer e que e ele a fomentar o pequeno grupo que estao a fazer isto. Se mais nada o que estes ultimos anos tem porvado e que as cobras ja foram descobertas. Sabemos quem sao os que estao a tentar estragar o pais. O Isaac ainda nao sabe, que os Australianos e outros tem estado a escutar tudo que dizem por conversas telefonicas entre eles. Sabem ja e sabem os governantes deste pais que ele tem estado a mandar ordems a todos apoiantes dele para fazer problemas, criar disturbios em Dili e outros lados. Ja sabemos bem do que eles fazem e tem feito durante este tempo todo, durante a Crise.

Este senhor que foi eleito por hazar na ultima vez nao vai ser eleito outra vez. As promessas feitas por outros durante o tempo CNRT que ia ser isto ou e ia ser aquilo, para poder mudar lo do grupo prointegracao para o grupo pro independencia, nao podem ser cumpridas por causa do processo democratico. E por isso agora faz tudo para tentar estragar o pais.....como se fosse uma coisa pessoal ou particular. Nao tem sentido de estado nem de patriotismo. So tem sentido para uma coisa...Leandro Isaac. Como foi sempre durante o tempo Indonesio aonde fez tudo com e para o Bapak e ao mesmo tempo jogou para a independencia. pao de dois bicos Isaac era o que chamavam ele as Falintil. Que certo estavam.

Anónimo disse...

E o homem de acaso, o Leandro, não tem ocaso?
Não vai a julgamento ou o demitem de deputado?

A.A.

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“Estamos à beira da guerra civil!”, gritava, terça-feira, no início do cerco, o deputado independente Leandro Isaac, apanhado “por acaso", disse, na companhia de Reinado e do seu grupo quando os australianos apertaram a tenaz.

Citando PRM/Lusa (J. Expresso)

Anónimo disse...

Malae Azul.... sera verdade que o Alfredo foi capturado????

Ha tantos versos deste ataque que anda a confundir muitas pessoas.
Corre rumores que o Alfredo esta livreate esse momento no mato mas separado com o Salsinha.

Se essa noticia da capturacao foi mesmo confirmado pela fonte policial a TSF e a verdade vier depois e nao condiz com essa confirmacao, quem vira acreditar mais nessas confirmacoes pela fonte policial???

E muito perigo nesses statement, pois o povo ja passou varias vezes em statement semelhantes durante a ocupacao Indonesia.

O povo podera vir a nao acreditar mais na UNMIT como aconteceu a UNAMET.

Anónimo disse...

mentirosos

Unknown disse...

6 topraz ADF Australiano foi mortos trasportado ao Airnorth onten atarde, este era um grande segredo de ADF.

Anónimo disse...

SERA QUE VAI SER DESTA VEZ QUE O MALAI AZUL VAI FAZER AS MALAS E FECHAR AS "PORTAS" DO TIMOR-ONLINE??
SERIA UMA PENA, MAS ENFIM...

Anónimo disse...

Nova fuga de Reinado ameaça incendiar Díli
Diário de Notícias, 5 de Março de 2007

Por: Armando Rafael

O major Alfredo Reinado, que desde há uma semana estava cercado pelas forças internacionais em Same, a 80 quilómetros de Díli, conseguiu escapar ao assalto que as forças especiais australianas lançaram na noite de sábado para ontem, encontrando-se, desde então, em parte incerta. Sem que até ao momento se tenha percebido de como é que o ex-comandante da Polícia Militar (PM) timorense conseguiu iludir o cerco que lhe foi montado, nem as razões que têm levado Camberra a prescindir da colaboração das Falintil - Forças de Defesa de Timor-Leste (F-FDTL), sabendo-se que ninguém conhece melhor as montanhas do país do que os ex-guerrilheiros que ali combateram a Indonésia.

Seja como for, o que se sabe já é que a operação australiana começou por volta das 02.00, prolongando-se por hora e meia, tendo mobilizado vários helicópteros de combate que dispararam contra a casa do antigo administrador onde Reinado era suposto estar, enquanto as tropas no terreno lançavam gás lacrimogéneo contra os sitiados e avançavam pela colina, protegidos por blindados.

A avaliar pelas declarações do comandante das forças australianas em Timor-Leste, a operação, da qual terão resultado quatro mortos e dois feridos timorenses, "foi um sucesso".

O problema só surge quando o brigadeiro-general Mal Rerden não consegue explicar como é que Reinado escapou, onde é que ele se encontra, nem o número de homens que o acompanham.

Fontes desencontradas referem que o major Alfredo Reinado se encontra em fuga com apenas sete pessoas, enquanto outras admitem que ele dividiu os seus efectivos em Same em três grupos, fazendo avançar dois contra os australianos, enquanto escapava para as montanhas, protegido pela vegetação em torno da casa do antigo administrador.

Sendo certo que o fugitivo já não representa, neste momento, uma ameaça militar para as forças internacionais estacionadas em Timor-Leste, como a Austrália afiança, o facto é que este major parece constituir um perigo político ainda maior. Sobretudo, numa altura em que o país caminha para eleições, sem que a violência dê mostras de abrandar na sua capital. Como se constata pela violência que assolou Díli na madrugada de ontem e que começou quase em simultâneo com o ataque desferido em Same. Revelando uma certa concertação entre Alfredo Reinado e alguns grupos de jovens.

Como o Presidente Xanana Gusmão evidenciou a meio do dia de ontem, quando se dirigiu aos jovens timorenses, recordando-lhes o seu próprio percurso e o de Reinado, para lhes perguntar, em tétum, quem é que era o herói. Um exercício de ironia razoavelmente duvidoso, dado que a maioria dos jovens timorenses já pouco se recordará do guerrilheiro Xanana, mas que lhe serviu para garantir que a operação de captura de Reinado vai continuar.

Permitindo-lhe, adicionalmente, um ensaio para o controlo das ondas de choque que poderão ocorrer em Díli, caso Reinado venha a ser morto nas próximas horas ou dias. "O Estado", avisou, "não volta atrás e o caminho é só um: entregarem as armas e entregarem-se todos".
http://dn.sapo.pt/2007/03/05/internacional/nova_fuga_reinado_ameaca_incendiar_d.html

Anónimo disse...

Continue fora desse pais!!!

Anónimo disse...

Dili, 5 March (AKI) - East Timorese rebel leader and renegade major Alfredo Alves Reinado says he is fine and ready to fight. In phone interview with Adnkronos International (AKI), the rebel soldier said that his power rests with the people. "I am fine. I was not injured after the attack," Alfredo said via phone for an undisclosed location on Monday. "Now I am with FDTL Tatoras [Forca Defeca Timor Leste - East Timor Defense Forces] and we will fight together for justice with the people. My power is from the people and I am with the people," he added.

Reinado was the target of a raid launched by the Australian-led international peacekeeping force in East Timor near the mountain town of Same, 50 kilometres south of Dili, on Sunday. The raid left four people dead.

The attack has exacerbated the tension in Dili where, on Monday, thousands of young people burned tyres and threw stones to protest against the raid, while chanting “long live Alfredo.” Locals say that gunshots were heard across the town overnight but there is no report of any casualties.

Reinado has been on the run since he escaped from jail in East Timor's capital Dili in August along with 50 other inmates. President Xanana Gusmao ordered his arrest after he was accused of raiding a police post and stealing 25 automatic weapons last month.

Among Reinado's closest allies is Lieutenant Gastao Salsinha, who was also a target of the raid and was separated from his leader in the aftermath of the attack.

In a phone interview with AKI, Salsinha vowed to fight to the death and to drag the young into the struggle.

"What we are going to do is to find each other, consolidate and make a new plan that will be supported by the young people in the jungles and in Dili," he said.

“We are going to conduct a guerilla against the injustice, against the people who have power in Dili,” he added. “We will never give up until our last blood.”

Reinado abandoned the army on 4 May 2006 to join approximately 600 former soldiers who had been dismissed two months before, after complaining of ethnic discrimination over promotions.

The sacking sparked nationwide clashes in a crisis that left 37 people dead, forced 155,000 to flee their homes, brought down the government of former prime minister Mari Alkatiri, and resulted in Australia-led peacekeeping troops being deployed to the tiny Southeast Asian nation.

Reinado was arrested for his role in the violence and accused in conjunction of the murder of five people.

Anónimo disse...

Trnscrição por não estar on-line:
Militar fanfarrão ou mera marioneta?

Diário de Notícias, 5/03/07
Por: Armando Rafael:

O nome de Alfredo Reinado saltou para a praça pública no início de Maio do ano passado, quando o (então) comandante da Polícia Militar (PM) timorense desertou com 20 dos 33 efectivos daquela unidade. Estava-se em plena crise dos peticionários – nome que designa os quase 600 militares que foram expulsos das forças armadas – e Reinado não escondeu o que o movia, exigindo a demissão do primeiro-ministro Mari Alkatiri, a quem responsabilizava pelos confrontos (e pelos mortos) registados em Díli, a 19 e 28 de Abril.

A partir daí, nada viria a ser igual na vida deste militar, de 40 anos, e que chegou a ser carregador das forças armadas indonésias, antes de fugir para a Austrália, onde chegou no início da década de 90 e onde conheceu o actual primeiro-ministro e Ramos-Horta, que o pôs em contacto com a resistência. Com o referendo de 1999, Reinado regressa, então, a Dili, tendo sido integrado nas Falantil – Forças de Defesa de Timor-Leste (F-FDTL), o que o levou a frequentar vários cursos na Austrália, antes de ser destacado para comandar a componente naval das forças armadas timorenses. Um cargo do qual foi afastado por indisciplina, sem que isso o tivesse impedido de ser nomeado para a PM.

Quando a crise político-militar irrompeu no país, Alfredo Reinado tentou – como se percebeu mais tarde – catapultar-se, sem sucesso, para a liderança dos 600 peticionários que desafiavam a autoridade do Governo e do brigadeiro-general Taur Matan Ruak, que comanda as F-FDTL. O que talvez explique as razões por que este major foi tantas vezes protegido ao longo destes meses, quer pelo Presidente Xanana Gusmão quer pelas forças australianas. Ao ponto de ter conseguido evadir-se, em Agosto, da prisão em que se encontrava, depois de ter sido detido pela GNR, numa altura em que já era procurado pela morte de um militar, por tentativa de subversão do Estado e por posse de armas proibidas.

