TIMOR-LESTE, AS CRISES E OS PROTAGONISTAS
Relatório do Projecto
POCTI/CPO/44915/2000 - The Transition Process in East Timor: 1998-2005
A. Barbedo de Magalhães
2006.09.12
Í N D I C E
1. AS CRISES 7
1.1. Dezembro de 2002: A casa do Primeiro-Ministro é reduzida a cinzas 7
1.2. Abril / Maio de 2005: A Manifestação da Igreja 9
1.3. 2006: A Crise das Forças Armadas e Polícia, e do próprio Estado 12
1.3.1. A segregação no seio das Forças Armadas e a divisão entre “lorosaes” e “loromonos” 12
1.3.2. Historial da crise nas Forças Armadas, feito pelo Presidente Xanana Gusmão em 23 de Março de 2006 13
1.3.3. A manifestação dos militares peticionários e o início dos conflitos entre elementos das F-FDTL e da Polícia 18
1.3.4. A formação de grupos armados fora do enquadramento do Estado e a agudização dos conflitos 20
1.3.5. O Congresso da FRETILIN e a mudança de regras de candidatura e de eleição da liderança 21
1.3.6. O Major Reinado recusa a via do diálogo e, em fins de Maio, os combates entre polícias, peticionários e outros militares e grupos de civis armados, por um lado, e forças das F-FDTL, por outro, provocam mortes e grande insegurança e instabilidade 23
1.3.7. A chegada a Timor-Leste de militares australianos, a pedido dos Órgãos de Soberania timorenses e a demissão dos Ministros da Defesa e do Interior, primeiro, e do Primeiro-Ministro, depois 25
1.3.8. A detenção e a fuga de Alfredo Reinado da prisão de Becora, em Dili 28
2. OS PROTAGONISTAS INTERNOS 31
2.1. Rogério Lobato 31
2.2. Alfredo Reinado 33
2.3. Mari Alkatiri 34
2.4. Ramos Horta 35
2.5. Xanana Gusmão 36
2.5.1. A “Mensagem ao povo amado e sofredor e aos líderes e membros da FRETILIN”, de 22 de Junho de 2006 37
2.5.2. A mensagem de Xanana Gusmão de 7 de Dezembro de 1987 e a sua visão de um futuro Timor-Leste livre e democrático 40
2.5.3. O discurso do Presidente feito em 28 de Novembro de 2002 e a sua crítica à dominação do estado pela FRETILIN 44
3. O CONTEXTO TIMORENSE DA CRISE 47
3.1. Xanana Gusmão e Mari Alkatiri: o conflito, desde a década de oitenta, entre duas maneiras diferentes de ser nacionalista, entre revolucionarismo utópico e realismo, entre partido líder e democracia 47
3.2. O reduzido papel do Presidente na Constituição da República Democrática de Timor-Leste, e a falta de confiança mútua entre Xanana Gusmão e Mari Alkatiri 51
3.3. A asfixia financeira do Presidente e dos partidos políticos, e o receio da Igreja de se tornar o parente pobre, colocada à margem dos proventos resultantes do petróleo 53
3.4. A criação de sucessivos ramos da Polícia, mais bem armados do que o Exército, e o crescente mal-estar nas Forças Armadas 55
3.5. O conflito entre os principais líderes, desde a ruptura no Congresso do CNRT de Agosto de 2000, e a crise do Estado 56
3.6. O atraso do desenvolvimento e a crise social 59
3.7. O papel da Igreja: críticas ao Governo e apoio às populações 62
4. OS FACTORES INTERNACIONAIS DAS CRISES 65
4.1. Os Estados Unidos e a competição energética e geoestratégica com a China 65
4.1.1. O fulgurante crescimento económico da China, e as suas necessidades petrolíferas rapidamente crescentes, tornam a China no mais importante competidor energético dos EUA 65
4.1.2. O súbito interesse da China pelos Países de Língua Oficial Portuguesa e pelos seus recursos naturais, e o seu relacionamento com Timor-Leste 67
4.2. A Austrália, os seus interesses e preocupações 68
4.2.1. A preocupação Australiana de evitar que Timor-Leste se transforme numa plataforma avançada de poderes estrangeiros 68
4.2.2. Os interesses australianos sobre o petróleo e o gás do Mar de Timor-Leste e a persistência numa política contrária ao Direito Internacional 70
4.2.3. A política australiana relativamente aos países à sua volta, desde os ataques terroristas de 11 de Setembro de 2001 73
4.3. As Nações Unidas e a pressa em ter um caso de sucesso 76
5. UMA LEITURA GLOBAL DAS CRISES 79
5.1. As dificuldades da leitura do real: a ocultação e o equívoco também fazem parte da vida política 79
5.2. As leituras das crises feitas por Maryaan Keady e por outros jornalistas australianos 80
5.3. Uma leitura global das crises 87
5.3.1. Uma política de exclusão, centrada na FRETILIN, levou a um progressivo isolamento do Governo, com a alienação de sectores cada vez mais amplos da sociedade timorense 87
5.3.2. A insuficiente confiança nas relações com a Austrália, suscitou a sua apetência para intervir 92
6. QUESTÕES QUE AS CRISES LEVANTAM E QUE DEVERÃO SER CONSIDERADAS NO FUTURO 95
6.1. A viabilidade de Timor-Leste, como estado independente, depende do estabelecimento e manutenção de relações de confiança com os seus vizinhos 95
6.1.1. A história de Timor-Leste, como a de quase todas as nações, é uma história de dependências 95
6.1.2. Para continuar a manter a preciosa relação de confiança que tem tido com a Indonésia é fundamental que Timor-Leste não exija reparações 95
6.1.3. Estabelecer relações de confiança com a Austrália é fulcral para o futuro de Timor-Leste 97
6.2. A construção de um novo estado, a partir de uma situação de grande fragilidade, exige a participação de todos, de forma tão inclusiva quanto possível 99
6.3. Os veteranos, a heróica história da resistência e as forças de defesa e segurança devem tornar-se pilares da construção da unidade nacional 101
6.3.1. Os veteranos merecem o reconhecimento da nação, e a história da sua heróica resistência deve ser registada e divulgada, como exemplo e factor de unidade nacional 101
6.3.2. A constituição de forças de defesa e de segurança é uma questão muito delicada, que exige enorme bom senso e profissionalismo 102
7. TIMOR-LESTE PRECISA DE TER UM NOVO RECOMEÇO 105
8. BIBLIOGRAFIA 109
9. APOIOS E AGRADECIMENTOS 127
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segunda-feira, janeiro 15, 2007
TIMOR-LESTE, AS CRISES E OS PROTAGONISTAS (Índice)
Por Malai Azul 2 à(s) 22:24
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Traduções
Todas as traduções de inglês para português (e também de francês para português) são feitas pela Margarida, que conhecemos recentemente, mas que desde sempre nos ajuda.
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
Obrigado pela solidariedade, Margarida!
Mensagem inicial - 16 de Maio de 2006
"Apesar de frágil, Timor-Leste é uma jovem democracia em que acreditamos. É o país que escolhemos para viver e trabalhar. Desde dia 28 de Abril muito se tem dito sobre a situação em Timor-Leste. Boatos, rumores, alertas, declarações de países estrangeiros, inocentes ou não, têm servido para transmitir um clima de conflito e insegurança que não corresponde ao que vivemos. Vamos tentar transmitir o que se passa aqui. Não o que ouvimos dizer... "
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