Vaidoso e fanfarrão q.b., que diz uma coisa num dia e o seu contrário no outro, Reinada, que há uma semana assaltou três postos fronteiriços, obrigando Xanana a pedir a sua captura, poderá ter deitado agora tudo a perder, transformando-se numa personagem perigosa. Sobretudo para quem fingiu não perceber o seu envolvimento no contrabando de armas e até as suas ligações ao submundo das artes marciais que têm sido responsáveis pela violência em Dili.

Ou será que o major Reinado é mais uma criatura que escapou ao controlo do seu criador?

Anónimo disse...

Transcrição por não estar on-line:

GNR prevê “semana alucinante” na capital
Público, 5/03/07
Por: Adelino Gomes

A instabilidade em Timor-Leste, onde o major Alfredo Reinado continuava ontem em fuga, acompanhado por um número indeterminado de apoiantes, levou a embaixada de Portugal a anunciar o cancelamento das aulas que deviam ser ministradas hoje por professores portugueses em todo o país.

“Os sinais disponíveis apontam para uma semana alucinante”, disse um oficial da GNR à Lusa, após uma reunião em que os comandantes das forças de polícia da ONU analisaram os incidentes que eclodiram em Dili, mal se conheceu a notícia de que Reinado lograra sair a pé de Same.

Apesar de reforçadas por tropas de elite australianas, chegadas horas antes ao país, as Forças Internacionais de Estabilização (ISF), apoiadas por veículos blindados e helicópteros, não conseguiram capturar Reinado, num ataque que lançaram contra o seu refúgio naquela cidade.

Para agravar o clima de tensão, estão agendados para esta semana três acontecimentos potencialmente explosivos: depois de amanhã vai proceder-se à leitura da sentença do ex-ministro do Interior Rogério Lobato e para o dia seguinte estão marcadas duas manifestações, uma do Movimento para a Unidade Nacional e Justiça – de que o deputado Leandro Isaac, que tem surgido a apoiar Reinado é um dos líderes – e outra da Fretilin.

O apoio manifestado por jovens à figura de Reinado, em Same e em Dili, onde há quem o glorifique como um “herói da justiça”, levou o Presidente Xanana Gusmão, a estabelecer uma comparação curricular entre ele próprio e o ex-comandante da polícia. A biografia de Reinado é feita de episódios como “a fuga, enquanto major”, “andar aos tiroteios” com as Forças de Defesa ou a fuga da prisão de Becora em Agosto. A sua biografia “não demonstra que Alfredo é o “Aswain’ (o aguerrido, corajoso ou herói) e eu, Xanana, o grande traidor do povo ou do Rai Lulik Timor Lorosa’e”, a terra sagrada de Timor-Leste, concluiu o Presidente.

Anónimo disse...

Camberra autoriza pessoal não essencial a abandonar Timor

A Austrália autorizou hoje o seu pessoal não essencial a abandonar Timor-Leste e mantém o nível máximo de alerta devido à violência no país, que levou já o Presidente timorense, Xanana Gusmão, a ameaçar instaurar o estado de sítio.
Para o pessoal da embaixada e suas famílias, está já planeada a retirada, caso a situação se agrave, afirmou domingo o chefe da diplomacia australiana, Alexander Downer.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros chama a atenção para o aumento do risco de os australianos se tornarem um alvo da violência após a morte de quatro timorenses, em Same, pelas forças australianas depois de um ataque, no sábado, para capturar o major Alfredo Reinado, que conseguiu fugir.
«Informações credíveis indicam que os australianos podem ser atacados nos locais habitualmente frequentados por estrangeiros, incluindo hotéis, bares e restaurantes», avisa o governo australiano.
«Os australianos em Timor-Leste preocupados com a sua segurança devem ponderar partir, se for seguro», refere o alerta do governo australiano.
Camberra aconselha os australianos a contactarem directamente as companhias aéreas e alerta para a possibilidade de não haver voos ou de os acessos ao aeroporto estarem cortados.
O alerta estende-se também a Same porque «as operações militares continuam» e os australianos são aconselhados a partir «imediatamente» da região e restringir a circulação nos distritos ocidentais do país.
Para os australianos que pretendam ficar, o governo australiano aconselha-os a não circularem desnecessariamente, em especial à noite.
Numa declaração hoje ao país, Xanana Gusmão ameaçou instaurar o estado de sítio e considerou que Timor-Leste «está a assistir a uma certa anarquia e a uma falta de vontade de certos segmentos da sociedade em contribuir para a estabilização do país».
«Não se pode permitir que se continue a perder bens e vidas e que os cidadãos continuem a viver num clima de insegurança», sublinhou o Presidente timorense.
Antes desta comunicação de Xanana Gusmão, o chefe da diplomacia portuguesa, Luís Amado, considerou, em Bruxelas, que a situação em Timor-Leste está «sob controlo», acrescentando que tenciona falar com o seu homólogo australiano para avaliar a possibilidade de uma «intervenção conjunta» em Timor-Leste.
«A nossa embaixada está a acompanhar a situação designadamente dando instruções muito claras aos cidadãos portugueses no sentido de acautelarem as suas condições de segurança», afirmou Luís Amado.
Entretanto, as tropas australianas das Forças de Estabilização Internacionais (ISF) foram reforçadas sexta-feira com a chegada de 100 elementos da unidade de elite SAS (Special Air Service).
Diário Digital / Lusa
05-03-2007 12:18:00
http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?id_news=265739

Anónimo disse...

Timor-Leste: Xanana Gusmão ameaça estado de sítio (act.)

O presidente de Timor-Leste, Xanana Gusmão, ameaçou hoje instaurar o estado de sítio no país «caso medidas normais não sejam suficientes para aliviar a pressão criminal actualmente existentes».
Numa declaração ao país, transmitida pela rádio e televisão timorenses, Xanana Gusmão considerou que «O país está a assistir a uma certa anarquia e a uma falta de vontade de certos segmentos da sociedade em contribuir para a estabilização do país».
«Não se pode permitir que se continue a perder bens e vidas e que os cidadãos continuem a viver num clima de insegurança», considerou Xanana Gusmão.
«Tem-se visto que algumas manifestações, ao invés de trazerem à consciência dos indivíduos uma mensagem positiva, que contribua para a solução dos actuais problemas do país, têm contribuído para provocar mais distanciamento entre as pessoas», acusou o chefe de Estado na declaração aos timorenses.
Xanana Gusmão anunciou que «o Estado vai utilizar todos os mecanismos legais disponíveis, incluindo o uso da força, quando necessário, para pôr fim à violência, à destruição de bens e à perda de vidas e restabelecer rapidamente a ordem pública».
Vários incidentes têm perturbado a ordem pública na cidade de Díli desde a madrugada de sábado para domingo, em resposta à operação de captura do major Alfredo Reinado por tropas australianas.
Quase 48 horas depois da operação de captura ter sido desencadeada em Same, no sul do país, Alfredo Reinado continua fugido, assim como um dos homens que o acompanhava, Gastão Salsinha.
Continua igualmente em parte incerta o deputado independente Leandro Isaac, que desde o início do cerco australiano a Same se encontrava com o grupo de Alfredo Reinado.
Um porta-voz das Forças de Estabilização Internacionais (ISF), em resposta a um pedido da Lusa, afirmou hoje que o deputado «não se encontra entre os detidos» da operação em Same.
Os apoiantes de Alfredo Reinado, sobretudo jovens, causaram graves perturbações na capital, com apedrejamentos, barricadas, corte de ruas, queima de pneus e o ataque a algumas residências e edifícios do Governo.
Os bairros mais afectados são os de Taibessi (onde no final da semana passada apareceram os primeiros cartazes de apoio a Reinado), Vila Verde, Colmera e Bairro Pité.
Hoje de manhã, a Escola Portuguesa de Díli esteve encerrada e os docentes portugueses na cidade não leccionaram.
A embaixada de Portugal mantém a recomendação para que a comunidade portuguesa fique em casa e se desloque o estritamente necessário.
Não se registaram, até ao momento, incidentes graves envolvendo cidadãos portugueses em Díli.
A Austrália actualizou as suas medidas de segurança, informando os familiares dos funcionários e o pessoal não essencial que considerem abandonar Timor-Leste.
Este aviso é, em geral, o último degrau antes de uma ordem de evacuação geral.
«É necessário que o Estado cumpra a obrigação, que lhe cabe, de garantir a ordem, a segurança e a tranquilidade públicas, proteger as pessoas e os bens, prevenir a riminalidade e contribuir para assegurar o normal funcionamento das instituições democráticas, o exercício dos direitos e liberdades fundamentais dos cidadãos e o respeito pela legalidade democrática», sublinhou o Presidente da República no discurso de hoje
Diário Digital/Lusa
05-03-2007 11:00:42
http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=10&id_news=265725

Anónimo disse...

"Intervenção conjunta" com contingente australiano em análise
Luís Amado considera situação em Timor-Leste "sob controlo"
05.03.2007 - 09h37

O ministro dos Negócios Estrangeiros, Luís Amado, considerou hoje, em Bruxelas, que a situação em Timor-Leste está "sob controlo", mas tenciona falar com o seu congénere da Austrália para avaliar a possibilidade de uma "intervenção conjunta" em Timor-Leste.
"Tenciono ainda hoje falar com o meu colega australiano no sentido de avaliar as condições de desenvolvimento de toda a crise e da possibilidade de intervenção conjunta", afirmou Luís Amado à chegada a uma reunião dos chefes da diplomacia dos 27, em Bruxelas.

As declarações de Luís Amado foram feitas antes de Xanana Gusmão, Presidente de Timor-Leste, ter ameaçado instaurar o estado de sítio no país se a violência e criminalidade não diminuírem.

O responsável português teve uma "reacção de prudência" em relação à situação em Timor-Leste onde pela segunda noite consecutiva, a normalidade de Díli foi rompida por incidentes em vários bairros, com ruas bloqueadas, algumas viaturas queimadas e várias casas destruídas.

O major rebelde Alfredo Reinado continua em fuga e o Presidente Xanana Gusmão anuncia hoje à tarde medidas excepcionais de segurança. "A nossa embaixada está a acompanhar a situação designadamente dando instruções muito claras aos cidadãos portugueses no sentido de acautelarem as suas condições de segurança", afirmou Luís Amado.

O ministro afastou por enquanto qualquer reforço do contingente da GNR em Timor-Leste: "Todo esse processo decorre sob a égide das Nações Unidas, portanto é em conformidade com os prazos e os calendários definidos pelas ONU que agiremos", disse.

"De qualquer modo, os acontecimentos estão sob controlo", concluiu.
http://www.publico.clix.pt/shownews.asp?id=1287371

Anónimo disse...

Xanana Gusmão anuncia hoje novas medidas de segurança
Situação tensa em Díli pela segunda noite consecutiva
05.03.2007 - 08h43 Lusa

Registaram-se hoje, pela segunda noite consecutiva, incidentes na capital timorense. Algumas ruas foram bloqueadas, alguns carros foram queimados e várias casas ficaram destruídas, em vários bairro de Díli.
Uma fonte oficial timorense referiu que hoje de manhã houve "uma ameaça de bomba" junto ao Palácio das Cinzas, e a Lusa confirmou que pessoas e imóveis relacionados com o Presidente Xanana Gusmão têm sido ameaçados nas últimas 48 horas.

Junto de cada barricada ou distúrbio, a resposta à pergunta de quando começou é, normalmente, a mesma: "Foi à hora do ataque ao major Reinado", em Same, no sul do país.

O major rebelde Alfredo Reinado continua em fuga e o Presidente Xanana Gusmão anuncia hoje à tarde medidas excepcionais de segurança.
http://www.publico.clix.pt/shownews.asp?id=1287362

Anónimo disse...

Imprensa australiana destaca ataque a Same e incidentes Díli

A tentativa falhada de captura do líder rebelde timorense Alfredo Reinado por tropas australianas em Same é o grande destaque na edição de hoje dos jornais da Austrália, que se manifestam preocupados com a segurança dos seus cidadãos.
Nos diversos meio de comunicação são comuns as principais preocupações dos australianos: a segurança dos seus cidadãos que residem em Timor-Leste e a dos militares envolvidos na captura do antigo chefe da Polícia Militar timorense, que continua em fuga.
«Cerco timorense a tropas australianas» é a manchete do diário The Age, que relata os incidentes provocados pelos apoiantes de Reinado após a morte de quatro timorenses em Same, sul, de onde o major rebelde conseguiu escapar com destino incerto.
As dezenas de apoiantes de Reinado, segundo o The Age, o The Daily Telegraph e o News Australia, exigem a retirada das tropas australianas do país e gritaram palavras de ordem, como «australianos vão para casa», defronte da Embaixada da Austrália em Díli, levando à intervenção da polícia.
Outra preocupação tem a ver com a segurança dos cidadãos, do pessoal diplomático e dos militares australianos no país, com a rádio ABC a destacar os planos de evacuação anunciados hoje pelo ministro dos Negócios Estrangeiros australiano, Alexander Downer.
O The Herald and Weekly Times realçou que as declarações de Downer surgem na sequência do ataque a Same, considerando que o raide provocou um sentimento anti-australiano, que afecta também os próprios jornalistas.
A rádio ABC destaca também a ameaça do presidente timorense, Xanana Gusmão, em decretar o estado de emergência em Timor-Leste, «temendo um recrudescimento dos actos de violência», autorizando, ao mesmo tempo, a utilização de «todos os meios legais» para capturar o líder rebelde.
Diário Digital / Lusa
05-03-2007 13:31:00
http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=10&id_news=265756

Anónimo disse...

Timor: Austrália quer apanhar major Alfredo Reinado vivo

O governo australiano afirmou hoje que o líder rebelde timorense Alfredo Reinado, que escapou no fim-de-semana a uma tentativa para ser capturado, «deve ser apanhado vivo e não morto».
Em declarações aos jornalistas em Jacarta, onde se encontra, o ministro dos Negócios Estrangeiros australiano, Alexander Downer, sublinhou que, «mais tarde ou mais cedo», Reinado será capturado, «mesmo que não se renda».
«Penso que, mais tarde ou mais cedo, o major Reinado será capturado, mesmo que não se renda. Não deve ser morto, mas sim capturado, vivo, sobretudo agora, que deve estar separado do seu grupo», sustentou o chefe da diplomacia australiana.
Em curso está uma operação de «caça ao homem» na região montanhosa próxima de Same, a sul de Díli, localidade de onde escapou ao cerco australiano.
A agência noticiosa indonésia Antara indicou hoje ter indicações de que o líder rebelde está são e salvo numa área a sul de Same, onde goza de grande apoio popular.
Por outro lado, as tropas indonésias reforçaram também a zona de fronteira entre Timor-Leste e Timor Oriental, na Indonésia, e estão em alerta máximo desde o início do fim-de-semana, de forma a impedir que Reinado a transponha.
Até agora, não está clara a forma como Reinado conseguiu escapar ao cerco efectuado pelas forças australianas, que, no fim-de-semana, abateram quatro dos seus homens em Same durante a operação.
Nas declarações aos jornalistas, Downer adiantou que a última noite em Timor-Leste foi «relativamente calma», tendo-se registado apenas alguns pequenos incidentes, como um ataque a um armazém de arroz.
«O importante é que o exército continue com a operação, que não sei quanto tempo irá demorar. Mas o melhor conselho que posso dar ao major Reinado é que se entregue, que pense primeiro no seu país e, mais do que isso, nos interesses de Timor-Leste. Já se ultrapassou o ponto em que as negociações deveriam ter dado frutos», sublinhou Downer.
Entretanto, também hoje, o primeiro-ministro australiano, John Howard, defendeu que as tropas que estão envolvidas na captura de Reinado devem «neutralizar» a ameaça que constitui o líder rebelde e os seus homens, reirerando as palavras de Downer.
«Preferimos prender as pessoas e pensamos que esse objectivo vai ser alcançado. Mas ele (Reinado) é um fugitivo. Escapou e tem pessoas do seu lado. As suas contínuas actividades constituem uma ameaça à segurança em Timor-Leste e seria preferível que a ameaça fosse neutralizada», sustentou Howard.
A Austrália lidera uma força de manutenção de paz internacional enviada para Timor-Leste após semanas de instabilidade no país, alguma dela causada por Reinado, em que morreram pelo menos 37 pessoas e levaram mais de 150.000 pessoas a abandonar as suas casas.
Diário Digital / Lusa
05-03-2007 15:07:00
http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=10&id_news=265776

Anónimo disse...

Primeiro-ministro australiano garante que não será necessário reforçar contingente
Ex-militares revoltosos prometem luta de "guerrilha" em Timor-Leste
05.03.2007 - 16h25

O ex-tenente timorense Gastão Salsinha ameaçou hoje “estabelecer um plano de acção apoiado pela juventude da selva e de Díli” para continuar o conflito através de uma luta de “guerrilha”. Alfredo Reinado, outro dos ex-militares revoltosos garantiu, por seu lado, à agência EFE que manterá a luta armada “pela justiça para o povo de Timor-Leste”.
O primeiro-ministro da Austrália, John Howard, descartou hoje o envio de mais tropas para o país vizinho para tentar neutralizar estas ameaças.

Salsinha disse à agência espanhola que estava "muito perto" de Reinado "quando os soldados australianos atacaram". "Consegui escapar com meus quatro seguranças e alguns amigos de Same após o ataque", acrescentou o ex-tenente rebelde que, como seu o ex-superior hierárquico, se recusou a dizer onde estava por razões de segurança.

"Vamos tentar reagrupar-nos e estabelecer um novo plano de acção que seja apoiado pela juventude da selva e de Díli, para combater com guerrilhas a injustiça e as pessoas que têm o poder em Díli que cometem coisas tão injustas como a expulsão de soldados e do comandante Alfredo Reinado", acrescentou Salsinha.

Numa conversa por telefone com a EFE, Reinado afirmou: "Luto pela justiça junto ao povo. O meu poder vem do povo e estou com o povo", afirmou de um local não divulgado da ilha do Timor.

Captura falhada

As tropas internacionais destacadas em Timor-Leste, sob o comando da Austrália, tentaram este fim-de-semana capturar Reinado e seus homens na cidade de Same, a cerca de 80 quilómetros a sul de Díli.

A operação resultou na morte de quatro rebeldes. Reinado conseguiu escapar e o seu paradeiro actual é desconhecido.

Alfredo Reinado é um dos 599 militares expulsos do Exército por insubordinação em Março do ano passado, porque se negarem a abandonar as reivindicações por melhoria nas condições de trabalho e por acusações de nepotismo dentro da corporação.

A revolta dos militares

Em resposta, os militares revoltosos levaram seu descontentamento às ruas provocando uma onda de violência que, entre Abril e Maio, causou a morte de 30 pessoas e o deslocamento de outras 150 mil. Os actos violentos também levaram o então primeiro-ministro do país, Mari Alkatiri, a renunciar em Junho.

Reinado foi detido por posse ilegal de armas, mas fugiu da prisão em Agosto.

No mesmo mês, o Conselho de Segurança da ONU criou a Missão Integrada no Timor Leste (UNMIT, em inglês) com o objectivo de ajudar os timorenses a restabelecer a ordem, fornecendo uma força de 1.608 policiais e 34 militares.

Há uma semana, Xanana Gusmão ordenou a detenção imediata de Reinado, depois de o antigo comandante ter roubado 25 armas de dois postos fronteiriços.

O primeiro-ministro australiano descartou hoje um aumento da presença militar australiana no Timor-Leste e garantiu que os 800 soldados que tem no país vizinho "são suficientes", apesar do fracasso da operação para neutralizar Reinado.

As autoridades timorenses temem que Reinado e os seus partidários possam alterar ou desestabilizar as eleições presidenciais convocadas para o dia 9 de Abril.

Centenas de partidários do comandante rebelde manifestaram-se ontem em frente à Embaixada da Austrália em Díli contra as operações de forças de países terceiros para capturar um dos seus.
http://www.publico.clix.pt/shownews.asp?id=1287419&idCanal=18

Anónimo disse...

Então Senhor presidente Xanana?!
Nada satisfeito com o que está a acontecer em Timor... O povo é muito rico naquilo que diz e lá diz e bem: "quem semeia ventos colhe tempestades". Xanana não se preveniu dessa situação.

Certamente ainda se lembram da protecção de Xanana ao agora foragido major Alfredo Reinado e assim está criada mais uma criatura que escapou ao controlo do seu protector.

Afinal, com todos os erros do governo de Alkatiri, com a ida para Primeiro Ministro de Ramos Horta a situação de instabilidade em Timor permanece.

Xanana é o principal culpado. Tido como um negociador, parece que só sabe negociar numa direcção, pois não se entende a razão porque é a força militar australiana, a única, a fazer o cerco. Será que Xanana só confia na Austrália? Poderá saber-se porquê? Porque razão as Falintil são afastadas de todo este processo? Não poderia, no mínimo, haver uma colaboração? Será , desta forma, que se ganha e prepara o país politicamente, entregando toda a defesa a forças estrangeiras?

# posted by Joao Abel de Freitas
http://puxapalavra.blogspot.com/

Anónimo disse...

Leandro Isaac que estava com Reinado também conseguiu fugir

O deputado independente Leandro Isaac está escondido «em parte incerta», depois de ter escapado ao cerco de tropas australianas ao grupo de Alfredo Reinado em Same, no sul do país, disse o próprio à Lusa por telefone.
«Tenho muito pouco tempo», explicou o deputado quando contactado pela Lusa, temendo ser denunciado pelo sinal do seu telemóvel.
Leandro Isaac, que disse encontrar-se «em parte incerta», afirmou não estar com Alfrdo Reinado nem com Gastão Salsinha, com os quais afirma não ter contacto.
«Estou sozinho com a juventude«, declarou lacónico sobre o seu paradeiro. »Estou bem, na medida em que se pode estar bem nesta situação. Estou numa caverna, num buraco», acrescentou Leandro Isaac.
Cerca da 01:00 de domingo (16:00 de sábado em Lisboa), tropas australianas das Forças de Estabilização Internacionais (ISF) atacaram a colina onde se encontrava o grupo do major Alfredo Reinado, que conseguiu escapar e continua fugido.
«Eu escapei porque os australianos não me reconheceram», contou o deputado. «Eu vi soldados australianos oferecerem cem dólares à minha frente por informações sobre o meu paradeiro».
«Eles não conheciam a cara do Leandro Isaac e os jovens protegeram-me não dizendo quem eu era e levando-me com eles», acrescentou o deputado.
«Tenho a cabeça a prémio por cem dólares», comentou Leandro Isaac.
As ISF detiveram um número indeterminado de pessoas durante o ataque a Alfredo Reinado.
Quatro «timorenses armados», segundo o comandante Mal Rerden das ISF, foram mortos durante o assalto a Same.
Diário Digital / Lusa
05-03-2007 15:12:00
http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=10&id_news=265774

Anónimo disse...

Afinal o Alfredo nao foi preso.

O Governo esta a espera que o Alfredo lhes mandem um SMS para o dialogo, diz os jornais em Dili.

Anónimo disse...

Alfredo foi para Australia e Sumarino

Anónimo disse...

in publico
http://www.publico.clix.pt/shownews.asp?id=1287408


País está em alerta máximo
Austrália autoriza pessoal não essencial a abandonar Timor-Leste
05.03.2007 - 14h31 Lusa


A Austrália autorizou hoje o seu pessoal não essencial a abandonar Timor-Leste e mantém o nível máximo de alerta devido à violência no país, que levou já o Presidente timorense, Xanana Gusmão, a ameaçar instaurar o estado de sítio.

Para o pessoal da embaixada e suas famílias, está já planeada a retirada, caso a situação se agrave, afirmou ontem o chefe da diplomacia australiana, Alexander Downer.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros chama a atenção para o aumento do risco de os australianos se tornarem um alvo da violência, após a morte de quatro timorenses, em Same, pelas forças australianas depois de um ataque, no sábado, para capturar o major Alfredo Reinado, que conseguiu fugir.

"Informações credíveis indicam que os australianos podem ser atacados nos locais habitualmente frequentados por estrangeiros, incluindo hotéis, bares e restaurantes", avisa o governo australiano.

"Os australianos em Timor-Leste preocupados com a sua segurança devem ponderar partir, se for seguro", refere o alerta do governo australiano.

Camberra aconselha os australianos a contactarem directamente as companhias aéreas e alerta para a possibilidade de não haver voos ou de os acessos ao aeroporto estarem cortados.

O alerta estende-se também a Same porque "as operações militares continuam" e os australianos são aconselhados a partir "imediatamente" da região e restringir a circulação nos distritos ocidentais do país.

Para os australianos que pretendam ficar, o governo australiano aconselha-os a não circularem desnecessariamente, em especial à noite.

Numa declaração, hoje, ao país, Xanana Gusmão ameaçou instaurar o estado de sítio e considerou que Timor-Leste "está a assistir a uma certa anarquia e a uma falta de vontade de certos segmentos da sociedade em contribuir para a estabilização do país".

"Não se pode permitir que se continue a perder bens e vidas e que os cidadãos continuem a viver num clima de insegurança", sublinhou o Presidente timorense.

Antes desta comunicação de Xanana Gusmão, o chefe da diplomacia portuguesa, Luís Amado, considerou, em Bruxelas, que a situação em Timor-Leste está "sob controlo", acrescentando que tenciona falar com o seu homólogo australiano para avaliar a possibilidade de uma "intervenção conjunta" em Timor-Leste.

"A nossa embaixada está a acompanhar a situação, designadamente dando instruções muito claras aos cidadãos portugueses no sentido de acautelarem as suas condições de segurança", afirmou Luís Amado.

Entretanto, as tropas australianas das Forças de Estabilização Internacionais (ISF) foram reforçadas sexta-feira com a chegada de cem elementos da unidade de elite SAS (Special Air Service).

Anónimo disse...

in publico
http://www.publico.clix.pt/shownews.asp?id=1287391

"Mensagem ao país transmitida pela televisão e rádio
Xanana Gusmão ameaça declarar estado de sítio em Timor-Leste
05.03.2007 - 13h09 Lusa


O presidente de Timor-Leste, Xanana Gusmão, ameaçou hoje instaurar o estado de sítio no país "caso medidas normais não sejam suficientes para aliviar a pressão criminal actualmente existentes". Numa declaração ao país, transmitida pela rádio e televisão timorenses, Xanana Gusmão considerou que "o país está a assistir a uma certa anarquia e a uma falta de vontade de certos segmentos da sociedade em contribuir para a estabilização do país".

"Não se pode permitir que se continue a perder bens e vidas e que os cidadãos continuem a viver num clima de insegurança", considerou Xanana Gusmão.

"Tem-se visto que algumas manifestações, ao invés de trazerem à consciência dos indivíduos uma mensagem positiva, que contribua para a solução dos actuais problemas do país, têm contribuído para provocar mais distanciamento entre as pessoas", acusou o chefe de Estado na declaração aos timorenses.

Xanana Gusmão anunciou que "o Estado vai utilizar todos os mecanismos legais disponíveis, incluindo o uso da força, quando necessário, para pôr fim à violência, à destruição de bens e à perda de vidas e restabelecer rapidamente a ordem pública".

Vários incidentes têm perturbado a ordem pública na cidade de Díli desde a madrugada de sábado para domingo, em resposta à operação de captura do major Alfredo Reinado por tropas australianas.

Quase 48 horas depois da operação de captura ter sido desencadeada em Same, no sul do país, Alfredo Reinado continua fugido, assim como um dos homens que o acompanhava, Gastão Salsinha. Continua igualmente em parte incerta o deputado independente Leandro Isaac, que desde o início do cerco australiano a Same se encontrava com o grupo de Alfredo Reinado.

Um porta-voz das Forças de Estabilização Internacionais (ISF), em resposta a um pedido da Lusa, afirmou hoje que o deputado "não se encontra entre os detidos" da operação em Same.

Vários incidentes na capital

Os apoiantes de Alfredo Reinado, sobretudo jovens, causaram graves perturbações na capital, com apedrejamentos, barricadas, corte de ruas, queima de pneus e o ataque a algumas residências e edifícios do Governo.

Os bairros mais afectados são os de Taibessi (onde no final da semana passada apareceram os primeiros cartazes de apoio a Reinado), Vila Verde, Colmera e Bairro Pité.

Hoje de manhã, a Escola Portuguesa de Díli esteve encerrada e os docentes portugueses na cidade não leccionaram. A embaixada de Portugal mantém a recomendação para que a comunidade portuguesa fique em casa e se desloque o estritamente necessário.

Não se registaram, até ao momento, incidentes graves envolvendo cidadãos portugueses em Díli. A Austrália actualizou as suas medidas de segurança, informando os familiares dos funcionários e o pessoal não essencial que considerem abandonar Timor-Leste. Este aviso é, em geral, o último degrau antes de uma ordem de evacuação geral.

"É necessário que o Estado cumpra a obrigação, que lhe cabe, de garantir a ordem, a segurança e a tranquilidade públicas, proteger as pessoas e os bens, prevenir a criminalidade e contribuir para assegurar o normal funcionamento das instituições democráticas, o exercício dos direitos e liberdades fundamentais dos cidadãos e o respeito pela legalidade democrática", sublinhou o Presidente da República no discurso de hoje."

(como já se disse anteriormente, hoje, dia 6, 3ªfeira, as escolas funcionaram normalmente, assim como praticamente todo oo comércio, incluindo as areas de colmera, mercados locais, etc)

Anónimo disse...

Rebelde fala em desencadear guerrilha em Timor-Leste
Público, 06.03.2007
Por: Adelino Gomes

Xanana ameaça com estado de sítio e Salsinha com guerrilha. Ramos-
-Horta, ao PÚBLICO, menoriza o apoio da juventude a Reinado

Dois dias depois da tentativa falhada de capturar Alfredo Reinado, em Same, seguida de manifestações de apoio ao major rebelde em Díli, o Presidente timorense, Xanana Gusmão, ameaçou instaurar o estado de sítio "caso medidas normais não sejam suficientes para aliviar a pressão criminal actualmente existente".
Ao mesmo tempo que o Governo australiano autorizava o pessoal diplomático não essencial a abandonar o país, o porta-voz dos ex-peticionários, tenente Gastão Salsinha, falou, pela primeira vez, na possibilidade de desencadear uma luta de guerrilhas "para combater a injustiça".
Salsinha, um dos líderes da luta dos 595 peticionários que abandonaram as FDTL (Forças de Defesa de Timor-Leste) há cerca de um ano, logrou também escapar ao cerco das forças internacionais que ontem continuavam a caça ao homem na zona Sul do país.
"O que vamos fazer é tentar reagrupar-nos e estabelecer um novo plano de acção que seja apoiado pela juventude da selva e de Díli, para combater com guerrilhas a injustiça, as pessoas que tem o poder em Díli e que cometem coisas tão injustas como a expulsão de soldados e do comandante Alfredo Reinado", disse Salsinha, num contacto telefónico com o correspondente da agência espanhola EFE, Florentino Goulart.
Gastão Salsinha revelou que se encontrava próximo da posição do seu "aliado" Alfredo Reinado no momento em que forças australianas atacaram, "com quatro helicópteros Black Hawk e helicópteros de vigilância", mas conseguiu escapar com quatro seguranças "e alguns amigos de Same".
Num contacto telefónico separado com a mesma agência, Reinado disse, por seu turno, que luta pela justiça "junto ao povo". O seu "poder", acrescentou, "vem do povo e está com o povo", afirmou.

O aviso de Xanana
Numa declaração ao país, transmitida ontem pela rádio e televisão timorenses - a segunda em 24 horas -, Xanana Gusmão anunciou que "o Estado vai utilizar todos os mecanismos legais disponíveis, incluindo o uso da força, quando necessário, para pôr fim à violência, à destruição de bens e à perda de vidas e restabelecer rapidamente a ordem pública".
"O país está a assistir a uma certa anarquia e a uma falta de vontade de certos segmentos da sociedade em contribuir para a estabilização do país. (...) Não se pode permitir que se continue a perder bens e vidas e que os cidadãos continuem a viver num clima de insegurança", disse o Presidente da República.
A deterioração da situação de segurança "é um assunto de séria preocupação" para o Governo da Austrália, considerou, por seu lado, o ministro dos Negócios Estrangeiros, Alexander Downer, ao anunciar que o pessoal não essencial da representação diplomática em Díli foi autorizado a abandonar Timor-Leste. "A situação é volátil" e os australianos podem ser "especialmente visados" por actos de violência, justificou.
O ministro australiano manifestou-se especialmente preocupado com a situação dos jornalistas do seu país que tentam atingir a região de Same, onde prosseguem as operações de busca de Alfredo Reinado.
Embora manifestando-se de acordo com as considerações do seu homólogo, o ministro Luís Amado disse ontem em Bruxelas não ver "nenhuma necessidade" de tomar medidas com vista à retirada de cidadãos portugueses do país (ver caixa nesta página).
A Escola Portuguesa de Díli esteve encerrada ontem e a embaixada manteve a recomendação para que os membros da comunidade efectuassem apenas as deslocações estritamente necessárias.
Apoiantes de Reinado têm vindo a responder às operações contra o antigo comandante da polícia militar com apedrejamentos, barricadas, corte de ruas, queima de pneus e ataques a algumas residências e edifícios do Governo, em Díli, especialmente nos bairros de Taibessi (onde no final da semana passada apareceram os primeiros cartazes de apoio ao major rebelde), Vila Verde, Colmera e Bairro Pité.
100 dólares por Isaac
Além de Reinado e de Salsinha - os dois nomes mais conhecidos entre os militares em fuga -, ontem, a meio de madrugada (menos oito horas em Portugal), continuava igualmente "em parte incerta" o deputado independente Leandro Isaac, que se encontrou "por acaso" com Reinado em Same e passou a funcionar como um espécie de seu porta-voz político.
Leandro Isaac garantiu à Lusa que não tem contacto neste momento nem com Alfredo Reinado nem com Gastão Salsinha. "Estou sozinho com a juventude", declarou lacónico sobre o seu paradeiro. "Estou bem, na medida em que se pode estar bem nesta situação. Estou numa caverna, num buraco", acrescentou.
O deputado conseguiu escapar de Same porque os australianos não o reconheceram, segundo contou. "Eu vi soldados australianos oferecerem cem dólares à minha frente por informações sobre o meu paradeiro. Eles não conheciam a cara do Leandro Isaac e os jovens protegeram-me não dizendo quem eu era e levando-me com eles."
"Tenho muito pouco tempo", disse à agência noticiosa portuguesa, temendo ser denunciado pelo sinal do seu telemóvel.
Eleito deputado nas listas do PSD, de Mário Carrascalão, com quem entrou depois em dissidência, Leandro Isaac foi uma das vozes da resistência para o exterior, durante a fase final da ocupação indonésia de Timor.

O Presidente timorense, Xanana Gusmão, ameaçou instaurar o estado de sítio no país
Há coisas que não consigo entender.
Reinado juntou-se aos autores ou é ele mesmo o obreiro da crise que eclodiu no país em Abril passado, resultante de outros tantos incidentes anteriores que nunca foram resolvidos?
Reinado, o desconhecido, metamorfoseou-se (ou metamorfosearam-no) em Reinado o herói: foi tratado como fugitivo de primeiríssima classe, foi recebido pelo Presidente da República, dialogou com o primeiro-ministro, esteve guardado pelos militares australianos, passeou-se armado pelo país, assistiu à missa, falou para convidados sem que ninguém lhe deitasse a mão...
É certo que teve uma passagem fugaz pela prisão de Becora. Mas, também aí, Reinado encontrou a porta aberta, num tácito convite para o seu regresso à liberdade. E de passeio em passeio almoçou, riu, bebeu e juntou as armas de oferta de um posto da polícia de fronteira.
Por causa de Reinado, o país está a ferro e fogo.
E o homem que ninguém conhecia soma agora seguidores por todo o país. Os jovens cortam o cabelo à Reinado, os mais (pouco) musculados, tal como Reinado, usam T-shirts sem mangas para que melhor se vejam os seus músculos; nalgumas ruas até já se vêem faixas vitoriando Reinado.
Se Reinado está por detrás de tudo, então não é apenas um Rambo louco e tem qualidades de liderança, de organização e de persuasão de que ninguém suspeitava. O que não quer dizer que manobre sozinho...
Se Reinado não passa de um desgraçado alcandorado aos píncaros da fama por quem tinha o dever de pensar o país, então quem lhe deu força é ainda mais louco que ele.
Se Reinado for preso, a paz volta ao país?
Reinado, o foragido, desertor, bem-falante de língua inglesa, perdida a costela portuguesa, odiado, amado, admirado, quem será este homem que obrigou até o Presidente Xanana a comparar os perfis biográficos de ambos?
Que terá acontecido que tenha escapado aos timorenses e tenha levado a que se transforme o herói - bandido bom, simpático, de sorriso fácil - em alvo a abater com a máxima urgência?
Precisamos mesmo de um mártir?
Estamos transformados num país sem rei nem roque, onde até já se ouvem alguns à boca cheia e despudoradamente recordar em tom nostálgico os bons velhos tempos da ocupação indonésia; reduzidos a espectadores assustados de um triste capítulo da História da nossa curta independência, resvalamos perigosamente para o caos total. Não tarda nada, estamos a pedir que tomem conta de nós... Quem virá ocupar Timor-Leste?
Os timorenses têm o direito de saber...

http://jornal.publico.clix.pt/UL/

Anónimo disse...

Eleições não estão "necessariamente" em perigo
Público, 06.03.2007,
Por: Adelino Gomes

À frente nas sondagens, Ramos-Horta desvaloriza as manifestações de apoio da juventude ao major rebelde Alfredo Reinado
a O primeiro-ministro timorense, José Ramos-Horta , diz que as manifestações de apoio a Reinado não têm nada de político. "É mais entre elementos de artes marciais." Na bolsa de sondagens presidenciais, feita por um jornal de Díli, conta, vai em primeiro lugar e o candidato da Fretilin em último. Breve entrevista por e-mail.
PÚBLICO - Como foi possível tropas especiais deixarem escapar Reinado e o comandante australiano dizer que a operação foi "um sucesso"?

JOSÉ RAMOS-HORTA - A operação policial continua a decorrer na região de Same e redondezas.

PÚBLICO - O tempo joga a favor dele e contra o Governo e o Estado. Se ele não for capturado nos próximos dias, a campanha eleitoral não estará em perigo?

JOSÉ RAMOS-HORTA - Não necessariamente. Uma coisa é alguém estar confortavelmente instalado nalgum local sem ser incomodado, sem ser perseguido, outra é ter uma força especial atrás... Mas continuamos empenhados em fazer prevalecer a justiça pela via pacífica. As forças internacionais só reagem quando são atacadas. Foi o que aconteceu em Same.

PÚBLICO - Como se compreende que Reinado seja já um herói para jovens em Díli? Não significará isso que há realmente bastante desilusão por parte dos mais jovens em relação ao que a liderança que vem da Resistência fez nestes quatro anos?

JOSÉ RAMOS-HORTA - A pergunta peca logo pelo exagero quando fala nos "jovens" de Díli. Quem? Quais? A esmagadora maioria dos jovens é boa, pacífica, não está envolvida nos desacatos e não apoia quem usa a violência. O grupo a que está a referir-se é o mesmo que tem estado ao longo de meses envolvido em saques de armazéns, assaltos nos bairros, etc. Não tem nada de político. Primeiro foi a alegada divisão loromonu vs lorosae. Eu sempre disse que é um problema falso. O tempo veio a desmentir essa dita rivalidade entre gente do Oeste e do Leste. Nos últimos meses os problemas têm sido mais entre elementos de artes marciais rivais.

PÚBLICO - Estas manifestações não constituem, por outro lado, também, uma espécie de "moção de desconfiança" no actual governo e no seu chefe?

JOSÉ RAMOS-HORTA - Continuo a percorrer a cidade sem problemas. No sábado meti-me num minibus comercial, o famoso mikrolet, e percorri muitos locais, bairros. Almocei numa "tasca" numa das zonas quentes. Fui sempre recebido muito bem. A primeira sondagem à opinião pública feita telefonicamente pelo maior jornal diário de Díli deu-me 40 por cento de preferência dos eleitores; em segundo lugar ficou o candidato Xavier Amaral com 14 por cento; em terceiro lugar ficou Fernando Araújo, do Partido Democrático, com 12 por cento. O candidato da Fretilin ficou em quarto lugar com 11 por cento. Claro que é ainda muito cedo para termos uma apreciação correcta da preferência eleitoral. Matematicamente, o candidato da Fretilin deveria ganhar facilmente. Mas continuo a dizer: se o eleitorado, na sua maioria jovem - os tais jovens que diz estarem "desiludidos" com o meu governo -, votar por um dos outros seis candidatos, eu honrarei esse veredicto e até fico muito feliz pela escolha sábia do povo.

http://jornal.publico.clix.pt/UL/

Anónimo disse...

MUNDO
Público, 06.03.2007

Luís Amado não vê, "neste momento, nenhuma necessidade" de retirar os portugueses de Timor-Leste. "A situação é "volátil", política e socialmente, como disse [o ministro australiano dos Negócios Estrangeiros] Alexander Downer, mas no plano militar estão garantidas as condições de segurança", disse o ministro português ao PÚBLICO, num breve contacto telefónico de Bruxelas, onde se encontrava a participar num encontro dos chefes da diplomacia da UE. Antes, em declarações aos jornalistas, tinha garantido, porém, que, "naturalmente", quem pretenda abandonar o território poderá contar com o apoio da embaixada.
http://jornal.publico.clix.pt/UL/

Anónimo disse...

Xanana critica passividade perante a violência de Díli
Diário de Notícias, 06/03/09
Por: Armando Rafael*

O Presidente timorense admitiu ontem poder vir a decretar o estado de sítio, caso as "medidas normais não sejam suficientes para aliviar a pressão criminal" no país. Uma intenção que, a ser concretizada, implicaria o adiamento das presidenciais de 9 de Abril, uma vez que a limitação da liberdade decorrente desta medida de excepção dificilmente poderia ser compatível com uma campanha eleitoral.

Razão pela qual o discurso de Xanana Gusmão parece apontar noutro sentido, introduzindo críticas às forças internacionais que não têm conseguido conter a violência dos últimos dias. Designadamente em Díli, já que o resto do país parece tranquilo, com excepção das escaramuças registadas em Gleno e Ermera.

"O país está a assistir a uma certa anarquia e a uma falta de vontade de certos segmentos da sociedade em contribuir para a estabilização do país", frisou Xanana, sublinhando que os timorenses "não podem permitir que se continuem a perder bens e vidas" ou a viver "num clima de insegurança."

Num discurso transmitido pela rádio e pela televisão, o Presidente apontou as manifestações dos últimos dias como um exemplo da intolerância que se vive no país, garantindo que "o Estado vai utilizar todos os mecanismos legais disponíveis, incluindo o uso da força, para pôr fim à violência, à destruição de bens e à perda de vidas e restabelecer rapidamente a ordem pública".

Um discurso que não parece deixar grandes dúvidas sobre a apreciação que Xanana faz acerca do comportamento de quem só tem actuado a posteriori para conter os distúrbios. Com excepção da GNR, que parece ser o único contingente internacional que se atreve a entrar nos bairros onde vivem alguns dos jovens que têm apoiado as posições do major Alfredo Reinado, que conseguiu escapar ao cerco que os australianos lhe tinham montado em Same, a 80 quilómetros de Díli.

Como se isto não fosse suficiente, Camberra vai começar a retirar hoje alguns australianos e outros estrangeiros de Timor-Leste, temendo novos focos de violência. Nomeadamente os que poderão ocorrer amanhã, quando for conhecida a sentença que deverá condenar o ex-ministro do Interior Rogério Lobato por ter distribuído armas a civis durante a crise do ano passado.

Sem que Portugal adopte, para já, esta posição das autoridades australianas, com as quais o ministro dos Negócios Estrangeiros esteve ontem em contacto, à margem de uma reunião da União Europeia.

Luís Amado adiantou ainda estar a acompanhar os acontecimentos com preocupação, considerando, no entanto, que a situação em Timor-Leste ainda está sob controlo. "Mas é tudo muito volátil", reconheceu o ministro, adiantando que a embaixada em Díli está preparada para ajudar os portugueses que quiserem abandonar o território timorense. *Com Fernando de Sousa, em Bruxelas

http://dn.sapo.pt/2007/03/06/internacional/xanana_critica_passividade_perante_a.html

Anónimo disse...

Militares fiéis a Reinado preparam luta de guerrilha
Jornal de Notícias 06/03/07

Orlando Castro

N o meio de actos de violência, Timor-Leste enfrenta mais uma crise. Enquanto os australianos afirmam que querem capturar o major Alfredo Reinado "vivo e não morto", Xanana Gusmão pondera a imposição do estado de sítio "caso as medidas normais não sejam suficientes para aliviar a pressão criminal existente". Para lançar mais pólvora sobre a situação, o ex-tenente timorense Gastão Salsinha ameaça "estabelecer um plano de acção apoiado pela juventude da selva e de Díli" para continuar o conflito através de uma luta de "guerrilha", juntando-se a Reinado.

Salsinha diz que estava "muito perto" de Reinado "quando os soldados australianos atacaram", acrescentando que a sua tarefa, "bem como a dos militares que fugiram de Same", é "reagrupar as forças e estabelecer um novo plano de acção que seja apoiado pela juventude, para combater com guerrilha a injustiça e as pessoas que têm o poder em Díli e que cometem coisas tão injustas como a expulsão de soldados e do comandante Alfredo Reinado".

"Penso que, mais tarde ou mais cedo, o major Reinado será capturado, mesmo que não se renda. Não deve ser morto, mas sim capturado, vivo, sobretudo agora, que deve estar separado do seu grupo", afirma o ministro dos Negócios Estrangeiros australiano, Alexander Downer. Entretanto, a agência noticiosa indonésia Antara afirma que o líder rebelde está são e salvo numa área a sul de Same, onde goza de grande apoio popular.

Por outro lado, as tropas australianas reforçaram também a zona de fronteira com a Indonésia e estão em alerta máximo, não conseguindo até agora explicar como Reinado conseguiu escapar ao cerco. Curiosa é a descrição da acção das forças australianas feita por Leandro Isaac, deputado e fiel seguidor de Reinado "Escapei porque os australianos não me reconheceram. Vi alguns deles a oferecerem cem dólares à minha frente por informações sobre o meu paradeiro".

"Preferimos prender as pessoas e pensamos que esse objectivo vai ser alcançado. Mas Reinado é um fugitivo. Escapou e tem pessoas do seu lado. As suas contínuas actividades constituem uma ameaça à segurança em Timor-Leste e seria preferível que a ameaça fosse neutralizada", sustenta o primeiro-ministro australiano, John Howard.

Ontem, o ministro português dos Negócios Estrangeiros, Luís Amado, afastou o cenário de uma operação de retirada dos cidadãos nacionais, afirmando que até ao momento não houve qualquer pedido de repatriamento.
http://jn.sapo.pt/2007/03/06/mundo/militares_fieis_a_reinado_preparam_l.html

Anónimo disse...

Caro Malai Azul, volta depressa pois precisamos de notícias sobre o que se está a passar!

Entretanto, eis um comentário interessante sobre o Reinado e a Austrália: http://www.areamilitar.net/opiniao/opiniao.aspx?nrnot=101

Anónimo disse...

Alfredo Reinado morto a caminho de Aileu esta noite as 9horas. Pode alguem confirmar?????

Anónimo disse...

Portugal não segue alerta australiano
Calma relativa em Díli depois de incidentes dos últimos dias
06.03.2007 - 13h28 Lusa

O embaixador de Portugal em Timor-Leste disse hoje à Lusa que a situação de instabilidade no país não justifica a adopção de medidas como as que foram tomadas pela Austrália, nomeadamente a retirada de cidadãos.
Segundo João Ramos Pinto, "a situação de instabilidade não é de molde a recomendar outras medidas" do género das que foram adoptadas pelo governo australiano, até porque "as condições de segurança na cidade (Díli) estão bastante melhores do que já foram no passado". Até ao momento, não se registou nenhum incidente grave com a comunidade portuguesa em Timor-Leste, onde residem cerca de 500 portugueses, sem incluir neste número os 180 elementos da Guarda Nacional Republicana (GNR) e da Polícia de Segurança Pública (PSP), integrados na missão das Nações Unidas.

A embaixada de Portugal tem feito circular entre a comunidade avisos de segurança, que recomendam a restrição dos movimentos ao mínimo essencial para o desempenho das tarefas profissionais e ficar em casa depois de anoitecer.

No entanto, o diplomata português referiu a necessidade de "pôr os protestos em perspectiva, uma vez que os grupos atacam quem assegura a ordem pública, seja as tropas internacionais, a GNR portuguesa ou os juízes estrangeiros que asseguram o funcionamento da justiça". "Nunca vi nenhum timorense a insultar portugueses ou a fazer dos portugueses alvo para as suas agendas políticas", sublinhou.

Australianos receiam deterioração das condições de segurança

A Austrália, que desde ontem tem o alerta de segurança para Timor-Leste no nível máximo de risco, desaconselha qualquer viagem a Díli e pôs em marcha o plano para a saída de todo o pessoal não essencial.

Fonte consular australiana declarou hoje à Lusa que estão em curso planos para fazer sair do país, ao longo desta semana, 35 voluntários australianos e 40 contratados (entre australianos e elementos de outras nacionalidades).

O Governo da Austrália receia a deterioração das condições de segurança, " incluindo a grave instabilidade civil", na sequência da operação lançada por tropas australianas contra o major Alfredo Reinado em Same, no sul do país.

Alfredo Reinado conseguiu escapar ao cerco australiano, mas a operação provocou a morte a cinco "timorenses armados" que estavam com o antigo chefe da Polícia Militar em Same, sublinhou à Lusa fonte oficial do Comando Militar australiano.

A operação, desencadeada na madrugada de domingo pelas Forças der Estabilização Internacionais (ISF), teve como reflexo uma onda de violência na capital, com apedrejamentos, barreiras nas estradas e ataques a instalações do Estado e algumas residências e escritórios.

Os bairros mais afectados foram os de Taibessi, Pité, Colmera e Vila Verde, onde as instalações do Ministério da Educação foram assaltadas no segundo dia de violência. A madrugada de hoje foi mais calma, segundo fontes policiais.

F-FDTL vão garantir segurança em instalações públicas

Um dos incidentes com óbvia expressão política foi o ataque a duas casas de familiares do Presidente timorense, Xanana Gusmão, que exigiram a intervenção de polícias internacionais.

Fonte policial adiantou à Lusa que se registou hoje uma tentativa de assalto à residência de um tenente-coronel das Falintil-Forças de Defesa de Timor-Leste (F-FDTL), em Díli, que levou soldados timorenses a responderem com disparos.

As F-FDTL asseguram desde segunda-feira à noite a protecção de várias instalações públicas, na sequência de uma decisão do primeiro-ministro, José Ramos-Horta.

Uma lista detalhada dos locais a serem protegidos pelas F-FDTL deve ser ultimada até quarta-feira, afirmou à Lusa fonte do gabinete do primeiro-ministro.

A calma relativa que se vive na capital permite a continuação da actividade lectiva dos professores portugueses e da Escola Portuguesa de Díli, que, apesar de informação oficial nesse sentido, não chegou a encerrar na segunda-feira.

O grupo de seis professores portugueses de Same, que saiu para Díli no dia em que as ISF montaram o cerco a Reinado, há uma semana, continua na capital, ocupado com tarefas administrativas do Programa de Reintrodução da Língua Portuguesa.

"Apenas três escolas não estão a funcionar em Díli devido a dificuldades de acesso, a ter havido desacatos nas proximidades ou a os alunos não terem podido chegar às instalações", informou o embaixador Ramos Pinto.
http://www.publico.clix.pt/shownews.asp?id=1287502

Anónimo disse...

2007-03-06 - 00:00:00

Timor-Leste - Para controlar a violência
Xanana admite estado de sítio

O presidente timorense, Xanana Gusmão, ameaçou ontem decretar o estado de sítio para fazer frente à onda de violência originada pelo ataque das tropas australianas contra o major Reinado, que ontem continuava em paradeiro incerto. A Austrália autorizou entretanto o seu pessoal não essencial a abandonar Timor, no que poderá ser o prenúncio de uma evacuação geral.

“O país está a assistir a uma certa anarquia e a uma falta de vontade de certos segmentos da sociedade em contribuírem para a estabilização. Não se pode permitir que se continue a perder bens e vidas e que os cidadãos vivam num clima de insegurança. O Estado vai utilizar todos os mecanismo legais disponíveis, incluindo o uso da força quando necessário, para pôr fim à violência”, afirmou Xanana numa declaração ao país através da rádio e da televisão.

O presidente timorense ameaçou ainda que, “casos as medidas normais não sejam suficientes para aliviar a pressão criminal”, não hesitará em decretar o estado de sítio. “É necessário que o Estado cumpra a obrigação, que lhe cabe, de garantir a ordem, a segurança e a tranquilidade públicas”, frisou Xanana, num discurso em que se referiu também a “algumas manifestações que, ao invés de trazerem à consciência dos indivíduos uma mensagem positiva que ajude na solução dos problemas, têm contribuído para provocar mais distanciamento entre as pessoas”.

O chefe de Estado timorense referiu-se às duas manifestações previstas para esta quinta-feira em Díli, uma da Fretilin e outra do Movimento para a Unidade Nacional, que poderão contribuir para o agravamento da tensão na capital timorenses. Recorde-se que, no fim-de-semana, fonte do contingente da GNR previu que esta seria “uma semana alucinante” devido às manifestações e à leitura da sentença (amanhã) do ex-ministro Rogério Lobato, acusado de ter distribuído armas a civis.

A madrugada de ontem voltou a ser agitada em Díli, com dezenas de cortes de estradas, apedrejamentos e ataques a residências em vários pontos da cidade, que forçaram a polícia das Nações Unidas (UNPol) e o contingente da GNR a trabalho redobrado. Segundo a comissária Mónica Rodrigues, porta-voz da UNPol, a “situação estava ser controlada” por aquela polícia, cuja missão incluía “desobstruir estradas e fazer face a eventuais distúrbios”. A mesma fonte afirmou que “não se têm registado incidentes graves, que não há feridos a lamentar” e adiantou que, desde o início da mais recente onda de violência, no fim-de-semana, “já foram detidas cerca de 50 pessoas”, na sua maioria “relacionadas com posse de armas tradicionais e comportamento desordeiro”.

Entretanto, o major Reinado continua a monte, apesar da gigantesca operação de caça ao homem que as forças australianas têm em curso na região de Same. O ministro australiano dos Negócios Estrangeiros, Alexander Downer, assegurou ontem que a prioridade das tropas é “apanhar o major Reinado vivo” e confirmou, por outro lado, que a Austrália autorizou o seu pessoal não essencial a abandonar o território timorense. Downer confirmou ainda que o seu governo tem um plano para evacuar todos o pessoal consular em caso de agravamento da situação no terreno.

LUSOS NÃO PEDIRAM PARA SAIR

O ministro português dos Negócios Estrangeiros, Luís Amado, afastou ontem o cenário de uma operação de retirada dos portugueses em Timor-Leste, afirmando que até ao momento não houve qualquer pedido de repatriamento. Luís Amado adiantou que tem falado “várias vezes com Díli” e com o seu homólogo australiano, Alexander Downer, sobre a situação no território. O ministro, que falava em Bruxelas à margem de uma reunião de chefes da diplomacia da UE, indicou que “naturalmente que todos os voluntários que pretendam abandonar o território têm o apoio da embaixada e das autoridades portuguesas”. Entretanto, fonte próxima da embaixada de Portugal em Díli declarou ontem ao ‘CM’ que a situação na capital estava “mais calma” e que apenas em algumas zonas da capital timorense “os professores portugueses não trabalharam por precaução”. Para já não se equaciona a evacuação dos docentes lusos, que são quase centena e meia.

ISAAC ESTÁ ESCONDIDO

O deputado independente Leandro Isaac, que estava com o major Reinado no seu refúgio de Same antes do ataque das tropas australianas, afirmou ontem à Lusa, num breve contacto telefónico, estar escondido “em parte incerta”. “Estou sozinho com a juventude. Estou bem, na medida em que se pode estar nesta situação. Estou numa caverna, num buraco”, afirmou, revelando ter conseguido escapar ao cerco em Same porque as tropas australianas não o reconheceram. “Eu vi soldados australianos oferecerem cem dólares à minha frente por informações sobre o meu paradeiro, mas os jovens protegeram-me. Tenho a cabeça a prémio por cem dólares”, afirmou.

"ESCAPEI POR POUCO", Sérgio Tavares, jornalista da Renascença em Díli

- Correio da Manhã – Como está a situação aí em Díli?

- Sérgio Tavares – As coisas já não estavam famosas, mas desde o ataque contra o major Reinado começou uma onda de violência enorme, desataram a cortar estradas, a apedrejar casas e carros. A situação está muito complicada...

- As pessoas têm medo de sair à rua?

- Estão muitas ruas bloqueadas e não se vê muita gente porque ninguém da comunidade internacional se atreve a sair à rua. Hoje [ontem], quando começou a anoitecer, andei lá por fora e escapei por pouco... Eu ia de mota, passei perto de uma dessas barreiras e estavam a chover garrafas e pedras. Por acaso desta vez não me acertaram, consegui escapar, mas já me acertaram noutros dias. Todos os meus amigos, toda a gente que conheço já foi apedrejada.

- A polícia tem actuado?

- A polícia tem sido pouco eficaz. A única que tem feito alguma coisa é a GNR e não digo isto por ser português, é uma opinião consensual. Os outros, australianos, malaios, não fazem nada, fogem inclusive.

- Nas instruções que receberam da embaixada fala-se da possibilidade de evacuação?

- Não, nem sequer se põe essa hipótese, mas isso já tinha acontecido em Abril. Nessa altura foram evacuados os australianos e outros e quanto aos portugueses nunca se punha essa questão, apesar de na altura haver muitos professores que imploravam para sair. A posição da embaixada de Portugal em relação a isso é que sair, só mesmo em último caso.

- Tem falado com os portugueses que estão aí a dar aulas? Como é que eles estão?

- Os professores que vieram este ano são praticamente os mesmos que estiveram cá no ano passado e assistiram à crise, por isso já estão habituados a ouvir tiros, a não poder sair de casa, evitar certos lugares e tudo o mais. Há muitos que estão conformados com isso e não põem a possibilidade de regressar, mas há outros que conheço que, por eles, já tinham ido embora.

DESTABILIZAR ELEIÇÕES

A embaixadora timorense em Lisboa, Pascoela Barreto, afirmou que os grupos de jovens envolvidos na violência estão a ser “usados para destabilizar as eleições”

AUSTRALIANOS AMEAÇADOS

A Austrália diz ter informações credíveis de ameças contra os seus cidadãos em locais habitualmente frequentados por estrangeiros, como hotéis e restaurantes.

Ricardo Ramos com agências

http://www.correiomanha.pt/noticia.asp?id=233450&idselect=91&idCanal=91&p=200

Anónimo disse...

Acabei de ver as cinco professoras e o seu colega que foram obrigadas a sair de Same e que estão agora em Díli e fiquei bastante sensibilizada por estarem preocupadas por estarem longe dos seus alunos e desejando regressar logo que seja possível, isto é logo que apanhem o estupor. Como elas, também desejo, que possam regressar a Same dentro de muito pouco tempo. Aliás, tal como os elementos da GNR e da PSP, provam que são excelentes profissionais e isso traz-me um grande orgulho por todos eles. Bem hajam!

Anónimo disse...

Apoiantes de Reinado ameaçam Xanana e família
Público, 07.03.2007
Por: Adelino Gomes

Depois de 24 horas de relativa calma em Díli, receava-se que a leitura, hoje, da sentença do processo contra o ex-ministro do interior, Rogério Lobato, pudesse provocar novo clima de confronto na capital timorense. Lobato é acusado de ter entregue armas a grupos civis, a quem terá encarregado da eliminação de figuras políticas e de elementos do grupo dos ex-peticionários das forças de defesa. a acusação pediu aos juízes do tribunal de recurso sete anos de prisão e a defesa a absolvição do ex-ministro, que ocupa o cargo de vice-presidente da Fretilin.
Ataques às casas de Manuela e Armandina Gusmão, irmãs do presidente da república, acompanhados de ameaças à integridade física das respectivas famílias figuram entre os incidentes mais graves registados anteontem e ontem, em Díli.

As duas casas, situadas nos bairros Vila Verde e Taibessi, foram rodeadas por populares que exigiam o termo da ordem de captura dada por Xanana Gusmão contra Reinado.
"chegou o momento de Xanana e sua família receberem o que merecem como consequência da decisão de capturar o comandante Alfredo", declarou um homem que se identificou aos jornalistas como Quintiliano Nakrakat, de 26 anos, irmão de Deolindo, morto durante o raide australiano contra as posições rebeldes em Same, sábado passado. Se o presidente não revogar a ordem e sair à rua sem guarda-costas, "morrerá", pois "traiu a população de Timor-Leste e o comandante Alfredo", acrescentou.
Armandina Gusmão, cuja casa foi protegida por militares da GNR, disse que os atacantes ameaçaram matar-lhe a família "até à terceira geração". e acrescentou: "é como nos tempos da Indonésia. O que me custa mais é que são timorenses os que estão a fazer isto."
Para além da Austrália, que pensa retirar esta semana 35 voluntários e 40 contratados (australianos e cidadãos de outras nacionalidades), também os EUA, Nova Zelândia e Grã-Bretanha têm planos de retirada.
O embaixador de Portugal, João Ramos Pinto, reafirmou que os portugueses (cerca de 500 pessoas, sem contar com os elementos da GNR e PSP integrados na missão da ONU) não correm riscos de momento. "nunca vi nenhum timorense insultando portugueses ou fazendo dos portugueses alvo para suas agendas políticas", disse à Lusa, considerando necessário "pôr os protestos em perspectiva, uma vez que os grupos atacam quem assegura a ordem pública, seja as tropas internacionais, a gnr ou os juízes estrangeiros responsáveis pelo funcionamento da justiça".
apesar de informação oficial nesse sentido, não chegou a encerrar na segunda-feira a escola portuguesa de Díli. Por seu lado, o grupo de seis professores portugueses de Same, que saiu para Díli no dia em que as forças internacionais montaram o cerco a reinado, há uma semana, continua na capital, ocupado com tarefas administrativas do programa de reintrodução da língua portuguesa.
"Apenas três escolas não estão a funcionar em Díli devido a dificuldades de acesso, a ter havido desacatos nas proximidades ou a os alunos não terem podido chegar às instalações", disse o embaixador Ramos Pinto à agência noticiosa portuguesa.
Australianos confiantes
O comando australiano recuperou, entretanto, o corpo de um quinto elemento do grupo de reinado morto em combate no domingo, em Same.
O comandante das forças australianas, brigadeiro Rerden, mostra-se confiante na captura de reinado. "Ele disse... é apenas uma questão de "quando", e não de "se"", contou ontem o correspondente da Rádio Austrália, num despacho de Díli. Apesar de Reinado se encontrar numa zona que conhece muito bem, os militares australianos estão também bem treinados e familiarizados com o país, acrescentou Rerden.
Quanto mais tempo Reinado continuar em fuga, mais popular se tornará, considera Damien Kingsbury, especialista em assuntos indonésios, citado pela ABC australiana. Mesmo que só seja apoiado por cinco ou 10 por cento da população, "será suficiente para desestabilizar Timor por um considerável período de tempo".
Ataques às casas das irmãs do presidente da república, Xanana Gusmão, figuram entre os incidentes mais greves em Díli

http://jornal.publico.clix.pt/UL/

Anónimo disse...

Escola Portuguesa de Díli é exemplo em tempo de crise
Diário de Notícias, 7/03/07
Por: Armando Rafael

João de Carvalho Roseiro é um dos 27 professores que Lisboa destacou para a Escola Portuguesa de Díli. Questionado ontem pelo DN sobre o ambiente de tensão que se vive na cidade, não conseguiu disfarçar o orgulho que sente pelo facto daquela escola nunca ter fechado. Ao contrário do que tem sucedido com muitos estabelecimentos timorenses.

"Não somos heróis, nem loucos. Mas temos as obrigações. E, salvo algumas crianças que vivem em zonas mais problemáticas da cidade, como o Bairro Pité, o facto é que maioria dos nossos alunos continua a vir às aulas e os funcionários têm vindo sempre. Às vezes, há funcionários ou alunos que não conseguiram dormir durante a noite, mas vêm sempre."

Colocado há dois anos em Timor-Leste, João de Carvalho Roseiro, que é membro da comissão executiva da Escola Portuguesa, sabe os riscos que corre. Até porque já viveu uma situação bem pior em Maio do ano passado, quando os confrontos entre polícias e militares provocaram vários mortos, junto ao quartel de Taci Tolo. "Nessa altura, tivemos mesmo de fechar. Mas foi a única vez."

Uma responsabilidade acrescida para quem tem sob a sua responsabilidade 500 alunos, distribuídos entre o pré-escolar e o 8.º ano do ensino secundário. Sabendo, à partida, que muitos dos seus alunos podem transformar-se, de um momento para o outro, em alvos fáceis numa situação de crise.

"Temos cá os filhos de todos os ministros. E há um ano também tínhamos os filhos do Presidente Xanana Gusmão."

Não são os únicos. Na Escola Portuguesa de Díli, situada na confluência perigosa dos bairros de Santa Cruz e de Taibesse, também há crianças de famílias desprotegidas, a quem queimaram as casas. São essas crianças que dão conforto aos professores portugueses nas horas mais difíceis. "Muitas vezes são os pais deles que nos avisam disto ou daquilo. O que nos obriga a ter alguns cuidados. Especialmente ao fim da tarde, quando escurece e a maioria dos alunos abandona a escola para voltar para casa. Mas até hoje, ninguém nos ameaçou. Talvez por isso, esta escola seja considerada já uma referência de paz e de estabilidade em Timor-Leste."
http://dn.sapo.pt/2007/03/07/internacional/escola_portuguesa_dili_e_exemplo_tem.html

Anónimo disse...

Correio da Manhã, 2007-03-07 - 00:00:00

Timor: Tensão em crescendo
GNR em alerta máximo

A força da GNR em Timor-Leste está hoje em alerta máximo, mantendo-se em situação de prontidão para acorrer a qualquer ameaça à ordem pública desencadeada após a leitura da sentença do ex-ministro do Interior Rogério Lobato. Apesar do risco acrescido de violência, empolado ainda, no actual clima de tensão, pela ameaça do major Alfredo Reinado de iniciar uma guerra de guerrilha, o Subagrupamento Bravo considera estar preparado para fazer frente a uma situação de escalada da crise

“A GNR ficará de prevenção, no quartel, para a qualquer momento acorrer a uma chamada para controlar algum distúrbio”, afirmou ao Correio da Manhã fonte em Timor. As patrulhas nas áreas ao cuidado da polícia portuguesa serão hoje asseguradas por outras forças integradas no contingente internacional de estabilização.

O reforço de segurança para a jornada de hoje foi determinado pelo comando da ISF, força internacional da ONU no território, devido ao aumento de tensão no fim-de-semana e ao receio de manifestações de júbilo ou descontentamento com a sentença do processo de Lobato. Recorde-se que o tribunal pode hoje declará-lo inocente ou condená-lo a sete anos de prisão por envolvimento na distribuição de armas a civis em Abril de 2006.

Quanto à ameaça do major Reinado, a mesma fonte explicou ao CM: “Portugal está perfeitamente preparado para fazer frente à ameaça actual. Além disso, ao que sei, a possibilidade de uma situação de guerrilha urbana foi prevista desde o início, não sendo nada de novo pensar na eventual necessidade de utilização diária de armas de fogo na actividade de patrulhamento. Daí que nada tenha sido alterado, até porque isso esteve na ordem do dia desde a revolta dos militares, no ano passado.”

O novo grau de ameaça faz com que cada intervenção dos militares portugueses seja agora feita com atenção e cuidado redobrados. Mas a atitude operacional da GNR não será alterada pela ameaça do major amotinado, que, recorde-se, se refugiou em Same (de onde escapou pós o assalto das forças australianas no passado fim-de-semana) com um grupo de apoiantes fortemente armados depois de o presidente Xanana Gusmão ordenar a sua captura.

O responsável de Relações Públicas da GNR, Coronel Costa Cabral, não confirmou a alteração da rotina do Subagrupamento Bravo. Quanto à eventualidade de uma guerrilha, o porta-voz explicou que não há uma ameaça concreta e que a intervenção numa situação dessas não caberia aos portugueses. “Numa situação de confronto cabe às Forças Armadas intervir, e em Timor estão australianos, neozelandeses, e outros, com meios para agir nesses caos”, explicou.

VIOLÊNCIA ORGANIZADA

Muita da violência em Timor-Leste é causada por grupos de jovens que escolhem para si nomes como ‘Assassinos Implacáveis’. Segundo um relatório australiano sobre grupos de rua em Timor, os jovens, inspirados por bandas rock indonésias ou filmes de Hollywood, são na sua esmagadora maioria desempregados, liderados frequentemente por antigos guerrilheiros da resistência revoltados por não terem sido integrados nas Forças Armadas. A violência que resulta da marginalidade a que se encontram votados é potenciada por tensões étnicas e pela disputa do controlo das riquezas do território.

O estudo revela, no entanto, que nem todos os gangs organizados são uma ameaça à segurança pública. Nalguns casos levam a cabo trabalho social em comunidades empobrecidas onde não chega a ajuda do governo.

NOTAS

REVOLTA NAS RUAS DE DÍLI

As tropas internacionais estacionadas em Timor tentam conter a revolta na capital timorense, Díli, protagonizada por bandos juvenis.

ASSALTO A CASA DE MINISTRO

A calma tensa do dia de ontem foi marcada pelo assalto à residência de um membro do governo, do qual não resultaram vítimas.

À MARGEM

CONTINGENTE LUSO

Portugal tem em Timor-Leste, desde Junho de 2006, um contingente da GNR integrado por 127 efectivos. Designado Subagrupamento Bravo, o contingente nacional opera integrado na ISF, força multinacional de estabilização das Nações Unidas.

PORTUGUESES FICAM

O embaixador de Portugal em Timor-Leste, João Ramos Pinto, afirmou ontem que a instabilidade no país não justifica a evacuação dos portugueses. “Até porque as condições de segurança em Díli estão bastante melhores do que já foram”, afirmou o diplomata.

BARROSO PREOCUPADO

O presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, manifestou ontem, em Bruxelas, a sua preocupação com a instabilidade em Timor-Leste e apelou à reconciliação no território. “Não posso fazer mais do que um apelo sincero às autoridades de Timor-Leste e a todos os envolvidos nesta situação”, afirmou Durão Barroso.
F. J. Gonçalves
http://www.correiomanha.pt/noticia.asp?id=233598&idselect=91&idCanal=91&p=200

Anónimo disse...

Timor-Leste: Rogério Lobato condenado a sete anos de cadeia

Rogério Lobato, ex-ministro do Interior de Timor-Leste, foi condenado esta quarta-feira a sete anos e seis meses de prisão, acusado de 18 crimes de homicídio e 11 de homicídio tentado.
O réu anunciou que vai recorrer da sentença.
Na leitura do acórdão, o juiz sublinhou a especial gravidade dos «actos provados de distribuição de armas para eliminar» militares peticionários e líderes da oposição, uma vez que Lobato ocupava as funções de ministro do Interior.
«Em democracia, as contas acertam-se no local próprio», acrescentou o juiz.
O ex-primeiro-ministro, Mari Alkatiri, esteve no tribunal a ouvir a sentença, mas no final escusou-se a comentar a condenação.
Diário Digital / Lusa
07-03-2007 7:55:02
http://diariodigital.sapo.pt/news.asp?section_id=10&id_news=266008

Traduções

Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.

Obrigado pela solidariedade, Margarida!

Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006

"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
 

Malai Azul. Lives in East Timor/Dili, speaks Portuguese and English.
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